terça-feira, 13 de abril de 2010

Hoje tem marmelada?

deBarros
Hoje, na sua crônica na Folha de São Paulo, Carlos Heitor Cony, fala sobre a mania recente dos políticos, de um modo geral, iniciarem os seus discursos ou falas com o "brasileiros e brasileiras", "doutoras e doutores", e vai seguindo com as outras classes. A sua crônica destaca o elemento feminino agora presente nessas falas ou discursos. Se não me falha a memória, Getúlio Vargas começava os seus discursos com o: "Braaassiiileeiirrooss"! sendo essa forma seguida pelos oradores políticos posteriores. Quem começou modificando essa forma de se iniciar um discurso foi o presidente Sarney falando: "brasileiras e brasileiros". Os outros políticos da época entraram na jogada seguindo a escola do ex-presidente. Quem hoje não começa seus discursos, alguns previlegiando as mulheres como fazia o Sarney, outros, talvez machistas, previlegiando o sexo masculino?
Cony continua a sua crônica tecendo as suas criticas até chegar a uma das formas de comunicação com o público mais antigas que conhecemos: A do circo com o indefectível "respeitável público", que na sua opinião é a mais aceitável por igualar a todos como manda a Constituição.
Quando criança ia muito a circo e não me esqueço nunca de quando o palhaço Carequinha entrava no picadeiro, cantando:
"Macacada"
" Hoje tem marmelada?"e todos repetiam:
"Tem sim senhor!"
"Hoje tem goiabada?" e o coro alegre:
"Tem sim senhor!"
"E o palhaço o que é"?
E numa só voz o circo em peso repetia:
"É ladrão de mulher"!
Fico com a forma do Carequinha:
"Macacada"!

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