por Flávio Sépia
A imprensa internacional - com destaque para publicações como Der Spiegel, The Guardian, El País, New York Times - têm classificado a investida contra Dilma Rousseff de golpe, a maioria, ou lançado sérias dúvidas sobre a legalidade do processo de impeachment. Muitos incluem a grande mídia brasileira como indutora do golpe no papel de representante dos setores financeiros, industriais, do agronegócio e aliada à direita e a políticos investigados mas até aqui poupados pela Lava Jato.
Alguns jornais estão irados com essa repercussão. Atribuem a divulgação internacional do golpe à coletiva que Dilma deu à mídia estrangeira. Mas, quem se der ao trabalho de ler as matérias do repórteres que para aqui se deslocaram ou dos correspondentes verá que são destacados o inacreditável show dos horrores no último domingo, a que eles assistiram no Congresso, a ausência de crime (tese amparada pelos principais juristas do país, os independentes, entrevistados por eles) e as acusações que pesam sobre os líderes do golpe. É citada também a prevalência do modelo de golpe "constitucional" que substitui a quartelada, o mesmo que destituiu governos do Paraguai e de Honduras e mesmo o da Ucrânia.
O título da Der Spiegel, por exemplo, é "A Crise Institucional no Brasil: Um Golpe Frio”.
2 comentários:
O que eles esperavam? Que o pensamento único fosse mundial? São uns escrotos
Não é que jornalistas aqui não percebam o golpe é que eles não tem liberdade para dar opinião ou perdem o emprego
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