por Gonça
Há alguns anos, por pressão de multinacionais e forte campanha dos principais veículos de comunicação, o Brasil abriu suas pernas e terras para o cultivo de sementes geneticamente modificadas. Sabe-se que até hoje não são conclusivas as pesquisas sobre os efeitos das tais sementes. O interesse dos laborátórios em vendê-las é puramente comercial: os agricultores que as usam pagam royalties aos fabricantes da semente. Daí a pressa em levar o maior número de paises a adotá-las. Por aqui, a opinião de cientistas contrários à campanha da mídia e das multi foi rotulada de "ideológica". Movimentos com o Via Campesina, que protestava contra a adoção da biotecnologia ainda suspeita, foram chamados de "terroristas". A batalha foi perdida. A soja brasileira e o milho, por exemplo, estão contaminados. A prática foi adotada na América Latina e na Ásia, além dos Estados Unidos. A Europa negou-se a receber sementes geneticamente modificadas (e viu alguns dos seus produtos se valorizarem, já que é grande o mercado dos que se assustam com os transgênicos). No Brasil, as mesmas pressões não permitem nem mesmo que a população tome conhecimento, claramente, em rótulos visíveis ou prateleiras próprias, da presença dos transgênicos nos alimentos que adquire em supermercados. O New York Times acaba de publicar que a respeitada Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos divulgou, embora com grande atraso, o primeiro relatório de avaliação do impacto dessas sementes na agricultura desde 1996. Um dos argumentos dos defensores dos transgênicos era, além da diminuição dos custos das plantações, o fim do herbicidas, já que as sementes seriam imunes às pragas. O estudo aponta na direção oposta: ervas daninhas e insetos foram afetados, tornaram-se resistentes, e os agricultores têm de aplicar cada vez mais (e mais fortes) agrotóxicos. A notícia foi reproduzida aqui em discreto pé de página.
2 comentários:
ninguém se levanta em defesa do ser humano, tudo é feito pensando apenas nos lucros, a humanidade que se dane
E o governo tão progressista permite que isso aconteça? Por que o segundo chefe do Itamarati, que em ves de defender o governo com "top, top" quando é acusado de conivência ideológica com paises "progressista"não defendo o país contra esses "crimes"dos transgênicos na agricultura brasiileira?
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