domingo, 29 de dezembro de 2024

Previsões de Allan Richard Way II - 2025? Tem mas acabou

Allan Richard Way II diz que 2025 é um ano que nem deveria começar. O problema, ele garante, é o enredo repetitivo somado ao elenco monótono que desempenha papel medíocre. As eleições estão previstas para 2026, mas só se falará nisso em 2025. 

Confira alguns tópicos enviados pelo vidente. Se você procura boa notícia, tire as crianças da sala ou não leia essas previsões, aqui não tem auto ajuda, só perrengue .  Confira.

* O mercado de criptomoedas continuará crescendo, mas dará sustos nos investidores. Em duas ocasiões muita gente perderá dinheiro virtual em 2025.. 

* Cantor sertanejo morre em acidente de carro. 

* Um grande ídolo da canção brasileira sofrerá um infarto fulminante. 

* Acidente aéreo no Sudeste enlutará o Brasil. 

* Times brasileiros fracassarão no Mundial de clubes da FIFA realizado nos Estados Unidos. 

* Donald Trump mobilizará estados para proibir o aborto nos Estados Unidos sob qualquer circunstância.

* O Palmeiras será campeão brasileiro. O Flamengo vice. O Fortaleza terceiro lugar, São Paulo em quarto, Corinthians em sexto. Bahia, sétimo, Internacional, oitavo.

* Um caso de traição conjugal vai abalar a cúpula e a cópula de elemento da extrema direita brasileira.  

* Crise na Alemanha contaminará outros países europeus. Manifestações nas principais capitais agitarão a política no continente ao longo dos anos. 

*  Um vírus de origem desconhecida dizima os influencers brasileiros. Não há vacina para o mal, mas eles lotam aviões rumo a Orlando em busca de tratamento.

* Um vírus de origem desconhecida extermina os coachs brasileiros. A população sugere que o governo os isole na Ilha da Trindade. 

* Um vírus de origem desconhecida fará a turma do stand up mudar para espetáculos "sitting".

* Em 2025 o ex-presidente de Câmara, Arthur Lira entrará na lista de bilionários da Forbes. Alagoas decretará feriado de uma semana para homenagear o filho ilustre. 

* A polêmica Jojo Todynho, que estuda advocacia e é a nova musa da extrema direita do Rio de Janeiro, anuncia que em 2025 fará estágio em gabinete de juíza. A jurista vem aí. 

* Depois de mudar letra de canção em acesso de intolerância religiosa, Claudia Leitte, fervorosa fundamentalista evangélica,  pode estar sem saber o que vai fazer no próximo carnaval da Bahia. Como se sabe, ela substituiu Iemanjá, a Orixá  da religião Yorubá, por Yeshua  (Jesus) em letra de canção para evitar citar a entidade do candomblé. No próximo carnaval baiano, a cantora não poderá falar acarajé, nem abadá, nem cuíca, nem dendê, nem vatapá, nem pirão, bobó, zabumba, batucada, não pode pedir um cafuné, nem falar que vai na quitanda, não deverá cantar samba, nem comer jiló, não poderá usar tanga... Essas palavras são todas de origem africana e a maioria tem a ver com religiões de matriz africana. A essa altura, Cláudia Leitte deve estar cogitando incluir no trio elétrico um consultor de preconceito religioso para providenciar substituição "cristã" de todos os termos afros. 

* É possível que em 2025, a Cãmara dos Deputados crie as emendas "Meu uisquinho", "O Ford Ranger Raptor do papai",  "Miami lá vou eu", "Jatinho da Família", "Show de Gustavo Lima no aniversáro da vovó", "Meu touro de raça", "A vaca lá de casa", "Fundo Beneficente Braga Neto, Festa no ap no Balneário Camboriú", "Chá revelação de Damares"e "Jóias para o nosso líder". É para atender o STF e mostrar a destinação do capilé.

* Elon Musk vai convencer Donald Trump a implantar no cérebro um chip mais avançado do que o seu próprio dispositivo microeletrônico. Trump desenvolverá habilidades para identificar imigrantes ilegais em um raio de 300km e poderá se atualizar em 3D sobre a Melania Trump, cujas atividades extra Salão Oval ele desconhece há muitos anos.

* Trump, aliás, será configurado para jogar WAR na vida real. Ele conquistará Panamá, Venezuela, Groelândia, Canadá, Vaticano, os paraísos fiscais Bahamas, Mônaco, Uruguai e será sócio de Milei na concessionárias que administrará a Argentina privatizada. 

* Trump virá ao Brasil para avaliar pedido feito por Jair Bolsonaro e seus filhos. O clã Bozo quer que Trump transforme o Brasil no 52 º estado estadunidense.

* Ronaldo Fenômeno não realizará ainda seu sonho de presidir a CBF.

*  Filme "Ainda estou aqui" poderá concorrer em duas categorias do Oscar. Ganhará uma estatueta.

* Depois de legalizar as emendas, Câmara dos Deputados tornará constitucional a chamada raspadinha em níveis federal, estadual e municipal. Modalidade será administrada por inteligência artificial.

* Em 2025, Neymar reconhecerá a paternidade de mais três filhos. 

* Desabamento de prédio deixa dezenas de vítimas A indicação é imprecisa, segundo o vidente não é possível antever o local da tragédia. 

* Bolsonaristas acreditam que Trump decretará sanções contra o Brasil caso Bolsonaro não seja liberado para concorrer à Presidência em 2026.  

* Pastor acusado de pedofilia se diz inocente e culpa "algorítmos plantados pelo demônio". 

* Guerra na Ucrânia não terminará em 2025. Israel continuará em guerra na Palestina, Líbano, Síria e Iémen. A alegação é que a paz custará empregos na indústria armamentista.   

*O conflito Afeganistão-Paquistão escalará em intensidade.

* Morre um ex-beatle.

*  Turista erra caminho e é baleado em entrada de favela no Rio de Janeiro.  

*  Chega ao Brasil a centésima "nova cepa" da Covid. 

*   Na falta do que privatizar na Argentina, Milei privatiza seu bem mais querido: a irmã.

* Trump invadirá a Groelândia e, em seguida, tomará a cidade de Governador Valadares para deter futuros imigrantes.

*   "Minha colega a vidente Baba Venga - diz Allan Richard Way II - afirma que o "fim dos tempos começará em 2025". O primeira sinal do Apocalipse até que não será tão terrível: um ataque cibernético destruirá todas as cópias de música sertaneja que circulam nos bancos virtuais de música.

* Um vulcão tido como extinto entrará em erupção e destruirá todos os quadros de Romero Britto. 

* Um tsunami levará no aguaceiro os livros de Olavo de Cavalho, as apostilas restantes do seus "cursos" e o acervo da editora que o lançou no Brasil. 

* As calotas polares continuarão derretendo. A inundação decorrente privilegiará certos locais: a redação do Antagonista, a goiabeira onde Damares viu Jesus e todas as gravações do Rogercl Ultrage Bozo serão engolidas pelo aguaceiro.

* Depois dos policiais, médicos do Conselho Federal de Medicina serão obrigados a usar câmeras.

* Militares que prestam serviço em colégios militarizados, também. 

* A turma do Banco Central perderá cidadania brasileira. Alguns vão trabalhar no jogo do Tigrinho e em bets. 

* Sexólogo denunciará que mulheres estão usando IA para fingir orgasmo.      

Democracia em jogo. Para a extrema direita 2025 é o ano do golpe


Matéria da Revista Fórum analisa
o golpe em gestação 



por Flávio Sépia

Os indícios estão aí. O Congresso ensaia um figurino semelhante ao enredo do golpe que atingiu Dilma Rousseff. 

Os golpistas acreditam que a posse de Donald Trump nos Estados Unidos será o fermento que turbinará o bolo dos insensatos.  Mercado, agro e a mídia neoliberal potencializam fatores econômicos, preconizam o caos que não existe. No Legislaticvo, a oposicão deforma propostas fiscais em nome de intresses suspeitos e trava a votação do orçamento. Facções de meliantes chantagistas atuam nos corredores e falam abertamente em impeachment do presidente. 

Na vida real do bolso e do emprego do povo, os números são bons, indústria, serviços, consumo e emprego avançam. Isso é minimizado na mídia neoliberal e negado pela tempestades de fake news que inunda as redes sociais.  O país assiste a uma revolta dos bolsões corruptos indignados não porque o STF lhes tirou provisoriamente o acesso às tetas que expelem emendas escandalosas, mas por exigir que tais verbas sejam rastreadas, nominadas, fiscalizadas e comprovados seus destinos. 

Ainda é possível acreditar que os golpistas não passarão. Resta saber se o povo irá às ruas para defender a democracia ou se aceitará que uma espécie de estilo "PCC" de governar seja entronizado na República.     

"Anda estou aqui" - Sucesso brasileiro chega aos cinemas de Los Angeles e Nova York no dia 17 de jabneiro. Reta final da corrida para o Oscar

 


domingo, 22 de dezembro de 2024

CINEMATECA BRASILEIRA RECUPERA ACERVO DO CINEJORNAL CANAL 100

 



Camila Boehm, repórter da Agência Brasil, entrega boa notícia: a Cinemateca Brasileira lança projeto de recuperação do acervo do cinejornal Canal 100. Segundo a matéria, os arquivos do Canal 100 reúnem cerca de 21.793 segmentos de notícias, em 8.044 latas, e 15.252 folhas de documentos textuais. Todo esse material está sob guarda da Cinemateca, que é responsável pela preservação. São materiais de imagens positivas em cores e em preto e branco, além de negativos originais de imagem e de som. 

As gerações que acompanharam o Canal 100 entre 1057 e 1986, cinejornal criado pelo diretor Carlos Niemeyer, poderão reencontrar momentos épicos do futebol. Para os jovens, será a oportunidade de conhecer peças jornalísticas que revolucionaram o modo visual de cobertura dos jogos de futebol. O acervo do Canal 100 também guarda noticiário político, factual e cultural da época e era exibido em todos os cinemas do Brasil, no início das sessões de cinema. 

“O acervo do Canal 100 ficou muito tempo guardado em função de todas as crises da Cinemateca e agora, então, nós estamos com o projeto no Pronac [Programa Nacional de Apoio à Cultura], e já conseguimos captar uma boa parte que nos permitiu iniciar esse processo de verificação do material”, relatou Maria Dora Mourão, diretora geral da Cinemateca.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DA AGÊNCIA BRASIL

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Rio fará blackout e silêncio no Réveillon da Praia de Copacabana para "reflexão" da multidão. Deve ser uma última reverência ao celular roubado

por Ed Sá 

A empresa que organiza o Réveillon de Copacabana anuncia entre as novidades da virada para 2025 um momento de introspecção para os milhões de cariocas e visitantes. Durante um instante as luzes serão apagadas. O cenógrado Abel Gomes, vice-presidente de criação da SRCOM, que produz o evento, explicou: 

“Todos vão ficar alguns segundos no breu, para fazerem uma reflexão. Afinal, é o futuro chegando”.

Arrisco prever que, para o público, o "futuro" vai chegar no escurinho junto com os ladrões de celulares. a

Racismo no futebol feminino: a sexta-feira da vergonha protagonizada pelas jogadoras argentinas

 

A jogadora Candela Diáz, do River Plate, dirige-se ao gandula brasileiro
e imita um macaco. Reprodução Brasil Ladies Cup/You Tube.



São repetitivas as demonstrações racismo promovidas pelo futebol argentino. De resto, refletem um comportamento usual na maioria da sociedade portenha. Gritos de "monos" e imitação de macacos, além de canções ofensivas são as "armas" adotadas por muitos torcedores, jogadores e jogadoras que de "hermanos" nada têm.

Na última sexta-feira, o abuso racista tomou proporções maiores. Durante o jogo Grêmio e River Plate pela Brasil Ladies Cup, no estádio do Canindé, em São Paulo. A jogadora Candela Diáz imitou um macaco em direção a um dos gandulas. As atletas do Grêmio reagiram em defesa do rapaz. Com o placar de 1X1, uma confusão instaurou-se com as descontroladas jogadoras argentinas tentando agredir o gandula e as adversárias. Em protesto contra a exibição de racismo as jogadoras do Grêmio deixaram o campo. O árbitro expulsou seis jogadoras do River e, com isso, a partida foi encerrada. O Grêmio foi declarado vencedor. Quatro atletas do River foram encaminhadas à delegacia. 

Em geral, os racistas argentinos são premiados com a impunidade. No máximo, experimentam o desconforto de passar algumas horas detidos e invariavelmente são liberados por algum juiz para retornarem ao seu país. Em todo caso, ainda bem que o Brasi ainda tem leis contra a discriminação. Infelizmente, a situação deve piorar no caso de racismo cometido durante jogo na Argentins. O governo Milei, de extrema direita, acaba de fechar a única instituição que tentava combater a discriminação e a xenofobia locai. Isso é praticamente um sinal verdepara o racismo.  O ponto positivo do triste episódio foi a eliminação do River. Finalmente um time que cometeu racismo foi punido no ato. Deveria ser padrão daqui por diant especialmente para a FIFA, que se limita a fazer "campanhas educativas" e não pune com rigor exemplar os sucessivos episódios de racismo no futebol mundial. .      

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Após falhar na tentativa de golpe, a aposta da extrema direita é no caos. Não duvidem, a maioria do Congresso pensa longe e demonstra que será o maior cabo eleitoral de Bolsonaro na campanha para 2026. A inelegibilidade não vai se sustentar

Depois de sentar em cima das propostas do governo para a reforma fiscal e de chantagear o Planalto para obter liberação de bilhões destinados às emendas subrterrâneas e descontroladas, Senado e Câmara trataram de deformar as medidas segundo seus interesses e dos seus controladores. Em coordenação com o mercado, especuladores soltaram os bichos no câmbio. Deputados da extrema direita bolsonarista posaram exibindo dólares vibrando com a especulação. Sem saber, mostraram uma realidade: muita gente está ganhando dinheiro nesse momento. O atraso da votação no Congresso e a deturpação de algumas medidas dequivale a acender um tocha em poça de gasolina. Mas esse é o objetivo da gangue. 

A PF está investigando quadrilhas que espalhadas por vários estados movimentaram a grana das emendas. 

Rastreando os dólares aí ostentados pelos bolsonaristas seriam encontrados rastros das famigeradas emendas? Perguntar não ofende. 

De resto, o que se vê no Congresso é a campanha eleitoral para 2026. Inelegibilidade de Bolsonaro? alguem acredita? Ora, a PGR sequer apreciou o caso das jóias que o sujeito roubou do patrimônio público? Quando examinará a conspiração militar-bolsonarista para assassinar Lula, Alexandre Moraes e Alckmin? 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Justiça Militar reduz penas de acusados de fuzilar carro que levava família para chá de bebê. O que isso tem a ver com o frango frito de D.João VI ?

por José Esmeraldo Gonçalves 

Em 1808, provavelmente enquanto comia uma coxa de frango frita e limpava a gordura que pingava na barriga, D. João VI criou a Justiça Militar. 

O pretexto foi manter a disciplina e a hierarquia das tropas. O objetivo verdadeiro era ultrapassar isso e dispor de uma estrutura punitiva a serviço do autoritarismo e com poderes de alcançar civis. A Justiça Militar foi mantida após o fim da Monarquia e foi servil à República. E ganhou ainda mais poderes na ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas como instrumento de perseguiçãos dos opositores políticos do regime. Durante a ditadura de 1964, foi repartição em ordem unida com os generais do Planalto para "julgar" alegados crimes contra o Estado. 

Em uma democracia legítima e plena não há lugar para uma "justiça militar". Com o fim das ditaduras na América do Sul, a maioria dos países acabou com esses tribunais que cometeram horrores em uma das mais tristes eras do continente. O Brasil teve a chance de fechar a Justiça Militar durante a elaboração da Constituição de 1988. Apesar dos esforços de muitos constituintes, o lobby armado foi mais forte. Permaneceu como era, inclusive com o poder injustificável de julgar civis. 

O Jornal Nacional de ontem trouxe a Justiça Militar ao noticiário mais uma vez relacionada a um capítulo inominável que começou em 7 de abril de 2019.  Naquele dia, um domingo, militares do Exército fuzilaram um Fork Ka que transportava uma família. Os 11 soldados e um oficial alegaram depois que procuravam um suposto carro branco roubado por bandidos. O Ford K levava uma família para um chá de bebê era branco. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro foram disparados um total de 257 tiros. destes, 82 projéteis atingiram o veículo e mataram o músico Evaldo dos Santos Rosa e o catador de latinhas Luciano Macedo que se aproximou para socorrer as vítimas. Luciana, mulher de Evaldo, o filho do casal de sete anos e uma amiga não se feriram. No banco do carona estava o sogro de Evaldo, Sérgio Araújo Gonçalves, que foi atingido por dois tiros de fuzil, um deles tendo perfurado o pulmão. Serginho, como era conhecido na Manchete, onde trabalhou como auxiliar administrativo por mais de uma década, foi hospitalizado e sobreviveu. A fuzilaria ficou conhecida como o "Caso dos 80 tiros". 

Dois depois do ataque insano dos militares, este blog publicou um post sobre a tragédia. O texto terminava com uma ingênua esperança. 

"Que a Justiça se faça e que esse crime absurdo não permaneça impune como tantos outros".

Em 2021, o STM havia condenado os autores da chacina a penas que variaram entre 28 e 31 anos de prisão, mas ontem, por oito votos a seis, o Superior Tribunal Militar julgou recursos dos acusados e decidiu reduzir as penas para três anos de prisão e em regime aberto.

Em entrevista à CBN , a viúva de Evaldo, definiu o julgamento como "horrível e desrespeitoso". E acrecentou ao seu desabafo: 

"Ter que ouvir que 257 tiros foram por legítima defesa no carro de uma família de bem... "

Mesmo cansada de buscar justiça, a família de Evaldo ainda avalia entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal contra a redução da pena. 

A coxa de frango frito e a gordura banhando os pentelhos de D.João VI assombram o Brasil até hoje.

Intolerância religiosa leva Claudia Leitte a fraudar letra de axé músic

Após se converter a uma denominação evangélica, Claudia Leitte radicalizou na nova fé. A cantora passou a eliminar das letras que canta referências a Orixás e especialmente a Iemanjá. Ironicamente, ela expressou de novo sua intolerância à cultura do povo negro e às religiões de matriz afro exatamente no clima de comemoração dos 40 anos da axé music que a tornou conhecida. A Leitte azedou e Pedro Tourinho, secretário de Cultura de Salvador, lamentou sua atitude. "Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo", manifestou-se ele no Instagram.

Se quiser ser coerente no seu extemismo religioso, Claudia Leitte deve agora eliminar tambores e agogôs e até cortar o axé da sua playlist de shows: orixás estão fortemente presentes no ritmo e na origem do gênero musical baiano. Claudia Leitte vai sair para comer em Salvador? Cuidado. A culinária tradicional é também um legado espiritual africano. E como ela fará quando desfilar no carnaval de Salvador cercada de Filhos de Gandhy, Badauê, Ile Ayê, Araketu e Olodum? Vai descer do carro?   

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Norwegian Wood: minhas estantes de bacalhau • Por Roberto Muggiati

 

O retrofit dos caixotes de bacalhau e...

...o logotipo gravado nas embalagens de boa madeira norueguesa



Para ler ao som de Norwegian Wood  

Norwegian Wood (This Bird Has Flown) (Remastered 2009)

Em meus quatro anos de Baixo Glicério – deixando para trás 37 anos de casa de vila na Real Grandeza para a diáspora Botafogo-Laranjeiras – construí artesanalmente sessenta estantes a partir de engradados de madeira catados em feiras e mercados e os pintei com todas as cores do arco-íris, nada ideológico tipo LGBTQIAPN+, mas puramente viajando na pluralidade visual. 

Na última Páscoa, com a chegada ao bairro de uma Casas Pedro, resolvi dar um upgrade nas minhas estantes. O bacalhau veio acondicionado naqueles caixotes maiores e mais sólidos de madeira norueguesa. Assim que as caixas ficavam vazias, a Casas Pedro fazia questão de se ver livre delas, mas, para os acumuladores como eu, elas representavam um verdadeiro tesouro. Valendo-me de esperteza, da vantagem de morar na vizinhança – e, com um little help da simpática xará Roberta Almeida, minha candidata a Gerente do Ano da Casas Pedro –  consegui me apossar de três caixotes, um deles quebrado, mas que forneceu as prateleiras dos outros dois, perfeitamente finalizados por meu factótum do condomínio Parque das Laranjeiras, o grande Marcelo.

Como gosto de agregar sempre uma grife cultural às minhas coisas, lembrei logo do Norwegian Wood dos Beatles. Com o valor adicional de que a canção está vinculada à época em que John Lennon se mudou de Liverpool para Londres e foi morar com Cynthia e o bebê em Emperors Gate. Nossa proximidade era brutal, eu morava em Collingham Gardens, a meros quinhentos metros de John. Acho até que certa vez vi Cynthia passar com Julian num pram, abreviatura de ‘perambulator’, aquelas carruagens de bebê que são a glória do design vitoriano. E foi no apartamento de Emperors Gate que John traiu Cynthia pela primeira vez, com a mulher de um conhecido que morava no mesmo edifício, traição que ele transmigraria na letra da canção Norwegian Wood (This Bird Has Flown): “I once had a girl/Or should I say she once had me/She showed me her room/Isn't it good Norwegian wood?” – a única parceria da dupla famosa em que Paul McCartney não meteu o bedelho e o primeiro raga rock dos Beatles, em que George Harrison trocou a guitarra pela sitar indiana.

Prefeitura do Rio vai construir "templo" de lazer para evangélicos

 




por Ed Sá 
Dívida de eleição se paga rápido. Eduardo Paes contou com parte do segmento evangélico para se reeleger prefeito do Rio de Janeiro e, como a maioria dos políticos brasileiros, não demorou, nesse caso específico, a retribuir. Segundo O Dia, Paes vai construir com verba pública um parque temático evangélico. Uma espécie de Cristolândia com atrações que remetem principalmente ao proselitismo neopentecostal. O empreendimento público será erguido no local onde existia a leiga e abandonada Cidade da Criança Leonel Brizola e terá o nome oficial de Parque Terra Prometida.  O prefeito afirmou ao jornal que o local "será dedicado à propagação e ao exercício da fé", dando a entender que não se destinará a uma denominação religiosa exclusiva. Já o vice-prefeito Eduardo Cavaliere citou que o Rio já tem o Cristo Redentor (esqueceu de dizer que, ao contrário do futura Terra Prometida, o monumento foi construído inteiramente com doações do povo católico) e o Santuário da Penha (este, erguido em 1635 pelo capitão Baltazar de Abreu Cardoso dono das terras em torno da igreja) e admitiu a importância "desse segmento" nas políticas públicas, referindo-se aos evangélicos, além de atrair mais turistas para a cidade. A Cristolândia terá um hotel, uma lagoa que simbolizará o Mar Morto, uma escola, lojas, espaço para reunir 70 mil pessoas e um grande auditório para seis mil lugares que poderá ser utilizado para cultos e convenções religiosas. Não se sabe se o parque será concedido ou privatizado, como serão cobertos os custos de manutenção, se será formalmente uma empresa pública. 
Não há indício de que a prefeitura carioca planeje construír, digamos, um futuroTerreiródromo em referência às tão perseguidas religiões de matriz afro-brasileira.  

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Memórias da redação: A noite em que mataram John Lennon • Por Roberto Muggiati


Na noite de domingo recebi um e-mail de meu filho, há dezessete anos fora do Brasil e atualmente cidadão de Edimburgo, onde se toma o melhor uísque nacional do mundo, mas ele é viciado em café... No seu laconismo de sempre, o assunto, It was 44 years ago e uma foto anexada, em que fundia seu rosto com o de John Lennon. Parafraseando o verso inicial de Sergeant Peppers’, meu filho aludia à noite de 8 de dezembro de 1980, em que Lennon foi morto a tiros por um fã na portaria do edifício Dakota, onde morava em Nova York.

Aproveitei a deixa para dar a ele informações que – não sei por que – nunca lhe foram passadas e acrescentam muito à sua mitologia pessoal. Escrevi:

“Você lembra onde estava aquela noite? Claro que não – nem poderia. Você estava no ventre da sua mãe. Naquela noite nós voltávamos para casa de uma sessão de cinema, um filme sobre outra figura trágica. Lenny [Bruce]. Tinha caído uma chuva leve e a calçada estava molhada, sua mãe escorregou e caiu, protegendo com as mãos o barrigão de nove meses. Você se dá conta de que correu o risco de juntar-se a Lennon naquela noite? Depois, quando soubemos pela TV da morte de Lennon, sua mãe reparou que meus olhos estavam marejados. 

– Está preocupado que meu tombo possa ter afetado nosso filho?

– Não, estou chorando porque o John Lennon morreu.

Meu filho nasceu, lépido e fagueiro, em 29 de dezembro. Completei o e-mail mencionando outro cacoete familiar também ligado aos Beatles. Quando completei 64 anos, em 6 de outubro de 2001, meu filho tocou para mim, do LP Sergeant Peppers, a faixa When I’m Sixty-four, que comenta sobre a velhice (!). Completei a mensagem:

“Dia 29 você vai fazer 44. Está me obrigando a ficar ainda por aí para tocar When I’m Sixty-four pra você daqui a vinte anos...”


Voltando à redação: roubamos metade da melhor capa de Pelé na Manchete para colocar uma chamada sobre a morte de Lennon e editamos na manhã da terça-feira um encarte especial, sem mexer no corpo da revista – já praticamente rodada – e sem atrasar o lançamento nas bancas na manhã de quarta-feira.

Não resisto a escrever um pouco mais sobre o papel do DNA em matéria de gosto musical. E o “meu tipo inesquecível” aqui é o fotógrafo da Manchete Frederico Mendes, a quem o Alberto contemplou com um apelido-de-placa: O Encucadinho. Tivemos o primeiro filho à mesma época: Frederico, o Gabriel; eu, o Roberto. Um dia, num daqueles raros momentos de calmaria na redação, o Frederico se aproxima de mim com aquele seu ar de sofrência e o halo de dúvida hamletiana, e pergunta solenemente: 

– Muggiati, você já tem alguma ideia de como vai fazer para o Robertinho gostar dos Beatles?

– Pô, Frederico, sem essa! Um pai tem de deixar que o filho faça suas próprias escolhas! O maior erro seria tentar “fazer a cabeça” dele...

Não só o Roberto, por conta própria, gostou dos Beatles, como me deu uns bons puxões de orelha apontando falhas no livro que publiquei em 1997, A revolução dos Beatles (Ediouro). E tinha então apenas dezesseis anos...

Azucrinado pelas doutrinações paternas, o Gabriel enveredou pelos meandros da alta literatura, estudando e doutorando-se em universidades norte-americanas. Só posso imaginar a decepção do encucado pai.

Encerrando, conto que a preferência maior do meu filho recai sobre o Bob Dylan. Confiram esta estatística: nestes dezessete anos de Europa, morando sucessivamente em Dublin, Milão e Edimburgo, o Roberto já assistiu a umas 50-60 apresentações do único roqueiro agraciado com o Nobel de Literatura. De Oslo a Praga, de Madri a Innsbruck (esse o 3.000º espetáculo da Never Ending Tour) e em três shows triunfais recentes no Royal Albert Hall de Londres.

COMENTÁRIO DE ROBERTO MENDONÇA MUGGIATI

Faltou uma coincidência: no dia 9 de dezembro de 2009 vi em Arnhem, Holanda, meu primeiro show do Paul McCartney. Ontem, também um 9 de dezembro voltei a vê-lo, em Madri - pela última vez?”

 


E o Vampiro não ficou para o Nobel... • Por Roberto Muggiati


Em 2007, o fotógrafo e artista visual Alberto Vianna, Mestre em Comunicação e Linguagem, registrou uma das últimas imagens de Dalton Trevisan. A foto histórica está hoje reproduzida nos principáis veículos do país. O escritor seguia pela Rua XV de novembro, em Curitiba. Em 2022, Vianna contou à Gazeta Brasil que o flagrante surgiu de uma coincidência. "Eu estava passando por ali. Era o caminho dele. Ia ao mercado e também tinha o costume de ir à livraria do Chain. Foto: Alberto Vianna

Não havia escritor com maior bagagem literária para se tornar o primeiro ganhador brasileiro do Prêmio Nobel do que Dalton Trevisan. Isso só não aconteceu porque a Academia Sueca só escolhe candidatos inscritos oficialmente por entidades do seu país. Curitiba – que se autodenominava Cidade Sorriso, mas é também o berço da famigerada Boca Maldita – sempre condenou ao ostracismo seus cidadãos mais bem sucedidos. Dalton sofreu ainda o boicote da velha guarda dos “imortais” por esta frase que publicou no conto-exaltação de 1968 Em busca de Curitiba perdida: “Curitiba, não a da Academia Paranaense de Letras com seus trezentos milhões de imortais, mas a dos bailes no 14, que é a Sociedade Operária Internacional Beneficente O 14 De Janeiro”. E, se dependesse do próprio Dalton, indiferente a prêmios e distinções, aí é que a coisa não andaria mesmo.

Mas, recentemente, com uma Academia Paranaense renovada – acolhendo escritores de destaque como o historiador Laurentino Gomes, autor da trilogia Escravidão – iniciamos uma campanha consistente, Ernani Buchmann e eu, para inscrever o nosso vampiro de estimação ao Nobel de Literatura. O movimento ganhou força a partir do dia 4 de dezembro, quando a jornalista curitibana Isabela França assumiu o cargo de cônsul honorário da Suécia em Curitiba, com jurisdição sobre os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em minha última visita a Curitiba, no início de novembro, discutimos e fizemos planos, entusiasmados com a ideia. Afinal, se o Dalton chegou aos 99, poderia muito bem alcançar os 100 anos. Mas o Vampiro fez forfait, refratário à luz da fama, que sempre o incomodou...


Obrigado, Kubrusly, pela bela parceria • Por Roberto Muggiati

 

Documentário da Globoplay (Kubrusly – Mistério sempre há de pintar por aí)
. No Sul da Bahia, o jornalista em estado de graça ao lado do cachorro Shiva. Imagem Reprodução TV Globo

Comoveram-me as imagens de Maurício Kubrusly deixando-se levar pela espuma dos dias na companhia do seu cão numa praia da Bahia. Quando recebeu o diagnóstico de Demência Fronto Temporal (DFT), chegou a pensar em recorrer à morte assistida, como o fez recentemente o poeta Antônio Cícero. “Não tenho mais o que fazer aqui”, falou. Sua mulher, a arquiteta Beatriz Goulart, o demoveu da ideia. Tudo começou quando ele não conseguia mais ler os jornais e esquecia fatos importantes. Aventou-se a possibilidade de Alzheimer, mas depois se confirmou a demência. Com um relacionamento de quase vinte anos em casas separadas, Maurício propôs a Bia morarem juntos. “Estou esquecendo todas as coisas...” Já são sete anos de luta e o casal tem vivido os últimos tempos no sul da Bahia, na placidez de Trancoso. Um pouco dessa história é contado no documentário da Globoplay Kubrusly – Mistério sempre há de pintar por aí.

Mesmo sem ter o physique du rôle, Kubrusly foi o apresentador de TV mais popular do país, do qual revelou facetas pitorescas e desconhecidas no quadro Me Leva, Brasil, ao longo de 17 anos em mais de 300 programas do Fantástico.


O que poucos sabem: antes disso, Maurício Kubrusly, um carioca que migrou para São Paulo, foi o bem sucedido editor da Som Três, referência entre as revistas sobre música no país. O trabalho editorial em Manchete não me impediu de engrenar uma parceria profícua com Kubrusly, que iria muito além de meras resenhas de discos. Escrevi a seu pedido uma História do Rock em fascículos encartados na revista, depois editados num volume único de 200 páginas. E cinco livretos de 13x10cm e 35 páginas cada sobre aspectos do jazz – encartados na Som Três com anúncio do patrocinador na 3ª e 4ª capas (o jornalismo do Kubrusly passava um bolão para a publicidade esperta da Editora Três): Mestres do jazz, O piano no jazz, A estória do blues, O trompete no jazz e  O saxofone no jazz.









Da minha parte, reciclei o material descartável da revista para o formato mais perene do livro: A história do rock gerou dois volumes da série Tudo É História, da Brasiliense:  Rock: de Elvis à beatlemania [1954-1966] e Rock: da utopia à incerteza [1967-1984], ambos publicados em 1985; e Rock: do sonho ao pesadelo, da L&PM (1984). Já os livrinhos de jazz deram Jazz: uma história em quatro tempos (L&PM, 1985) e Blues: da lama à fama (Editora 34, 1995) – foram cinco volumes ao todo.

Todos os homens são mortais e o Kubrusly já recebeu o seu bilhete azul. Mas as imagens recentes de filmes e reportagens o mostram se divertindo muito, quase em estado de graça. Eu diria que, para ele, a Demência está sendo uma Sala VIP do Céu.


Viralizou! Alguns dos assuntos mais toscos e chatos de 2024

 

por Ed Sá 

*Qualquer coisa sobre Jojo Todinho.

* Malafaia pela obra completa..

* Notícias recorrentes de supostos novos filhos de Neymar.

* Depois de virar tanta notícia, DNA para provar suposto filho de Gugu Liberatto deu negativo.

* Vexame. Filme sobre Silvio Santos, um equívoco cinematográfico.

* TBTs sobre Xuxa, Senna e Adriane Galisteu.

* Desavenças da família real britânica. Enchem o saco e vivem de produzir conteúdo para tablóides ingleses.

*  Briga por lugar na janela. O caso do menino birrento, a mãe sem noção e a advogada que expôs vídeo de passageira.

* Família Bolsonaro. Diaristas da família Trump em Mar-a-Lago.

* Influenciers. Simplesmente por existirem.

* Tiago Leifert: sempre que abre a boca ou tecla opiniões bizarras. 

* Demétrio Magnoli: por produzir opiniões caóticas e extremistas travestidas de "análise". 

* O imbroglio de Gabigol no Flamengo, que durou o ano inteiro.

* A Red Bull dá asas a Max Vestappen, o piloto mais mau caráter que a Fórmula 1 já viu. Detestado no paddock e na pista pelos golpes baixos que pratica e pelo favorecimento que recebe dos organizadores das provas.

* Zelenski e seu uniforme de Chuck Norris, sendo que não dá um tiro sequer. 

* Netanyahu. Por ser o sanguinário Netanyahu.

* Trump. O autoritarismo pelo voto.

*  Congresso brasileiro. Por ser uma casa que reúne maioria de legisladores que se auto representam e defendem interesses próprios, nunca os da população.

* Desvios de emendas parlamentares. São tantos e impunes que a safadeza "prescreveu" na mídia.

* Caso Ana Hickmann e ex-marido Alexandre. Também já deu. Um ano na mídia...

* Qualquer coisa sobre Yasmin Brunet.

* Tédio: brigas virtuais de fãs de Xuxa e de Adriane Galisteu sobre a a herança sentimental de Ayrton Senna. Sendo que Senna não está nem aí.

 





 


sábado, 7 de dezembro de 2024

Trio de ouro: lobbies que são sonho de consumo nas mesas de Brasília

Três lobbies poderosos balançam gavetas em Brasília. Um pressiona para que o governo aumente o número de voos no Santos Dumont prejudicando a recuperação do Galeão, ambos importantes aeroportos do Rio de Janeiro. Outro forte movimento quer a legalização dos cigarros eletrônicos comprovadamente mortais. Uma rica onda que recebe alegres "surfistas" é a da privatização das praias.

Independentemente do que acontece nos gabinetes, os três assuntos estão no cardápio de sucessivos encontros em mesas discretas dos restaurantes da capital.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Na capa da IstoÉ, Janja, que incomoda os saudosos do laquê das primeiras-damas da ditadura


Comentário do blog - Se não tivesse feito mais nada, Janja guarda o mérito de ter argumentado junto a Lula para não decretar uma GLO em janeiro de 2023. Uma intervenção sob o pretexto de Garantia da Lei e da Ordem era, sabe-se hoje, a chave para a efetivação de um golpe de Estado precisamente no rastro dos atos terroristas na Praça dos Três Poderes no dia 8 de Janeiro. E parte da estrutura próxima a Lula, em, altos cargos, era a favor da GLO do golpe. 

Janja foi a voz inteligente em um ambiente duvidoso naquele momento.

Além disso, Janja tem participação e atitude. De resto, direitos da cidadã e não dessa "instituição" deplorável e antiquada de "primeira-dama". A mídia bolsonarista dispara críticas contra a ela porque tem saudade do laquê das primeiras-damas da ditadura, as Iolanda, Scila, Lucy e Dulce que, à mesa de jantar, deviam ouvir os maridos orgulhosos contando seus feitos do dia na implementação de sequestros, torturas e assassinatos, práticas diárias do regime militar.

Aprenda a identificar jornalistas kids pretos da extrema direita brasileira

 por O.V.Pochê 

- É exibicionista ideológico. Exibe em público as partes baixas do seu fanatismo.

- É competitivo. Por isso, quando lê um texto de um concorrente radical apressa-se a escrever algo ainda mais extremo.

- Escreve para o patrão. E costuma ligar para saber: "gostou, chefe? Hoje eu estava afiado".

- Quando não tem patrão ou patrocinador, escreve para a bolha de extrema direita. A excitação é quase a mesma.

- Quando é processado por mentir pede Pix aos seguidores para pagar advogado e indenização.

- Deprecia o Brasil mesmo em questões que passam longe da ideologia. 

- Geralmente é mal-amado, como as antigas seguidoras de Carlos Lacerda e a exemplo do seu supremo líder.

- Detesta os fatos. Estes, quando verdadeiros e checados, atrapalham suas "análises".

- Consequentemente é atraído por fake news que "sustentam" suas pensatas.

- Chama os Estados Unidos de "América". Bota a mão no lado esquerdo do peito quando ouve o hino da "América".

- Considera Orlando a capital cultural dos Estados Unidos.

- Não nega wet dreams com Musk e Trump. 

- Vibra quando Trump ameaça taxar os Brics em 100%. Acha isso politicamente orgásmico.

- Sonha em ver Bolsonaro na posse do Trump. Espera que Trump venha buscá-lo com um pelotão de marines.

- Só não se inscreve para ser mercenário na Ucrânia porque não tem cuecas suficientes.

- Considerando apenas os mega radicais, a facção de jornalistas kids pretos tem representantes nas páginas de opinião do Globo, pelo menos dois, na Folha, vários, no Estadão, idem, no Metrópoles um ensandecido, nos jornais do Sul muitos, na Globo News dois abaixo da linha da ética, na Jovem Pan, todos, nos sites e canais de extrema direita são incontáveis.

- É fácil reconhecê-los. Sempre que analisam denúncias sobre os crimes de Bolosonaro preocupam-se em arranjar argumentos para a linha de defesa do "mito", "mito", "mito".


terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Pré-memórias da redação: Fazendo cinema na Curitiba de 1962 • Por Roberto Muggiati

Tive uma participação curiosa na filmagem de As moradas no primeiro semestre de 1962. Jornalista curitibano desde 1954 na Gazeta do Povo, passei uma temporada em Paris entre outubro de 1960 e fevereiro de 1962 como bolsista do governo francês estudando no Centre de Formation des Journalistes. De volta a Curitiba, trabalhei na Secretaria (ou Departamento) de Cultura do governo Ney Braga, sob a direção de Ênio Marques Ferreira, até o início de agosto de 1962, quando parti para uma temporada de três anos em Londres (até junho de 1965) contratado para trabalhar como Programme Assistant no Serviço Brasileiro da rádio BBC. Conheci Sylvio Back por volta de 1956-57, éramos colegas de imprensa, ele trabalhava no Diário do Paraná, onde editava um suplemento cultural chamado “Letras & Artes”, do qual eu era assíduo colaborador. O cinema era um tema importante, eu diria até dominante no suplemento. De volta a Curitiba em 1962, reatei minha amizade com o Sylvio. Encontrei-o em seu primeiro casamento e trabalhando na redação local da Última Hora, um arrojado projeto de Samuel Wainer com a edição produzida em Curitiba, impressa em São Paulo e distribuída diariamente em tempo hábil nas bancas de Curitiba. (O editor da UH paranaense era o paulista Ary de Carvalho, que elevou a venda do jornal de 6000 para 23000 exemplares diários. Depois ele fundou o jornal Zero Hora em Porto Alegre e se tornaria proprietário de O Dia do Rio de Janeiro.) 

Solteiro, eu morava em casa de meus pais, à Rua Carlos de Carvalho esquina com Francisco Rocha, e rodava toda noite pela Curitiba boêmia no carro da família, um DKW, carro popular fabricado no Brasil entre 1958 e 1967 sob licença da fábrica alemã do mesmo nome.

Senti uma diferença notável entre a Curitiba que deixei em outubro de 1960 e aquela que reencontrei em fevereiro de 1962, com a radicalização política do confronto entre direita e esquerda, que acabaria levando ao golpe militar de 1964. Sylvio Back – mesmo ganhando a vida como jornalista – começava a dedicar mais horas do seu tempo ao sonho que faria dele um dos cineastas mais profícuos e polêmicos do país. Naqueles primeiros meses de 1962 iniciou a filmagem, com uma câmera na mão e muitas ideias na cabeça, do documentário As moradas, focalizando as primeiras favelas que apareciam na periferia da cidade. À falta de equipamento adequado para efetuar travelings, encontramos uma utilidade para o DKW de meus pais.

Eu ao volante e o Sylvio empunhando a câmera debruçado perigosamente sobre a janela traseira, fazíamos pequenos takes  de filmagem, percorrendo distâncias de cinco a dez metros. Orgulho-me muito dessa participação – ainda que tosca e improvisada – no filme inaugural da bela carreira do amigo Sylvio Back.

Infelizmente, passados 62 anos, ainda não vi o produto final. Não tive acesso a um DVD de As moradas e – por inadequação técnica ou humana – nunca consegui abrir um link que me permitisse ver o filme. Mas espero um dia vê-lo e resgatar através de suas imagens o ar fresco das manhãs outonais daquela Curitiba perdida.

Escrevi o texto acima em resposta a um e-mail de Rosane Kaminski, pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, especializada na obra cinematográfica de Sylvio Back. Ela já publicou dois livros sobre os longas-metragens que ele fez quando ainda morava no Paraná e escreve atualmente sobre o primeiro filme dele, As moradas, lançado em 1964. No final da tarde quente do primeiro domingo de dezembro, abri mão não do lazer – o descanso do escritor é escrever e estou mergulhado numa matéria interminável para a revista Piauí – e concentrei minha memória naqueles seis meses ensanduichados entre dois anos de Paris e três anos de Londres – um período perdido, ma non troppo, em Curitiba, que na minha autobiografia intitulei Seis meses num DKW. Pouco antes da meia-noite, Rosane me respondeu, “exultante” com o depoimento, e presenteou-me uma cópia de As moradas digitalizada pela Cinemateca Brasileira.  Viajei no tempo ao longo daqueles dez minutos de imagens desbotadas, sentindo-me às vezes ao volante do DKW. A trilha minimalista, com os estudos para violão de Villa-Lobos tocados por Turíbio Santos – lembrando incrivelmente a cítara do húngaro Anton Karas em O terceiro homem – conferem dramaticidade ao texto despojado, isento de qualquer ilusão (“Hoje só há liberdade para morrer. Os homens nem mais soltam grunhidos perturbadores.   Toda essa longa viagem, no entanto, promete uma chegada, pois os homens se revezam e não desistem”.)

http://www.bcc.org.br/filmes/880756

domingo, 1 de dezembro de 2024

Vestappen: jogo sujo até o fim.

por Niko Bolontrin 

Mesmo campeão, Vestappen, o mau caráter  da Red Bull, joga sujo. No GP do Catar ele foi punido por andar em baixa velocidade na classificação pra prejudicar a Mercedes de George Russell. Perdeu aprnas uma posição no grid, o que o deixou no lucro.

Sobre punições, a propósito, esse GP foi recordista em penalidades aos pilotos. Com o campeonato decidido a F1 distribuiu sentenças inclusive ao Vestappen, o tetra campeão beneficiado quatro vezes pela bandeira amarela, uma para cada título. Provavelmente como as punições não valem mais nada os fiscais quiseram demonstrar a isenção que não tiveram ao longo do ano.

sábado, 30 de novembro de 2024

The Times, hoje: Brasileira vence processo em caso de assédio racial motivado pelo sotaque


por Ed Sá
 

Criticar colegas estrangeiros de trabalho por causa do sotaque pode ser considerado assédio racial.  

É o que um tribunal inglês acaba de concluir após julgar o caso de um brasileira que era gerente de engajamento e marketing no departamento de artes criativas da Hertfordshire University. Elaine Carozzi alegou no processo que falava bem inglês, mas os colegas insistiam em dizer que não a entendiam. Carozzi denunciou que seu sotaque foi usado "como um parâmetro para avaliar sua capacidade profissional". Diante das pressões, ela renunciou ao cargo, isso após um ano inteiro de trabalho. A Hertfordshire University será comunicada da decisão para providência s. Foi o segundo julgamento do caso. No primeiro ela perdeu a causa, mas ganhou o direito de recorrer. A vitória de Corazzi poderá impactar litígios semelhantes.

Mbappé é jogador tóxico

por Niko Bolontrin 

O problema do craque francês não é apenas a difícil convivência com os companheiros. O vestiário, como os boleiros denominam a fornalha que é o espaço, principalmente quando o time vai mal. Não lhe bastam os gols que faz - e agora nem está fazendo tantos. E gostaria de fazer todos os gols do time. Que os demais jogadores tivessem apenas a missão de lhe servir a bola. No PSG, criou intrigas com Messi, Neymar, Cavani, Di Maria, Suárez...

Quando o Real Madrid anunciou a contratação do francês, foram muitos os jornalistas da mídia esportiva europeia que apontaram o risco. Ninguém dúvida que Mbappé é um super craque. O problema é que ele não se adapta a time algum. Quer que todo o time se adapte a ele. 

Aconteceu mais cedo do que se esperava a crise do Real Madrid. O treinador Ancelotti dá sinais de que por questões políticas internas está cedendo às vontades de Mbappé. Diz que é preciso paciência. O francês atravessa uma fase de "falta de confiança". Confiança é o que surpreendentemente está faltando no próprio Ancelotti.

Como fez no PSG e na seleção francesa, Mbappé está fritando alguns jogadores do Real Madrid. O caldo da paella está entornando. Baixar o fogo do francês  é o desafio de Ancelotti, um dos treinadores mais vencedor do futebol europeu 

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

O BBB dos jornalistas da Globo. Tudo mundo já pro paredão!

Vladimir Neto interpretando ele mesmo. Foto: Reprodução de vídeo veiculado pala Globo

Às vezes, uma ideia que parece "genial" pode se tornar uma enorme furada. Principalmente quando, na reunião de pauta, ganha unanimidade. Já dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade é... 

No meio do furacão da denúncia do golpe de Bolsonaro e seus kids pretos, repórteres da sucursal da Globo em Brasília encenaram um reality de quinta série mostrando "como trabalham". Imaginavam, talvez, estar protagonizando uma espécie de tutorial do jornalismo investigativo. Cada um dos "atores" e "atrizes" ali deve ter se sentido assim a dupla Bob Woodward e Carl Bernstein desvendando o escândalo Watergate, uma Oriana Falacci ou uma Christiane Amanpour. 

O filminho foi ao exibido e ganhou nas redes sociais o Prêmio Vergonha Alheia do Ano. A direção da Globo, no Rio, mandou tirar do ar. William Bonner achou a encenação "cafona", segundo o site F5. A internet se divertiu e pede bis. O reality abre com o repórter Vladimir Netto falando aparentemente com uma fonte, um deep throat do Planalto Central, na sequência, entre outros, o elenco inclui Júlio Mosquera e Delis Ortiz. Vê-se a redação trabalhando ao fundo, como meros figurantes não identificados, mais ou menos como aquelas multidões de anônimos em batalhas de filmes épicos. Diria que agora agradecem ao deus dos jornalistas por não aparecerem em primeiro plano. 

É isso, velhos jornalistas sabem que reuniões de pauta também podem produzir "monstros da criatividade". 

Se o vídeo "a sucursal da Globo como você nunca viu" ainda não foi retirado da internet, você pode vê-lo neste link ou em um endereço qualquer na vastidão do mundo dos algorítmos. 

https://revistaforum.com.br/midia/2024/11/28/globo-apaga-teatrinho-do-jn-que-caiu-no-ridiculo-william-bonner-achou-cafona-170033.html

   

Le Cardinal Macron e o segundo "incêndio" da Notre Dame

 


por Flávio Sépia 

A reabertura da Notre Dame após a conclusão das obras incendeia Paris. Segundo o Libération, o presidente da França se apropriou da reinauguração. A cerimônia oficial e religiosa acontecerá na semana que vem, mas Macron atropelou a agenda e fez uma visita à catedral, transmitida pela TV. Na prática, apresentou e declarou simbolicamente aberta a belíssima Notre Dame. Antes, Macron tentou convencer o Papa Francisco a participar da reabertura solene. Chico recusou alegando que na data estaria em visita à Córsega. O presidente não gostou. Essa pode ser uma das razões da "invasão" antecipada? Só falta agora Francisco resolver dar o troco, mudar de ideia e levar sua trupe à catedral para roubar a cena. 
Uma das gárgulas só observa a "heresia" de Macron. Não é prudente provocá-la. Foto Instagram.
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Em todo caso, Macron deve conhecer a função medieval das criaturas que ornam a igreja. Sim, as assustadoras gárgulas, que parecem vivas, são protetoras da catedral de Notre Dame. Bom ter cuidado.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Na capa da Carta Capital: o golpe da rataria fardada

 


Deu no Portal dos Jornalistas: Acervo do Diário de Pernambuco é protegido por lei

Acervo jornalístico do Diário de Pernambuco é oficialmente patrimônio cultural material do Brasil.

Fundado a 200 anos, o Diário de Pernambuco tem sua memória agora preservada pela Lei 15.027, de 2024, de autoria da senadora Teresa Leitão (PT-PE).

Expectativa em Brasília: qual será a embaixada que vai receber Bolsonaro?

por O.V. Pochê 

Setoristas de representações estrangeiras estão notando movimentação estranha em Brasília para uma quinta-feira. 

A fala de Bolsonaro ameaçando se refugiar em uma embaixada pode ser a razão da inquietação. Não seria surpresa se alguns diplomatas preferirem antecipar o fim de semana e fechar a lojinha. 

Aparentenente Bolsonaro terá como opção apenas países mais receptivos à extrema direita e até ao fascismo assumido: El Salvador, Itália, Israel e Polônia já podem encomendar Leite Moça, iguaria preferida pelo meliante. Vão recebê-lo de braços abertos  mesmo que tenham de esconder as joias. 

Países da África não correm o risco, o Bozoroca não é chegado ao pedaço. Estados Unidos só depois da posse de Trump, mas lembrando que o magnata pretende se livrar de milhões de imigrantes e pode não querer mais um. Ucrânia toparia, só que o candidato a exilado é um ex-soldado medíocre e tem medo de guerra. Suíça é atualmente governada pela direita, mas tem uma imagem a zelar, não vai receber o desocupado. Além disso é fabricante de relógios caros, isso poderia ser um problema. Restam Paraguai e Argentina. Essa última está prendendo "patriotas" que já estão enchendo o saco dos hermanos cheio de problemas. Tá difícil. 

Bolsonaro vai acabar se refugiando no sítio "Sonho Meu", do amigo Frederick Wassef, o advogado que hospedou o fugitivo Queiroz da Rachadinha. Fica em São Paulo, estado que faz parte da Internacional da Direita.

Do Meia Hora, hoje...

 


Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprova PEC do Estuprador e do Pedófilo. Texto vai para votação em plenário.

 


Pacote Milei

O plano de corte de gastos é ruim para a imensa maioria do povo brasileiro, trabalhadores e aposentados. Mas vai piorar muito quando sair do Congresso. Tanto que Milei vai perdir para assiná-la.

Essa palavra vai entrar no dicionário em 2025. É o que dizem.....

Rachenda - s. f. - relativo a rachadinha e emenda, prática criminosa de desvio de recursos publicos, modalidade que é geralmente consequência da falta de transparência na execução de verbas públicas, neologismo inspirado na "rachadinha" termo popular para denominar retenção de parte de proventos de servidor público em benefício de políticos desonestos. Variação: Rachendinha.

À moda de Milei, Congresso se prepara para endurecer o pacote fiscal. É o presente de Natal que o mercado exige

O relatório do golpe já está na gaveta da PGR, junto com a caduca investigação sobre as jóias afanadas por Bolsonaro e o assunto da mídia nos próximos dias será o ajuste fiscal. 

O mercado está raivoso hoje contra a isenção de imposto de renda para pessoas que ganham até 5 mil reais mensais. Na outra ponta, viria a taxação para o pessoal que fatura a partir de 50 mil reais mensais.

É quase certo que deputados e senadores integrantes do pior Congresso da história derrubem tudo isso e ainda ataquem com maior vigor a correçoes do salário mínimo e das aposentadorias. Aliás, são os mesmos deputados e senadores que recentemente decretaram imposto zero para igrejas, impuseram a lei de porteira aberta para as ricas  emendas parlamentares, impedindo o Executivo de segurar eventualmente o pagamento da bocada e esticaram mais uma vez a desoneração de encargos legais nas folhas da empresas, mecanismo que foi criado durante a pandemia e que ameaça virar eterno. 

No Congresso brasileiro o Natal dura o ano inteiro, mas você não está convidado para participar de "amigo oculto". Muito oculto...

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Que Jojo Todynho é essa

Não sabemos quem é e o que faz, não vamos qualificar a pessoa. Mas uma cidadã vulgo Jojo Toddynho (nas redes sociais há quem chame de Jojo Nescau) acusou o PT de ter pago cachê a todos os artistas que divulgaram apoio a Lula nas eleições de 2022. A Todynho ou Nescau ou Ovomaltine ou Danoninho declarou ao podcast de extrema direita Brasil Paralelo que recebeu um telefonema com oferta de "trabalho" e ao chegar ao local, um restaurante, alguém supostamente lhe ofereceu 1 milhão e meio de reais para promover o voto em Lula. O PT nega e anuncia que vai processar a polêmica figura envolvida em sucessivas encrencas. Jojo terá que dizer na justiça o nome ou nomes de quem lhe fez a proposta e em qual restaurante aconteceu o encontro. Provavelmente a perícia tentará recuperar em HDs as imagens do evento, difícil mas não impossível, na internet ou sistemas nunca é. Se foi mentira, Jojo, que se identifica com a direita bolsonarista, responderá por calúnia e difamação. 

E os pets influencers chegam à capa da Time. Nesta semana em todos os gatis e canis

 


Ministro de Israel quer expulsar um milhão de palestinos da Faixa de Gaza.

Segundo a AFP, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, um aliado desvairado do tresloucado Netanyahu, defende a redução pela metade da população de Gaza. Smotrich não detalhou qual seria o método de deslocamento, se expulsão, eliminação, abdução ou um gentil convite para irem embora mais de um milhão de palestinos. Antes da guerra, a Palestina tinha pouco mais de 2 milhões de habitantes. O ministro também não explica como a população forçada a emigrar será selecionada pelo seu plano a ser apresentado ao governo.        

"Kids pretos" causídicos...

Também existem advogados "kids pretos". Uma obscura organização, que se intitula Lexum, foi formada recentemente para "atuar na defesa da contenção judicial". Contenção quer dizer controle, limitação, restrição. Pois é, eles querem a Justiça relativa. Na verdade, a Lexum ficou nervosa com a abertura do sigilo do inquérito sobre os golpistas e abriu campanha contra Alexandre de Moraes para derrubá-lo da condução do processo. 

terça-feira, 26 de novembro de 2024

A Folha publicou ontem uma matéria sobre os 100 anos da Coluna Prestes, que começou sua epopeia em 28 de outubro de 1924. Em 1995, Manchete fez uma série épica por ocasião dos 70 anos da jornada revolucionária do Cavaleiro da Esperança. Durante nove meses Luiz Carlos Prestes Filho cruzou o Brasil do Sul ao Nordeste recolhendo memórias históricas dos passos do pai

 

Folha de São Paulo 


por José Esmeraldo Gonçalves 

A revista Manchete publicou uma série de 10 reportagens em uma monumental e exclusiva revisita à trajetória da Coluna no Sul, Centro Oeste e Nordeste do Brasil. Ao longo de nove meses, Luiz Carlos Prestes Filho percorreu 25 mil quilômetros. Ele não apenas reencontrou as memórias revolucionárias, como ouviu testenunhos, localizou antigas armas e apetrechos, comparou os tempos, as perdas ecológicas, relatou espécies animais desaparecidas e rios que perderam a pujança desde meados do século passado aos anos 1990. 


Na foto de Gustavo Stephan, Luiz Carlos Prestes Filho à frente de cavaleiros gaúchos e...

Luiz Carlos Prestes em imagem de arquivo da época no comando da tropa revolucionária

Como repórter, cumpriu sozinho o desafio de compor a série "Nas Trilhas da Coluna Prestes, em 1995, quando dos 70 anos da Coluna, mas a produção de imagens exigiu o revezamento de uma equipe de fotojornalistas. Prestes Filho foi acompanhado  Gustavo Sthepan, Marcos Corazza, João Mário Nunes, J.Egberto e Izan Peterle. Juntos os cinco profissionais operaram cerca de 10 mil fotos.  Esse material original integra ou integrava o arquivo fotográfico da Manchete leiloado após a falência da Bloch e que até hoje encontra-se em paradeiro e condições de preservação desconhecidos. 

A série, contudo, pode ser lida e vista na coleção da revista digitalizada pela Biblioteca Nacional.      

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Racista sai das trevas

por Ed Sá 

A internet lembra um filme de zumbis ou mortos vivos. A toda hora emergem anormais. Vários veículos - e não apenas de fofoca - repercutem um ataque racista da apresentadora de um programa de rádio da Band e musa da escola de samba Gaviões da Fiel contra uma cantora negra. Não vou reproduzir as ofensas. A racista em questão atende pelo nome de Ana Paula Minerato. A vítima é a cantora Ananda. Diante da repercussão do crime,  Band e Gaviões demitiram a Minerato. Curiosa é a justificativa que ela deu: diz que estava "sob efeitos de remédios". Essa justificativa substitui a já batida "minha fala foi tirada de contexto". Em tempo: a agressora crítica o cabelo da cantora do Melanina Carioca. Fala com desprezo. Só que a Ananda é muitas vezes mais bonita do que a racista. Confiram no Google.

Economia da Argentina despenca em quase 4%. Chegou a hora do pesadelo

por Flávio Sépia 

Mercado é de extrema direita. Alguem dúvida ? Não há nada de técnico na maioria das projeções. No Brasil erra sempre pra pior mesmo quando é bom o desempenho da economia. Na Argentina, também erra, mas sempre a favor de Milei. Enche a bola do liberticida e agora se "surpreende" com a queda da economia argentina em quase 4%.

domingo, 24 de novembro de 2024

Na capa da IstoÉ: o balão de ensaio


por O.V.Pochê 
Segundo a IstoÉ, Bolsonaro e cúmplices testam a viabilidade de Eduardo Bolsonaro ser candidato a presidente em 2026, mas a  extrema direita tem circulado dois outros nomes: Ronaldo Caiado e Tarcísio Freitas.

Como simples exercício de imaginação, listo alguns candidatos  a cargos do futuro primeiro escalão de Eduardo Bolsonaro.

Casa Civil - Carlos Bolsonaro 
Defesa - Flávio Bolsonaro
Cultura - Jojô Todinho
Economia - Fabrício Queiroz 
Banco Central - Agurdando indicação de Trump 
Educação - Regina Duarte 
Secretário de Imprensa - Alexandre Garcia. 
Planejamento - Veio da Havan.  
Relações Exteriores - Luciano Huck
Agricultura - Gustavo Lima
Casa Civil - Michele Bolsonaro
Petrobras - Aguardando indicação de Musk.
Itaipu - Aguardando indicação de Trump. 
Embaixada do Brasil em Washington - Allan dos Santos.
BNDES -Aguardando indicação de Trump.
Cônsul na Flórida - José Aldo
Novo Ministério Deus, Pátria e Família - Michelle Bolsonaro.
Gerência da Contas Secretas em Paraísos Fiscais - Paulo Guedes
Exército, Marinha e Aeronáutica - Aguardando indicações de Trump.
Cordenação Ministerial para Privatização da Amazônia - Aguardando indicação de Musk.
Chefia Especial do Departamento de Presentes para o Presidente (Jóias, Relógios, Estatuetas de Ouro, fuzis, pistolas,  automóveis Tesla, ações da Starlink etc) -  Jair Messias Bolsonaro.
Ministro do Turismo - Jair Renan Bolsonaro.
Diretor de Motociatas e Gerente do Puxadinho do Alvorada - Caio Copolla.
Coordenador do Café da Manhã com a Mídia Bolsonarista - Augusto Nunes.
Caseiro da Representação Avançada do Alvorada em Orlando FL. - Rodrigo Constantino.
Redator de discursos em lives - Demétrio Magnoli.
Supervisão de Manutenção de Pistolas no Alvorada - Carla Zambeli.
Mentoria de Palestras de Michelle Bolsonaro - Joel Pinheiro.