A mídia apontou "moderação" no pronunciamento de Bolsonaro, ontem. Houve até quem indicasse a esperada "virada" do capitão inativo "finalmente" em direção ao bom senso.
Razão tinham as panelas que ecoaram em protesto através do país.
Poucas horas depois, ele postou vídeo falso sobre "desabastecimento" na Ceasa de Belo Horizonte. O vídeo era falso, mas isso não importa ao Planalto. O sistema da mentira funciona assim há muito tempo. As milícias produzem os vídeos e os canais oficiais se encarregam de disseminá-los. É tudo uma coisa só.
A mídia, contudo, já teve tempo para aprender a não cair nessa armadilha. O vai-e-volta das fake news é parte da estratégia antidemocrática da ultra direita. Houve até ilações de comentaristas que se consideram bem informados sobre a suposta "pressão da ala militar" que levou o pai do Bananinha a deixar de incentivar o genocídio do coronavírus. Se aconteceu, a "pressão" foi delicada.
Ao postar o vídeo mentiroso, Bolsonaro mostrou que está no comando, tem um projeto político claro e manda nos milicos.
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