sábado, 29 de outubro de 2016

Revistas: Perdeu, Playboy, a Treats! tomou seu lugar...


por Niko Bolontrin
Desde que a Playboy americana desistiu de publicar seus tradicionais ensaios com modelos, atrizes e musas do esporte nuas, em março deste ano, a revista Treats! cresce no vácuo aberto pela publicação de Hugh Hefner.
Embora exista há alguns anos, a Treats! está bombando com capas de celebridades, quase sempre, que exibem ao estilo sem censura.

Sarah McDaniel foi capa da Playboy, vestida. 


Em jogada de marketing de provocação, a Treats! convidou a mesma modelo para  posar nua (o "t" estrategicamente colocado aí é por conta da divulgação do material nas redes sociais avessas a ousadias). Foto:Reprodução site Treats!

A ironia da concorrência: a primeira capa da Playboy na fase vestida da revista foi a modelo Sarah McDaniel. Para provocar, certamente, a Treats! convidou a mesma modelo, no último verão americano, para mostrar em um quentíssimo ensaio tudo o que a Playboy escondeu. Curiosamente, o editor da Treats! explica o aumento do fator vendas à decisão de buscar também o público feminino. Treats! - diz - é luxo, arte, moda e "erotismo inteligente", seja lá o que for isso, que mira nas mulheres tanto quanto nos homens.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Uber estuda adotar o transporte aéreo on demand. E não é ficção científica


por Ed Sá

A empresa que controla o Uber acaba de lançar um livro com seus planos para transporte aéreo on demand.

Isso mesmo, táxis voadores.

A proposta tem menos contornos de ficção científica do que parece. O propósito é melhorar radicalmente a mobilidade urbana e envolve pequenas aeronaves que poderão decolar e pousar verticalmente.

O preço de cada viagem, segundo a empresa, será acessível e compensador. Seriam veículos movidos a eletricidade.

Tecnologia existe. Mas há obstáculos a superar.

No livro, o Uber deixa claro que se propõe a participar do desenvolvimento desses "carros aéreos".

Há fábricas trabalhando ativamente em todo o mundo no aperfeiçoamento de carros elétricos, na automação da condução de veículos e no desenvolvimento de drones de transporte.

E é nessa soma de tecnologias em progresso que o Uber aposta.

Segundo Janaína Paschoal, a tia do impeachment, Putin se prepara para invadir o Brasil.






por Omelete
Nos anos 1950, os Estados Unidos viviam a paranoia de uma ataque nuclear da União Soviética a qualquer momento. Famílias assustadas pelo discurso oficial passaram a construir abrigos subterrâneos com kits de sobrevivência para enfrentar o apocalipse atômico.

Um empresa chegou a oferecer aos mais desesperados uma roupa de chumbo que, segundo os fabricantes, protegeria os ianques da radiação. Um dos acessórios desse traje era uma cueca também de chumbo com a função extra de não danificar patrióticos culhões norte-americanos e assim preservar a capacidade de reprodução humana após a catástrofe.

A direita brasileira parece viver agora a sua própria guerra fria.

Depois de Augusto Nunes, que revelou na Veja a iminente invasão do Brasil por parte de tropas da Venezuela, Bolívia e Equador, prontas para uma blitzkrieg arrasadora ao território pátrio caso Lula seja preso, agora é a vez de Janaina Paschoal, a tia do impeachment, dizer que a Rússia está montando uma base na Venezuela como ponta-de-lança de uma invasão aos grotões nacionais.

O caso virou motivo de piada nas redes sociais. Mas esses arautos da invasão falam sério.

Nem tudo é crítica na web. Alguns dos seus adeptos - sim, ambos os têm, Nunes é formador de opinião e Janaína é professora de faculdade tietada por alunos e formandos - já divulgam que Putin em pessoa está a caminho trazendo vodca e caviar para subornar a corrupta elite coxinha e os guardas das fronteiras.

Alerta geral!

Vazou na Fiesp que já estaria planejada a Sibéria brasileira. Um terrível campo de neve e gelo artificiais seria construído na região da Ribeira, em São Paulo, para receber os dissidentes. Já foi até aberta a concorrência. Uma empresa da Chechênia ganhou a licitação.

Quem puder agradeça aos avisos de Janaína e Nunes e se mande do país.

Quem não puder, trate de cavar abrigos e estocar feijão, carne de charque, cachaça, cuecas, calcinhas e fraldas geriátricas.

Pena que não fabricam mais os modelitos de chumbo.

Que doideira, maluco!

Dicas para trabalhar na Vogue, a CLT Fashion e a vida nada fácil de uma balconista de pastelaria coreana...

Reprodução


por O.V.Pochê

O governo Temer tem anunciado que fará um reforma trabalhista ampla e irrestrita. Com alguns direitos que incomodam governistas e empresários no alvo da ofensiva demolidora. Se suas excelências estão na fase de aprimorar o projeto que detona a CLT, as editoras da revista Vogue elaboraram sugestões inacreditáveis para a área que nos interessa: o jornalismo. 
Quer ver? É uma espécie de CLT Fashion. 
Sério.  
A descrição da rotina de uma repórter da revista lembra a de uma funcionária de uma dessas pastelarias coreanas autuadas pela fiscalização porque a equipe dorme e come, quando come, na firma. 
Duvida? Substitua as palavras assinaladas em preto pela equivalente (em vermelho).  
Acredite, não é para explicar, só para confundir. Ou rir.
O texto abaixo, sem os complementos em vermelho, claro, foi publicado na Vogue

"Daniela Falcão, Silvia Rogar e Barbara Migliori (digamos Kim, Mi-cha e Kyung-Soon) comandaram um bate-papo informativo e bem-humorado, nesta tarde de sexta-feira (21.10), na Marina da Glória, indicando o caminho das pedras para se trabalhar na revista (ou em uma pastelaria coreana), revelando histórias de bastidores do dia a dia da Vogue (ou da lanchonete).

Além da boa escrita (para anotar os pedidos), do imprescindível domínio do português (um dos problemas nas pastelarias coreanas é o idioma) e de um profundo conhecimento de história de moda (do fast food) - um mestrado especializado também sempre cai bem -, o team Vogue (ou a rede de pastelarias, digamos, a fictícia Tayeang) elaborou uma lista de pré requisitos que, nos dias de hoje, com todas as mudanças de paradigma, vão te ajudar a chegar lá.

1. Ter boa memória e bom humor
Numa semana de moda (ou do fast food) são desfilados aproximadamente 5.000 looks (pastéis). E Vogue (a Tayeang) costuma cobrir 4 semanas de moda (de fast food)- 20 mil looks (pastéis) - , fora as coleções Cruise (croquete) e showrooms ( ou o mostruário de empadas, frango a passarinho, linguiça e calamares fritos)!

2. Dormir apenas 5 horas por noite
Perseguir o ineditismo - furo jornalístico (ou o pastel perfeito) - não é tarefa fácil. Para isso, Vogue (ou a pastelaria Tayeang) tem plantonistas que começam a olhar as notícias (o menu do dia) às 6 horas da manhã. Fora isso, trabalhar com moda (fast food) requer se fazer presente em mais de um evento (um balcão) por noite, e ainda se divertir na festa!

3. Flexibilidade física e emocional
A vida útil do joelho de um stylist (ou balconista de pastelaria) costuma ser mais curta: ele passa o dia ajoelhado, ajeitando a roupa (o avental) no seu modelo. Além disso, para trabalhar na Vogue (ou na Tayeang) é preciso aguentar o tranco e viver na pressão por conta do volume e da intensidade de notícias (pedidos) mirando a excelência.

4. Saber fazer as unhas e se maquiar sozinha
Não são raras as vezes em que o pessoal da redação (da pastelaria) emenda num evento. Para estar impecável, é preciso fazer das tripas coração e arrebentar no autodidatismo.

5. Gostar de tirar selfie com os outros
Faça chuva, faça sol, esteja você linda ou descabelada. Todo mundo espera que quem trabalhe na Vogue (e na pastelaria  Tayeang ) esteja sempre pronto para fazer um selfie. Dica? Treine seus melhores ângulos na frente do espelho.

6. Se multiplicar e ser multitasking
Ser pivô em 3 festas (balcões) numa mesma noite, escrever a crítica (anotar o pedido) de um desfile (ou uma fornada de pastéis) a caminho de outro (a), postar o primeiro look (bandeja) da passarela (do balcão) prezando pelo ineditismo, fotografar bem e sair bem em foto, escrever bem, falar bem com as pessoas. A mediocridade não tem vez na Vogue (nem na pastelaria Tayeang).

É preciso jogar bem nas 11 posições (na cozinha, nas mesas, no balcão, no forno, na limpeza do banheiro, no caixa, no estoque, na higienização do salão, no cuidado com a validade da mercadoria e ao lavar a louça).

Inovar é preciso: Revista Quem de visual novo

por Flávio Sépia
Segundo o Jornalistas & Cia antecipou, a revista Quem Acontece celebra seus 16 anos com novo projeto gráfico nas versões impressa e on line.

A sofisticação é o tom da reforma. Mudanças no logotipo, nas fontes de textos, novas formas de apresentação de títulos, além de recriação do design de matérias, completam a "plástica".

Com um peeling aqui e um botox ali, um preenchimento acolá, a Quem, aparentemente, busca alcançar um público mais qualificado, segmento tradicionalmente mais avesso ao chamado jornalismo de celebridades.

De um modo geral, a mídia impressa tem sido obrigada a recorrer a múltiplas estratégias para recuperar espaço perdido. Inovar é preciso.

Segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação), a circulação das revistas permanece em patamares nada confortáveis.

Um dado extra: o Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas de São Paulo (SindjorSP) já registrou em pesquisa que a cada dia útil uma banca fecha ou é ameaçada de fechamento na capital. Muitas das que resistem transformam-se em pequenas lojas de conveniência. Um complicador a mais na reconfiguração do mercado.

Kate Middleton de topless: fotos de paparazzi vão parar na justiça...


por Jean-Paul Lagarride 

Há quatro anos, a revista francesa Closer publicou fotos paparazzi de Kate Middleton, a duquesa de Cambridge. A  popular madame William tomava sol no terraço de uma mansão no Sul da França quando foi flagrada fazendo topless enquanto o filho da rainha passava protetor nas costas da mulher.

Na época, o casal entrou com processo pedindo a identificação dos fotógrafos que fizeram as imagens.

A conta pode estar chegando: a justiça francesa informou que a diretora de redação da Closer, o presidente do grupo Mondadori, o diretor do jornal La Provence e mais três fotógrafos serão julgadas sob a acusação de violar a intimidade da Middleton.

Além da Closer e do La Provence, a revista italiana Chi, da Mondadori (editora que também é dona da Closer), a sueca Se och Hörmesma e a dinamarquesa Se og Hoer também estamparam os peitos reais nas suas páginas.

O julgamento está previsto para o ano que vem e gera grande polêmica. A suposta invasão de intimidade é contestada já que o terraço onde a duquesa tomava sol é visível da estrada, o que não configuraria invasão. Os acusados ainda não informaram se poderão recorrer da decisão ou se farão a defesa apenas por ocasião do julgamento previsto para 2017.

As fotos eram exclusivas e a mídia brasileira, na ocasião, limitou-se a reproduzir páginas da Closer e da Chi.

Blogueiro brasileiro Leonardo Sakamoto e Agência Pública são indicados para prêmio de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteira

por Flávio Sépia
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com sede em Paris, uniu-se à rede de televisão TV5 Monde para celebrar jornalistas e meios de comunicação que se destacam na defesa da liberdade de informação”. Serão premiadas as categorias Jornalista, Meio de Comunicação e Jornalista Cidadão. O site brasileiro de jornalismo investigativo Agência Pública, de São Paulo, é um dos concorrentes.
O jornalista brasileiro Leonardo Sakamoto foi indicado na categoria de jornalista cidadão, pela sua atuação no Blog do Sakamoto. Com um intenso trabalho em prol dos direitos humanos e denúncias de trabalho escravo, entre outras intervenções, Sakamoto tem sido alvo de ameaças da direita brasileira e sofreu uma campanha de difamação empreendida por uma grande empresa de alimentos. Um jornal de Minas Gerais chegou a publicar um entrevista falsa com ele, como parte de um tentativa de intimidação do jornalista.
Os Prêmios Repórteres Sem Fronteiras – TV5 Monde pela Liberdade de Imprensa 2016 serão entregues em Estrasburgo, na França, em 8 de novembro.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Carlos Alberto, o eterno Capitão do Tri

por José Esmeraldo Gonçalves

Foi a primeira Copa do Mundo com transmissão de TV, ao vivo, para o Brasil.

Naquele dia, 21 de junho de 1970, milhões de brasileiros - quase os 70 que o IBGE escalava para a população - viram quando Pelé recebeu a bola de Jairzinho, pressentiu a chegada acelerada de Carlos Alberto, esperou por alguns segundos e fez um passe milimétrico.

Sem parar ou sequer diminuir a velocidade o capitão mandou uma pedrada que virou história e, mais do que selar a goleada do Brasil (4 X 1) sobre a Itália, carimbou o Tri.

Carlos Alberto, o Capitão, morreu ontem, no Rio de Janeiro, aos 72 anos.

Aquele gol, a brilhante trajetória e o exemplo de integridade e profissionalismo ficam para sempre.

Em 1970, Manchete lançou um número histórico sobre a vitória da seleção na campanha do México. A edição de 160 páginas, 90 em cores, reunia o melhor da cobertura da Copa feita pelo repórter Ney Bianchi e pelos fotógrafos Orlando Abrunhosa e Jáder Neves.

Muitas dessas imagens exclusivas da Manchete eternizam o Capitão em lances cruciais de várias partidas. Algumas estão aqui reproduzidas do número especial da revista.

Infelizmente, a edição não registra todos os créditos individuais, mas ambos, Orlandinho e Jáder, eram craques do ramo - especialistas em captar a 'intimidade" do jogo, as expressões e os gestos que acompanhavam a ação -, assim como era excepcional no seu texto preciso o escriba Ney Bianchi.

Carlos Alberto contra Bobby Moore: parada indigesta. Reprodução Manchete

Com o Tri garantido, o abraço emocionado em Pelé. Reprodução Manchete




O trio do Tri: Jáder Neves, Orlando Abrunhosa e Ney Bianchi cobriram a jornada da seleção para a Manchete. Reprodução Manchete 

Carlos Alberto comemora o gol que selou a conquista. Reprodução/Edição Especial Manchete 
Cortando o bolo da vitória, ao lado de João Havelange. Reprodução Manchete



Com a taça, na abertura da edição especial assinada por
Zevi Ghivelder. Reprodução Manchete

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Carlos Alberto na Copa da Alemanha: 
um breve encontro

Na Copa de 2006, o Brasil, já então pentacampeão, não ligou o nome nem a glória esportiva ao que aconteceu em campo. O time ficou abaixo da crítica.

Quem ficou acima no item reverência da imprensa internacional foi a dupla Carlos Alberto e Pelé. O Capitão tinha como seu anfitrião especial o amigo Franz Beckenbauer, com quem jogou no Cosmos. Pelé quase não podia se movimentar tamanho o assédio da mídia global.

Carlos Alberto era um dos convidados da Casa Placar montada pela Abril às margens do rio Reno, em Colônia. O espaço virou um ponto de encontro da torcida brasileira, com direito a telões que transmitiam os jogos com narradores e comentaristas especiais. Patrocinada pela Brahma, entre outros apoiadores, a Casa Placar promovia festas regadas a chope após os jogos. Claro que tornou-se o point no "Baixo" Reno, em Colônia.

Tive o prazer de cobrir para a revista Contigo uma homenagem que o Deutches Sport & Olympia Museum, que ficava bem ao lado do espaço da Placar, prestava a Pelé: o pé direito do craque, esculpido em bronze, ganharia uma vitrine especial no acervo da instituição. Enquanto esperava o homenageado, entrei em uma breve roda de conversa com o Capitão. A seleção era o assunto principal. O Brasil, àquela altura, tinha vencido, mas não convencido, a Croácia e a Austrália. Carlos Alberto não me pareceu tão empolgado com aquelas atuações.

Como comentarista, enxergava defeitos. Como torcedor, talvez esperasse que a sequência de jogos fizesse o time evoluir até o momento de enfrentar adversários realmente fortes.

O Brasil, com a ajuda da tabela, ainda passaria por Japão e Gana. A evolução não veio e a seleção caiu diante do primeiro adversário de tradição, a França, nas Quartas-de-Final.

Mas naquele dia, inevitavelmente, o papo também incluiu a Copa de 70, comparações, níveis e diferenças. O Brasil tinha aquele timaço e, na tabela da Copa do México, não cruzou com adversários fracos. Nada de mané Japão ou Austrália ou Gana. Antes da final com a Itália, a seleção enfrentou a então Tchecoeslováquia, Inglaterra, Romênia, Peru, que era um time de respeito, com Cubillas, Gallardo e companhia, e o Uruguai. O Capitão admitiu que embora a Copa, na época, tivesse menos menos jogos, os adversários eram duros e de maior tradição no futebol. Ele apontou, então, os dois que considerou mais difíceis: o Uruguai, pela rivalidade e pelo "fantasma" de 1950 e a Inglaterra, pela categoria do time e pelo paredão que era o goleiro Gordon Banks. A final contra a Itália, como o placar (4 X 1) mostrou, foi até fácil.

Logo Pelé chegou, o papo se encerrou e Carlos Alberto foi receber o amigo.

E eu adicionei à memória, bem ao lado da imagem que ficou gravada do célebre gol contra a Itália, um dos mais belos de todas as Copas, aqueles minutos de agradável conversa com o Capitão do Tri. (J.E.Gonçalves)

Carlos Alberto em Colônia, 2006. (Foto:J.E.Gonçalves) 




E na homenagem do Deutsches Sport & Olympia Museum ao amigo Pelé. (Foto: J.E.Gonçalves)


REVEJA O GOL HISTÓRICO NA COPA DE 1970

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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Celular Kodak Ektra - Um debate entra em foco: os smartphones substituirão as câmeras?



por Jean-Paul Lagarride

O jornalista Roberto Catania levantou, essa semana, na revista italiana Panorama, uma questão atual: os smartphones substituirão as câmeras fotográficas compactas?

Talvez, avalia ele, ao sugerir que a questão é mais de semântica.

Os celulares não exterminarão as câmeras; os celulares estão, a cada dia, transformando-se em câmeras compactas que se comunicam, interagem, mandam e recebem mensagens, dados e, principalmente, geram, enviam e recebem fotos.

Fabricantes de câmeras consagradas como Leica e Hasselblad, além das famosas lentes Zeiss, já operam parcerias com marcas de smartphones. Agora, a Kodak - na verdade, o grupo Bullitt, que adquiriu a empresa - lança um modelo de celular com design inspirado em uma das suas câmeras mais populares, a Ektra, lançada em 1941.

A ideia é agradar aos nostálgicos mas também aos fotógrafos amadores e profissionais - o Kodak Ektra vem com dispositivos virtuais semelhantes aos usados nas câmeras DSLR e oferece um série de modos de operação (Smart Auto, Portrait, Sports, Bokeh, Night-time, HDR, Panorama, Macro, Landscape, Film / Video e Manual).

O modo Manual deve despertar o interesse dos fotógrafos profissionais, assim como a discreta empunhadura na sua base com botão de disparo, o que dá mais firmeza ao bater a foto.

O modo Film, que pode imitar o visual icônico dos filmes Super 8mm da Kodak, é um mais um toque vintage.. Preço estimado: 550 dólares. Deve chegar ao mercado ainda esse ano.

Um pouco de história...

A Ektra, da década de 40
A Ektra chegou ao mercado em 1941 como uma tentativa da Kodak de concorrer com as alemãs Leica e Contax, com uma linha de câmera, lentes e filmes 135mm.


O modelo Ektra 10, anos 80


E a mesma Kodak Ektra que foi oferecida como brinde para assinantes da revista Fatos, em 1985. com direito a logotipo Kodak Fatos, como se vê no corpo da câmera. 

Já nos anos 1980, um novo modelo, a Ektra 10, em versão popular, foi comercializado no Brasil. Na época do lançamento da revista Fatos, da Bloch, era essa a câmera que o marketing da empresa oferecia como brinde aos assinantes da publicação.

Josiane Magalhães: fotógrafa mineira se especializa em ensaios sensuais femininos sob encomenda. É o álbum fotográfico "on demand"

Reprodução blogdescalada.com

Foto : Acervo pessoal Jo Magalhães

Foto: Jo Magalhães

Foto: Jo Magalhães


(do Blogdescalada)

A fotógrafa mineira Josiene Magalhães, por um acaso do destino, especializou-se no que ela mesmo intitula de “fotografia feminina”. Assim Jo, como gosta de ser chamada, começou a lapidar uma especialidade focada em um nicho específico, o qual procura fotografar essencialmente mulheres que desejam presentear os maridos com um álbum sensual. Magalhães, que é formada em jornalismo, possui experiência de 10 anos trabalhando como fotógrafa profissional.

A partir deste tipo de demanda, realizada sempre com muito bom gosto e talento, tudo começou a ganhar dimensões que já transcendiam os parâmetros que estabeleciam um simples ensaio fotográfico.

Por meio de suas lentes a fotógrafa mineira começou a perceber que cada uma de suas modelos, ao final de cada ensaio, ficavam com a auto-estima renovada e visivelmente sentiam-se mais confiantes. Como todas as suas clientes ficavam satisfeitas com o resultado, o marketing de boca-a-boca fez com que uma escaladora entrasse em contato com Jo com um pedido singular : realizar um ensaio no mesmo estilo do Stone Nudes (trabalho realizado pelo fotógrafo americano Dean Fidelman). Magalhães, que já tinha praticado escalada em sua vida e já conhecia o trabalho pedido pela cliente, aceitou o desafio e, assim, viu nascer um novo estilo em sua galeria de habilidades fotográficas.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA E VEJA MAIS FOTOS NO BLOGDESCALADA, 
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domingo, 23 de outubro de 2016

Convite do concurso Miss Bumbum 2016: santa polêmica...


por Ed Sá
O Miss Bumbum 2016 deflagrou uma ira santa. Para anunciar a final do concurso, os organizadores divulgam uma peça de propaganda que lembra o quadro A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci. Católicos consideram a foto uma demonstração de apelação e desrespeito. Nas redes sociais, as criticas condenam a exploração de um símbolo religiosos e também a redução da mulher aos seus atributos físicos.
O organizador do concurso, Cacau Oliver diz que não pensou em momento algum em desrespeitar religiosos.
Não foi a primeira vez que o Miss Bumbum faz referência ao famoso quadro. Em 2011 (abaixo), um anúncio até mais elaborado reuniu "santas" para uma ceia biblicamente caracterizada.
Aparentemente, dessa vez a polêmica é maior e a foto repercutiu até no exterior.


sábado, 22 de outubro de 2016

A ficha de Crivella e a Operação "Calma Aí, Cunha!"



por Flávio Sépia 

A Veja está nas bancas com duas capas.

No alto, o bispo licenciado Marcelo Crivella posa para uma "selfie" policial "obrigatória". Segundo a revista, tal ficha andava escondida há anos.

O líder evangélico seria o responsável pela construção de um templo do conglomerado da Igreja Universal. O terreno foi invadido e Crivella não se conformava com a demora da reintegração judicial e tentou tomar na marra e retirar uma família da área pendente.

Na época, ele também trabalhava na Empresa de Obras Públicas do Estado, durante o governo de Moreira Franco. Foi detido. A revista dá mais detalhes do inquérito.

Na outra capa, a Veja estampa Eduardo Cunha, ex-louvado e exaltado quando conquistou a Câmara dos Deputados. A revista opina na chamada que a cela do político vai lotar. Será?

Pelo menos uma consultoria internacional, segundo a BBC Brasil, avalia que elites empresariais e políticas agem para garantir a contenção de danos e blindar nomes do governo eventualmente na mira de Cunha. Ainda não é possível antecipar se o preso fará delação premiada. E, se o fizer, se o acordo será aceito pela Lava Jato.

Um colunista da Veja defende que "a partir de certo ponto, a delação vira o outro nome da impunidade". Tudo indica que o "certo ponto" é Cunha. Nos últimos dias, esse tipo de opinião ganhou força entre políticos, juristas alinhados com o governo e colunistas idem.


Já a capa da Época analisa aspectos já revelados da arrecadação operada pela chapa Dilma-Temer nas últimas eleições. Na teoria, denúncias que se efetivadas poderiam alcançar o atual presidente. Na prática já circulam opiniões até de ministro do STF que embutem parecer de que Temer é Temer, Dilma é Dilma e as contas são separadas. Cunha poderia enterrar essa versão caso sua delação seja um dia, quem sabe, aceita.

Dizem que o ex-presidente da Câmara é metódico e tem na sua caixa preta "recuerdos" de momentos especiais. Se é folclore ou não, especula-se que o ex-deputado guardava desde guardanapo com rabiscos e cifras a vídeos, documentos com firmas reconhecíveis, fotos de churrascos e comes e bebes, emails, orkut, face, whatapps, bilhetinhos e canhoto de entregas a domicílio.

Daí, estaria em curso uma monumental "Operação Calma Aí, Cunha!"

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Vaza o título da delação premiada de Cunha: "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado"

Reprodução Facebook

Reprodução Facebook

por O V. Pochê

Na próximas semanas, o Brasil viverá o suspense de aguardar duas listas: uma, a relação de participantes do BBB Brasil é certa; a outra, o listão dos corruptos incluídos na delação premiada de Eduardo Cunha ainda é incerta.

O fato é que ontem, após a prisão do ex-festejado presidente da Câmara, motoboys cruzavam constantemente as guaritas do Palácio do Planalto, do Senado, da Câmara, do STF, do TCU, do Setor das Mansões e dos condomínios de imóveis funcionais fazendo entregas rápidas de Diazepan, Lorezepan, Sintocalmy, Tensart, Lexotan, Rivotril e até supositórios de camomila em embalagem industrial.

Tem autoridade desligando a TV ao ver que vai passar o filme "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado".

O que acalma o pessoal, mais do que os tranquilizantes, são comentários e indícios de que duas hipóteses seriam mais prováveis: Cunha, como já teria afirmado, diz que não é homem de entregar a rapadura e não fará delação; ou Cunha reverá essa posição, liberará o dossiê acusatório, mas sua delação não será aceita, como já ocorreu em mais de um caso.

O ex-deputado, de qualquer forma, teria passado os últimos meses a formatar sua papelada preparando-se para ligar o ventilador.

Políticos mais otimistas, potencialmente inseridos no listão, especulam que a delação premiada de Cunha só ocorrerá se mirar nomes do PT. Aí, no pacote, poderá sobrar para figuras de todos partidos que se relacionaram com o poderoso ex-deputado do PMDB do Rio de Janeiro.

Se o dossiê não incluir Lula e companhia, se mirar apenas em parte do PMDB e no PSDB, as chances de aceitação despencarão. Tudo isso, claro, são cenários que Brasília faz nesses dias de pânico.

Políticos pessimistas acham que Cunha é vingativo e o imaginam em seus pesadelos como a figura ao lado, ameaçadora e de dedo em riste.

O furacão de memes que varreu a internet, ontem, é um sinal de que os brasileiros torcem para que Cunha abra a caixa preta.

Mas até que esse enigma seja esclarecido, não passa nem um micro nanotubo no esfíncter da República.

Duvida? Confira os dois emoticons mais usados por suas excelências, no momento, em troca de mensagens pelo Whatapps.





E veja a fila do check-in do aeroporto de Brasília, hoje de manhã. Foi o embarque para o exterior de políticos que subitamente pediram licença para tratamento de saúde no Panamá, nas Bahamas e na Suíça.



Relatório Durex: Pesquisa mundial mostra que o Brasil é o país em que os jovens perdem a virgindade mais cedo...




por Jean-Paul Lagarride

Uma pesquisa feita pela Durex, fabricante de camisinhas, constatou que indianos, indonésios e malaios são os povos que mais retardam a perda da virgindade.

Na Índia, a primeira relação sexual ocorre, em média, aos 22 anos e meio; 23,6 na Indonésia e 23,7 na Malásia. O caso da Índia surpreende. É a terra do Kama Sutra. Mas a juventude local parece não ler o livro.

O Brasil, com a média de 17,3 anos para a estréia sexual, lidera o ranking mundial.

Em segundo lugar está a Colômbia e em terceiro a Áustria, que só parece um país de jovens frios nos cartões postais.

O Japão é meio devagar: o sushi sexual só é servido lá aos 20 anos e quatro meses, em média. Nos Estados Unidos, um jovem corre o risco de ser convocado para uma das inúmeras guerras em que o país se envolve antes mesmo de botar sua bazuca para funcionar.

Na Coréia do Sul, os jovens parecem mais rápidos em fabricar celular do que estabelecer uma conexão real entre si. Só se ligam aos 22 anos e um mês.

A pesquisa foi feita em 37 países, em 2012, tratava-se de uma iniciativa interna, de marketing, sem previsão inicial de divulgação. Recentemente foi publicada no The Sun.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Fotografia: instantes que definem o pesado clima da atual campanha eleitoral americana

por Niko Bolontrin
Matéria no site da Columbia Journalism Review aponta fotos que considera representativas da atual campanha eleitoral americana. E não é para elogiar. Cinismo, hostilidade, ironia e sátira visual são elementos presentes. Não por acaso, a atual corrida eleitoral tem sido considerada a de mais baixo nível da história. Essas e outras fotos foram reproduzidas no Instagram e no Twitter.
Hilary pressionada por repórteres.

Ted Cruz: o então pré-candidato era pro-armas

Por um instante, a imagem de Trump evoca a saudação nazista. 
VEJA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DA COLUMBIA JOURNALISM REVIEW, CLIQUE AQUI


Pai trola filha para criticar as selfies sensuais da menina...




Reproduções Instagram

por Clara S. Britto

Cansado de pedir à filha Cassie, de 19 anos, que parasse de postar selfies sensuais no Instagram, o pai da menina, Chris, que trabalha no controle de estoques de uma loja e, nas horas vagas, ganha uns trocados como comediante em eventos comunitários, partiu para a gozação e recriou poses da filha.

O caso chamou a atenção da revista US Weekly, que entrevistou a ambos.

Na rede, Chris foi chamado de idiota por outros pais, mas ganhou apoio da maioria.

Cassie achou engraçada a tática do pai para criticar suas selfies, mas não se comprometeu a mudar seu estilo.

Parem de dizer besteira: FORRÓ VEM DE FORROBODÓ

por Jean-Paul Lagarride
Primeiro foi o filme nacional For All/ O trampolim da vitória, de 1997, que mostra a atuação dos militares norte-americanos em 1943 na cidade brasileira de Parnamirim, nos arredores de Natal, no Rio Grande do Norte, durante a construção da maior base militar fora dos EUA em plena Segunda Guerra Mundial. 
A partir do título, o filme veicula a tese de que a palavra “forró” se originou dos bailes “para todos” (“for all”) promovidos pelos gringos.
Agora a Polícia Federal embarca na mesma canoa furada. Em nova e meritória ofensiva em defesa do dinheiro público, decidiu batizar a operação de For All (o alvo são várias bandas de forró que “esqueceram” sistematicamente de declarar seus ganhos nos últimos anos e de pagar o devido imposto.) 
A origem da palavra “forró” ainda é gringa, mas desta vez a fonte é outra. Citamos O Globo de hoje, quarta-feira, 19/10: 
“Segundo a PF, o nome da operação, “For All” (“para todos”, em português) tem relação com a origem do nome forró. Há notícias de que, no início do século XX, engenheiros britânicos instalados em Pernambuco para construir uma ferrovia promoviam bailes abertos ao público, “for all”. O termo passou a ser pronunciado ‘forró’.”                  
Para desfazer este ledo e ivo engano, basta consultarmos a básica Wikipedia, que se valeu dos conhecimentos de nosso maior etimologista, Mestre Evanildo Bechara. Leiam abaixo – as versões em gringuês, inclusive, são mencionadas e devidamente contestadas. 
Origem do nome
 O termo "forró", segundo o filólogo pernambucano Evanildo Bechara, é uma redução de forrobodó, que por sua vez é uma variante do antigo vocábulo galego-português forbodó, corruptela do francês faux-bourdon, que teria a conotação de desentoação[1]. O elo semântico entre forbodó e forrobodó tem origem, segundo Fermín Bouza-Brey, na região noroeste da Península Ibérica (Galiza e norte de Portugal), onde "a gente dança a golpe de bumbo, com pontos monorrítmicos monótonos desse baile que se chama forbodó"[2][3][4].
Na etimologia popular (ou pseudoetimologia) é frequente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos).[2] Para essa versão foi inventada uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco por Natal (Rio Grande do Norte) do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa cidade.[5]
Apesar da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo. Em 1912, estreou a peça teatral "Forrobodó", escrita por Carlos Bettencourt (1890-1941) e Luís Peixoto (1889-1973), musicada por Chiquinha Gonzaga[6] e em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base militar em território potiguar, a palavra "forró" já se encontrava registrada na história musical na gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel Queirós e Xerém[3].
Histórico
Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" ou ainda "forrobodão"já em fins do século XIX.[7]
O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Nos anos 60 grandes forrozeiros fizeram sucesso, tais como Luiz Wanderley, Nino e Trio Paranoá, Sebastião do Rojão, Zé do Baião e muitos outros que, posteriormente, caíram no mais completo esquecimento. Uma possível causa para esse ostracismo vivido pelos cantores de forró dos anos 60 e 70 na atualidade pode ser o desinteresse do grande público pelo forró tradicional, aliado à falta de apoio por parte dos grandes artistas da MPB regional.
Nos anos 1970, surgiram, nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luiz Gonzaga, Marinês, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda) e outros surgiram. Foi nessa década que surgiu a moda do forró de duplo sentido, consagrada pelas composições e interpretações de João Gonçalves. Outros grandes cantores do período foram Zenilton e Messias Holanda.
A década de 1980 foi de crise para o forró, o que fez com que grandes nomes do gênero carregassem na maliciosidade das letras para atrair a atenção do público. Foi a década do chamado "forró malícia" representado por nomes como Genival Lacerda, Clemilda,Sandro Becker, Marivalda entre outros. Foi nessa década que a bateria (esporadicamente utilizada nos anos 70) foi inserida oficialmente na instrumentação do gênero, assim como a guitarra, o contrabaixo e, mais raramento, os metais. A década de 1980 terminou sem que o gênero conseguisse recuperar o prestígio e, nos anos 1990, surgia um movimento que procurou dar novo fôlego ao forró, adaptando-o ao público jovem; era o nascimento do reinado das bandas de "forró eletrônico", surgidas no Ceará, cuja pioneira foi a Mastruz com Leite. Outros grandes nomes desse movimento são Calcinha Preta (que impulsionou o crescimento do forró pelo Brasil e pelo mundo a fora), Cavalo de Pau, Magníficos e Limão com Mel.
 Referências
1. BECHARA, Evanildo (2009). Minidicionário da Língua Portuguesa Nova Fronteira [S.l.] p. 957. ISBN 9788520921852.
2. ↑ Ir para:a b Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete "forrobodó"
3. ↑ Ir para:a b Sobre Palavras - Forró vem de "for all"? Conta outra!, Sérgio Rodrigues, Revista Veja, 4 de agosto de 2011
4. José Augusto Carvalho. . "A origem forrobodó". Conhecimento Prático Língua Portuguesa (53). Editora Escala.
5. ↑ a b c Mvirtual. «Forró - Origens e Manifestações atuais». Consultado em 13 de janeiro de 2012.
6. ChiquinhaGonzaga.com - peças teatrais
7. IEnciclopédia da Música Brasileira: p. 301.
8. Ricardo Schott (Janeiro de 1995). «Raimundos: A corrida do ouro». Super Interessante


Imprensa: a notícia possível


por Elstor Hanzen (para o Observatório da Imprensa)

Um dos livros mais interessantes sobre o processo produtivo do jornalismo e, por consequência, da própria construção da realidade social, é do pesquisador espanhol Miquel Rodrigo Alsina: A construção da notícia. A obra de teorias do jornalismo e da notícia reflete que o noticiário não é só resultado de um trabalho profissional de produção de textos, e muito menos uma simples representação da realidade, mas o resultado de um processo de construção que começa com a compreensão da realidade na qual os eventos acontecem, resumindo o processo em três fases – seleção, hierarquização e tematização da informação. Assim a mídia realiza uma atividade especializada da qual depende a construção da própria realidade social.

Alsina faz a seguinte definição: a notícia é uma representação social da realidade cotidiana, gerada institucionalmente e que se manifesta na construção de um mundo possível. Ela “é gerada numa instituição informativa que pressupõe uma complexa organização”. Mas, além disso, o papel da mídia é institucionalizado e tem a legitimidade de gerar a realidade socialmente relevante.

Embora se esteja diante de um processo complexo de produção industrial da notícia, a mídia não mostra isso com facilidade, pois quer transmitir a autoimagem sobre seu trabalho como sendo apenas uma receptora e retransmissora de informações – uma espécie de reprodutor da realidade. E, justamente por esse ser um contexto pouco conhecido da grande maioria da população, os conceitos de jornalismo como espelho da realidade e da objetividade jornalística tiveram terreno fértil por muito tempo.

A objetividade como estratégia

No livro, o pesquisador chama esses conceitos de táticas para ocultar o verdadeiro funcionamento da produção noticiária e, agrupando outros autores ao seu pensamento, faz um percurso pelo desenvolvimento do acontecimento e sua importância antes de ganhar a grande massa midiática da atualidade. “O jornalista é o autor de um mundo possível que se manifesta em forma de notícia. Na construção da notícia estão presentes três mundos distintos e que estão inter-relacionados; são eles: o mundo ‘real’, o mundo de referência e o mundo possível.”

O autor explica que o mundo real ou o mundo dos acontecimentos é onde o jornalismo recolhe parte das informações; o recorte é feito com base no mundo de referência – cultura, conhecimento, orientação editorial do veículo –, quando se estabelece a verossimilhança com os fatos conhecidos e recolhidos do mundo real; e daí se constrói o mundo possível com marcas da veracidade.

Evidentemente que tais procedimentos ocorrem dentro de um modelo de conveniência política, ideológica e fatores técnicos do órgão de comunicação que confecciona a notícia. Com isso a produção se reduz, basicamente, em seleção, hierarquização e tematização: contato direto e geral aos acontecimentos – exclusão/inclusão; atribuição de importância menor ou maior ao fato na edição e estabelecer os temas que devem centrar a atenção da opinião pública, respectivamente. Assim, o espanhol conclui que quando mais avançar na ordem desse processo maior será a discricionariedade do produtor, ou seja, o poder de controle e de interferência do profissional e do veículo de comunicação será maior na parte da hierarquização e da tematização dos assuntos, a saber.

A objetividade no jornalismo foi adotada por vários motivos, inicialmente nos EUA, para viabilizar uma ideologia de modelo liberal de imprensa. Tem como proposta básica desvincular os fatos do seu contexto histórico e de qualquer tipo de classe, além de neutralizar o sujeito do enunciado, o que de forma alguma é factível, ressalta Alsina. Seria o mesmo que excluir o observador da coisa observada. O conceito, aliás, nunca foi imutável à crítica e enfrentou sua maior crise nos anos de 1960, com o aparecimento do “novo jornalismo”, muito mais subjetivo e flexível na estrutura narrativa dos fatos, inclusive focado em contar mais os pequenos acontecimentos do cotidiano.

Ademais, conforme Alsina, o século 20 foi marcado pela utilização dos meios de comunicação para fins políticos e de guerras, o que acabou de vez com a ideia da objetividade como requisito de verdade das notícias. Como estratégia militar, exemplifica o autor, a informação pode sofrer um apagão ou vier em excesso. No primeiro caso, usam-se dados técnicos para justificar a não publicação, sonegando os fatos do conhecimento público; no segundo, a hiperinformação e as imagens chocantes são dadas para desviar a atenção da opinião pública da verdade, como no caso da Guerra do Golfo em 1990, por exemplo.

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Esquentando... UOL terá camarote na Marquês de Sapucaí

Segundo o Meio & Mensagem, o UOL terá um espaço exclusivo na Marquês de Sapucaí durante os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Pela primeira vez, o portal terá um camarote próprio no Sambódromo, onde receberá convidados e promoverá shows.
O UOL realizará, ainda, dois bailes em São Paulo e cobrirá os carnavais de outras cidades.

"Kim Kardashian do Bolsa Família" doa R$ 75 milhões para campanha eleitoral". Ooopps! Desculpe aí. São 75 reais... Ou 750 reais... E o nome dela é Geni

ONTEM
HOJE

AGORA


Se a notícia interessar, embrulha e manda? Então, tá.

Ontem, o Globo divulgou na primeira página uma espantosa informação do TSE. Uma beneficiária do Bolsa Família, uma só, doou R$ 75 milhões para campanha eleitoral.

O povo diz que acredita em qualquer coisa quem está louco de vontade de ver como verdade o boato.

O Bolsa Família, como, de resto, a maioria das políticas sociais, é desde o minuto zero detestado pelo neoliberalismo.

A "notícia" viria a calhar para desmoralizar de vez o instrumento de renda auxiliar.

Tome primeira página.

No mínimo, tenha a suposta  beneficiária (agora ela passou a ser chama da suposta) originado o erro ou não, uma doação tão monumental mereceria uma investigação própria por parte da mídia.

Hoje, em página interna, o jornal publica um "foi mal". Os 75 milhões de reais das contas de uma candidata a vereadora que não se elegeu eram, na verdade 75 reais.

Pra confundir mais um pouco, ou esclarecer, sabe-se lá, o G1 diz agora que a doação foi de 750 reais...

Parece até música do Gonzagão: "Eu lhe dei vinte mil réis/Prá pagar três e trezentos/Você tem que me voltar/Dezesseis e setecentos!/Dezessete e setecentos!/ Dezesseis e setecentos!..."

Fazer o que? Nesses momentos o "jornalismo" não se diferencia das fantasiosas e às vezes até hilárias, de tão absurdas, correntes de email.

Se o TSE errou ao divulgar, o jornal também vacilou ao publicar a "notícia" sem sequer tentar descobrir quem seria essa bilionária "Kim Kardashian do Bolsa Família" e para quem ou quais candidatos ela teria doado toda essa bufunfa.

Ontem, alegava-se "sigilo da investigação", hoje, rapidinho, isso foi esquecido e candidata e contador já são até entrevistados.

Em tempo: a doadora chama-se, na verdade, Geni. Pois é, jogaram merda na Geni e ela é inocente.

Sem falar que o Bolsa Família é uma espécie de Geni para a direita brasileira.

O TSE está investigando irregularidades em doações para campanhas eleitorais, o que é sua obrigação. Diz-se que os valores ultrapassam o bilhão de reais. O ideal é que seja transparente e divulgue nomes de doadores (o que é público e obrigatoriamente deve constar das contas dos candidatos) e destinatários das doações.

Depois de conferir os números, naturalmente