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sábado, 25 de agosto de 2018

Checagem de fake news... Advogado de porta de cadeia, Alckmin faz figuração de "pobre", Globo não "curte" mais o Face de Maluf, candidato promete "cerveja digna" para todos, Branca de Neve morreu e a Disney escondeu o fato...

por O.V.Pochê 

* Estadão revela que ao deixar o governo, Temer pretende voltar à advocacia. Será especialista em "pareceres". Ao contrário do que notícias falsas definem, especialista em parecer não é o que "parece" inocente, "parece" presidente, "parece" legítimo, "parece" constitucionalista, "parece" que tem que manter isso, viu? Também não é verdade de que ele será advogado de porta de cadeia nem que atuará pelo lado de dentro.


* Alckmin em momento Geraldo. Circula no twitter a figuração instante exato em que o candidato tucano veste a fantasia do que o programa do PSDB define como "pobre cenográfico segurando sua marmita". Não é verdade que dentro da marmita Alckmin em tour nordestino carregava como entrada Tartare de Salmão e como prato principal, le plat du jour aliás, um rolê de vitela com cogumelo e acelga. A sobremesa era frugal, um simples Ile Flottante para não parecer esnobe no sertão.

* Alckmin acreditou nos colunistas e comentaristas e se mandou pro sertão. A mídia costuma enfatizar o apoio a Lula só como "coisa do Nordeste". Pesquisa do Ibope (de 16 a 22 de agosto) mostra que a análise tem falso fundamento. Entre 20 estados pesquisados, Lula lidera em 18. Só perde para Bolsonaro em Santa Catarina e Roraima. Em grandes colégios como Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, o capitão inativo leva goleada. Essa é a real news. Se Lula vai transferir votos para Fernando Haddad é outra história que só poderá ser pesquisada com precisão no curso da campanha.

* Se existisse Facebook nos tempos da ditadura e até muitos anos depois, a página de Paulo Maluf teria muitas "curtidas" do Globo. Ambos também seriam do mesmo grupo no Whatsapp e compartilhariam stories no Instagram. Por motivo de força maior, só recentemente Maluf teve que deixar a comunidade. O jornal publica hoje pequeno editorial em que festeja"enfim" a cassação pela Câmara do mandato de deputado por crime de lavagem de dinheiro. Mas não é verdade que O Globo, na seção "Desculpa Aí" pede perdão oficial pelos longos anos em que apoiou com entusiasmo o ex-prefeito e governador de São Paulo.

* A direita brasileira caminha rápido para voltar à Alemanha dos anos 1930. Depois de defender que a escravidão foi um programa sócioeconômico inventado pelos próprios negros, prega, agora, que os judeus se entregavam aos carrascos dos campos de concentração "por falta de motivação".  Mas, não estão confirmadas, por enquanto, outras afirmativas do tipo como dizer que os índios se suicidavam ao verem os bandeirantes.

*  É comum e compreensível a glorificação de personalidades falecidas, mas não é verdade o boato de que Otávio Frias Filho vai ser canonizado.

* Não é fakenews - João Pescocinho (foto), candidato a deputado distrital de Brasília promete, se eleito, "cerveja digna" para os cidadãos. E cervejinha na sombra. A notícia é do Conexão Jornalismo. Ouça o áudio AQUI

* Era uma vez uma fake news. Branca de Neve morre no fim do filme clássico de Walt Disney. O beijo do príncipe é, na verdade, o beijo da morte dado pelo Ceifador. As nuvens que envolvem o castelo, no final, representam o paraíso e a vida após a morte. O desfecho fatal foi amenizado para não chocar o público e por não ser comercialmente favorável. "Foi para evitar que crianças surtassem", argumenta o pesquisador Matt Morgan.
A personagem Branca de Neve foi inspirada em uma aristocrata alemã do século 19 e embora em 1937, quando o filme foi lançado, não existisse o "politicamente correto",  teve outros trechos adaptados.  A nobre marquesa, que morreu envenenada aos 21 anos, por uma madrasta não aprovava seu casamento com Felipe II, da Espanha, era dona de minas de carvão onde explorava trabalho escravo infantil. Na ficção da Disney, os garotos viraram os Sete Anões. Se essa teoria destrói lembranças e atrapalha um tema muito usado em festas de aniversário, reclame com o Daily Mail, que publica a matéria que rasga de vez a fantasia.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

2018: o drama, a tragédia e a comédia eleitoral em números...



Em dados divulgados ontem e levantados entre 9 e 13 de agosto, o Instituto Paraná Pesquisas aponta o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, como líder das intenções de voto para as eleições de outubro. Sem Lula na sondagem, o capitão aposentado alcança 23,9 por cento de preferência do eleitorado (em julho, ele tinha 23,6). Fernando Haddad figura como nome no PT. com 3,8%, embora ainda não seja o candidato oficial do partido (em julho, tinha 2,8%). Marina Silva (Rede) apresenta 13,2 %, (em julho, estava com 14,4%). Ciro (PDT) fica com 10,2% (em julho, tinha 10,7%). Alckmin vem com 8,5% (em julho atingiu 7,8%.).

Cabo Daciolo (do Patriota), no momento recolhido a um "monte" onde afirma fazer jejum contra supostas ameaças de morte por parte "dos illuminati" e outras sociedade secretas, está com 1,2% na nova pesquisa.

Quando incluído na sondagem de agosto, Lula lidera com 30,8%. O adversário mais próximo é Bolsonaro com 22,0%.

Quando indagados se a candidatura de Lula será impugnada pelo TSE, 64,1 por cento dos entrevistados acham que sim.

A grande expectativa, agora, é para o desenrolar dos acontecimentos a partir do registro das candidaturas feito ontem, o início da campanha eleitoral nas ruas e internet, desde hoje, a prevista impugnação de Lula e a propaganda eleitoral no rádio e na Tv a partir de 31 de agosto.

Especialista em pesquisas e diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra avaliou em entrevista à TV247,  que, ao sair do páreo, Lula transferirá votos para Fernando Haddad "em horas". E ressalta que Bolsonaro representa uma parte do Brasil e não é, ao contrário do que se imagina, "um adversário fácil".