por O.V.Pochê
A três anos de completar os 90, Sílvio Santos está com um espécie de habeas corpus para falar o que lhe vem à cabeça pintada. Quem pode criticar a liberdade de expressão desembestada?
A última dele: em enquete do blogueiro Matheus Massafera, o dono do SBT afirmou que já sabe onde quer morrer: nos peitos de Helen Ganzarolli.
A modelo é a musa do apresentador. Se existe o rótulo "lugares para conhecer antes de morrer, SS quer conhecer o colo da Ganzarolli ao morrer.
Sílvio Santos já provocou polêmica com o tema morte. Em julho de 2003, quando ainda não se falava em fake news, ele foi capa da Contigo ao declarar sem rir que estava à beira da morte e que vendera o SBT para José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e para a Televisa, do México.
O "patrão" garantiu que sofria de um gravíssimo problema de coração e tinha apenas seis anos de vida.
Já se passaram 14. A matéria foi a "bomba" da semana.
Era uma pegadinha.
Virou um "case" jornalístico.
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Vai viajar? Tio Trump quer saber o que você pensa e faz nas redes sociais antes de autorizar sua entrada nos Estados Unidos...
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"Me adicione!". Reprodução |
Além de Facebook, Instagram, Linkedin e Twitter, aplicativos de conversas e vídeo também serão checados. A medida afeta a liberdade de expressão e está sendo criticada.
Leia um dos tópicos da medida imposta pelo governo do Tio Trump: "Expandir as categorias de registros para incluir o seguinte: país de nacionalidade; país de residência; o número de conta online do USCIS; identificadores de mídia social, pseudônimos, informações identificáveis associadas e resultados de pesquisa (...) Atualizar as categorias de fontes de registro para incluir informações publicamente disponíveis obtidas da internet, registros públicos, instituições públicas, entrevistados, provedores de dados comerciais e informações obtidas e divulgadas de acordo com acordos de compartilhamento de informações".
Lembra disso? Deu nisso...
(do Portal Imprensa)
A 4.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, negar o recurso da TV Record em que a emissora questionava sua condenação sobre o pagamento de indenização a um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, sua mulher e seus filhos em razão da divulgação de uma reportagem considerada ofensiva.
Crédito:Divulgação Record TV
A emissora foi condenada em primeira e segunda instâncias por divulgar, reiteradas vezes, uma situação envolvendo o desembargador e uma agente da Guarda Municipal. As informações são do Conjur.
Para o ministro relator, Raul Araújo, a legitimidade para pleitear a reparação por danos morais seria somente do próprio ofendido. Porém, segundo o ministro, a doutrina e a jurisprudência do STJ têm admitido, em certas situações, que pessoas muito próximas afetivamente à pessoa insultada, que se sintam atingidas pelo evento danoso, possam pedir o chamado dano moral reflexo ou em ricochete.
LEIA A MATÉRIA NO PORTAL IMPRENSA, CLIQUE AQUI
Brasil tem encontro marcado com a Noite dos Cristais?
O pior legado desses dias é a intolerância institucionalizada e cada vez mais evidente nas ruas.
Com o avanço da direita e das facções religiosas fundamentalistas, do preconceito, do racismo, do individualismo acima de tudo, do "Estado mínimo" ou nenhum Estado, da apropriação dos serviços de saúde e educação e das demais estruturas públicas, desenha-se o faroeste caboclo.
Manda e usufrui da sociedade quem tem força. Milícias da direita radical e neonazista já partem das palavras para a ação e já inspiram leis no Congresso.
Políticos fazem avançar projetos que jogam o Brasil em um fosso de atraso social, traficantes ligados a evangélicos quebram locais de culto a entidades de religiões afro-brasileiras; protótipos de terroristas que enxergam o diabo até na mãe lançam bombas em centro espiritual; mães-de-santo são agredidas a pedradas; qualquer indício de diversidade é julgado, condenado e lançado na fogueira moral; frequentadores de uma exposição de arte são filmados e ameaçados; um general que certamente tem cúmplices prega o golpe em ataque à Constituição é agora elogiado por superiores e fica imune a punição; escolas são invadidas e professores ameaçados por não pregar o ideário fascista; índios e grupos de sem-terra são massacrados por policiais, ruralistas e garimpeiros; por último (veja a ilustração), um advogado negro se depara com um cartaz nada sutil colado em frente ao seu escritório há poucos dias.
Jornalismo é um dos temas preferidos desta página. Em 1920, um pequeno jornal de Munique, o Münchener Post, publicou a seguinte nota:
“Uma espécie de partido, que ainda anda de fraldas e aparenta ter saúde bem fraca, vem aparecendo às vezes em público sob o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Na terça-feira à noite, um senhor chamado Hitler falou sobre o programa desse partido".
O texto ainda informava que o antissemitismo era um dos pilares do novo partido que havia sido fundado um ano antes, com 200 filiados. Ninguém pode acusar Hitler de esconder o jogo: ele já propagava então as ideias que pôs em prática pouco mais de dez anos depois dessa simples e discreta notícia publicada em um jornal que rodava menos de 10 mil exemplares e que a grande mídia da Alemanha não percebeu.
Para saber mais sobre o Münchener Post há um bom livro nas boas casas do ramo, fruto de uma minuciosa pesquisa da jornalista brasileira Silvia Bittencourt: “A Cozinha Venenosa – Um Jornal Contra Hitler”. "Cozinha venenosa" era o apelido que Hitler dava ao pequeno jornal. Dez anos depois, o partido de Hitler tornou-se uma força política, alcançou 4 milhões de adeptos.
Em 1933, Hitler passou a chanceler do Reich. O Münchener Post não resistiu e, pouco depois, foi invadido e destroçado. Bem antes disso, ao difundir o "grande medo" - a ascensão do comunismo - os nazistas já haviam se tornado influentes em alguns veículos da grande mídia, além de manter seu próprio jornal, o Der Stürmer, que estampava títulos sobre crimes sexuais e financeiros cometidos por judeus e comunistas, denunciava a arte"degenerada", pregava a depuração racial, o controle dos valores da família e das escolas. Com a ascensão de Hitler, muitos jornais foram encampados e a Alemanha passou a ter uma única voz.
O Münchener Post, se ainda existisse, poderia ter dado a manchete que suas linotipos não chegaram a compor: "Bem que nós avisamos".
A Noite dos Cristais tropical vai ser quando mesmo?
Com o avanço da direita e das facções religiosas fundamentalistas, do preconceito, do racismo, do individualismo acima de tudo, do "Estado mínimo" ou nenhum Estado, da apropriação dos serviços de saúde e educação e das demais estruturas públicas, desenha-se o faroeste caboclo.
Manda e usufrui da sociedade quem tem força. Milícias da direita radical e neonazista já partem das palavras para a ação e já inspiram leis no Congresso.
Políticos fazem avançar projetos que jogam o Brasil em um fosso de atraso social, traficantes ligados a evangélicos quebram locais de culto a entidades de religiões afro-brasileiras; protótipos de terroristas que enxergam o diabo até na mãe lançam bombas em centro espiritual; mães-de-santo são agredidas a pedradas; qualquer indício de diversidade é julgado, condenado e lançado na fogueira moral; frequentadores de uma exposição de arte são filmados e ameaçados; um general que certamente tem cúmplices prega o golpe em ataque à Constituição é agora elogiado por superiores e fica imune a punição; escolas são invadidas e professores ameaçados por não pregar o ideário fascista; índios e grupos de sem-terra são massacrados por policiais, ruralistas e garimpeiros; por último (veja a ilustração), um advogado negro se depara com um cartaz nada sutil colado em frente ao seu escritório há poucos dias.
Jornalismo é um dos temas preferidos desta página. Em 1920, um pequeno jornal de Munique, o Münchener Post, publicou a seguinte nota:
“Uma espécie de partido, que ainda anda de fraldas e aparenta ter saúde bem fraca, vem aparecendo às vezes em público sob o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Na terça-feira à noite, um senhor chamado Hitler falou sobre o programa desse partido".
O texto ainda informava que o antissemitismo era um dos pilares do novo partido que havia sido fundado um ano antes, com 200 filiados. Ninguém pode acusar Hitler de esconder o jogo: ele já propagava então as ideias que pôs em prática pouco mais de dez anos depois dessa simples e discreta notícia publicada em um jornal que rodava menos de 10 mil exemplares e que a grande mídia da Alemanha não percebeu.
Para saber mais sobre o Münchener Post há um bom livro nas boas casas do ramo, fruto de uma minuciosa pesquisa da jornalista brasileira Silvia Bittencourt: “A Cozinha Venenosa – Um Jornal Contra Hitler”. "Cozinha venenosa" era o apelido que Hitler dava ao pequeno jornal. Dez anos depois, o partido de Hitler tornou-se uma força política, alcançou 4 milhões de adeptos.
Em 1933, Hitler passou a chanceler do Reich. O Münchener Post não resistiu e, pouco depois, foi invadido e destroçado. Bem antes disso, ao difundir o "grande medo" - a ascensão do comunismo - os nazistas já haviam se tornado influentes em alguns veículos da grande mídia, além de manter seu próprio jornal, o Der Stürmer, que estampava títulos sobre crimes sexuais e financeiros cometidos por judeus e comunistas, denunciava a arte"degenerada", pregava a depuração racial, o controle dos valores da família e das escolas. Com a ascensão de Hitler, muitos jornais foram encampados e a Alemanha passou a ter uma única voz.
O Münchener Post, se ainda existisse, poderia ter dado a manchete que suas linotipos não chegaram a compor: "Bem que nós avisamos".
A Noite dos Cristais tropical vai ser quando mesmo?
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Memórias da redação: a reportagem que virou "iguaria"...
Em 2004, o repórter Fernando Pinto, que trabalhou na Manchete durante anos, publicou "Memórias de um Repórter" pela Comunidade Editora/Thesaurus.
No livro, ele descreve uma reportagem que fez com o fotógrafo Gervásio Baptista, na Indonésia. Justino Martins, o diretor, gostou do material e deu à dupla 16 páginas da revista.
Fernando escreveu um longo texto sobre as belezas da Indonésia, seu povo e a miséria do país sob o comando do sanguinário ditador Sukarno. que dois anos depois promoveu um verdadeiro genocídio entre opositores (calcula-se que mandou matar 300 mil pessoas).
Gervásio e Fernando passaram 20 dias percorrendo a Indonésia.
O autor dedica ao episódio um capítulo do livro onde publica uma versão do texto editado e que saiu na Manchete, em dezembro de 1963.
Mas, em uma nota reveladora, no mesmo capítulo, ele conta o que de fato aconteceu com a sua reportagem e com parte das fotos de Gervásio Baptista que foram vetadas e literalmente digeridas pelo próprio dono da empresa, Adolpho Bloch. Leia, abaixo:
Mostra "Retratos Inversos" reúne fotos de Ricardo Beliel, ex-Manchete, e poesias de Luciana Nabuco...
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Foto de Ricardo Beliel/Divulgação |
Fotografia + Poesia. Uma rima que tem tudo a ver. É o que mostra "Retratos Inversos" em cartaz do Centro Cultural da Justiça Federal.
A exposição combina inspirações: as imagens feitas por Ricardo Beliel, fotógrafo que trabalhou na Manchete, e o texto poético de Luciana Nabuco em projeção audiovisual.
A curadoria é de Nadja Pelegrino e Marcos Bonisson. Edição de vídeo e sonoplastia de Alessandra Vitoria. "Retratos Inversos" pode ser vista até 12 de novembro, de terça a domingo - 12h às 19h na Galeria do térreo do Centro Cultural da Justiça Federal, na Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ.
Do portal STF: Suspensa decisão de juiz de Teresina (PI) que mandou retirar notícias de site
(do canal Notícias STF)
"O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu decisão do juiz de Direito do 3º Cartório Civil de Teresina (PI) que determinou a retirada de notícias do Portal 180 Graus referentes aos autores de uma ação indenizatória. A decisão foi tomada na análise do pedido de liminar na Reclamação (RCL) 28262, ajuizada no STF por jornalistas e pela empresa responsável pelo site. Os autores alegam que a decisão questionada fere a liberdade de imprensa e a decisão do Supremo na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130.
A decisão do magistrado de primeiro grau determinou a retirada de notícias do portal relacionadas aos autores da ação, além de determinar que a página se abstivesse de divulgar novas notícias "que atingissem a honra dos autores”. Para os reclamantes, a decisão teria violado a autoridade da decisão do STF no julgamento da ADPF 130, na qual o Supremo declarou como não recepcionada, pela Constituição Federal de 1988, a Lei 5.250/1967 (Lei de Imprensa) e reconheceu que a liberdade de imprensa é incompatível com qualquer espécie de censura prévia e irrestrita.
Ato censório
Para o ministro Fachin, a decisão questionada teve como objetivo evitar a propagação de conteúdo supostamente ofensivo da matéria jornalística, sem contudo discorrer, ainda que de forma sucinta, sobre o conteúdo. “Por meio de decisão judicial, removeu-se temporariamente textos jornalísticos que se reputou potencialmente causador de constrangimento indevido aos autores da ação”. Para o relator, a medida caracteriza “nítido ato censório”, sem a devida fundamentação.
Não se trata, ao menos à época dos fatos noticiados, de divulgação de informações que se reputem manifestamente falsas ou infundadas, frisou o relator, além de haver nítido interesse da coletividade à informação veiculada. O ministro explicou, contudo, que seu posicionamento não caracteriza qualquer juízo sobre a procedência ou não do que pretendido pelos autores na ação indenizatória.
O tom descritivo utilizado pelas peças jornalísticas em questão e a remissão às informações e documentos oficiais obtidos por meio do órgão encarregado da investigação do caso – Tribunal de Contas do Piauí –, indicam, ao menos em uma análise inicial, “a aparente consonância da matéria com a realidade fática e jurídica a que estariam submetidos os autores da ação indenizatória”.
Ao determinar a suspensão da decisão do juiz de primeiro grau, o ministro lembrou que a jurisprudência do Supremo tem admitido, nos casos de reclamação fundada no julgamento da ADPF 130, que se suspenda a eficácia ou até mesmo sejam definitivamente cassadas decisões judiciais que determinem a não veiculação de determinados temas em matérias jornalísticas."
"O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu decisão do juiz de Direito do 3º Cartório Civil de Teresina (PI) que determinou a retirada de notícias do Portal 180 Graus referentes aos autores de uma ação indenizatória. A decisão foi tomada na análise do pedido de liminar na Reclamação (RCL) 28262, ajuizada no STF por jornalistas e pela empresa responsável pelo site. Os autores alegam que a decisão questionada fere a liberdade de imprensa e a decisão do Supremo na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130.
A decisão do magistrado de primeiro grau determinou a retirada de notícias do portal relacionadas aos autores da ação, além de determinar que a página se abstivesse de divulgar novas notícias "que atingissem a honra dos autores”. Para os reclamantes, a decisão teria violado a autoridade da decisão do STF no julgamento da ADPF 130, na qual o Supremo declarou como não recepcionada, pela Constituição Federal de 1988, a Lei 5.250/1967 (Lei de Imprensa) e reconheceu que a liberdade de imprensa é incompatível com qualquer espécie de censura prévia e irrestrita.
Ato censório
Para o ministro Fachin, a decisão questionada teve como objetivo evitar a propagação de conteúdo supostamente ofensivo da matéria jornalística, sem contudo discorrer, ainda que de forma sucinta, sobre o conteúdo. “Por meio de decisão judicial, removeu-se temporariamente textos jornalísticos que se reputou potencialmente causador de constrangimento indevido aos autores da ação”. Para o relator, a medida caracteriza “nítido ato censório”, sem a devida fundamentação.
Não se trata, ao menos à época dos fatos noticiados, de divulgação de informações que se reputem manifestamente falsas ou infundadas, frisou o relator, além de haver nítido interesse da coletividade à informação veiculada. O ministro explicou, contudo, que seu posicionamento não caracteriza qualquer juízo sobre a procedência ou não do que pretendido pelos autores na ação indenizatória.
O tom descritivo utilizado pelas peças jornalísticas em questão e a remissão às informações e documentos oficiais obtidos por meio do órgão encarregado da investigação do caso – Tribunal de Contas do Piauí –, indicam, ao menos em uma análise inicial, “a aparente consonância da matéria com a realidade fática e jurídica a que estariam submetidos os autores da ação indenizatória”.
Ao determinar a suspensão da decisão do juiz de primeiro grau, o ministro lembrou que a jurisprudência do Supremo tem admitido, nos casos de reclamação fundada no julgamento da ADPF 130, que se suspenda a eficácia ou até mesmo sejam definitivamente cassadas decisões judiciais que determinem a não veiculação de determinados temas em matérias jornalísticas."
Da revista Piauí: Rogério 157 agora é Rogério 45...
Nesta terça-feira, o STF analisará o terceiro pedido de prisão contra Aécio Neves. A defesa do senador confia que vencerá mais essa batalha.
Atualização, 19h30. - A Primeira Turma do STF negou pedido de prisão contra Aécio Neves. Mas determinou a perda do cargo, além de proibir que o político investigado deixe o país. A decisão já está valendo. O caso, contudo, deverá ir ao plenário do STF.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Reforma Trabalhista é ninho de passaralhos e ficaralhos...
por Ed Sá
Crise econômica, mudança de modelos na comunicação e o fechamento de veículos impressos eliminaram muitos postos de trabalho (principalmente de carteira assinada) para jornalistas em todo o país.
São pessimistas as expectativas quando da implementação da reforma trabalhista no próximo mês de novembro. Pelo menos uma editora já demonstrou interesse em utilizar profissionais em regime de horários parciais. A reforma também facilitará demissões e engessará a possibilidade de recursos à Justiça do Trabalho. Daí os rumores em algumas redações de que poderá haver passaralhos no fim do ano.
Dezembro é, aliás, mês da preferência dos RHs para passar o rodo em empregos. Em pelo menos uma dessas ocasiões, houve uma brecha para o humor em meio ao drama. Foi em dezembro de 1973, quando o Jornal do Brasil sofreu um terremoto de rescisões. Alberto Dines foi demitido do comando do JB e a onda sísmica que se seguiu arrastou dezenas de empregos em todas as editorias.
Naquele dia, os redatores Joaquim Campello e Nilson Viana, do JB, criaram o vocábulo passaralho e o definiram em um caprichado verbete.
"Passaralho s.m. (brasil). Designação popular e geral da ave caralhiforme, falóide, família dos enrabídeos (Fornicator caciquorum MFNB & WF). Bico penirrostro, de avultadas proporções, que lhe confere características específicas, próprio para o exercício de sua atividade principal e maior: exemplar. À sua ação antecedem momentos prenhes de expectativa, pois não se sabe onde se manifestará com a voracidade que, embora intermitente, lhe é peculiar: implacável.
Apesar de eminentemente cacicófago, donde o nome científico, na história da espécie essa exemplação não vem ocorrendo apenas em nível de cacicado. Zoólogos e passaralhófitos amadores têm recomendado cautela e desconfiança em todos os níveis; a ação passaralhal é de amplo espectro. Há exemplares extremamente onívoros e de atuação onímoda. Trata-se este do mais antigo e puro espécime dos Fornicatores, sendo outros, como p. ex., o picaralho, o birroalho, o catzralho etc., espécimes de famílias espúrias submetidas a cruzamentos desvirtuados do exemplar. Distribuição geográfica praticamente mundial.
No Brasil é também conhecido por muitos sinônimos, vários deles chulos. Até hoje discutem os filólogos e etimologistas a origem do vocabulário. Uma corrente defende derivar de pássaro + caralho, por aglutinação; outra diz vir de pássaro + alho. Os primeiros baseiam-se em discutida forma de insólita ave; os outros, no ardume sentido pelos que experimentaram e/ou receberam a ação dele em sua plenitude.
A verdade é que quantos o tenham sentido cegam, perdem o siso e ficam incapazes de descrever o fenômeno. As reproduções que deles existem são baseadas em retratos-falados e, por isso, destituídas de validade científica."
Hoje, passaralho é verbete no Houaiss, como qualquer outra palavra do idioma de Camões..
Quando a Bloch deu pinta de que administrar uma rede de TV era peso demais para os seus pilares, demissões coletivas se intensificaram nas revistas.
Lá pelo fim da década de 1980, os corredores da empresa faziam previsão de um corte de 20% em todas as revistas. A ceifadora ainda não estava ligada, mas a alta tensão, sim. Não havia muito a fazer contra a guilhotina, a não ser esperar.
Como conta o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata), Alberto Carvalho, eterno gozador, aprontou uma das dele para descontrair o ambiente:
E o ficaralho, você conhece?
Contando a partir de 2013, cerca de 4 mil jornalistas foram demitidos em redações de todo o Brasil. Com as equipes reduzidas, sobrou sobrecarga de trabalho para quem foi poupado pelo passaralho da vez. Na época, o jornalista Bruno Torturra criou uma sugestiva derivação da ave caralhiforme que dizima empregos: o ficaralho. Esse exótico pássaro é predador de jornalistas que escapam do rodo e passam a acumular funções após as demissões em massa.
Resta torcer para que neste dezembro, passaralhos e ficaralhos não ataquem as redações pós-reforma trabalhista.
Crise econômica, mudança de modelos na comunicação e o fechamento de veículos impressos eliminaram muitos postos de trabalho (principalmente de carteira assinada) para jornalistas em todo o país.
São pessimistas as expectativas quando da implementação da reforma trabalhista no próximo mês de novembro. Pelo menos uma editora já demonstrou interesse em utilizar profissionais em regime de horários parciais. A reforma também facilitará demissões e engessará a possibilidade de recursos à Justiça do Trabalho. Daí os rumores em algumas redações de que poderá haver passaralhos no fim do ano.
Dezembro é, aliás, mês da preferência dos RHs para passar o rodo em empregos. Em pelo menos uma dessas ocasiões, houve uma brecha para o humor em meio ao drama. Foi em dezembro de 1973, quando o Jornal do Brasil sofreu um terremoto de rescisões. Alberto Dines foi demitido do comando do JB e a onda sísmica que se seguiu arrastou dezenas de empregos em todas as editorias.
Naquele dia, os redatores Joaquim Campello e Nilson Viana, do JB, criaram o vocábulo passaralho e o definiram em um caprichado verbete.
"Passaralho s.m. (brasil). Designação popular e geral da ave caralhiforme, falóide, família dos enrabídeos (Fornicator caciquorum MFNB & WF). Bico penirrostro, de avultadas proporções, que lhe confere características específicas, próprio para o exercício de sua atividade principal e maior: exemplar. À sua ação antecedem momentos prenhes de expectativa, pois não se sabe onde se manifestará com a voracidade que, embora intermitente, lhe é peculiar: implacável.
Apesar de eminentemente cacicófago, donde o nome científico, na história da espécie essa exemplação não vem ocorrendo apenas em nível de cacicado. Zoólogos e passaralhófitos amadores têm recomendado cautela e desconfiança em todos os níveis; a ação passaralhal é de amplo espectro. Há exemplares extremamente onívoros e de atuação onímoda. Trata-se este do mais antigo e puro espécime dos Fornicatores, sendo outros, como p. ex., o picaralho, o birroalho, o catzralho etc., espécimes de famílias espúrias submetidas a cruzamentos desvirtuados do exemplar. Distribuição geográfica praticamente mundial.
No Brasil é também conhecido por muitos sinônimos, vários deles chulos. Até hoje discutem os filólogos e etimologistas a origem do vocabulário. Uma corrente defende derivar de pássaro + caralho, por aglutinação; outra diz vir de pássaro + alho. Os primeiros baseiam-se em discutida forma de insólita ave; os outros, no ardume sentido pelos que experimentaram e/ou receberam a ação dele em sua plenitude.
A verdade é que quantos o tenham sentido cegam, perdem o siso e ficam incapazes de descrever o fenômeno. As reproduções que deles existem são baseadas em retratos-falados e, por isso, destituídas de validade científica."
Hoje, passaralho é verbete no Houaiss, como qualquer outra palavra do idioma de Camões..
Quando a Bloch deu pinta de que administrar uma rede de TV era peso demais para os seus pilares, demissões coletivas se intensificaram nas revistas.
Lá pelo fim da década de 1980, os corredores da empresa faziam previsão de um corte de 20% em todas as revistas. A ceifadora ainda não estava ligada, mas a alta tensão, sim. Não havia muito a fazer contra a guilhotina, a não ser esperar.
Como conta o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata), Alberto Carvalho, eterno gozador, aprontou uma das dele para descontrair o ambiente:
E o ficaralho, você conhece?
Contando a partir de 2013, cerca de 4 mil jornalistas foram demitidos em redações de todo o Brasil. Com as equipes reduzidas, sobrou sobrecarga de trabalho para quem foi poupado pelo passaralho da vez. Na época, o jornalista Bruno Torturra criou uma sugestiva derivação da ave caralhiforme que dizima empregos: o ficaralho. Esse exótico pássaro é predador de jornalistas que escapam do rodo e passam a acumular funções após as demissões em massa.
Resta torcer para que neste dezembro, passaralhos e ficaralhos não ataquem as redações pós-reforma trabalhista.
Jornalista Luis Nassif é condenado por infringir "dano moral" a Eduardo Cunha...
A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro reviu sentença da primeira instância e condenou o jornalista Luís Nassif por dano moral infringido ao ex-deputado Eduardo Consentino da Cunha.
O vitorioso Cunha alegou ter "sofrido dano moral em virtude de matéria jornalística veiculada na página da Internet administrada pelo réu".
A Justiça julgou que "a matéria em comento macula a dignidade do autor ao associar o seu nome a criminosos e a esquema de sonegação de impostos". Nassif foi condenado a pagar a Cunha indenização de vinte mil reais mais custas. Você pode ler a sentença completa AQUI.
O vitorioso Cunha alegou ter "sofrido dano moral em virtude de matéria jornalística veiculada na página da Internet administrada pelo réu".
A Justiça julgou que "a matéria em comento macula a dignidade do autor ao associar o seu nome a criminosos e a esquema de sonegação de impostos". Nassif foi condenado a pagar a Cunha indenização de vinte mil reais mais custas. Você pode ler a sentença completa AQUI.
domingo, 24 de setembro de 2017
A minha Fatos & Fotos: outubro 1969 - setembro 1970
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Redação da Fatos & Fotos, 1970. Foto de Antonio Trindade/Acervo R.M |
Por Roberto Muggiati
Depois de dois anos marcantes como repórter especial da Manchete, fui convidado no início de 1968 pelo Mino Carta para fazer parte da equipe que prepararia em São Paulo o lançamento da Veja, um ambicioso projeto do Victor Civita de criar uma versão brasileira da Time.
Abri o jogo aos Bloch e disse que, se cobrissem a oferta da Abril, eu continuaria com eles. Foram evasivos e vieram com promessas vãs. Instalaram-me numa mesa grande com um contínuo num grande vazio no terceiro andar da Frei Caneca. Aquilo seria a redação da futura Pais & Filhos, a ser lançada no fim do ano, da qual eu seria o diretor. “Sim, tudo bem, mas e o salário?” O Oscar me respondeu que o salário de diretor seria pago depois que a revista fosse às bancas e se tornasse um sucesso de vendas. Era uma perspectiva muito remota para o meu gosto e, do ponto de vista jornalístico, uma pobre escolha comparada à Veja – ainda mais eu, que filho já fora, mas nunca pensara em ser pai... Depois de um breve bate-boca pedi demissão. O diplomático Paulo Pellicano diretor do Departamento do Pessoal, ainda perguntou ao Oscar se eu me demitira ou fora demitido.
Saí da Bloch com um livro a ser lançado pela editora, Mao e China, cujos cinco mil exemplares ficaram empilhados na gráfica de Parada de Lucas à espera da distribuição para as livrarias. Meses depois, já na Veja, sou procurado em São Paulo pelo Alcídio Mafra, que cuidava dos livros da Bloch, e informado de que o Adolpho não iria mais lançar o livro, em represália à minha ida para a Abril.
Para não ter prejuízo com todo aquele papel já impresso, Adolpho acabou passando Mao e a China para outra editora. Vendo-me como traidor da pátria, dei por encerrados meus dias na Bloch. Mas o exílio em São Paulo não estava me fazendo bem. Passava o dia afundado no trabalho insano na Marginal do Tietê, a Veja não ia nada bem (dos 800 mil exemplares do lançamento em setembro de 1968, a circulação nacional tinha caído para 30 mil em janeiro de 1969) e minha mulher passava o dia inteiro isolada num casarão do Pacaembu com pensamentos suicidas. Foi no auge dessa crise que recebo um telefonema insólito e ouço a voz maviosa do nosso Salomão Schvartzman, o vice-rei da Bloch em São Paulo. Perguntava se eu não gostaria de conversar com o titio no Rio, tinha já uma passagem reservada na Ponte Aérea para mim.
Meu reencontro com o Adolpho se deu numa segunda-feira complicada em que a Manchete fechava a edição com a libertação – na tarde de domingo diante de um Maracanã lotado – do embaixador americano sequestrado. Mas a conversa foi breve e conclusiva: Adolpho me convidava para ser chefe de redação da Fatos & Fotos, cargo vago com a saída do José Augusto Ribeiro, meu companheiro das primeiras lides jornalísticas no jornal do Colégio Estadual do Paraná de Curitiba, em 1952.
Só depois de voltar ao Rio descobri o logro em que caíra. Na redação de Fatos & Fotos peguei os últimos dias do diretor de redação Cláudio de Mello e Souza – queridinho da Lucy Bloch, que foi se empossar do importante cargo de chefe do escritório da Bloch Editores em Portugal e Algarves, em Lisboa. Assim, com um salário de chefe de redação, tiver de fazer em Fatos & Fotos o trabalho de chefe de redação e de diretor da revista.
Fatos & Fotos foi criada no ano da fundação de Brasília por sugestão de Alberto Dines com uma proposta muito bem definida, inspirada na semanal francesa Noir & Blanc: uma revista dinâmica de fotos com textos pequenos. Acontece que o aquecimento do mercado publicitário na segunda metade dos anos 60 – em função da expansão das indústrias automobilística, de eletrodomésticos, de moda, cigarros e bebidas – foi um verdadeiro maná para as revistas ilustradas (bem mais do que para os jornais e para a televisão, que não tinham cor). Criaram-se cadernos em cor na Fatos & Fotos, só para os anúncios, mas acabaram sendo usados também para matérias jornalísticas e a F&F se tornou uma concorrente direta da Manchete. Em 1968, uma equipe de redatores jovens eclipsava os “dinos” da Manchete. Nomes como Lucas Mendes, Nilo Martins, Paulo Henrique Amorim, Ronald de Carvalho, Hedyl Valle Jr, Luiz Lobo – para sorte da Bloch saíram todos na grande diáspora para as revistas da Abril.
Quando passei a dirigir a Fatos&Fotos no final de 1969, a equipe era mínima e o talento local, com destaque para Sérgio Augusto, Paulo Perdigão e Argemiro Ferreira. Vieram depois o Cícero Sandroni, o Juarez Barroso – bom romancista que morreu cedo – o Ely Azeredo, que não resistiu ao ar condicionado e saiu uma semana depois. A gestão da revista era totalmente esquizofrênica: seu padrinho, Alberto Dines, era a essa altura o todo-poderoso editor do Jornal do Brasil. Mas passava toda manhã em F&F para acertar a pauta com a redação. O que o Dines fazia de manhã era desfeito à tarde pelo Oscar e Jaquito, que vinham queimar sua adrenalina na F&F, já que Adolpho os proibia de ciscarem na Manchete, que era terreiro exclusivo dele.
Foi assim que protagonizei a ruptura final de Dines com os Bloch (havia a agravante de que ele era casado com a sobrinha do Adolpho, a Rosaly.) Dines na manhã da quarta-feira, dia de fechamento da revista, que ia às bancas às sextas, definiu a capa: seria João Saldanha, que tinha acabado de se demitir como técnico da seleção brasileira, em reação à tentativa do presidente ditador Emilio Garrastazu Médici, colorado roxo, de escalar por força o Dario Peito de Aço (Dadá Maravilha) no “escrete canarinho”. Mas, naquele dia foram anunciados os vencedores do Festival de Cinema de Punta del Este e o Brasil ganhou o prêmio maior com Macunaíma. Os Bloch, apoiados na filosofia sólida de que “homem na capa não vende” e na exaltação de “mais uma vitória para nossas cores”, optaram por botar na capa uma bela foto de Dina Sfat e Paulo José, do filme premiado.
Eu tinha de manter Dines sempre informado das andanças na F&F e passei um telex para ele no JB dizendo da escolha de capa dos Bloch. Em resposta, ele mandou um telex nestes termos: “Muggiati, comunique aos Bloch que, se eles não se mostram dispostos a levar em conta o meu tirocínio jornalístico, então estou dando uma de João Saldanha e tirando o time de campo.” E nunca mais Alberto Dines pisou nas dependências de Bloch Editores ou da família Bloch.
Durei menos de um ano na chefia de mais alta rotatividade da empresa. Mas foi um tempo vibrante. Ainda em 1969, fechei as capas com a morte de Carlos Marighela em São Paulo e do Gol Mil do Pelé no Maracanã. Na Copa do México, coube a F&F o malote do primeiro jogo do Brasil. Pincei daquela montanha de fotos o clique imortal do Orlando Abrunhosa, Pelé comemorando seu primeiro gol na Copa com um soco no ar, escudado por Jairzinho e Tostão, batíamos a foto de Os Três Mosqueteiros.
À medida que o Brasil ia seguindo em frente, vendemos muita revista – Manchete e F&F – encartando bandeirinhas e outros suvenires da pátria em chuteiras. Escondido do Adolpho – Hélio Bloch era meu apoio logístico na Fatos&Fotos – imprimimos cadernos inteiros de uma edição especial do tricampeonato. Depois da exuberante final Brasil 4 x 1 Itália, saí correndo de casa do Leme – atravessando multidões que comemoravam a vitória nas ruas, trombei até com o Clovis Bornay – e fui à redação do Russel para fechar as últimas páginas. Fatos&Fotos foi a primeira revista comemorativa do Tri, nas bancas de manhã cedo na terça-feira.
Isso não impediu que eu fosse detonado da chefia da revista – para imenso alívio meu – em setembro, sucedido por Raul Giudicelli, com a proposta de fazer uma revista “menos séria, mais descontraída”.
Costumo encontrar aquele jovem diagramador de nome (e temperamento) Cândido nas ruas de Botafogo. Hoje mesmo, domingo, cruzei com ele na Real Grandeza e perguntei: “E aí, Cândido, saudades da Fatos & Fotos?” E ele respondeu com firmeza: “Muitas saudades, Muggiati, muitas...”
Relógio do Apocalipse: encontro marcado com a Bomba H
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Bombardeiro B1-B e caça F-15 sobrevoam litoral da Coréia do Norte. Foto U.S. Air Force |
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Cena do filme Dr.Strangelove. B-72 sobrevoa "União Soviética". Foto Divulgação |
A foto no alto é de ontem. Acima, cena do filme "Dr. Fantástico" (Dr. Strangelove or : How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb"), lançado em 1964, no auge da Guerra Fria. Um general americano supôs que espiões soviéticos envenenaram a águas das grandes cidades dos Estados Unidos e despachou os B-72 para bombardear a URSS. A ficção de Stanley Kubrick começa a competir com a realidade do embate entre Donald Trump e Kim Jong-un. Se os dois "generais" vão superá-la, veremos nos próximos meses.
O certo é que o Relógio do Apocalipse, da Universidade de Chicago, também conhecido com Doomsday Clock, foi adiantado em 30 segundos. Também conhecido como "Relógio do Fim do Mundo", o dispositivo simbólico foi criado por cientistas em 1947 com o ponteiro marcando 2 minutos e meio para a meia-noite, que seria o ponto zero do fim da humanidade.
A novidade é que para mexer no ponteiros, os cientistas agora levam em conta as mudanças climáticas, além da bomba. E o governo Trump tem contribuído para as duas ameaças. O empresário renega acordos ambientais assinados pelos Estados Unidos e dança com Kim Jong-un um perigoso balé nuclear.
Abaixo, o gráfico mostra as oscilações do Relógio do Apocalipse, que foi criado há 70 anos. Boa sorte para o Planeta Terra.
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Reprodução Wikipedia |
Beludo ataca novamente...
por Ed Sá
A apresentadora Bárbara Coelho, do programa Gol, do SporTV, caiu ao vivo em uma pegadinha já manjada. Ao ler o comentário de um internauta via twitter ela citou o popular "Cuca Beludo".
O mesmo "cidadão" já "compareceu uma vez ao programa de Maria Beltrão, no Globo News.
O vídeo está no You Tube. Clique AQUI
Cadê os X-9 que estavam aqui?
por O.V.Pochê
O Brasil vive a era dourada dos caguetas. Tem até fila para delação premiada. Segundo O Globo de hoje, Sérgio Cabral e seus parceiros já estão se desentendendo no presídio à medida em que antigos participantes do "trenzinho" na noite parisiense se penduram na delação como única forma de diminuir os prejuízos. Tem cagueta disposto a não poupar nem a cara-metade, muito menos a mãe.
Ao ver que alguns delatores viraram celebridades e preservaram parte dos ganhos, além de se livrar da cadeia fechada propriamente dita, tudo mundo que entrar nessa boquinha. Por enquanto, o doleiro Alberto Youssef é uma espécie de guru da modalidade. Ele já foi delator no processo do Banestado - foi "acordo de colaboração", já que não existia no Brasil a figura jurídica da "delação premiada" - , deu-se bem, reincidiu no crime, repetiu a dose premiada na Lava Jato e já está em seu apê paulista e com direito a percentual em parte da grana que for localizada graças à sua delação.
Antonio Palloci sonha em ser X-9, mas ainda não sabe se sua delação será aceita. Ele já tentou várias vezes, ensaiando vários conteúdos. Insinuou que tinha muito a dizer sobre o sistema financeiro e sobre as grandes corporações da mídia. Não colou, "dona Justa" não achou que fosse por aí. Avançou um pouco junto a suas excelências ao centrar fogo em Lula. Palloci parece precisar de mais tempo para encontrar o tom certo da sua delação.
Pouca gente lembra, mas o Brasil já ajudou a criar um delator famoso e não falo do Calabar. Em 1984, foi preso o mafioso Tomaso Buscetta, que a pronúncia do Jornal Nacional chamou de "Busketa", para evitar que a família brasileira entrasse em pânico ao ouvir Cid Moreira dizer via satélite "Boa Noooite! Juiz pede condução coercitiva para Bucetta". O italiano foi preso pela PF e deportado para a Itália. Lá, entregou a Cosa Nostra, teve punição aliviada, ganhou um salário e proteção policial até morrer na cama, de câncer, em 2000.
Há dúvida na História para se identificar o ancestral dos atuais delatores. O ministério público bíblico ainda não sabe exatamente quem dedurou Adão por ter comido a maçã depois que Eva deu uma dentada no "fruto proibido. A cobra? Estudiosos não sabem, na verdade se a fruta era maçã ou jabuticaba do "conhecimento". De qualquer forma, o crime do primeiro casal - não confundir com Sérgio e Adriana - já prescreveu. Até prova em contrário, o título de primeiro X-9 premiado passa então para o conhecido Judas.
A charge de Schröder, acima, foi publicada pela Mídia Ninja, no Twitter.
É possível, segundo um pergaminho cifrado encontrado mas não enviado na caixa postal de Herodes, que os ladrões tenham se livrado da cruz ao denunciar à força-tarefa romana que Jesus pretendia ressuscitar. E que Maria Madalena estava envolvida no acontecimento. De fato, os romanos passaram a perseguir a seguidora de Cristo,testemunha da ressurreição, que fugiu para a Gália, a atual França. Se non è vero, è ben trovato.
O Brasil vive a era dourada dos caguetas. Tem até fila para delação premiada. Segundo O Globo de hoje, Sérgio Cabral e seus parceiros já estão se desentendendo no presídio à medida em que antigos participantes do "trenzinho" na noite parisiense se penduram na delação como única forma de diminuir os prejuízos. Tem cagueta disposto a não poupar nem a cara-metade, muito menos a mãe.
Ao ver que alguns delatores viraram celebridades e preservaram parte dos ganhos, além de se livrar da cadeia fechada propriamente dita, tudo mundo que entrar nessa boquinha. Por enquanto, o doleiro Alberto Youssef é uma espécie de guru da modalidade. Ele já foi delator no processo do Banestado - foi "acordo de colaboração", já que não existia no Brasil a figura jurídica da "delação premiada" - , deu-se bem, reincidiu no crime, repetiu a dose premiada na Lava Jato e já está em seu apê paulista e com direito a percentual em parte da grana que for localizada graças à sua delação.
Antonio Palloci sonha em ser X-9, mas ainda não sabe se sua delação será aceita. Ele já tentou várias vezes, ensaiando vários conteúdos. Insinuou que tinha muito a dizer sobre o sistema financeiro e sobre as grandes corporações da mídia. Não colou, "dona Justa" não achou que fosse por aí. Avançou um pouco junto a suas excelências ao centrar fogo em Lula. Palloci parece precisar de mais tempo para encontrar o tom certo da sua delação.
Pouca gente lembra, mas o Brasil já ajudou a criar um delator famoso e não falo do Calabar. Em 1984, foi preso o mafioso Tomaso Buscetta, que a pronúncia do Jornal Nacional chamou de "Busketa", para evitar que a família brasileira entrasse em pânico ao ouvir Cid Moreira dizer via satélite "Boa Noooite! Juiz pede condução coercitiva para Bucetta". O italiano foi preso pela PF e deportado para a Itália. Lá, entregou a Cosa Nostra, teve punição aliviada, ganhou um salário e proteção policial até morrer na cama, de câncer, em 2000.
Há dúvida na História para se identificar o ancestral dos atuais delatores. O ministério público bíblico ainda não sabe exatamente quem dedurou Adão por ter comido a maçã depois que Eva deu uma dentada no "fruto proibido. A cobra? Estudiosos não sabem, na verdade se a fruta era maçã ou jabuticaba do "conhecimento". De qualquer forma, o crime do primeiro casal - não confundir com Sérgio e Adriana - já prescreveu. Até prova em contrário, o título de primeiro X-9 premiado passa então para o conhecido Judas.
A charge de Schröder, acima, foi publicada pela Mídia Ninja, no Twitter.
É possível, segundo um pergaminho cifrado encontrado mas não enviado na caixa postal de Herodes, que os ladrões tenham se livrado da cruz ao denunciar à força-tarefa romana que Jesus pretendia ressuscitar. E que Maria Madalena estava envolvida no acontecimento. De fato, os romanos passaram a perseguir a seguidora de Cristo,testemunha da ressurreição, que fugiu para a Gália, a atual França. Se non è vero, è ben trovato.
sábado, 23 de setembro de 2017
Fotomemórias das redações: eles se 'teletransportavam' entre o JB e a Bloch...
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No detalhe de uma foto do acervo de Nélio Horta, Ezio Speranza e Laerte Gomes na redação da Fatos & Fotos na rua Frei Caneca, nos anos 60. |
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Oswaldo e o repórter e redator Sérgio Riff no JB, sede da Av. Brasil. Foto publicada originalmente no blog Álbum Jotabeniano. |
Até as décadas de 1970 e 1980, a imprensa carioca oferecia mais diversidade como opção de trabalho para jornalistas. Quer dizer, havia mais patrões à disposição. Sem enumerar todos os veículos, eram cerca de oito jornais diários e quatro editoras de revistas pertencentes a dez empresas. Era comum a rotatividade de profissionais nessas redações. Talvez fosse raro encontrar um jornalista que não tivesse passado ou viesse a passar por quatro a cinco desses grupos ou veículos.
Na extinta Bloch, por exemplo, eram muitos os coleguinhas que de lá saíram para o Jornal do Brasil ou que fizeram o percurso inverso.
Mas havia uma classe, a dos diagramadores, que até acumulou os quatro endereços: a Bloch, na Frei Caneca e, depois, no Russell, e o JB na Rio Branco e, em seguida, na Av. Brasil. Fácil de explicar: o horário de trabalho nas revistas era normalmente das nove às seis, com raros "pescoções" nos fechamentos; para os diagramadores, especialmente aqueles que desenhavam os cadernos de Cidade, Política, primeira página etc do JB, a demanda começava às seis, sete horas.
Era uma correria, mas, segundo eles, era possível conciliar os dois times.
Jornalistas que trabalharam no lendário JB criaram em 2010 um blog de memórias. Desde 2013 não é atualizado, mas tem fotos memoráveis e pode ser acessado no endereço http://albumfotojotabeniano.blogspot.com.br/ .
Lá há fotos de várias colegas que acumulando ou em épocas diferentes tiveram a Bloch e o JB nas suas trajetórias profissionais, como os diagramadores Nélio Horta, Oswaldo Carneiro, Laerte Gomes e Ezio Speranza e o repórter e redator Sergio Riff, que depois de passar pelo JB trabalhou na Fatos & Fotos, Fatos e EleEla.
Este Panis já contou o "causo" de um fotógrafo da Manchete que recebeu duas ordens de serviço para o mesmo dia e horário, uma em Niterói e outra na Barra da Tijuca, e, indignado, reclamou com o chefe de reportagem: “Cara, olha só, eu não sou onipotente, não!”.
No caso, os acima citados diagramadores JB-Bloch conseguiam ser onipresentes. Com igual competência e arte.
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sexta-feira, 22 de setembro de 2017
New York Times publica foto de Donald Trump Jr na mesa de trabalho e as redes sociais descobrem detalhes intrigantes...
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Reprodução instagram |
por Ed Sá
A foto acima está no New York Times ilustrando matéria sobre uma investigação em torno de Donald Trump Jr.
Mas para a redes sociais o melhor está no detalhes da imagem que viraliza na web. Os internautas levantam os seguintes "mistérios":
- Por que ele virou ao contrário os porta-retratos? Casou de olhar pra família?
- Quem bota na própria mesa o próprio retrato? Sendo que a foto é a maior de todas: Egocentrismo?
- Por que à frente a foto da filha (a primeira à esquerda) há nada menos do que uma caveira?!
- Por que não há fotos do pai, mas apenas um boneco de pescoço quebrado que o representa?
- E o que faz uma imensa tesoura ou um alicate de dentista no parapeito da janela?
- À esquerda, ainda na janela, há um ET, é isso mesmo?
- Alguém identificou uma garrafa na estante. É pra tomar a saideira ao fim do expediente?
- E alguém avise ao Trumpinho que a posição do monitor vai contra todas as recomendações da ergometria e assim ele vai acabar com uma lesão por esforço repetitivo no pescoço.
Ex-jogador Adriano avisa que vai processar o jornal Meia Hora
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Reprodução da capa do Meia Hora publicada em 22/9/2017 |
por Niko Bolontrin
O motivo é a capa acima. Adriano Imperador aparece ao lado do traficante Rogério 157, que o Meia Hora chama de "Imperador da Rocinha". O ex-jogador respondeu através do Instagram.
Ele prometeu processar o jornal e afirmou que “tira foto com quem quiser”.
VEJA O VÍDEO AQUI
Passou no Teste de Cooper
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Alice Cooper no Rock in Rio. Foto de Gabriel Monteiro/Riotur |
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Foto de Gabriel Monteiro/Riotur |
por Roberto Muggiati
Queria lembrar aqui o que escrevi num livrinho chamado Rock: Da utopia à incerteza (1968-1984), que a Brasiliense publicou em 1985, ano do primeiro Rock in Rio:
“Embora catalogado às vezes como heavy metal, Alice Cooper ajudou a desencadear o rock andrógino, conhecido como glitter rock nos EUA e glam rock na Grã-Bretanha; respectivamente brilho (glitter) e glamour (glam).
Em outras palavras, algo como um rock de plumas e paetês em que os músicos apareciam fortemente maquiados ou até travestidos. Em Alice Cooper, o apelo sexual era mais um recurso para agredir o público, pois Alice (nascido Vincent Damon Furnier, filho de pastor) era uma ‘cria’ de Frank Zappa, o pai espiritual dos freaks de todo o mundo e um discípulo direto do Teatro do Absurdo, aperfeiçoando um rock grand guignol com cadafalsos, guilhotinas e cadeiras-elétricas no palco, decapitando bonecas como um samurai maluco ou se enrolando numa jiboia de estimação.”
Em boa forma, exibindo os trejeitos de sempre e brandindo um bastão do poder, Alice Cooper, com 54 anos de carreira, mostrou que ainda tem alguns anos de estrada pela frente. Depois do espetáculo, comentou satisfeito no camarim: “Muitos desses meninos nunca viram um show de rock ‘n’ roll.”
Alice Cooper, o shock rock e a memória dos dinos...
por José Esmeraldo Gonçalves
Alice Cooper estava no auge e visitava no Brasil. Em 1974, só isso já seria um notícia. ´
Naquela época, astros no rock não davam as caras por aqui.
Fora do rock, até aparecia um Johnny Mathis, mas esse vinha com tanta frequência que era atração até na Churrascaria Tem-Tudo, em Madureira.
O Brasil estava sob a ditadura e a música pesada e as performances violentas de Alice Cooper, com guilhotinas, cobra no palco e sangue, eram quase uma caricatura da época.
Na sua primeira turnê na América do Sul, apresentou-se em São Paulo, no Anhembi, no dia 30 de março, e veio para dois shows no Rio: Canecão (5/4) e Maracanãzinho (6/4). Não sei quais as exigências que fez ao Rock in Rio, onde se apresentou ontem. Em 1974, seu contrato assinado com o empresário Marcos Lázaro incluía oito seguranças, dois carros, um ônibus, duas camionetes, caixas de Budwiser e Ginger Ale etc. Hotel, comida e roupa lavada para 25 pessoas, além de oito toneladas de equipamento.
Cobri a coletiva no Canecão para o extinto O Jornal. Foi quando conheci o Tarlis Batista, da Manchete, cuja primeira pergunta ao cantor foi um direto na veia ou no pulmão: "Você fuma muita maconha?". Os demais coleguinhas se entreolharam, a maioria fazia perguntas "leves" no começo para descontrair a fera. Alguém reclamou: "pô, ele vai embora". Um assessor preocupado falou qualquer coisa ao ouvido do roqueiro, que enrolou e emendou com um resumo do que iria mostrar no show. A coletiva seguiu em frente, sem turbulências.
No Maracanãzinho lotado, no dia seguinte, chamava a atenção o equipamento de som e o tamanho das caixas, algo desconhecido na época, no Brasil. Alice Cooper foi "eletrocutado", decapitou bonecas e surpreendeu ao gritar "pra frente Brasil". Embora o refrão estivesse na moda ainda no rescaldo da Copa de 70, era coisa identificada com a propaganda da ditadura.
Os jornalistas foram colocados na primeira fila da plateia. Ótimo lugar. Mal sabíamos que as enormes caixas de som laterais em altíssimo volume e ainda reverberando na cúpula do ginásio provocariam surdez momentânea ao final do show em quem estava tão perto daqueles geradores de decibéis. O que não invalidou a experiência. O Furnier, nome verdadeiro do roqueiro performático, mandou muito bem. Dizem os críticos que aquela turnê de Alice Cooper deixou influência no show business brasileiro. Não apenas pela grandiosidade do aparato como pela performance criativa. Os Secos & Molhados teriam assimilado algumas lições de dramaturgia radical do cantor, então com 25 anos.
Ontem, vendo o show pela TV, não pude deixar de revisitar essas memórias de dinos.
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Instituto Moreira Salles: São Paulo tem um novo centro cultural
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O novo centro cultural na Avenida Pauista. Foto Reprodução site IMS-SP |
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Na inauguração, ontem. Foto Fernanda Carvalho/Fotos Públicas |
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Um dos espaços para exposições. Foto Gilberto Marques/A2IMG |
EM VÍDEO, O CURADOR MIGUEL DEL CASTILLO MOSTRA A BIBLIOTECA DE FOTOGRAFIA DO IMS-SP. CLIQUE AQUI
Ex-diretor de jornalismo da TV Gazeta revela a reportagem de Marcelo Rezende que abalou o Fantástico
(do Cada Minuto/Blog de Célio Gomes)
A trajetória de Marcelo Rezende no jornalismo percorreu mais de quatro décadas, em diferentes veículos de comunicação. Mas foi na TV Globo que ele se tornou um nome nacionalmente conhecido, a partir do fim dos anos 80. Os pontos altos da carreira do repórter foram lembrados em várias reportagens, depois de sua morte, no último sábado 17.
Na emissora carioca, o Jornal Nacional destacou o trabalho em que Rezende denunciou a ação criminosa da Polícia Militar de São Paulo, no caso que ficou conhecido como Favela Naval. O lugar fica no município de Diadema. PMs foram flagrados torturando e matando moradores da região. O ano era 1997. A denúncia teve repercussão internacional.
Mas outra reportagem do jornalista, exibida no Fantástico em novembro de 1998, entrou para a história da Globo e da imprensa brasileira. E não foi por bons motivos. Rezende fez uma entrevista exclusiva com o motoboy Francisco de Assis Pereira, o homem que ficara conhecido como o Maníaco do Parque. Era acusado de matar pelo menos onze mulheres na capital paulista.
A matéria especial pretendia inaugurar uma vertente mais arrojada de jornalismo para TV. Foi o que a Rede Globo avisou a suas afiliadas, que deveriam ficar atentas ao novo formato. Sei disso porque eu era o diretor de jornalismo da TV Gazeta. O resultado foi um desastre absoluto, com duração de incríveis 40 minutos naquela edição do Fantástico, o “show da vida”. A Globo entrou em crise.
Para começar, a produção tinha no comando o departamento de dramaturgia, e não a Central de Jornalismo. Um consagrado diretor de novelas, Roberto Talma, assinava a obra jornalística. A edição abusou de trilha sonora de suspense e efeitos especiais à altura do pior sensacionalismo. Para decifrar a mente do assassino, as fontes ouvidas foram um astrólogo e duas videntes.
Difícil saber o que era mais bizarro naquilo tudo. Houve simulação dos ataques às mulheres, que mais pareciam cenas de filme de terror de última categoria. Cuidadosamente planejada, a iluminação sobre o rosto do maníaco tentava elevar o clima de tensão e medo. Rezende se empenhou na missão. Cada frase de seu texto tinha como objetivo principal dramatizar ao máximo aquele enredo. (...)
LEIA A MATÉRIA COMPLETA, CLIQUE AQUI
Pais & Filhos: 50 anos em 2018
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A Pais & Filhos, da Editora Manchete |
A Pais & Filhos completa 50 anos em 2018 e permanece como uma publicação de prestígio e influência, com atuação em plataformas, digitais e redes sociais.
Ao J&C, Luiz Pimentel adiantou que unificará revista, site, redes sociais, TV Pais & Filhos, anuário da marca e ações de branded content.
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Edição de 1987, quando a Pais & Filhos ainda pertencia à Bloch. |
A Pais&Filhos é também atuante no segmento de eventos, principalmente na realização de seminários.
Dos 50 anos da P&F - uma das mais tradicionais e bem-sucedidas revistas brasileiras, pioneira e líder no seu segmento -, 32 foram sob o selo da Bloch Editores.
Lançada em 1968, a Pais & Filhos foi editada no Russell até 2000.
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