terça-feira, 12 de julho de 2016

Por achar que a mídia conservadora não representa os 48% da população que votaram contra a Brexit, jornalistas britânicos lançam The New European, uma voz contra o atraso...

Reprodução Twitter

por Jean-Paul Lagarride
A ressaca da Brexit está aí e não vai passar tão cedo. Mas, pelo menos para o jornalismo, há boas notícias em torno da drástica decisão dos conservadores ingleses. A parcela que não apoia a saída do Reino Unido do bloco da União Europeia não se desmobilizou. Os 48% da população que foram contra a Brexit (52% votaram a favor do isolamento) dão sinais de que a luta continua.

Um novo jornal chegou às bancas de Londres. Lançado por um grupo que considera que a mídia tradicional não os representa, The New European pretende veicular fatos e opiniões do país que surge após a surpreendente vitória da direita, do neoliberalismo, da intolerância, do medo da imigração e até do racismo.

Os idealizadores do novo jornal avaliam que apenas dois veículos ingleses firmaram posição clara contra a Brexit e mesmo assim na reta final da campanha quando pouco poderia ser feito para mobilizar a população.

The New European tem apenas quatro edições programadas, com tiragens de 200 mil exemplares. Se vai continuar, depende do apoio dos leitores. E não pretende falar só de política e economia, mas de futebol, literatura, moda, comportamento etc.

The New European bate uma espécie de recorde: segundo o editor Matt Kelly, que idealizou o jornal ao lado de outros jornalistas, intelectuais, universitários e jovens economistas, da ideia à concepção do site e a chegada em bancas passaram-se apenas nove dias.

Segundo Kelly, o verão de 2016 será lembrado "como um momento zeitgeist na história política e social britânica e toda sexta-feira, durante quatro semanas, um novo jornal vai desempenhar o seu papel neste momento de discussões críticas". O editor avisa que The New European não está alinhado com partidos políticos mas com o "entusiasmo pela Europa". A redação reúne importantes profissionais da Inglaterra e da Europa e jornalistas independentes, como Peter Bale, do Centro para a Integridade Pública, grupo que revelou os Panama Papers.

Para tentar ultrapassar o limite de sobrevivência - as quatro edições programadas - The New European abriu uma site para venda tanto da edição impressa quanto da versão digital.
Agora é com os leitores.


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4 comentários:

J.A.Barros disse...

Com a saída da Inglaterra do grupo europeu me parece que foi dado sinal para que outros países que integram a União Europeia e se encontram em crise econômica se desligarem dessa união, aprece para eles se tornou um desastre econômico. Grécia, Portugal, Espanha estão se preparando para tornarem realidade esse desligamento. Napoleão quis transformar a Europa em um único e grande Império e ele o seu Imperador. Mas foi a Inglaterra, seu maior oponente que acabou com esse sonho – que quase se tornou relaidade – na batalha de Waterrloo.

J.A.Barros disse...

No seu título você diz que 48% dos ingleses votaram a favor da Brexit, acho que aconteceu o contrário esses 48% votaram contra a Brexit. Esse total queria na verdade, continuar unido a União Europeia.

Administrador disse...

Feita a correção. Obrigado, J.A.Barros

J.A.Barros disse...

Parece que teremos uma Margareth Tatcher ressuscitada.