sábado, 1 de setembro de 2018

Deu branco na ABL - The Intercept Brasil expõe os bastidores da eleição que rejeitou Conceição Evaristo


por Mateus Campos e Paula Bianchi ( para o site The Intercept Brasil) 

A Academia Brasileira de Letras elegeu nesta quinta Cacá Diegues para a cadeira número 7. Cacá vai substituir o cineasta Nelson Pereira do Santos e derrotou outros dez candidatos, entre eles Conceição Evaristo, a escritora negra que decidiu desafiar a instituição.

Aos 71 anos, a mineira optou por uma espécie de anticandidatura e causou incômodo ao dispensar a bajulação habitual para ganhar votos dos imortais que frequentam o “clube de amigos”.

Sua derrota era esperada: Evaristo entrou na disputa para expor a falta de representatividade negra e feminina na centenária academia. Recebeu apenas um voto. Cacá, 22, e Pedro Corrêa do Lago, neto de Oswaldo Aranha, outros 11 votos.

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7 comentários:

Anônimo disse...

A academia foi fundada por um negro que passava pó de arroz no rosto e não assumia sua raça, Machado de Assis. Lima Barreto, negro e pobre, jamais chegou lá.

Souza disse...

Imagina, a ABL já botou lá Getúlio Vargas, nomes da ditadura militar como Sarney, Roberto Marinho e general lira Tavares, boicotou JK por medo da ditadura, botou Paulo Coelho que nem vem mais ao Brasil. Conceição está melhor sem botar os pes nesse lugar

Quilombola do Catete disse...

Um "imortal" falou com arrogância que a ABL é clube privado e não deve satisfações. Menos. A ABL foi fundada como privada, houve quem deixasse herança para a instituição, é verdade. Mas se beneficiou do poder, ganhou da França o prédio Petit Trianon, que foi sede do pavilhão francês na Exposição do Centenário da Independência e essa doação foi uma deferência ao governo brasileiro, seus imortais ganham fardão pago com dinheiro público e recebeu da ditadura nos anos 70 enormes facilidades para a construção do prédio ao lado da sede, onde tem andares que rendem aluguel. Ou seja, não é bem assim.

Teka disse...

Mérito não deve ter cota racial

J.A.Barros disse...

Cacá Dieguez, por seus méritos como pensador e intelectual é merecedor da cadeira na ABL. Mas, o que me causou surpresa foi que a candidata escritora, ganhadora de prêmios literários, inclusive Jabuti, só tenha tido, apenas, 1 mero voto.

Prof. Honor disse...

ABL, na maioria dos membros no anos 70, vendeu a derrota de JK para a ditadura em troca de facilidades para esse predio

Gian790 disse...

Lira Tavares, um general que só escrevia ordem do dia e talvez nem isso fopo eleito, Sarneu e seu marimbondo de fogo também. A academia é uma piada. Se Bolsonaro for presidente vai ter chance se se candidatar, espere só.