quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Depois do factoide, o Crivelloide...

Muito antes da onda de fake news, Cesar Maia era prefeito do Rio e popularizou os factoides. Fez isso para dar um tratamento de suposta e inexistente eficiência à própria imagem.

Lançava pseudo-iniciativas e ganhava espaço na mídia e ajudava a preencher as editorias de cidade dos jornais.

Factoide de Cesar Maia e de Conde: trem japonês Lagoa-Barra.
Foto. Divulgação
Barcas para a Barra, saneamento para a Barra, linha 4 do metrô, trem japonês em via elevada, foram factoides de Maia. O prefeito Luis Paulo Conde queria aterrar a Enseada de Botafogo e também embarcou no projeto de um "trem voador" para a Barra. De Eduardo Paes, sob o ponto de vista de realizações micadas, até que não se pode falar muito. Segundo levantamento do Globo, o ex-prefeito cumpriu 53, 24% das promessas de campanha, realizou 15,6% parcialmente e deixou de cumprir 27,27% dos projetos anunciados.

Marcelo Crivella, o bispo-prefeito, está deixando Cesar Maia no chinelo apostólico em matéria de factoide. O atual prefeito do Rio, que tem como principal aliado o no momento detento Antony Garotinho, já prometeu "banho de loja" na Rocinha, quis "verticalizar" a favela Rio das Pedras, algo como transformar a comunidade em uma Dubai tupiniquim, e mesmo não conseguindo administrar postos de saúde pede a municipalização dos hospitais federais. Até agora, Crivella só desfez. Desfez o Carnaval, evento que mais atrai turistas do Rio, desfez a ordem urbana e permitiu a invasão de camelôs nas ruas, está desfazendo sistema de transporte coletivo e incentivando as vans (muitas controladas por milícias da Zona Oeste, segundo amplas investigações), desfez a saúde (doentes do Hospital Municipal Rocha Faria não têm nem café da manhã) e tenta desfazer a tradicional procissão de Iemanjá.

High Line Park em Nova York: um Crivelloide
anuncia projeto ainda maior para o Rio.
Foto:Facebook
Mas a cada dia anuncia uma mirabolância: a de hoje, segundo O Globo, é construir uma "high line" sobre a Central do Brasil. Um cidade suspensa sobre a linha férrea com jardins, lojas e prédios comerciais. Custo da obra: R$ 8 bilhões. Por enquanto está em fase, segundo o jargão oficial, de "pré-proposta de projeto". Ou não se sabe o que diabo isso significa ou é mais um Crivelloide.

De qualquer forma, conseguiu espaço na mídia e deu a impressão fugaz de estar trabalhando. 

3 comentários:

Ebert disse...

Primeiro ele precisava parar no Rio, ocara só viaja

Cordeiro disse...

São muitas promessas. O carnaval dos blocos é incógnita, ninguém sabe como vai ser. Dizem que tem patrocínio mas cadê.

Luiza de Marilac disse...

O Rio precisa ir aos barbadinhos, botar oferenda para Iemanjá, rezar pra São Jorge, pra afastar a maldição que botaram ora mandar na cidade