Matéria do site ProPublica expõe o controverso recurso do FB.
Bom lembrar que, em 1955, Rosa Parks entrou em um ônibus e se recusou a sentar em um dos assentos do fundo destinados obrigatoriamente aos negros. O seu ato de resistência tornou-se um exemplo e um símbolo da luta dos negros americanos pelos seus direitos civis.
Mais recentemente, a África do Sul recebeu um condenação internacional à sua criminosa política do apartheid.
O que o Facebook faz é reinstaurar a segregação, agora em campo digital. Isso apesar de qualquer exclusão de pessoas com base em critérios como raça e sexo ser proibida pela lei americana.
Segundo jurista ouvido pelo ProPublica, o Fair Housing Act, de 1968, torna ilegal "criar, imprimir ou publicar, ou fazer com que sejam feitos, impressos ou publicações de avisos, instrução ou publicidade, no que diz respeito à venda ou arrendamento de uma habitação, que indicar qualquer preferência, limitação ou discriminação baseada em raça, cor, religião, sexo, deficiência física, status familiar ou origem nacional.
A Lei dos Direitos Civis, de 1964, proíbe também a "impressão ou publicação de anúncios ou propagandas que indicam proibição, preferência, limitação, especificação ou discriminação no recrutamento de emprego.
O Facebook, com uma boa dose de cinismo, diz que começou a oferecer a categoria "afinidade étnica" como parte de um esforço de "publicidade multicultural".
Hitler gostaria de ter usado essa expressão para definir suas odiosas políticas "multiculturais".
Um comentário:
Espero que o Facebook seja sensível aos protestos e elimine esse absurdo. Não há justificativa comercial, os anunciantes que busquem seus públicos sem artifícios racistas bancado pela rede social.
Isso aí é crime tanto aqui no Brasil quanto dos Estados Unidos.
Postar um comentário