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domingo, 16 de dezembro de 2018

Memória da propaganda: Em 1962, o Natal do consumo antes da crise...

O sonho de consumo. 

Os brinquedos analógicos, ainda quase artesanais. 

A anúncio da Coca-Cola apelando para Deus às vésperas de um ano de crises..

O presente de Natal da Seleções

Calça Lee nem pensar: o dólar alto deixava o sonho pra depois. O Brasil vestia Far-West.


A Varig oferecia o trenó aéreo para um White Christmas em Nova York.

Em 1962, o Brasil curtia um Natal de consumo marcado pela onda de industrialização que JK acelerou. O mineiro já não era presidente, mas os resultados da sua política repercutiam na mídia, que também se modernizava, e estavam nas páginas das revistas que passaram a receber centenas de páginas de anúncios.
Apesar do otimismo que a propaganda refletia, 1962 antecedeu uma ano de crise
econômica e política.
Pelo menos um dos anúncios - o da Coca Cola - apelava para Deus segurar a barra no Ano Novo que despontava. Não deu. A crise tornou-se aguda e acabou em golpe militar. 1963 foi último ano integralmente democrático antes da longa noite a partir de 1964 e que só começaria a clarear em 1985.