sábado, 11 de abril de 2020

DataPanis: 30 pequenas grandes coisas para voltar a fazer quando a pandemia acabar...

por O.V.Pochê 

Em enquete informal via Whatsapp, o DataPanis 
levantou 30 coisas a fazer tão logo o vírus seja passado. 

1) Contato físico. Lembra do tempo em que abraços, beijos, aperto de mão eram normais?

2) Chegou o dia de não precisar pedir delivery ao boteco da esquina. E tomar um chope sem achar que é coquetel de covid na pressão.

3) Pegar transporte público sem entrar em pânico ao menor sinal de alguém tossindo.

4) Não precisar de álcool em gel

5) Andar na rua sem contar a distância entre você e as outras pessoas

6) Fotografar você e amigos na mesma selfie.

7) Ver um jogo de futebol na TV (que não seja reprise).

8) Tocar o botão do elevador sem medo de morrer.

9) Fazer check in em um voo para qualquer lugar.

10) Usar o caixa eletrônico sem temer receber dinheiro e um extra em coronavírus.

11) Cortar o cabelo em uma barbearia ou salão.

12) Não precisar ver o presidente do país fazendo propaganda da cloroquina.

13) Voltar a curtir feriados.

14) Passear na praia ou em um parque sem risco de sair na TV como fura-isolamento.

15) Sabe aquela campanha de compra antecipada para ajudar seu restaurante preferido? Chegou a hora de resgatar o voucher.

16) Uma volta ao tempo em que usar máscara era apenas um costume adotado por japonês com gripezinha.

17) Levar as crianças à escola

18) Dar um tempo na Netflix, na Globoplay, Amazon Prime Video etc por uns tempos.

19) Parar de desinfetar as embalagens de tudo o que compra.

20) Não precisar ver coletivas de autoridades nem mais ouvir os especialistas (que foram muito úteis) dando conselhos sobre a pandemia.

21) Chega de lives de cantores. É hora de ver shows ao vivo.

22) Poder visitar mães e pais sem que eles espirrem álcool 70 em você.

23) Visitar os filhos para eles terem certeza de que você sobreviveu e que a chamada de vídeo não era arquivo em cache.

24) Deixar de ser grupo de risco, se for o caso.

25) Comprar papel higiênico no supermercado sem que alguém pergunte pra que serve

26) Ir ao cinema.

27) Saber que o Dr. David Uip viajou em férias para a Itália, Espanha, com uma esticada a Nova York.

28) E que o Fantástico fez matéria sobre depósitos cheios de respiradores, máscaras e luvas que os hospitais não precisaram utilizar.

29) E que você poderá finalmente ir para a fila (sem distanciamento) da vacina contra o coronavírus

30) E, claro, sair no bloco no carnaval fora de época que vai comemorar o #byebyeCorona



O DataPanis aponta as palavras e expressões mais frequentes na mídia em tempo de coronavírus

* Isolamento social  - Idosos e todas as pessoas que não trabalhem em atividades essenciais devem ficar em casa. As empresas devem estimular o home office.
* Isolamento horizontal - Modalidade em que todos param, menos os trabalhadores em atividades essenciais.
* Isolamento vertical - Modalidade preferida por Bolsonaro e seu gabinete do ódio. Significa que param os idosos e os portadores de doenças crônicas que agravam a infecção. O resto, segundo a boiada governista, pode cair na gandaia.
* Quarentena - Isolamento de pessoa ou pessoas para evitar propagação do vírus.
* Comorbidade - Duas ou mais doenças relacionadas e quando uma pode agravar a outra.
* Cloroquina - Remédio não suficientemente testado em casos de Covid-19, mas "vendido" por Bolsonaro e seu gabinete do ódio como poção mágica para combater o vírus. O remédio tem graves efeitos colaterais e pode matar.
* Bananinha -Apelido que Hamilton Mourão colocou em Eduardo Bolsonaro, que atribuiu o coronavírus a um complô da China.
* Carreata da morte - As manifestações dos bolsonaristas que minimizam o vírus e pedem o fim do isolamento. Alguns desses participantes já foram parar nos hospitais, com casos de vítimas fatais do vírus.
* Panelaço - Protesto que ecoa no país a cada vez que o sequelado fala em rede de TV.
Rainha Louca - Apelido que Bolsonaro ganhou nas redes sociais. Alusão ao desequilíbrio e ao fato de ser tutelado para não fazer ainda mais besteiras. O veto a decisões dele não impede, mas reduz deve reduzir o desvario.
* Coronavoucher - O vale de 600 reais que o Congresso autorizou o Tesouro a emitir para parte da população.
* Achatar a curva - Equivale a diminuir picos de incidência do coronavírus. É o objetivo do isolamento que assim pode evitar o colapso do sistema de saúde.
* Respiradores - Equipamento para atender aos doentes em estado grave internados em UTIs.
* Máscara N95 - proteção especial para as equipes de médicos, enfermeiros e demais funções do sistema de saúde.
* Gripezinha - Nome carinhoso que Bolsonaro e apoiadores dão à mortal Covid-19.
Bolsonavírus - Apelido que circula nas redes sociais.
Olavírus - Idem.
* Testes - O que está em falta no Brasil, o que torna as estatísticas de contaminação e falecimentos mera ficção.
* "O Brasil não pode parar" - Campanha publicitária produzida pelo gabinete do ódio do Planalto contra o isolamento social e estimulando o povo a voltar ao trabalho.
* Transmissão comunitária - Quando não é mais possível identificar quem é o transmissor do vírus.
Assintomática - Quando uma pessoa comprovadamente tem o vírus mas não desenvolve a doença.
* Pandemia - Derivação do grego pan (todo) + demos (povo).
* Praga bíblica - Segundo alguns pastores, por não escutar Deus o mundo é castigado.
* Covidário - Como são chamados os doentes em Portugal. No Brasil ainda não há um nome específico. Pode vir aí o "covidético"?
* EPI - sigla para o equipamento de proteção individual destina às equipes de saúde.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Essa capa nos representa...


Vêm aí os Loucos Anos 20, parte 2...

Na segunda década do século passado, o mundo passou por guerras - entre as quais os conflitos Rússia-Japão, dos Balcãs e a Primeira Guerra Mundial - e pela pandemia da Gripe Espanhola, que na verdade era inglesa. Foram milhões de mortos.

Na guerra, morreram 156 brasileiros, entre militares, médicos e enfermeiras. Na gripe foram 35 mil mortos no Brasil, segundo os números oficiais subnotificados. Pretos e pobres eram mais invisíveis do que hoje, sabemos.

Na virada dos anos 1920, os horizontes clarearam nas principais capitais do mundo. Os Estados Unidos experimentaram um extraordinário período de crescimento (que implodiria no crack da Bolsa em 1929, mas essa é outra história), a Europa, principalmente França, Espanha e Alemanha (esta sofreu no período com a hiperinflação mas conseguiu exibir a pujança cultural da República de Weimar ) deram a sofrida volta por cima. A Arte, a Literatura e, claro, os cabarés, as drogas, o sexo, fizeram a terra girar mais rápido. Foram os loucos anos 20. O Rio, segundo o livro "Metrópole à Beira-Mar", de Ruy Castro, embarcou nessa viagem.

Um conselho para quando o coronavírus se for: caiam de boca na década que começa. Desprezem os Bolsonaros da vida, zombem da ganância dos neoliberais, lutem contra o neofascismo galopante e as milícias SS que já ameaçam a liberdade, previnam-se contra o fanatismo moral e religioso que adoece o Brasil, incinerem a mediocridade e conquistem a vida que lhes pertence.

Os nossos antepassados fizeram exatamente isso após o baixo astral da peste. Piraram na festa. No melhor sentido.

E estavam certos. Aproveitaram a breve "janela" do desbunde antes das décadas de 1930 e 1940 que já sabemos como terminaram. Nazismo, fascismo, guerras... Beberam, cheiraram, fumaram, amaram e, nos intervalos, criaram obras eternas, na literatura, na música, na pintura, no design, no teatro e, por que não?, na indústria e na inovação.

Pra não esquecer as brigadas da morte......

Basta um mês.

O dia 10 de maio será um prazo suficiente para os brasileiros recordarem os nomes das autoridades e instituições que estimulam a propagação do vírus.

Além de Bolsonaro, uma facção de governadores, prefeitos, juízes, parlamentares, certos ministros, entidades patronais, alguns meios de comunicação, jornalistas, conhecidos líderes religiosos e cada pessoa que, sem necessidade, desprezou o isolamento.

Estes atuam no lado negro da força.

As estatísticas de mortes terão as digitais dessa militância tétrica. 

Vírus ideológico: covidette alucinada ataca repórter da Globo


As milicias bolsonarianas estão nervosas. A obsessão ideológica impulsionada pelo gabinete governista do ódio e pelo discurso de alguns religiosos fundamentalistas nas redes sociais mostra sua face violenta.

Uma mulher com visíveis sinais de histeria militante se apossou do microfone do repórter Renato Peter, da Rede Globo, em São Paulo. Ele fazia uma matéria em Cachoeirinha, na Zona Norte da capital, quando a perturbada atacou.

O Brasil vive uma situação única entre os países que sofrem com a pandemia mundial. Aqui, existem as covidettes e os covidettes que espalham o vírus do fanatismo: são as figuras desprezíveis que, na pratica, seguem o líder e militam a favor do rastro de morte que o coronavírus deixa no país. Veja o vídeo AQUI

The Economist: Bolsonaro abraça a insanidade

Reprodução The Economist (link abaixo)

A revista The Economist dessa semana focaliza Bolsonaro. Não na capa, que trata da economia pós-coronavírus. O brasileiro é analisado do ponto de vista de suas atitudes.

A conclusão é psiquiátrica. Ao sabotar a saúde pública, ao debochar da Covid-19 e do isolamento indispensável para reduzir os efeitos da pandemia, o desvairado vai além da irresponsabilidade e dá sinais de insanidade. "Os governadores dos estados mais importantes do Brasil foram adiante e impuseram bloqueios usando seus próprios poderes. Bolsonaro incentivou os brasileiros a ignorá-los", conta a revista.

Coronavírus: o Inimigo N° 1 na capa da Paris Match


Veja o vídeo em realidade aumentada sobre o ataque do vírus aos pulmões. AQUI

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Cata Veio: o ônibus que tenta convencer idosos a sair das ruas em tempo de coronavírus

Reprodução TV Globo

A Rede Globo mostrou ontem matéria com um casal mineiro - Katya Salomão e André Meneguini - que faz uma campanha para convencer idosos resistentes ao isolamento a ficar em casa. Esse "bonde do bem" ganhou forma em um ônibus antigo que percorre as ruas de Belo Horizonte para alertar os rebeldes. Nome do ônibus; "Cata Veio". Veja o vídeo AQUI

A foto do dia: Colômbia pega no pé de quem rompe o isolamento


A ultradireita da Colômbia segura pelo pé quem se arrisca a romper o isolamento exigido pela Covid-19. Na foto, moradores da cidade de Córdoba são detidos por uma hora, no "cepo", por violar determinação da prefeitura. A informação é da revista Época.

Loucura, loucura, memes muito doidas...

Reprodução Twitter

Reprodução Twitter

A internet, ontem, ficou maluca com a situação política e memes viralizam críticas ao Palace Hospício de Brasília. Diante da hipótese de um presidente desestabilizado emocionalmente e que estaria sendo tutelado para evitar que cometa mais sandices do que o Brasil suporta, o twitter reagiu com humor.

"Hello, crazy people!" - Dirigentes que piraram no poder...

por O.V.Pochê 

Não são incomuns na história dirigentes pirados.

Eram malucos nada beleza.

O rei George III, da Inglaterra, surpreendia o cerimonial ficando nu nas mais diversas ocasiões. Quando se sentia ameaçado no governo ou pressentia complôs ficava pelado, brandia a ceroula e balançava os colhões reais.

O rei Carlos VI, da França, ficou conhecido como "O Idiota", "O Inútil". Não gostava de tomar banho, fazia números um e dois nas calças, geralmente quando tinha acessos de fúria. E permanecia na boa, sentado no trono, como se nada tivesse acontecido ou  nada emanasse pelo salão real.

O Brasil já teve presidentes perturbados, um, pelo menos, segundo historiadores, tinha sérios problemas mentais. Governou por apenas alguns meses e mesmo assim foi tutelado para evitar viajasse na maioneses em pleno exercício da presidência.

Jânio Quadros não foi diagnosticado, mas ficou conhecido, digamos, pelo "exotismo". E cometeu o tresloucado gesto da renúncia, justificado, segundo ele, por "forças ocultas" que lhe tiravam o sono. Jânio era dado a governar por "bilhetinhos", o twitter da época.

D. Maria Doidaça
Maria I, "A Louca", também conduziu por algum tempo os destinos do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Sofria de depressão (na época chamada poeticamente de "melancolia"), e era "terrivelmente" católica. Certa vez decretou uma semana de luto no reino ao saber que ladrões haviam invadido uma igreja e espalhado hóstias pelo chão. D. Maria era louca mas não rasgava dinheiro. Uma das suas medidas foi proibir que o Brasil fabricasse tecidos e assim concorresse com a sede do reino. Durante seu governo, a corte ordenou a morte e o esquartejamento de Tiradentes. A família tentou tratá-la com os melhores especialistas. Um deles receitou-lhe poderosos purgantes. Que, aliás, não fizeram efeito, a não ser o óbvio e vertiginoso resultado que encharcava o seu nobre colchão. Quando ficou inviável seguir as ordens da D. Maria Pinel, arrumaram-lhe um regente para segurar a barra.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Depois do jejum, a ordem é caminhar sobre brasas...

Reprodução Twitter Jornalistas Livres

Fotomemória da Redação: Cony no "circo do povo"

Cony durante o primeiro julgamento de Doca Street em Cabo Frio: em primeiro plano, no canto esquerdo da foto

Uma semana antes do julgamento, em outubro de 1979, ele entrevistou Doca Street em Búzios.
Reprodução Manchete
Na tarde de 30 de dezembro de 1976, o empresário Doca Street disparou quatro balas no rosto da socialite mineira Angela Diniz. Foi em Búzios. O crime ficou em cartaz na mídia até 1982.

Era comum, nos anos 1970, a Manchete acionar Carlos Heitor Cony para escrever sobre casos policiais de grande repercussão. No seu estilo, Cony recriava cenas e dramas. Às vezes, ele entrevistava os autores dos crimes. Outras vezes, era o observador, com olho de escritor, que narrava as tramas policiais.

Foi assim que Cony cobriu o julgamento de Doca Street, em Cabo Frio, em outubro de 1979, quando um júri popular formado por cinco homens e duas mulheres absolveu o assassino confesso. "Legítima defesa da honra" foi o argumento que o advogado Evandro Lins e Silva usou para obter a liberdade do matador de Angela Diniz (Doca foi condenado a dois anos e meio com direito a sursis). Cony deu à matéria o título "O Pão da Justiça no Circo do Povo".  O julgamento durou 21 horas e atraiu uma centena de jornalistas

A opinião pública reagiu ao veredito. A acusação recorreu e dois anos depois Doca Street foi novamente julgado e condenado a 15 anos de cadeia. Cumpriu três em regime fechado, dois no semiaberto e o restante  na condicional.           

domingo, 5 de abril de 2020

Quarentena criativa: acredite, tudo isso aí vai virar um livro de fotos...

Foto de Larry Towell

Em quarentena, o fotógrafo canadense Larry Towell decidiu que é uma boa hora para finalmente organizar e editar seu livro sobre a Ucrânia, onde cobriu eventos políticos desde 2014.
"A Ucrânia tem uma história longa e complicada que tenho lutado para resolver visualmente. É como montar um quebra-cabeça e é por isso que meu estúdio parece que eu esvaziei 1.000 peças em todos os lugares", diz ele diante da bagunça que o site da Magnum exibe.

sábado, 4 de abril de 2020

Pedalando para o São João Batista...

O Globo 04/4/2020 Reprodução

O confinamento dos brasileiros é estimado em 60%. Isso em algumas cidades. Muitos países alcançam os 80%. Significa que aqui não se pratica um isolamento efetivo.

As estatísticas de mortos pelo vírus pedalam em velocidade. Ainda assim, com o estímulo criminoso de Bolsonoro, muita gente voltou às ruas.

O Globo flagrou ontem a ciclovia de Ipanema assim, lotada de seguidores do discurso do sequelado que reside no Planalto.

Funciona assim, o ciclista que vai à frente solta no ar os perdigotos que o debilóide que vem atrás absorve. Alguns aí correm o risco de pedalar até o São João Batista. O problema é que vão contaminar muitos outros até encostar a bicicleta na cova.

Fotografia: Quarentena faz a Nikon liberar acesso gratuito para a Nikon School Online

A quarentena é entediante? Até 30 de abril, a Nikon deixa aberto o acesso livre a 10 aulas sobre fotografia. Bom lembrar que em tempos normais o custo das aulas vai até 50 dólares. Para virar aluno da Nikon basta se cadastrar.
MATRÍCULAS AQUI

Deu na CNN: Corona Beer entrou numa gelada

A Modelo Group, controladora das cervejas Corona, suspendeu a produção e o marketing da marca mexicana. Por tempo indeterminado. A interrupção está de acordo com as medidas tomadas pelo governo mexicano "em total apoio à luta contra a Covid-19", informam os fabricantes.
O texto da CNN avalia que "a julgar pelo acúmulo da Corona nos supermercados americano, o produto não vendeu bem nas últimas semanas". 
A Corona será um "case" para estudo. A marca lembra aquele cara que-não-se-chama-joaquim-nem-mora-em-Niterói: não tem nada a ver com o vírus, mas por impulsos subliminares o freguês prefere não levar para casa.

 

Não, a capa da Time não é sobre a bateção de panelas no Brasil


O chef José Andrés montou uma cozinha para atender vítimas da Covid-19 e mobilizou centenas de restaurantes nos Estados Unidos para aderirem ao movimento.

Mais uma tragédia atinge a família Kennedy

Maeve Townsend e o filho Gideon, neta e bisneto de Robert Kennedy, estão desaparecidos desde quarta-feira quando saíram para praticar canoagem na ‌‌Baía de Chesapeake. As equipes de resgate encontraram apenas a canoa e ‌‌‌o remo.
A família é marcada por tragédias. A Wikipedia acaba de atualizar a longa lista de mortes e acidentes que marcam a biografia do clã. A informação é da People.

‌1941 - Rosemary Kennedy sofria de depressão. O pai, Joe Kennedy, achava que ela era uma "retardada mental", o termo pejorativo que se usava na época, e a internou para uma cirurgia de lobotomia. Ela perdeu de vez as funções cognitivas e morreu no hospício décadas depois.
1944 - Joseph P. Kennedy, Jr. morre na explosão do avião que pilotava na Segunda Guerra Mundial.[
1948 - Kathleen Kennedy Cavendish morre em um acidente de avião na França
1956 - Jacqueline Kennedy perde uma filha natimorta.
1963 - Patrick Bouvier Kennedy, nascido em seis semanas prematuro, morre dois dias após seu nascimento.
1963 - O presidente John F. Kennedy é assassinado em Dallas, Texas.
1964 - Ted Kennedy envolve em acidente de avião que mata um de seus assessores e o piloto.
1968 - Robert F. Kennedy é assassinado por Sirhan Sirhan em Los Angeles.
1969 - No acidente Chappaquiddick, um carro dirigido por Ted Kennedy cai de uma ponte em Martha's Vineyard, afogando a passageira Mary Jo Kopechne, sua secretária.
1973 - Joseph P. Kennedy II é o motorista em um acidente de carro deixou Pam Kelley, permanentemente paralisado.
1973 - Edward "Ted" Kennedy, Jr., aos12 anos, perde parte da perna esquerda devido a um câncer.
1975 - A adolescente Martha Moxley foi assassinada aos 15 anos em Connecticut. Em 2002, Michael Skakel, sobrinho de Ethel Kennedy, se declarou culpado por homicídio qualificado, mas a sua condenação foi anulada em 2013.
1984 - David Kennedy morre de uma overdose em um hotel em Palm Beach, Flórida.
1991 - William Kennedy Smith é julgado por estupro e absolvido de todas as acusações.
1997 - Michael Kennedy morre em um acidente de esqui em Aspen, Colorado.
1999 - John F. Kennedy, Jr., sua esposa e sua cunhada morrem no avião pilotado por Kennedy.
16 de setembro de 2011 - Kara Anne Kennedy morreu de ataque cardíaco enquanto praticava exercícios em um clube de Washington DC.
2012 - A segunda mulher de Robert Kennedy, Jr., Mary, de 52 anos, suicida-se por enforcamento.
2012 - Kerry Kennedy é presa por dirigir sob o efeito de drogas, após sofrer um acidente.
2019 - A neta de Robert F. Kennedy, Saoirse Kennedy Hill, morre de overdose.
2020 - Neta de Robert Kennedy, Maeve Kennedy e seu filho desaparecem após embarcarem em canoa em Chesapeake Bay.

A revista Piauí analisa o Fator Lelé...



LEIA NA PIAUÍ, AQUI

Na capa da Caras: coronavírus vira celebridade...


A área vip não está imune ao novo coronavírus, certo? Então é natural que a Caras abra sua editoria de saúde.
Di Ferrero está na capa por ter se recuperado da Covid-19.

No texto da capa tem um detalhe que deve ter sido um ato falho, claro, ou uma construção de frase infeliz: diz que o cantor "esteve na Ilha de Caras antes da doença".

Como canta Gilberto Gil, "a fé também tá pra morrer"

Por pressão do lobby católico e evangélico, Bolsonaro incluiu igrejas como atividades essenciais. Os resultados já se fazem notar. Na pequena cidade de Aquiraz, no Ceará, dos 14 casos de Covid-19, 12 são originados em ambientes comunitários de uma seita católica chamada Shalom.  Há mais cerca de 40 casos suspeitos na cidade. Ouça Gil AQUI

Na capa da Veja

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Do El Pais: a economista Monica de Bolle deixa o ministro sem máscara...

* "O Paulo Guedes está completamente despreparado neste momento para enfrentar essa crise. A letargia e a inércia já demonstram isso. A incapacidade de largar os dogmas ideológicos que ele tem, como o Estado mínimo, o Estado que não pode gastar, é completamente inapropriada para esse momento. Hoje, dane-se o Estado mínimo, você precisa gastar. É preciso é errar pelo lado do excesso não para o lado da cautela numa crise desse tipo."

* "Isso é mais um despreparo, essa preocupação de passar recado para o mercado. Ninguém tem que passar recado para o mercado, precisa trabalhar para as pessoas, são as pessoas que estão morrendo de fome e que já não têm condições de se sustentar que importam. É incrível essa surdez e essa cegueira. O mercado tem o auxílio do BC, não é hora do ministro da Economia ficar falando com o mercado, fazendo live para o mercado. O que que é isso? Ele deveria estar pensando em como implementar a renda mínima, como fará a distribuição dos 600 reais para as pessoas elegíveis a receber. Como ele vai fazer para lidar com as diferentes áreas de atuação e planos de ação para as empresas e os planos de manutenção de empregos. Quanto realmente ele vai destinar para o SUS. A calamidade está decretada. A lei de responsabilidade já dá a flexibilidade necessária. Ele já tem tudo que precisa para agir, ele não precisa de mais nada, precisa de agir, mas perde tempo com o mercado fazendo conferência, numa situação de absoluta emergência onde as ações são necessárias para ontem." 
LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NO EL PAIS, AQUI

Comportamento - o novo normal do coronavírus

por José Bálsamo 
A Covid-19 já mudou comportamentos em todo o planeta.
Conheça o novo normal que o #fiqueemcasa promove:

* Home office
* Teleconferências empresariais
* Serviços de streaming
* Video games
* Aulas on line
* Tele consultas médicas
* Delivery de comida e farmácia
* Delivery de cerveja
* Sexo virtual
* A vida sem futebol
* Personal trainer via internet
* Livros
* Compras on line para pets
* Call de vídeos para pais, avós, amigos
* Ir à geladeira toda hora
* Comprar voucher de bares e restaurantes para consumo pós-coronavírus
* Cozinhar, principalmente para estrear utensílios e gadgets comprados e nunca usados


Na capa da New Yorker: o drama familiar da profissional de saúde

"Bedtime" by Chris Ware

Fotomemória: quando a TV era "comida, diversão e arte"

Aerton Perlingeiro e seus comensais. A foto foi publicada na Manchete, nos anos 1970.

Lolita e Airton Rodrigues e seus convidados para a boca-livre televisiva. Reprodução 

por Ed Sá 

A TV Tupi desligou as câmeras há 40 anos. Mais precisamente no dia 12 de julho de 1980. Mas o assunto aqui é "comida, diversão e arte". A antiga emissora dos Diários Associados manteve por décadas dois programas cujo forte eram os carboidratos e as proteínas. O pessoal que hoje é "de risco" diante do coronavírus deve lembrar. Para os demais, explica-se: eram atrações nas quais o prato principal era literalmente... comida.

Um desses programas era o "Almoço com as Estrelas", apresentado por Airton e Lolita Rodrigues. O outro era o "Programa Aerton Perlingeiro". Nas tardes de sábado, os âncoras reuniam celebridades em alta ou em baixa para um regabofe pontuado por entrevistas.

Os artistas adoravam. Podiam falar de peças e filmes que estreavam e, ao mesmo tempo, descolar um rango farto. O ao-mesmo-tempo aí não é força de expressão. Muitos eram surpreendidos com perguntas em meio a colheradas de feijoada ou rabadas monumentais.

Na verdade, os artistas eram muito gratos a Airton, Lolita e Aerton, especialmente este que fazia o seu programa na sede da Tupi, na Urca. Para a maioria, era chance de divulgar seus trabalhos para o grande público. E para muitos jovens artistas ainda enfrentando dificuldades para se firmar e pagar aluguel, vivendo de uma atividade absolutamente instável, o almoço na TV era a refeição mais reforçada da semana.   

Ignorância punida. O bozolóide despenca nas pesquisas

Fonte do gráfico: Instituto de Pesquisas Sociais
Em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, a corretora XP Investimentos, que obviamente não é uma instituição de oposição ao governo, divulga pesquisa que mostra Bolsonaro em queda livre. O ignorante que preside o país debocha sobre a crise é punido pela população. Em sentido contrário, os governadores são vistos como autoridades que trabalham para vencer os efeitos da pandemia e crescem na aceitação popular. A avaliação de péssimo e ruim para o sequelado foi de 36% a 42%. Os governadores passaram de 26% para 44%. A avaliação do Congresso, apesar da campanha que sofreu por parte dos milicianos governistas, passou de 13% para 18%.

Humor, por favor - Do Charlie Hebdo: rir é o remédio que vai nos salvar

Na legenda: "Tenha cuidado, estamos apenas em ensaios clínicos". Reprodução Charlie Hebdo

The Economist: essa é a imagem do mensageiro da morte

Reprodução 

Jejum na República Bolsonâmica...

Portador do vírus do fundamentalismo, Bolsonaro quer convocar um jejum nacional. Segundo ele, é a maneira de expulsar a Covid-19. Por enquanto, só por enquanto, ele não fala em implantar outras determinações bíblicas. Por exemplo, mandar apedrejar pessoas que insistem em praticar o isolamento social. Nem ofereceu aos trabalhadores que abandonarem o confinamento 70 virgens à espera no paraíso caso contraiam a "gripezinha".

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Forum da EleEla: como as páginas mais quentes do jornalismo erótico brasileiro se transformaram em fenômeno editorial

por Ed Sá 

Lojas de gibis, o Mercado Livre e os melhores e resistentes sebos da praça ainda vendem antigas edições da EleEla.

Devem ser alvo de colecionadores. Mas a cereja do bolo dessa memória erótica é o famoso Fórum, que fazia parte da revista.

No início era uma simples seção de cartas quentíssimas e mais estimulantes do que catuaba, o "viagra" da época.

Nos anos 1970, a revista da Bloch era parceira editorial da Penthouse americana, que inspirou a página onde leitores narravam suas experiências sexuais.

Os relatos fizeram tanto sucesso na EleEla que os editores resolveram dar mais páginas ao material. Havia mais espaço do que a correspondência via correio conseguia preencher. A solução foi contar com a imaginação dos redatores.

Dizem que um deles, em especial, se destacava. Era o Antonio Roberto, o popular Machadinho, criador de experiências sexo-ficcionais alucinantes.

A alma do Fórum era o saudoso Léo Borges Ramos. Ele levava tão a sério a "editoria de sexo" que, em nome da interação entre os leitores a EleEla e como parte das fantasias e alegorias eróticas que a seção estimulava, pediu certa vez aos leitores e leitoras que adicionassem pentelhos selecionados aos envelopes das cartas. Acredite, muitos atenderam ao apelo. Léo morreu jovem, nunca se soube se os pentelhos  serviriam a algum projeto editorial ou a pesquisas do DNA dos malabaristas sexuais do Forum. Antes que alguém ache isso absurdo, saiba que Van Gogh e Modigliani e Gustavo Courbet tinham predileção por retratar pentelhos. Courbet, aliás, inspirou uma exposição do artista plástico Peter de Cupere que, em 2014, exibiu obras que pintou usando um pincel feito apenas de pentelhos. Segundo ele, seus quadros pediam a "essência da vagina".

As cartas que mais repercutiam era aquelas onde rapazes comuns, que na vida real tinham que se esforçar para descolar a namorada possível, ganhavam a rara chance de comer mulheres maravilhosas. A galera delirava, talvez por se identificar com os heróis anônimos do Forum e esperançosa de viajar na ilusão de que um dia toparia com uma gata daquelas.

Era o bombeiro que ia consertar uma pia e era assediado pela dona de casa gostosa; o aluno do antigo ginasial que flagrava a professora nua no vestiário e era convocado para um dever de casa inesquecível; o contínuo que fazia hora extra no escritório e ganhava um tremendo habeas corpus da advogada carente; o motorista particular que era convidado a trocar o óleo da patroa; e até o faxineiro do pensionato de solteiras que literalmente passava o rodo no dormitório.

Pelo menos um editor da ElaEla observou que as páginas do Forum demoravam mais na paginação. Simples: era lidas antes de medidas. Muito justo.

Na Penthouse, o Forum também começou como seção e virou revista autônoma. O mesmo aconteceu com o seu filhote da EleEla, que evoluiu para um encarte e, depois, para edições inteiras e especiais.

Aquelas revistas batiam recordes de circulação, vendiam páginas de anúncio classificados e certamente rederam um bom dinheiro à Bloch, além, claro, de ajudar a garantir alguns empregos.

Nos anos 1980, já com o videocassete popularizado no Brasil, o Forum ganhou novo formato e deu nome a uma coleção de vídeos de sexo. Dessa vez, os filminhos, que eram vendidos em bancas, reforçaram em muito o caixa da editora.

Mas ninguém ficou mais feliz, além dos leitores, do que os jornaleiros. Pela primeira vez, as bancas receberam um produto que abriu um novo filão para as capatazias.

Vendia aos milhares. Até então, o jornaleiro da esquina conhecia nesse ramo do explícito, apenas os "catecismos" de Carlos Zéfiro e as revistinha suecas, ambos produtos vendidos "secretamente". Ser convidado para entrar na era do cassete, sem trocadilho, ajudou muitas bancas a levar o leite das crianças para casa.

Tudo isso graças a uma seção de cartas.

Cartas, aliás, viraram anacronismo e se transformaram em whatsapp, o erotismo agora está ao alcance do streaming, mas o Forum da EleEla permanece como o fenômeno editorial que, queiram ou não, escreveu uma página no mercado editorial brasileiro.

Com suspeita de Covid-19, jornalista Lauro Freitas Filho morre no Rio

por José Esmeraldo Gonçalves

Em 1985, um grupo de alunos do curso de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Estácio de Sá participou da coletânea "Esporte e Poder" (Vozes), organizada pela professora Gilda Korf Dieguez.

Éramos dez autores, quase um time de futebol.

Lauro Freitas Filho. Arquivo Pessoal
Entre estes, estava o tricolor Lauro Freitas Filho, que escreveu sobre a cobertura esportiva no rádio e no jornal. Desde 1988, apenas três anos após o lançamento do "Esporte e Poder", ele passou a integrar a equipe do Monitor Mercantil, onde escalou postos e era atualmente editor-chefe. 

Lauro foi internado no Hospital Casa de Portugal, no Rio, com sintomas da Covid-19, e faleceu no sábado, 28.

O Monitor Mercantil divulgou nota sobre a perda do seu editor, na qual incluiu um alerta a quem minimiza a pandemia.

"Nosso editor-chefe Lauro Freitas Filho deixa família e amigos. Tricolor, querido e íntegro, o jornalista serviu exemplarmente ao jornal e, através de seu trabalho, à sociedade. Faleceu sábado, sufocado: suspeita de coronavírus. Bolsonaro, a “gripezinha” é mortal"

Jornal Lance:agora só em edição digital

O Lance anunciou há poucos dias a suspensão de sua versão impressa. A versão digital será mantida. A decisão teria relação com a pandemia e a menor circulação de pessoas, além do fechamento crescente de bancas de jornais nos últimos anos.

Circulação de algumas revistas impressas é atingida pelos efeitos do coronavírus

A Editora Globo informa em nota que, em função do período de quarentena e isolamento social, as revistas mensais impressas Autoesporte, Casa e Jardim, Crescer, Época Negócios, Globo Rural e Pequenas Empresas, Grandes Negócios (PEGN) estarão disponíveis apenas em plataformas digitais. A revista Época manterá sua circulação impressa normalmente. A Marie Claire, mensal, continuará tendo sua edição impressa publicada mas passará a ter periodicidade bimestral. Os assinantes de qualquer um dos títulos da Editora Globo passam também a ter acesso ao conteúdo das demais revistas pelo aplicativo Globo Mais, que reúne as publicações da empresa e, também, o conteúdo do jornal O Globo. A medida tem o objetivo de reduzir o fluxo de funcionários nas gráficas e a circulação de pessoas e de veículos – inclusive os que fazem a distribuição das publicações.

Vagas para vítimas do coronavírus?

Deu na coluna de Lauro Jardim, no Globo. O ex-Trump Hotel, empreendimento que teve entre seus sócios o americano e os brasileiros Arthur Soares, vulgo 'Rei Arthur" e Paulo Figueiredo, neto do ditador João Figueiredo, ambos envolvidos na Lava-Jato, fechou as portas. Uma boa providência seria transformá-lo temporariamente em um hospital para vítimas do coronavírus.

Mídia conservadora embarca no "morde e assopra" de Bolsonaro

A mídia apontou "moderação" no pronunciamento de Bolsonaro, ontem. Houve até quem indicasse a esperada "virada" do capitão inativo "finalmente" em direção ao bom senso.
Razão tinham as panelas que ecoaram em protesto através do país.
Poucas horas depois, ele postou vídeo falso sobre "desabastecimento" na Ceasa de Belo Horizonte. O vídeo era falso, mas isso não importa ao Planalto. O sistema da mentira funciona assim há muito tempo. As milícias produzem os vídeos e os canais oficiais se encarregam de disseminá-los. É tudo uma coisa só.
A mídia, contudo, já teve tempo para aprender a não cair nessa armadilha. O vai-e-volta das fake news é parte da estratégia antidemocrática da ultra direita. Houve até ilações de comentaristas que se consideram bem informados sobre a suposta "pressão da ala militar" que levou o pai do Bananinha a deixar de incentivar o genocídio do coronavírus. Se aconteceu, a "pressão" foi delicada.
Ao postar o vídeo mentiroso, Bolsonaro mostrou que está no comando, tem um projeto político claro e manda nos milicos.