por JJcomunic
O jornalista Eli Halfoun escreveu aqui outro dia sobre o famoso letreiro de Hollywood, que corria o risco de ser demolido pela imobiliária dona do terreno, em Los Angeles. Estava em curso uma campanha para arrecadação de dinheiro para a compra da área, impedindo-se com isso a construção de um condomínio no local. Tom Hanks e Steven Spielberg já tinham contribuido para o fundo mas coube ao dono da Playboy, Hugh Hefner, completar a caixinha com os 900 mil dólares que faltavam. O local será, agora, transformado em um parque. Parece bobagem? Não é. O letreiro estava lá desde 1923. É memória. E o movimento que foi feito para preservá-lo um exemplo a ser seguido por aqui, onde impera a lei do trator. Está aí a prefeitura liberando a construção de espigões na Lapa e adjacências, comprometendo prédios históricos.
2 comentários:
Nào me causa surpresa, nesses paises, de movimentos públicos de salvaguarda de bens tradicionais que caracterizam e dão a cara da sua cultura. Surpresa seria se no Brasil surgisssem movimentos populares para preservar e manter seus monumentos tradicionais e culturais.
Há alguns anos atrás, visitando Anchieta, municipio que fica no litoral do Espirito Santo, terra onde o Padre Anchieta viveu e morreu, constatei que da sua memória pouco ou quase nada ainda existia. Pra se ter uma idéia do que aconteceu, a casa onde morou, foi transformada em cadeia pública e hoje quase nada resta. Em outro local, a Igreja que construiu, do seu interior não restava mais nada a não ser, jogado em um canto, o primeiro altar mor montado por ele, corroido por cupiins.
Esse país, por infelicidade, não cultivou o hábito de preservar a sua história, as suas tradições, a sua cultura enfim.
Tomara que ainda consigam preservar.
Até eu chegar lá.
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