por Gonça
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, apoia projeto que proibe parlamentares de possuirem concessões de rádio e TV. Perfeito. Só que, na prática, na hora do vamos ver, caberá a suas excelências a votação da lei. Observadas do alto das galerias - você já deve visto muitas vezes a foto dos congressistas reunidos no plenário - aquelas fileiras de cabeças feitas e engravatadas reune um numeroso bloco de propríetários de canais de televisão e radiodifusão, do baixo, do alto e do médio clero. E com formidável poder de pressão: a maioria, na categoria de afiliados, é parceira de poderosas redes de televisão. De qualquer maneira, ponto para Paulo Bernardo pelo reconhecimento oficial do problema. Que o projeto seja, um dia, colocado em votação. No mínimo, valerá pelo desconforto que causará na Casa. A distribuição de concessões é velha arma política. O último grande derrame de rádios e TVs no plenário ocorreu - na época, a coincidência foi noticiada - por ocasião da nebulosa negociação do projeto de reeleição para presidente, governador e prefeito no anos 90. Quando se fala em regular as empresas de comunicação, como se normatiza o funcionamento de qualquer empresa, a reação, por conveniência, associa qualquer mudança a uma suposta e inexistente ameaça à liberdade de expressão. Mas urubu é malandro, não abre o jogo, e esta, acima, é uma das várias razões da forte rejeição a qualquer debate sobre o tema. Alguém vai querer mexer em time que está ganhando há muito tempo e de goleada?
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Bem, um dos inimigos da imprensa fpi defenestrado do governo. Esse Paulo Bernardo é um radical maluco, Ele é contra tudo fpi contra os aposentados receberem os 1% de complementaçào ao aumento de 6% que lhes fora concedido por força de lei, no início do ano passado. Ele disse que esse aumento iria quebrar a Previdência.
Bem, o 1% dado aos aposentados não quebtou a Previdência contrariando a previsão do Ministro Paulo Bernardo. Em que pese a escolha – má escolha – da Presidente para compor o seu Ministério – obrigada por circunstâncias eleitoreiras – acredito que muitas obrigações políticas serão corrigidas. Haja visto o Ministério da Educação, que abriga um político que mal sabe gerenciar um ENEM.
E outros Pedro Novais, tirados da cartola mágica de um político que enriqueceu empobrecendo o seu Estado, serão jogados no meio da rua de onde nunca deveriam ter saído.
deduz-se que debarros é a favor da distribuição de canais a políticos já que ele não critica o tema da nota e comenta o aumento dos aposentados. Debarros como um fernandoagadista apaixonado deve se lembrar que no governo tucano praticamente não houve aumento real de salário mínimo nem de aposentadorias e das mentes doentias neo-liberais saiu o fator previdênciário com o único objetivo de achatar aposentadorias. Isso em um governo tucano que não gerou empregos, que vendeu patrimônio público por moeda podre e dirigiu o país como se fosse um clube de privilegiados, com um olho na Avenida Paulista e outro na Daslu.
Se sou a favor ou não de canais de TV é um problema meu e tenho o dieiro de ser a favor ou não de qualquer idéia ou ação que o homem cometa ou venha a cometer.
Por favor, nào aguento mais essa bobagem de moeda podre inventada pelos "progressistas", que ignoraram e combateram o plano Real. Com a estabilidade da moeda, esse país pode crescer independente de presudentes ignorantes que vieram governar o Brasil.
Postar um comentário