por Eli Halfoun
Mamma mia: R$ 13.3 milhões é a quantia liberada pelo Ministério da Cultura para a montagem brasileira do musical de mesmo nome, que ocupará o palco do Teatro Abril, em São Paulo, ainda esse ano. “Mamma Mia” continua fazendo sucesso na Broadway, Estados Unidos, mesmo depois de ter chegado ao cinema com uma versão estrelada por Meryl Streep. A música é uma das garantias do êxito do espetáculo: foram todas criadas pelo grupo sueco Abba, incluindo o sucesso “Dancing Queen”. A produção brasileira será da T4Fque fez acordo com o Ministério da Cultura para retribuir a gentileza do milionário patrocínio: distribuirá 30 mil ingressos para sessões fechadas de idosos, deficientes e jovens especiais. Assim não precisará reduzir o preço dos ingressos.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
A classe artística ainda reclama de passar uma vida dificil. Com um governo que patrocina 13 milhões de reais para um espetáculo que dura umas três horas é para não reclamar nunca mais de uma dura vida. Desses 13 milhões a metade deve ficar no bolso dos aspones e figuras importantes desse governo. Distribuir dinheiro para artes de um modo geral é um bom pretexto para que esse governo corrupto se locuplete e se enriqueça desonestamente.
debarros, sou um crítico da Lei Rouanet e ja escrevi isso aqui, acho que empresas fazem projetos comerciais de marketing e usam o dinheiro público pra isso, assim como shows comerciais etc. O problema é que até quando tem uma certa razão vc fica nublado pela oposição "religiosa" e "messiânica" ao governo atual. Vamos lá: Sergio Rouanet foi secretário da Cultura no governo Collor, é do pensamento USP, turma ligada aos tucanos, que em seus governo nunca pensaram em fechar as brechas da tal lei. O atual governo tentou reformá-la e foi criticado pela mídia e bombardeado no Congresso por, entre outros mecanismos, aumentar a contrapartida social de empresas que se beneficiam da lei. Um projeto mudando a Rouanet e acabando com esse enorme desvio fiscal, está até hoje parado. Sabe-se que algumas editoras de jornais e revistas são grandes beneficiários da Rouanet em projetos ditos "culturais" mas que são, na verdade, de promoção de marcas comerciais. Não li sobre denúncias, a não ser que você saiba de alguma coisas e tenhas provas, de funcionários públicos desviando dinheiro de projetos culturais. Há, sim, numerosos processos na justiças envolvendo empresários e promotores culturais por irregularidades no uso dos recursos. Até porque a verba é renúncia fiscal, ou seja, esse dinheiro não passa pelo governo e não é distribuido nem repassado por ele. A empresa abate do seu imposto devido para investir no "projeto cultural". E tudo privado, debarros. Cabe ao poder público fechar essa porteira. Investir em cultura, sim, mas não que não seja essa festa para ricos, chiques e famosos.
Caro Gonça, não será preciso lembrar que há não muito longe dos dias de hoje, um Ministeriável, que foi presidente da famigerada Embrafilme, financiava – com o meu, o seu, o nosso dinheiro – projetos de filmes que nunca foram realizados. Assim esses produtores de fimes nacionais viveram, se enriqueceram e ainda estão aí, botando banca de grandes produtores. – E na área teatral tambem, Que o diga as nossas grandes damas do teatro. – Teve um deles, que vc conheceu, viveu toda a sua vida às custas desses financiamentos. E não existia essa tal de "Lei Rouanet"
sim, caro debarros, nos tempos da ditadura, época áurea da Embrafilme, o governo finanaciava filmes a torto e a direito, principalmente pornochanchadas, comédias leves, que levavam multidões aos cinemas, e até um ou outro filme mais sério, alguns tão herméticos que a censura nem se preocupava em proibir, apostando que poucos iriam vê-los ou entendê-los. Os filmes já saiam pagos, pouco importava se faziam sucesso de público ou não, custos não eram fiscalizados, havia superfaturamento, mas os militares viam nisso circo para o povo. A farra foi grande. Havia os Amaral Neto da vida produzindo centenas de documentários pagos. Daí, dizem, apartamento, sítios, carrões do mundo do cinema...
Postar um comentário