por Eli Halfoun
Quem foi ao Engenhão assistir aos shows de Paul McCartney, no Rio, garante que o eterno beatle fez duas apresentações inesquecíveis e que a organização para chegar, entrar e sair do estádio esteve perfeita. Sinal de que será possível evitar tumulto e desconforto na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. A desafinação das duas noites de Paul no Rio ficou por conta de brasileiros decididos a se aproveitar da situação para explorar outros brasileiros: como se políticos fossem, os ambulantes e taxistas decidiram enfiar a mão grande no bolso do público. Os ambulantes dobraram o preço das mercadorias, mesmo as tabeladas e os taxistas esqueceram completamente que existe um aparelhinho chamado taxímetro para registrar o preço da corrida. Corrida que eles, gananciosos, tentaram impor ao público que fugiu de todas as maneiras dos “amarelinhos” que nessas ocasiões nos deixam vermelhos de raiva e de vergonha. Aproveitar-se desse tipo de situação não é um privilégio brasileiro: em todo o mundo acontece a mesma coisa e aqui só continuará acontecendo se o público abrir mão do direito de recusar-se a ser explorado e roubado por aqueles que ainda não aprenderam a respeitar as leis e muito menos o próximo. (Eli Halfoun)
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