terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Futebol: Faixas, protestos e sonolência jornalística

Reprodução Facebook

Reprodução Facebook

por Flávio Sépia
O futebol é um poderoso fator de audiência na TV. Isso apesar da atual fragilidade dos times brasileiros, que não conseguem segurar os talentos que surgem.
E não apenas pela força dos euros, mas pela ação muitas vezes irregular de certos "empresários" em cumplicidade com alguns cartolas. Os clubes acabam aproveitando pouco o fato de serem os protagonistas do espetáculo e tornam-se reféns da TV.
No último fim de semana, a torcida do Corinthians exibiu faixas de protesto. Há anos, o torcedor reclama dos horários de jogos impostos pela Globo, detentora dos direitos de transmissão, o que esvazia os estádios e, em consequência, torna mais caros preço dos ingressos. Tudo indica que o monopólio está perto do fim. Vários clubes já assinaram com o Esporte Interativo. São acordos válidos a partir de 2019. A Fox também já quebra o domínio global na Libertadores. Uma esperança de que a grade da Globo deixe de obrigar clubes a jogarem 11 da noite, por exemplo.
Será saudável até sob o ponto de vista de uma maior diversidade de opiniões dos comentaristas. Sabe-se que o Vasco, por conta das posições assumidas por Eurico Miranda em gestões anteriores, é alvo da mídia cartelizada no Rio. Há conflitos de torcida em todos os estádios, mas o fato ganha macro dimensões quando acontece em São Januário.
No domingo, após a vitória do Vasco sobre o  Flamengo, dois comentaristas do SporTV, do estúdio, dedicaram mais tempo a superdimensionar conflito de torcida do que a falar sobre o jogo, que era o que o torcedor gostaria de ouvir. Os dois âncoras do estúdio só aliviavam quando a equipe do mesmo canal, que estava em campo, mais fiel aos fatos, mostrava que o tumulto era localizado e acontecera em grande parte três horas antes do jogo, São Januário foi vítima e não fator do tumulto.
Outra aspecto do mau humor jornalístico: coleguinhas comentam que são poucos os colunistas de jornal que vão ao estádio ver jogo. Na maioria das vezes, assistem pela TV. Dizem que Nelson Rodrigues, autor de crônicas geniais, era frequentador do Maracanã, não perdia um jogo, mas cochilava em alguns momentos. Pode ser. Mas o fato de estar presente ao estádio fazia com que ele captasse o jogo, o personagem do jogo que sempre apontava, e a alma do jogo. Estava mais acordado do que muita gente, hoje. Colunista que vê jogo apenas pela TV assume que vai analisar material de segunda mão. Um desses colunistas, provavelmente sonolento diante da TV depois da feijoada de domingo, achou monótono o jogo Vasco e Flamengo.
Amigo, tudo o que aquele jogo não teve foi tédio. Ô da poltrona, pode-se criticar táticas, erros e a falta de jogadores mais habilidosos, mas o jogo foi quente, tenso e disputado como manda a tradição de um Vasco e Flamengo.
Quem estava em São Januário, sabe que valeu enfrentar o calor. Ver aquele gol aos 45 e quebrados do segundo tempo não tem preço.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Viu isso? Perdeu, playboy, não dá mais para sacanear os outros impunemente... olha a rede social aí, gente...


(do Brasil Post) 
Como um gerente sexista e despreparado, policiais militares machistas e uma cliente vítima de assédio - consciente de sua liberdade de ação e da força da internet - contribuíram para jogar no limbo a imagem construída ao longo de 25 anos de um dos bares mais tradicionais da zona oeste paulistana, o Quitandinha Bar, da Vila Madalena.

O episódio aconteceu às vésperas do Carnaval, e a cliente em questão é a paulista Júlia Velo. Em um longo post no Facebook, Júlia relata que estava com amigos no bar, quando foi assediada por dois frequentadores antigos do local. Daí em diante, o desenrolar da história mistura choro, xingamentos, despreparo e machistas da pior espécie travestidos de clientes, PMs e o gerente da casa.

O caso Quitandinha seria mais um entre tantos de assédio sexual - e moral - a mulheres em bares paulistanos, se Júlia não tivesse prometido a si mesma e aos amigos fazer barulho. A hashtag fala por si só: #vamosfazerumescândalo.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO HUFFPOST BRASIL, CLIQUE AQUI

Nasa lança cartazes de viagens interplanetárias inspirados nos posters de antigamente...

Quando não era possível pesquisar imagens de destinos turísticos na internet, as companhias aéreas e de navegação ou os serviços de divulgação das cidades imprimiam posters para seduzir potenciais visitantes.
Pois o Jet Propulsion Laboratory, da Nasa, com a ajuda dos designers Don and Ryan Clark, acaba de reabilitar o cartaz vintage para promover os ainda fantasiosos destinos interplanetários. Compare, abaixo, os posters da Nasa com cartazes do anos 40/50 que promoviam românticos destinos turísticos.
Detalhe: se quiser, você pode baixar gratuitamente a série de posters da Nasa em alta resolução neste link ( http://www.jpl.nasa.gov/visions-of-the-future/)

OS CARTAZES DA NASA...




...INSPIRADOS NOS POSTERS VINTAGE DOS ANOS DOURADOS




Procurando emprego? Veja como inconfidências nas redes sociais podem derrubar você...

por Clara S. Britto
Segundo especialistas em Recursos Humanos, o recrutamento em empresas, atualmente, vai muito além dos tradicionais currículos. Perfil pessoal, comportamento, interesses, motivações, tudo isso passou a contar muitos pontos. E aí entram as redes sociais, que são instrumentos reveladores dessas características.
O site CareerBuilder revela que mais empregadores estão se voltando para sites de redes sociais para selecionar informações adicionais sobre potenciais candidatos. Segundo recente levantamento, 51 por cento dos empregadores que pesquisam em mídias sociais afirmaram ter encontrado conteúdo que os levou a não contratar determinado candidato (em 2012, esse percentual não ultrapassava 34%).

Veja alguns pontos que empregadores julgam negativos quando pesquisam em redes sociais:
- Fotografias provocativas ou inadequadas
- Falar mal de empregos anteriores ou de colegas de trabalho
- Comentários discriminatórios sobre raça, sexo, religião.
- Comentários sobre excesso de bebidas ou uso de drogas
- Mentir sobre qualificações
- Compartilhar informações confidenciais de empregos anteriores

E conheça alguns exemplo de informações colhidas em redes sociais que ajudaram a eliminar candidatos a empregos: 
- Um postulante apresentou um porco como seu amigo mais próximo
- Outro postou seus exames odontológicos
- Um candidato gabava-se de dirigir bêbado.
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"Mais Médicos": livro do fotógrafo Araquém Alcântara mostra o Brasil que o "Brazil" não vê...

Foto Araquém Alcântara, do livro "Mais Médicos".

Foto: Araquém Alcântara, do livro "Mais Médicos".

Foto Araquém Alcântara, do livro "Mais Médicos".
por Niko Bolontrin
O fotógrafo Araquém Alcântara percorreu 19 estados para construir um painel de imagens de um programa social. Falei programa social. Mas, na atual irracionalidade da disputa política no Brasil, um jogo vulgar e predatório, o programa foi inicialmente tratado como se fosse um cartel de criminosos, uma "operação comunista" para abalar os "valores' da nação. Pura ignorância e má fé. Falo do programa "Mais Médicos". Agressões e racismo foram ingredientes corporativos deploráveis da campanha contra o "Mais Médicos". Pois é, o tempo passou, milhares de prefeitos de vários partidos reconhecem hoje os resultados do programa, mais do que eles, os pacientes, e, na última seleção de profissionais, os jovens médicos brasileiros compunham a totalidade dos inscritos, sem falar que foi mínima a desistência de estrangeiros em meio à temporada. O "perigo comunista" não se confirmou. Os milhões de pacientes pobres agradecem.
Araquém Alcântara/Reprodução Rede Social
É essa realidade que o fotógrafo Araquém Alcântara, com reportagens publicadas na Veja, National Geographic, Geo, Isto É, Icaro, Elle, Marie Claire e Super Interessante, traduz em imagens autênticas e isentas no seu livro "Mais Médicos" ao registrar a ação de cerca de 18 mil profissionais em locais inimagináveis para a turma do ar condicionado, da cadeira de praia, do Brazil elitista e do mau humor político.
Investir em saúde não é um programa de partido político mas um direito assegurado pela Constituição, que a população deve cobrar de presidentes, ministros, governadores, prefeitos e secretários de qualquer camiseta política. Passa longe de ser questão barata de "oposição" e "situação". Se tem defeitos, estes serão sempre menores do que a omissão.
O programa chegou a 15% dos municípios brasileiros que antes não tinham um só médico e se estendeu por outros que tinham apenas um médico para atender a 3 mil pacientes. As vagas abertas para profissionais, que eram menos de 10 mil há três anos, hoje chegam a quase 30 mil, a grande maioria preenchida por brasileiros atraídos pela iniciativa que os conselhos de medicina politizados queriam rejeitar.
O livro "Mais Médicos" é o 19° de Araquém Alcântara, fotógrafo que é um dos precursores na temática ecológica e segue a outras obras suas, como "Terra Brasil", 'Árvores mineiras", "Juréia, a luta pela vida", "Mar de Dentro e Brasil: Herança ambiental", "Estações Ecológicas do Brasil" e "Pantanal".
Araquém definiu, certa vez, a poesia e a crueza da sua arte: “Meu trabalho é a crônica da beleza e do extermínio. Retratos de uma país que breve não veremos mais. Coleciono rostos, paisagens, movimentos, brilhos com a esperança de que não estarão condenados a viver apenas na memória e no papel. Cada imagem que capturo conduz à fé de que a natureza e o homem humilde do sertão e das matas resistirão, apesar de tanta invasão, inconsciência, devastação e morte. O genocídio dos povos primitivos, a miséria, a violentação impune dos ecossistemas – de um lado, de outro a fertilização imensa deste país amazônico, verdadeira sinfonia de belezas. Meu canto é cumplicidade e reverência. Minha fotografia é oxigênio”.
Por sua vez, em texto escrito para o projeto 'Brasil, Memórias das Artes", da Funarte, o jornalista, fotógrafo e pesquisador Pedro Vásquez, ao biografar Araquém Araquém Alcântara, contou como nasceu no fotógrafo paixão pelo ofício:
 "Aos 14 anos de idade, tudo que Araquém queria era ser escritor. Fascinado pelos livros de J. D. Salinger, Lima Barreto, Machado de Assis e Guimarães Rosa, em 1970 prestou a Faculdade de Comunicação de Santos sem saber que, de jornalista, logo passaria à fotojornalista – mudança que só veio a acontecer depois de descobrir o filme A Ilha Nua, de Kaneto Shindo. Quase sem história, o filme retrata a história de um casal que vive em uma ilha, rodeado pela fauna e flora local. A força daquele primeiro encontro com a natureza foi tamanha que, no dia seguinte, quando a amiga Marinilda mostrava as fotos caseiras que havia tirado com a câmera Yachica, Araquém pediu a câmera emprestada (mesmo sem qualquer conhecimento técnico), comprou três filmes em preto e branco e saiu naquela noite mesmo para fotografar no porto de Santos.
“Passei a noite inteira com uma Yachica elétrica 35mm na zona portuária. Não consegui tirar foto nenhuma. De manhã, havia uma prostituta cansada no ponto de ônibus. Me aproximei, bem inibido, e perguntei: “Posso fotografá-la?” Ela levantou a saia e respondeu: ‘Fotografa aqui, seu filho-da-puta!’ e eu fiz a minha primeira foto“.
Depois do episódio, passou a fotografar tudo e todos buscando formas, experimentando técnicas..."

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Memórias da redação: Na ditadura não era mole...


Por Roberto Muggiati

Alguns episódios – ao mesmo tempo curiosos e trágicos – sobre os atentados à liberdade de expressão durante a ditadura militar.

• Em 1970, diretor da Fatos&Fotos, fui intimado para uma conversa com um delegado da Polícia Federal sobre uma matéria denunciando o tráfico de mulatas para a Alemanha. Preocupados, lá fomos eu e o Murilo Melo Filho, Diretor Responsável de todas as publicações da Bloch. O delegado, agindo em causa própria, nada mais queria senão se fazer convidar para almoçar com uma mulata amiga dele no restaurante do terceiro andar e emplacar uma matéria sobre a moça no Ele&Ela...

• Em 1978, antecipando a primeira visita do Príncipe Charles ao Brasil (aquela em que ele sambou com a Pinah), Manchete deu matéria de capa com uma foto esplendorosa do Príncipe.
No miolo da revista, havia uma reportagem em preto&branco comprada da revista Stern sobre o novo guru-sensação, o Rajneesh. A matéria abria com uma foto em página dupla mostrando uma dezena de fieis totalmente nus em transe no ashram de Poona, na Índia. Estavam numa atitude religiosa, num ritual de purificação, mas a malícia brasileira viu naquilo uma suruba. Manchete quase sambou também. Assim que a revista foi para as bancas, um juiz de menores (não vou dizer o nome) empreendeu uma cruzada para apreender a edição. Imaginem só o prejuízo! Oscar Bloch saiu em campo com um batalhão de advogados para impetrar recursos contra a apreensão da revista pelo Brasil afora. O tempo jogou a nosso favor e a revista esgotou. Anos depois, o dito cujo juiz de menores foi destituído do cargo sob a acusação (comprovada) de pedofilia...

• Para deter a evasão de divisas, a ditadura inventou nos anos 70 uma taxa provisória de viagem ao exterior, só recuperada seis meses ou um ano depois. Era uma grana preta, o equivalente ao preço da passagem.
Criamos uma capa da Manchete sobre o tema, com uma foto (produzida em estúdio) de um casal jovem da classe média elegantemente vestido, com os pés presos por correntes a bolas de ferro pretas, nas quais estava estampada a quantia do imposto, 12 mil não-sei-em-que-moeda... A capa só saiu depois que Oscar Bloch obteve um nihil obstat do Ministro da Fazenda - o Rischbieter ou o Simonsen, não lembro qual.

• Finalmente, houve a edição em que Adolpho Bloch peitou e deu o troco. O Balé Bolshoi de Moscou tinha uma turnê agendada para o Brasil.
Algum energúmeno de não sei quantas estrelas viu naquilo uma ameaça à soberania nacional. Que mensagens comunistas poderiam estar embutidas no Lago dos Cisnes ou na Suite Quebra-Nozes?
Adolpho Bloch mandou que publicássemos uma reportagem de capa na abertura da revista sobre a importância cultural daquela fabulosa instituição que era o Balé Bolshoi, acima e além de qualquer ideologia.
A ditadura engoliu aquela e nada pôde fazer contra o bravo ucraniano de Jitomir.


Memórias da redação - Acredite... houve um dia em que a censura da ditadura resolveu encher o saco da Fatos & Fotos. Olha o documento aí...

A advertência à Fatos & Fotos. Reprodução (clique na imagem para ampliar)
por José Esmeraldo Gonçalves
A revista Fatos & Fotos não era, obviamente, um alvo da censura da ditadura. Mas a paranoia do regime era tanta que até mesmo a F&F, como revista de variedades, comportamento e entretenimento, mexia na TPM do censor, como se vê na advertência acima enviada a Adolpho Bloch, em 1977, e repassada ao então diretor da revista, Justino Martins.
Um decreto-lei de 1970 havia instituído a censura prévia. Na época, a Bloch encaminhou um requerimento à Polícia Federal solicitando que suas revistas fossem dispensadas da aprovação prévia de matérias. Um representante da Divisão de Censura de Diversões Públicas foi ao prédio da Manchete conversar com Adolpho para fechar o "acordo". Não há registro do teor da conversa, mas a PF, como expressa a advertência acima, firmou o compromisso de manter apenas a EleEla sob censura prévia. A revista masculina já era obrigada a cumprir algumas regras do tipo nada de genitais, um peito só visível por foto etc e zero de entrevistas com personagens opostos ao regime. Ainda assim, a Bloch incorporou aos seus corredores um coronel, uma espécie de "consultor",  que era convocado a opinar sobre as consequências de uma ou outra matéria.
Nessa fase, as reportagens políticas da Manchete chegavam à mesa do editor tão assépticas que jamais deram problema. Em outra ponta, a revista exaltava o "Brasil Grande" e as obras do governo, o que certamente agradava aos milicos. Com tudo isso a Manchete teve pelo menos um atrito no item "agressão à moral e aos bons costumes" - acho que uma edição chegou a ser apreendida - por causa de uma foto em página dupla de uma matéria sobre "amor livre" que mostrava trocentos casais nus, deitados na grama. Até a Pais & Filhos teve uma edição recolhida em função de fotos de amamentação que provavelmente ativaram a libido de algum censor.
A advertência reproduzida acima enquadrava a F&F e ameaçava a revista de censura prévia por matérias sobre lesbianismo, Esquadrão da Morte e um chocante assassinato de uma menina. Em outra ocasião - como revela o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" - Justino Martins e o repórter Geraldo Lopes foram convocados à sede da PF, no Rio. Um bandido, que estava preso na Frei Caneca mas que era "liberado" para praticar assaltos, foi morto em um tiroteio supostamente após um desentendimento na partilha do produto do assalto. O repórter descobriu que um delegado, também morto na troca de tiros, participaria do esquema. A revista publicou uma extensa matéria sobre o crime, incluindo a denúncia do envolvimento da polícia. Tão logo a Fatos & Fotos chegou às bancas, Adolpho Bloch recebeu um telefonema do próprio ministro da Justiça, o notório Armando Falcão. Acontece que o policial citado era agente federal. Falcão disse ao Bloch, segundo este revelou, que não se responsabilizava pela reação dos colegas do acusado.
Essa versão - a do suposto envolvimento do policial - sumiu dos jornais e das "suites" do caso.
A convocação de Justino e Geraldo à PF foi pura intimidação, eles logo retornaram à redação. Mas o Ministério da Justiça exigiu que, na semana seguinte, a F&F publicasse uma "biografia" exaltando o perfil e a honestidade do delegado. O que foi feito. E foi assim que o "acusado" de uma semana virou "gente boa" na edição seguinte.

Bala perdida e lei cega...

Na última quinta-feira, no bairro do Riachuelo, na Zona Norte do Rio, bandidos tentaram assaltar um bar. Um deles achou que um cliente ia reagir e atirou, matando dois advogados. O sujeito que atirou tem apenas 15 anos e sete passagens pela polícia. Sete. Na fuga, ele foi baleado por uma pessoa não identificada e morreu. Conclusão: a legislação atual não protege a sociedade e nem o menor que supostamente tenta defender.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Organização Mundial da Saúde adverte: cinema induz jovens a começar a fumar

(da ONU BR) 
Em 2014, seis milhões de jovens norte-americanos teriam começado a fumar por conta de filmes reproduzindo a prática do fumo. No mesmo ano, 44% dos filmes de Hollywood exibiam cenas onde o tabaco era consumido. OMS quer que governos implementem medidas para combater a influência negativa do cinema.
A fim de evitar a exposição de jovens a imagens que retratam a prática do fumo e o consumo de cigarros, a Organização Mundial da Saúde (OMS) quer que os governos implementem classificações etárias mais restritivas para filmes contendo cenas de pessoas fumando. Em novo relatório publicado nesta segunda-feira (1), a agência da ONU alertou para a perigosa influência do cinema sobre adolescentes e crianças. Nos Estados Unidos, por exemplo, estimativas indicam que, em 2014, o tabaco nas telonas levou mais de 6 milhões de jovens a começar a fumar.
Desse contingente, cerca de um terço corre o risco de morrer por doenças induzidas pelo consumo de tabaco. De acordo com a OMS, na sociedade norte-americana, pesquisas calcularam que 37% dos novos adolescentes fumantes teriam buscado o tabaco por conta de filmes onde o produto aparece. Segundo o cirurgião-geral dos Estados Unidos, a restrição para o público adulto de filmes atualmente considerados adequados para jovens poderia reduzir em até um quinto os índices de fumo entre os jovens, evitando um milhão de mortes entre crianças e adolescentes, relacionadas ao tabaco.
Em 2014, 44% dos filmes de Hollywood continham cenas de fumo, também encontradas em 36% das produções classificadas para jovens. A pesquisa da agência verificou que, entre 2002 e 2014, 59% dos filmes de maior bilheteria exibiam imagens de tabaco. “Com restrições cada vez mais firmes sobre a publicidade do tabaco, o cinema permanece um dos últimos canais a expor milhões de adolescentes a imagens de fumo sem restrições”, afirmou o diretor do Departamento de Prevenção de Doenças Não Transmissíveis da OMS, Douglas Bettcher.
A representação do fumo não é recorrente apenas no cinema norte-americano. Na Argentina e na Islândia, nove a cada dez filmes contêm imagens de cigarro, incluindo produções classificadas para o público juvenil. Além desses dois países, a OMS encontrou cenas de consumo do tabaco em filmes de grande bilheteria da Alemanha, Itália, Polônia, Holanda, Reino Unido e México.
Além de definir classificações etárias com base na presença de imagens envolvendo o consumo de cigarros, a OMS recomenda a obrigatoriedade de declarações dos produtores do filme, ao longo dos créditos, de que a equipe não recebeu nenhum valor pelas cenas exibindo produtos de tabaco. A agência da ONU também solicitou o fim da exposição de marcas de tabaco nos filmes, bem como a exibição de publicidade contra a prática do fumo antes da veiculação dos filmes onde cigarros aparecem, em quaisquer canais de distribuição (cinema, televisão, online).
O relatório da OMS também recomenda a criação de produtos de mídia que promovam o cigarro como um produto não elegível a subsídios públicos.
Fonte: ONU BR

Comentário de Ed Sá/BQVManchete
Segundo pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), um em cada três brasileiros deixou de fumar depois 2000, quando medidas que restringiram a propaganda de cigarros na TV e em veículos de comunicação de massa entraram em vigor. A pesquisa também mostrou que a maioria da população é a favor de medidas ainda mais rigorosas contra o fumo. Desde 1988, quando tornou-se obrigatória nas embalagens a frase "O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde” nas embalagens dos produtos derivados do tabaco", o governo impôs uma série de restrições à comercialização, propaganda de cigarros em revistas, jornais, televisão, rádio, outdoor, fumo em locais fechados etc. Cada uma dessas iniciativas sofreu forte pressão dos grupos atingidos. Mas, com o apoio da opinião pública, foram mantidas. O que não impediu que os fabricantes buscassem formas para burlar a proibição. O cinema foi o alvo principal. São clássicas as imagens de personagens fumando no cinema. Fazia parte do glamour de Hollywood.
Não há dúvida de que para as novas gerações, com a divulgação e constatação dos fatores cancerígenos do cigarro, o hábito de fumar perdeu o charme. Mas o cinema não deixou de ter o interesse da indústria do fumo. Cada vez mais, personagens jovens passaram a ser mostrados fumando desbragadamente. No Brasil, há cenas em novela com o indefectível cigarro. Se é merchandising disfarçado, quem sabe? Mas é curioso constatar que no reality show Big Brother Brasil há, invariavelmente uns três ou quatro participantes em cada temporada que são mostrados numerosas vezes com o cigarro na mão. Se é merchandising disfarçado, quem sabe?

Mais um... The Independent cancela sua edição impressa e vai tentar sobreviver na internet. "Os leitores estão mostrando que o futuro é digital", diz o proprietário do jornal inglês


O jornal inglês The Independent confirma que chega ao fim a versão impressa do veículo. As máquinas rodam até março, depois será acionado o botão off. Motivo? Vendas em queda livre e publicidade sumindo. "A indústria de jornais está mudando, e essa mudança está sendo conduzido pelos leitores. Eles estão nos mostrando que o futuro é digital", afirma o proprietário Evgeny Lebedev, que garante preservar a marca e investir no conteúdo digital de qualidade. Ninguém mais duvida de que as edições impressas dos diários, dependendo de cada país, ultrapassem 2021. No Brasil, as revistas têm sido as vítimas da vez. Nos grandes veículos o que já se nota é uma redução de conteúdo, de número de páginas e, para assegurar uma sobrevida, o forte aumento de matérias pagas, o que resulta em menor espaço útil para notícias.

Jornais fazem campanha para a eliminação dos focos de mosquito. E isso é positivo. Mas o Estadão esqueceu de fazer o dever de casa... Depois do passaralho, o Aedes egypti estaria atacando o prédio da redação

Além da ameaça permanente do passaralho, os jornalistas do Estadão seriam agora vítimas de uma infestação de mosquitos Aedes aegypti, o popular transmissor de dengue, zika e chikungunya, em pleno prédio da redação.
Segundo o Portal Imprensa, foi descoberto na semana passada um respeitável criadouro de mosquitos no fosso dos elevadores do prédio da redação, em São Paulo. Jornalistas se queixam de que nem email geral alertando para o problema a direção do jornalão providenciou.
Estaria programada uma dedetização no começo do mês, mas teria sido adiada por falta de verba. Está prometido um fumacê para esse fim de semana. Enquanto isso até o cavalo e o cavaleiro símbolo dos Mesquita correm risco de pegar zika.
ATUALIZAÇÃO: o Portal Imprensa noticiou ontem que a Vigilância Sanitária fez uma "visita surpresa" ao Estadão e "não encontrou foco de mosquito". Fontes da redação confirmam a informação anterior. Estava marcada para ontem uma dedetização do prédio.

Design: jornais e revistas italianos reverenciam Renato Bialetti, morto aos 93 anos. Ele deu fama mundial à Moka, a cafeteira que mudou o modo de se fazer café...




O modelo atual da Moka, com o seu lendário símbolo do "omino coi baffi"
O primeiro modelo, de 1930, de alumínio e baquelite, faz parte do acervo do Moma, NY. 
E o homenzinho de bigodes pode ser visto na Sociedade de Belas Artes, em Miláo.
Por aqui, passou quase em branco. Mas a morte de Renato Bialetti, que tornou famosa a cafeteira Moka, ocupou jornais e revistas italianos. O modelo revolucionário foi criado pelo seu pai, Alfonso Bialetti, em 1930. Depois da Moka, o modo de fazer café nunca mais foi o mesmo. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, poucos conheciam a nova cafeteira. A pequena fábrica familiar produzia apenas mil exemplares por mês. Coube a Renato Bialetti, falecido aos 93 anos em Ascona, Suiça, divulgar mundialmente o produto e popularizar o símbolo que correu o mundo:  o "omino coi baffi" ("homem com  bigodes", em português).
Inventada por Alfonso Bialetti, a Moka é uma cafeteira a pressão de vapor que faz um espresso com mais sabor e mais cafeína (no modo coado, o café perde um pouco do seu principal composto)
O primeiro modelo da Moka foi reconhecido como arte: faz parte do acervo do Moma, de Nova York e ganhou destaque na Trienal de Milão.

Deu no Jornalistas & Cia: Belisa Ribeiro lança livro sobre a história e os bastidores da redação do Jornal do Brasil

A CAPA DO LIVRO DE BELISA RIBEIRO




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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Beyoncé relembra Panteras Negras em show no Super Bowl e racistas norte-americanos estão irados até agora...


Show de Beyoncé no Super Bowl irrita conservadores. E a saudação que relembrou os Panteras Negras e  levou racistas à histeria. Reprodução Vídeo You Tube
Ainda repercute nos Estados Unidos o show da cantora Beyoncé no intervalo do Super Bowl, no último domingo. Conservadores e racistas norte-americanos subiram e ainda não desceram das tamancas. É que Beyoncé levou ao palco um sutil ato político: além de cantar a música Formation, cuja letra pede que os negros ressaltem a autoestima e de se apresentar ao lado de dançarinas negras vestidas como militantes dos históricos revolucionários Panteras Negras, ela exaltou o movimento Black Lives Matter, que denuncia a atual onda de assassinatos de jovens negros por policiais brancos em vários estados norte-americanos. Embora a citação política seja apenas um detalhe de um show espetacular, políticos racistas condenaram Beyoncé e defenderam os policiais envolvidos nos casos, mesmo diante da constatação de que ainda não sofreram punições pelos crimes e alguns inquéritos já foram até arquivados. Uma informação que justifica o protesto da cantora: segundo a Mapping Police Violence, policiais norte-americanos assassinaram uma pessoa negra a cada 26 horas em 2015. Ao fim do ano passado já tinham gravadas nas coronhas dos seus fuzis cerca de 336 vítimas negras.

VEJA O SHOW DE BEYONCÉ NO SUPER BOWL. CLIQUE AQUI

Desenho animado ridiculariza o Daesh (autodenominado Estado Islâmico) e viraliza na web

A web-animação ridiculariza chavões e comportamento do Daesh. 

Terroristas (o louro é um jihadista australiano) prometem "libertar a Andaluzia". 

"Quanto a mim, eu gostaria de quatro louras". Baghdadi reserva sua cota de virgens no paraíso, enquanto uma bomba da aviação russa não explode sua cabeça.
por Ed Sá
A revelação é da revista italiana Panorama. Circula na rede o primeiro desenho animado árabe que ridiculariza o Estado Islâmico e seus líderes, um deles o "califa" Abu Bakr al-Baghdadi. A hashtag que identifica o desenho -#TheBighDaddyShow - é um trocadilho do inglês Big Daddy, "grande pai", e do árabe Baghdadi. A série, que já é seguida por milhares de internautas no Facebook e YouTube, foi criada por desenhistas iraquianos e árabes de várias nacionalidades e pretende combater a estratégia de midia do Daesh. Para se prevenir de represálias, os desenhistas mantém anonimato, não dão pistas dos lugares onde criam as histórias e revezam estúdios em vários países.

De volta ao mundo real, uma análise que deve ser lida mesmo que não se concorde com todo o teor...


Artigo de Luis Nassif

Alguns tópicos;
* A política de vazamentos é avalizada por toda a força-tarefa da Lava Jato.
* O vazamentos estão claramente articulados com a estratégia pro-impeachment da oposição.
* Dilma tenta retomar o protagonismo, com o reinício do Conselhão, a mudança no Ministro da Fazenda, a articulação política com novo fôlego, com Jacques Wagner e Ricardo Berzoini.
* No dia 13 de março haverá o próximo desafio das manifestações de rua pró-impeachment. Se esvaziadas enterram de vez a tese do impeachment.
* O principal beneficiário de um eventual impeachment seria o senador Aécio Neves.
* Dilma é uma mulher de uma coragem à toda prova, mas desde que saiba o que fazer. As sutilezas do jogo político decididamente não são a sua praia. Ela está imobilizada não pela falta de coragem, mas por não saber como agir. Mais: é capaz de enfrentar as piores torturas físicas sem ceder. Mas não tem a menor estrutura psicológica para enfrentar ataques à reputação. Foi por aí que a frente pro-impeachment conseguiu imobiliza-la.
* Janot é fundamentalmente um procurador político. E não se imagine essa qualificação como depreciativa. Promoveu uma revolução no MPF ao acabar com a postura autárquica do PGR, implementar a modernização nos processos e procedimentos internos. Como se recorda, todos os inquéritos que versavam sobre políticos com prerrogativas de foro eram analisados exclusivamente por Roberto Gurgel, seu antecessor, e por sua esposa.
Instituiu uma série de decisões colegiadas e trouxe para sua assessoria pessoal um grupo conceituado de procuradores de todas as partes do país.
Também endossou uma série de temas relevantes, como a revisão da Lei da Anistia e outros temas que ajudaram na legitimação do MPF como defensor de bandeiras civilizatórias.
*  A blindagem a Aécio Neves

LEIA A ANÁLISE DE LUÍS NASSIF NO SITE GGN, CLIQUE AQUI

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Manchete no Carnaval 2016 - NO TOQUE DO TAMBOR DEU MANGUEIRA CAMPEÃ!


O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, entrega o troféu à Mangueira.

O último título da Mangueira foi em 2002 com o enredo "Brazil com 'Z' é para Cabra da Peste, Brasil com 'S' é a Nação do Nordeste". A escola volta a vencer neste 2016, ano do Centenário do Samba, com a homenagem a baiana...

Maria Bethania


Caetano prestigiou a irma no desfile.



Depois de um longo jejum, a Mangueira volta a ser a grande campeã do carnaval carioca. O enredo "Maria Bethania - a Menina dos olhos de Oyá" deu à escola a oportunidade de expressar o catolicismo da cantora e sua fé na força dos orixás. O carnavalesco Leandro Viera, um estreante no Grupo Especial, traduziu esse espírito e garantiu seu primeiro titulo. E os orixás abençoaram a verde e rosa.

Prêmio Sesc de Literatura. Inscrições até sexta-feira, dia 12 de fevereiro...

O Prêmio Sesc de Literatura 2016 publicará e distribuirá livros de novos autores. As inscrições estão abertas até a próxima sexta-feira (12), para romances e contos de brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, maiores de 18 anos, que não tenham nenhuma obra já publicada da mesma categoria. O vencedores ganharão R$5 mil, estadia em Paraty durante a Flip e cota de livros. Os Contos devem ter entre 140 a 400 mil caracteres e o Romance entre 180 e 600 mil caracteres. Os concorrentes deverão se inscrever adotando pseudônimos para garantia de anonimato durante a seleção.

A foto desfocada que virou viral na web...


Quem nunca tirou uma foto desfocada atire o primeiro flash. Com a proliferação de câmeras de celulares, a falha técnica se popularizou e pode ser vista em Instagram e demais redes sociais. Para amadores, não é o fim do mundo. A foto acima virou viral na web. Foi feita durante o Super Bowl, no último domingo. É a suma expressão do fora de foco. Curiosamente, o autor da foto é Tim Cook, ninguém menos do que o CEO da Apple. Não por acaso a marca fabricante do iPhone 6, cuja propaganda informa que sua câmera iSight de 12 megapixels "tira fotografias nítidas e detalhadas". A foto de Cook virou piada na web.

Fotofofoca... Quem resiste a Beyoncé...

A foto acima foi publicada no Mashable. A cantora Beyoncé, estrela do show de intervalo do Superbowl, no domingo, 7, leva um confere devastador.

Deu no Blue Bus - Censura na Argentina. Segura, peão...

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Bernie Sanders ganha espaço na corrida eleitoral americana. Ele não vai pintar a Casa Branca de vermelho mas é considerado de esquerda. Para os padrões ianques, claro

por Niko Bolontrin
O sistema eleitoral americano é cuidadosamente montado para impedir surpresas. A ideia é que mesmo mudando o presidente,  o sistema não mude muito, o Departamento de Estado não  se abale, a política externa dê apenas leves guinadas, a CIA prossiga autônoma, a capacidade de intervenção militar e de criação de conflitos permaneça ativa etc etc. Que o governo não perca sua face conservadora que resiste mesmo diante de um Obama, que ganhou algumas disputas e perdeu outras, tentou avançar aqui e rendeu-se ali.
Os filtros e etapas costumam derrubar pretensões de candidatos independentes e chegam à grande final dois sujeitos bem parecidos, um com a camisa do Democrata e ou sob as cores do Republicano. O que vale é a eleição indireta, mais do que o voto popular. Tanto que Bush foi eleito presidente porque embora tivesse menos votos populares obteve mais delegados.
A distribuição do número de delegados por estados é obscura e difícil de entender por adeptos da eleição direta. Talvez os votos de hispânicos e negros sejam ingrediente capaz de botar algum molho nesse tipo de salada insossa. Nesse cenário, a corrida presidencial na fase de indicação por partidos está agitada.
As primárias, por enquanto, tendem ao empate. Ted Cruz e Hillary ganharam uma etapa, Trump e Sanders outra. Difícil rotular os pré-candidatos: Ted é um latino conservador que quer restringir a imigração; Hillary é elitista, pouco afeita a política social e ficaria um pouco à direita do que o seu marido Clinton; Trump é o mais evidente ultradireitista do pacote; Bernie Sanders é a esquerda (para os padrões americanos).
Sanders é, de fato, a novidade na corrida, embora seja ele um político de 74 anos. Ele é o veterano que soube captar o descontentamento social entre jovens e parte da classe média e apoiar movimentos com o de Occupy Wall Street. Há entre a população americana um forte descontentamento contra o poder irrestrito do mercado financeiro - esse mesmo ao qual colunistas da mídia brasileira batem histéricas palmas sob qualquer circunstâncias - e Sanders tem criticado Wall Street e apontado ligações de concorrentes com o sistema financeiro especulador. Analistas afirmam que a ascensão de Sanders depende de ele mostrar que pode conquistar o voto de milhões de eleitores que não confiam no sistema eleitoral americano e que, por isso, não costumam comparecer às urnas. Há a constatação de que quando cresce o número de votantes, cresce o Partido Democrata. A pergunta que só será respondida em novembro é saber se Sandres, caso chegue lá, vencerá as amarras de um sistema eleitoral que até fraude grosseira registra; caso da lista de votos rasurada à mão na Flórida e que decidiu uma das eleições de Bush.

Carnaval, confetes, serpentinas...

por Omelete
* Ouvido na concentração do Sambódromo antes de Maria Bethania entrar na avenida com os orixás da Mangueira: "Sou contra o impeachment, mas Dilma tá cheia de urucubaca. Zika, crise, barreira que afunda em Mariana, falta de chuva ou chuva demais, Lava Jato, Zelotes, caraca... Tem que apelar pro santo pra tirar encosto".
* Festa estranha, gente esquisita: o desfile da Imperatriz Leopoldinense homenageando "cowboys" do Oeste brasileiro...
* Dá para fazer uma comparação com a política: assim como pode acontecer em função do fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas, a falta da patrocínio às escolas de samba por causa da crise fez melhorar os desfiles. Petróleo, iogurte, cerveja, estados e municípios e outros temas "exóticos" praticamente sumiram da avenida. A matéria paga foi substituída pela criatividade. Valeu. E se na eleição a corrupção insuflada pelo financiamento de  muitas grandes empresas, uma espécie de suborno antecipado, for substituída pela honestidade, pelo menos da maioria, já será ótimo.
* Alguns blocos do Rio tentaram mais uma vez implantar a área vip com "abadá" pago. Assim sem querer querendo blocos principalmente formados por empresários queriam privatizar a rua. A cidade reagiu. Mas é bom ficar de olho, alguns desses marqueteiros têm ligações políticas e não vão desistir. Uma sugestão: já que os marqueteiros da folia querem faturar, porque não alugam o Maracanã e fazem uma festa privê pros coxinhas e "reis dos camarotes" que gostam de carnaval "exclusivo"?
* A Prefeitura do Rio precisa tratar melhor, ajudar a divulgar, indicar um local de desfile menos escondido para os blocos de enredo como  Cacique de Ramos, Bafo da Onça, Boêmios de Irajá e muitos outros. São tradicionais e faziam desfiles inesquecíveis na Av. Rio Branco. Hoje desfilam na Graça Aranha. Praticamente não foram divulgados e quem quis vê-los teve que descobrir o local.
* Dá para entender que estatais que são empresas de economia mista e disputam mercado junto com instituições privadas patrocinem camarotes em busca de divulgação de suas marcas. Mas não dá para entender o objetivo do Governo Federal, como instituição, ao liberar dinheiro para camarotes privados restritos à chamada elite. Qual a contrapartida social ao dinheiro público? Iniciativa mal explicada...
* A musa coxinha que tirou a roupa no sambódromo paulistano quase derruba a Peruche para a segundona. Prejudicada no quesito fantasia, a escola ficou em 12° lugar. Dirigentes falam em processar a socialite (ela já fez matéria em que foi fotografada na sua rotina de alimentar o cachorro com champanhe e caviar, só para dar uma ideia do conceito da elementa) que se lixou para o esforço de um ano dos integrantes da Peruche.
* A cantora Baby Consuelo, atualmente uma religiosa fundamentalista e obcecada, tem sido incensada pela mídia e por artistas. Mas neste carnaval deu uma de Bolsonaro. Segundo o jornal O Dia, Baby foi vaiada na noite do último domingo em Natal ao fazer declarações homofóbicas durante o Desfile das Kengas, tradicional concurso de transformismo que reúne público formado em grande parte por gays e travestis. Ela disse literalmente que “todo homem é homem” e que falta aos gays e às travestis “uma boa mulher maravilhosa”. A vaia foi tão grande que a cantora pediu para aumentar o volume do seu microfone. Ok, previsível. Mas quem é o maluco que contrata Baby Consuelo para cantar em um carnaval?
* A socialite paulista Val Marchiori, que recentemente esteve envolvida em denúncias sobre financiamento supostamente irregular concedido pelo BNDES, declarou que o cabelo usado pela cantora Ludmila no desfile do Salgueiro parecia "um bombril". Ludmila respondeu: "Tenho muito orgulho da minha raça e não vai ser qualquer pessoa que vai me colocar para baixo". Nas redes sociais, a declaração racista foi criticada por internautas. Destaque-se que Ludmila, musa do Salgueiro, dá de dez no quesito beleza se comparada com a esquisita socialite que a criticou
* De um modo geral, com exceção de poucos uns e outros que deram as caras em espaços mais discretos e menos badalados, políticos de todos os partidos não badalaram em público no carnaval. A maré não está para tubarão.
* A prefeitura do Rio multou mais de mil mijões e vai receber mais de 700 mil reais em multas. Já ajuda nas despesas com o carnaval. Um jornalista comentou que essa pode ser uma solução politicamente incorreta para o desequilíbrio de contas. Os blocos cariocas reuniram em todos os desfiles cerca de 5 milhões de foliões. Se apenas um milhão fosse flagrado e multado "atuando" fora dos banheiros públicos ou jogando lixo no chão, a prefeitura faturaria pra cima de 1 bilhão de reais. Brincadeira de carnaval, claro. As duas campanhas são méritos da prefeitura carioca.
*  Meme na rede na rede social compara Claudia Leitte a Gina que ilustra caixinhas de palitos de fósforo.
* Luana Piovani, que será capa da primeira edição da 'Playboy' depois que a Abril desistiu da revistam, é uma boa frasista. Sobre posar nua aos 40 anos, ela declarou aos sites de celebridades que vai ser fotografada cinco meses após dar à luz. "Aos 20 era outro corpo, não tinha a cicatriz da cesárea, meus seios eram irretocáveis. Hoje eu vou apresentar os meus seios depois de amamentar gêmeos, mas não tenho a menor vergonha disso. Tenho uma cicatriz de duas cesáreas e acho linda. Sou bonita assim. Hoje eu sou uma Ferrari batida".
* Deu no Portal Imprensa: repórter da Globo News é beijada ao vivo em cobertura de bloco de rua. Veja no link: http://portalimprensa.com.br/noticias/brasil/76035/reporter+da+globonews+e+beijada+ao+vivo+em+cobertura+de+bloco+de+rua
* Uma boa notícia que vem da Bahia. Enquanto alguns espertos no Rio tentam implantar o abadá (camiseta paga), mas felizmente contidos pela prefeitura carioca, o povão da Bahina começa a recuperar o espaço público roubado.  Segundo o colunista João Pedro Pitombo, do Blog Alalaô, os poderosos trios e blocos começam a perder espaço para trios sem cordas e sem segregação. A nota preocupante do carnaval de Salvador é o índice de casos de violência contra a mulher e de incidentes causados por racismo. Nop mais, todas as capitais enfrentam problemas de violência e assaltos nos carnaval. A segurança precisa melhorar. A polícia se queixa de que prende bandidos e estes voltam às ruas ainda a tempo de continuar roubando.
* No site Conexão Jornalismo, o áudio vazado de Luiz Roberto e Fátima Bernardes que estranham a Globo não mostrar o final do desfile da Vila Isabel. Veja no link http://www.conexaojornalismo.com.br/audiencia_na_tv/fatima-bernardes-audio-vaza-na-sapucai-e-revela-insatisfacao-com-exclusao-da-vila-isabel-86-42580

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Manchete no Carnaval - Império da Casa Verde é a grande vencedora em São Paulo

São Paulo Império da Casa Verde é a campeã do carnaval 2016. Foto de Rafael Neddermeyer/LigaSP/Fotos Públicas

Apuração se encerrou agora há pouco. Foto Paulo Pinto/LigaSP/Fotos Públicas
Comemoração e premiação. Fotos Paulo Pinto/LigaSP/Fotos Públicas

Manchete no Carnaval: Bonecos de Olinda




FOTOS DE DIEGO GALBA/PREFEITURA DE OLIJNDA