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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Memória da publicidade: em 1970, a Bolsa queria que as mulheres tornassem "mais suave" a vida dos seus maridos

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O anúncio acima foi publicado na Manchete em 1970.

Digamos que a Bolsa de Valores de São Paulo tentava alguma sintonia com as mulheres da geração que queimava sutiãs.

O texto, infelizmente, é um desastre machista. A peça publicitária lançava um apelo à mulher para investir na Bolsa e, com isso, "tornar mais suave a vida do seu marido". O que implicava em dizer que elas, sem isso, eram ociosas, além de um fardo doméstico.

E a Bolsa reforçava seus argumentos: "Não há marido que resista aos encantos de uma mulher tão inteligente". A essa altura do texto, o redator percebeu que estava se dirigindo apenas às casadas. E tentou se redimir: "E se as mulheres casadas conseguem tudo isso, imagine uma solteira entrando em ação".

Sabe-se lá o que ele quis insinuar com  o "solteira entrando em ação", mas deve ser o que você está pensando.

Um anúncio desses hoje causaria uma hecatombe nas redes sociais.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Memória da publicidade: afinal, quem descobriu a preferência nacional ?


Preferência nacional você sabe o que é. A expressão frequentou muitas chamadas de capa das revistas Playboy, EleEla, Status, Sexy. Foi até nome de uma revista erótica especializada em... preferências nacionais.

Em 1964, uma campanha do Crush veiculada na Manchete usou  pela primeira vez esse título para badalar a nova embalagem do refrigerante de vidro claro e curvas destacadas que substituia a anterior e clássica, de vidro marrom e linhas horizontais empilhadas.

Nos anos 1970, a marca de cigarros Continental também deu ao seu produto a alcunha de preferência nacional.

Mas se você digitar "preferência nacional " no Google dificilmente vai encontrar a expressão associada a refrigerantes e cigarros.