quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Vanja Orico, uma mulher, uma imagem...


Vanja detém comboio militar, em 1968. A foto é de Gervásio Baptista, fotógrafo que fez história nas revistas Manchete e Fatos&Fotos. Na época, o jornal Última Hora e a imprensa internacional também publicaram a famosa imagem.
Morreu ontem, aos 85 anos, a atriz Vanja Orico. Tornou-se conhecida como a estrela de "O Cangaceiro", de Lima Barreto, em 1953. O filme ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Foi o primeiro grande prêmio internacional do cinema brasileiro. Vanja era uma mulher que desafiava seu tempo, muito antes do avanço do feminismo. Lutou contra a ditadura e é ela na foto histórica, de Gervásio Baptista, acima, parando um comboio militar. 
Era um tempo em que as balas não eram de borracha.
Vanja Orico na capa da Manchete, 1953.

Vanja: beleza brasileira. Reprodução Internet

Michelle Obama: nem gafe, nem submissão...

por BQVManchete
Os jornais e sites, ontem, enfatizaram apressadamente uma suposta "gafe" de Michelle Obama ao não usar um véu quando acompanhou Barack Obama em visita à Arábia Saudita. Errou, mídia. Não houve gafe alguma. Mas vamos creditar o erro aos estagiários de plantão. Mulheres sauditas são obrigadas pela ditadura fundamentalista a usar véus e vestes negras em público. A maioria usa o niqab (estagiário, anote aí: o niqab é aquela máscara que você já deve ter visto em algum game de ação ou filme de ninjas). Mas a mesma regra de cobrir a cabeça não é exigida no país para as estrangeiras (a não ser que entrem em uma mesquita). Michelle Obama é uma militante pelos direitos das mulheres e a Arábia Saudita viola sistematicamente tais direitos. Dona Obama esteve certíssima, e altiva, ao não demonstrar submissão.  A Arábia Saudita proíbe as mulheres de dirigir automóveis e exige que elas obtenham permissão de maridos ou parentes do sexo masculino para viajar, fazer faculdade, prova do Enem (se lá tiver algo parecido) e até para se submeter a cirurgias. E Michele, que, além disso, é uma gata que não deve se esconder, não estava sozinha. Na reprodução acima, por exemplo, observe que há uma funcionária do governo americano também de cabeça descoberta. Você entendeu, estagiário? Escreva sempre com calma, pense e pesquise, meu filho. 

Mariana Wieckert na capa da VIP fotografada por Cristiano Madureira


Mariana na Vip. Foto Cristiano Madureira/Divulgação
por Omelete
Capa da Vip que chega às bancas, a modelo e apresentadora Mariana Weickert, 32, de "A Liga", da Band, foi fotografada por Cristiano Madureira. Em entrevista, conta que cansou de ser modelo e quer "outras realidades".




quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Capa para "causar"

Talvez o atual sonho dos fotógrafos seja clicar Kim Kardashian. Quando ela topa fazer um capa, vai pro estúdio com a disposição de "causar". Dessa vez, na Love, ganha um lambida da modelo Cara Delevingne, ambas de cabelos molhados e cheias de má intenção. Delevingne capricha no ar selvagem, pronta para devorar a socialite. Kim Kardashian pode até estar levando na brincadeira, mas a modelo, ex da atriz Michele Rodriguez (abaixo), pode se empolgar com a ideia.
Reprodução



Mais um caso de racismo no esporte. E a impunidade continua...

A jogadora Fabiana, do Sesi-SP e da seleção brasileira, foi vítima de racismo em Belo Horizonte, ontem, durante o jogo contra o Minas pela Superliga feminina. Um homem a chamava de "macaca" e perguntava se ela "queria banana". O gesto do racista causou revolta. Mas é pouco. A impunidade tem feito o racismo avançar, no Brasil, em estádios e quadras. Os poucos "condenados" ao final de processos que à medida em que avançam parecem, estranhamente, amenizar as acusações, recebem penas até "divertidas" do tipo cestas básicas, ver jogos nas salas com ar condicionado das delegacias, dar um rolé em ongs que supostamente prestam serviços sociais etc. E comum ou quase regras os casos serem desqualificados por delegados e até juízes para simples "injúria", que implica em penas mais leves. Racismo é crime inafiançável mas preso mesmo ninguém vai, nem fica. Então não é surpresa que os insultos avancem. Surpreende, também, que os demais jogadores ou jogadoras, companheiros da vítima, não parem imediatamente de jogar até que providências sejam tomadas. O crime em andamento nas arquibancadas deveria ser motivo mais do que suficiente para interromper o espetáculo. Palavras solidárias são importantes mas não levam a nada. Atitudes são necessárias.
Fabiana, que é mineira, publico um desabafo nas redes sociais. Leia: 
"Ontem, durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era 'macaca quer banana', 'macaca joga banana', entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente porque meus familiares estavam assistindo a partida. Ele foi prontamente retirado do ginásio pela direção do Minas Tênis Clube e encaminhado à delegacia. Agradeço a atitude do Minas, em não ser conivente com esse absurdo. Refleti muito sobre divulgar ou não, mas penso que falar sobre o racismo ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos. Eu não preciso ser respeitada por ser bicampeã olímpica ou por títulos que conquistei, isso é besteira! Eu exijo respeito por ser Fabiana Marcelino Claudino, cidadã, um ser humano. A realidade me mostra que não fui a primeira e nem serei a última a sofrer atos racistas, mas jamais poderia me omitir. Não cabe mais tolerarmos preconceitos em pleno século XXI. A esse senhor, lamento profundamente que ache que as chicotadas que nossos antepassados levaram há séculos, não serviriam hoje para que nunca mais um negro se subjugue à mão pesada de qualquer outra cor de pele. Basta de ódio! Chega de intolerância!". 
O elemento racista foi levado para a delegacia. No caso, Fabiana, infelizmente, não fez boletim de ocorrência, segundo informou a assessoria do Minas. Sem denúncia, o caso não dá em nada. O racista, cujo nome não foi divulgado, vai poder continuar ofendendo atletas à vontade, assim como torcedores envolvidos em outros casos que receberam penas de "brincadeirinha". Só falta agora um desses nazistas serem condenados a doar à comunidade cestas de... banana. E a impunidade viraria deboche de vez.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Pão com ovo, patrimônio imaterial do jornalismo, muda de nome e de receita pra ficar mais caro. Corta essa!



por Omelete
Inflacionou. A coluna Gente Boa, do Globo, noticiou no último domingo a cotação da uma iguaria com a qual este blog tem afinidade histórica. Enquanto o petróleo desce, o pão com ovo sobe. Está "gourmetizado". Assim como "enochatos", existem os "gourmetchatos": um descreve vinho como "alma de folha de outono revestido de caramelo'; outro inventa de fazer pão com ovo com "pão de campanha", um tipo de pão rústico italiano. E o ovo é mexido, nada a ver. Tudo brega, deve ser receita de Miami. Pra ficar no clima, estão viajando na maionese. Não passarão. Pão com ovo - sendo o pão, o francês de crosta dourada e miolo branco e o ovo, frito, com o cozimento da gema entre mole e duro para não emporcalhar a beca domingueira do freguês -, é patrimônio imaterial do jornalismo, chegou ao Brasil no fim do século 19, é servido nos melhores botequins cariocas e era oferecido nas melhores redações de antigamente.
Para conhecer a história do pão com ovo que deu nome a este despretensioso blog - que Carlos Heitor Cony chamou de "panis cum ovum" - leia o texto "O poder do pão com ovo", de Roberto Muggiati, ex-diretor da Manchete, no campo direito deste sítio, rolando a página. 

domingo, 25 de janeiro de 2015

Vídeo raro: as discretas garotas-propaganda dos anos 40, no Estados Unidos, e as pioneiras da TV brasileira dos anos 50

Uma perna, um tornozelo, um pescoço... era o máximo que as "ligas de defesa da moral" dos Estados Unidos permitiam nas propagandas para TV dos anos 40, meio que vivia seus primeiros tempos. As capas de revistas também eram patrulhadas. 
Veja o vídeo acima, clique AQUI 

Veja também um minidocumentário apresentado por Patrícia Norica sobre as primeiras garotas-propaganda da TV brasileira, no nosso caso, já nos anos 50. 
Veja o vídeo abaixo, clique AQUI

Durante entrevista na quadra do Australian Open, apresentador de TV pede à bela tenista Eugenie Bouchard que dê "uma voltinha" e é criticado na rede. Ela topou, envergonhada



por Omelete
O apresentador Ian Cower entrevistou as tenistas Eugenie Bouchard e Serena Williams, no torneio Australian Open disputado em Melbourne e, depois, na cara-de-pau, pediu para elas darem "uma voltinha". Os fãs das duas acusam a atitude de "machista". A canadense Bouchard, que tem 20 anos, estranhou: "Um homem velho pedindo para você dar uma voltinha... foi inesperado", disse, depois. Embora envergonhada, ela voltinha e depois revelou que achou "engraçado". Serena William não fez o giro de 360° pedido. Perguntou se o jornalista faria o mesmo pedido ao tenista Roger Federer. A cena foi motivo de debate na TYT, uma das maiores TVs network do mundo. Machismo e sexismo à parte, Ian Cower nada mais fez do que imitar o nosso Jorge Perlingeiro, o apresentador do "Samba de Primeira", onde mulatas monumentais costumam dar essa "voltinha". 
VEJA O VÍDEO de Ian Cower. A cena aparece logo no início. CLIQUE AQUI

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Martins: a "caixa preta"dos Blochbusters ou Blues etílicos no Novo Mundo


Ana Lúcia, Martins e Muggiati, no Novo Mundo, no dia da
Happy Hour que o bar do hotel oferece às terças, quintas
 e sábados. Foto de Raquel Feferbaum
por Ana Lúcia Bizinover 
Dia de Santo Antônio, 13 de junho de 1935. Festa na cidade de Barcelos (norte de Portugal) e em especial para a família Martins Loureiro, com a chegada do bebê António. Que outro nome poderia ter? Antônio Martins Loureiro está há 57 anos no Rio de Janeiro.  Há 57 anos trabalha no Hotel Novo Mundo, na Praia do Flamengo.  Nasceu destinado a ser o MARTINS, querido, guardião da moral e dos maus costumes de redações inteiras de Bloch Editores. Martins, como se imagina, é um livro discreto, fechado, mas com boas brechas, das muitas sapequices dos jornalistas da Manchete & Cia. Em junho, Martins completa 80 anos, em plena e elegante forma, agora não mais como o nosso garçom favorito do bar do Novo Mundo, mas como maître executivo do hotel. E adianta: em breve será inaugurado um bistrô com vista deslumbrante no 12º andar.
Martins conversou com a reportagem do Panis cum Ovum nos intervalos dos sets do show do trio do pianista Osmar Milito (Pascoal Meirelles à bateria, Sérgio Barrozo, ao contrabaixo e a crooner Leila Maria), atração da Happy Hour que o bar Grand Prix de um Hotel Novo Mundo renovado e chique, oferece às terças, quintas e sábados. Outros grandes instrumentistas fazem fila para dar canja com o trio. Categórico, Martins afirmou: “Eu vi a Manchete nascer, crescer, viver e morrer”. Muito antes da sede do Russell ser inaugurada, ele acompanhou, com amigos que moravam nas cercanias da Rua Frei Caneca, a expansão da editora. Muito, mas muito antes mesmo que o Lairton ligasse para o Martins lá no bar, aflito, porque “tio” Adolpho estava furioso dando por falta de um ou outro funcionário na redação.  Enquanto falava com Lalá, Martins apontava para o dito cujo que o patrão convocava dizendo: “Ai, cá ele não está, vamos a ver se está no banheiro”, para dar tempo do sumido voar direto pro oitavo andar. Em questão de um ou dois minutos o faltante surgia perante o “titio” com a cara mais santa e . . . o santo bafo de uísque. A maioria das vezes, Adolpho clamava pelo Irineu Guimarães, Narceu de Almeida, Cesarion Praxedes, Alberto de Carvalho, Ney Bianchi, Ivanildo Sampaio (hoje diretor de redação do Jornal do Commercio, do Recife), Orlandinho Abrunhosa, Hélinho Santos – aquele que andava de costas e tinha como bicho de estimação um dromedário imaginário. A turma de “residentes” do bar foi crescendo com a adesão do Luis Carlos Cabral, Pindé, Alberto Rajão e muitos mais.  Chico Augusto e Expedito Grossi, “sempre elegantes no trajar”, como observou Martins, davam sua “passadinha” diária por lá. A ala feminina era bem representada por Ana Maria Abreu, Martha Alencar, Regina d’Almeida. Eu mesma cheguei a descontar um cheque com Martins. Certa vez, conta Martins, Ubirajara (não lembra o sobrenome), muito bêbado, adormeceu com o cigarro acesso e queimou feio o colchão de casa. Para que ele não apanhasse da patroa, o bom Martins surrupiou um colchão do hotel, que o Bira saiu arrastando.  Numa das greves de jornalistas, a turma levou um mimeógrafo (alguém se lembra desse treco?) para o bar “do Martins”. E tasca a imprimir panfletos. Entraram uns bacanas anti-grevistas e disseram: “Ué aqui é a administração da Bloch?” “Não senhores, aqui é a redação da revista Manchete”, retrucou calmamente nosso Alberto. Amores? Paixões? Namoricos? Martins assistiu de camarote a muitas relações, feitas e desfeitas às vezes num apagar de velas. Discreto, prefere não nomear os pares (ou, excepcionalmente, os triângulos), mas garante que viu coisas de deixar os cabelos em pé. Presidentes e políticos. A maioria, em algum momento, hospedava-se no Novo Mundo. “Servi desde os presidentes Jânio Quadros, Tancredo Neves e Luiz Inácio Lula da Silva, aos governadores Adhemar de Barros Carvalho Pinto, Leonel Brizola, ao ministro Hélio Beltrão (desse eu gostava muito). E revela algo conhecido de poucos: “Eu fazia uns bicos lá na Manchete, chamado pelo maître Severino Ananias Dias, que acho que foi a pessoa em que mais o Senhor Adolpho confiou. E, é claro, fiquei amigo também do ex-presidente Juscelino Kubitschek. “Antonio Martins Loureiro, viúvo desde 1994, duas filhas e uma neta, mora em Alcântara (São Gonçalo, Niterói). Vai e volta de ônibus todos os dias. Tem família na Alemanha e na França. Martins ficou 48 anos sem ir à terrinha. Visitou Lisboa em 2005 e 2011. Planos? “Viajar à Portugal para, no dia oito de outubro, comemorar os cem anos da minha mãe, D. Isaura. Ela é carioca, sabia?”

PS:
Minha história preferida do Admirável Novo Mundo da Manchete (por Roberto Muggiati)
Nos bons tempos – idos dos anos 70 – os repórteres das sucursais vinham fechar suas matérias na redação do Russell e se hospedavam no Hotel Novo Mundo, quase ao lado da MANCHETE. Um destes, um jovem repórter de São Paulo – dou a dica: era enteado de um famoso dublê de biólogo e sambista – foi almoçar num restaurante do Catete com o colega carioca, Luiz Carlos Sarmento, pinguço juramentado, e apagou de tanto beber. Na ocasião a rua do Catete, com a construção do Metrô, se transformara numa vala enlameada a céu aberto. Sarmento, apesar de meio alterado, não vacilou. Acostou um operário do metrô, confabulou com ele e alugou um carrinho-de-mão, incorporando o peão como piloto. Botaram o repórter paulistano na caçamba e o desovaram na portaria do Novo Mundo. Imaginem a cena, um peão e um carrinho de mão enlameados adentrando o sacrossanto espaço de mármores e cristais do hotel. Sarmento ainda gritou ao pessoal atônito da recepção: "Paga o nosso amigo aí e bota os dez paus do carreto na conta do 703!"  
  

Denúncia da Carta Capital: área vip para pacientes particulares em hospital público. Já para os "sem-crachá" a espera para atendimento é até de um ano...

Nos últimos anos, governos de todos os níveis e de todos os partidos entraram nessa de terceirizar administração de hospitais públicos. Só pode dar zebra. A Carta Capital publica um reportagem sobre um caso suRpreendente: no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, pacientes do SUS esperam até um ano por consulta, enquanto usuários da rede particular são atendidos em até 15 dias. Ocorre que uma dessas "organizações sem fins lucrativos", "OS", Ong, seja lá o que for, criou uma espécie de atendimento vip, sem fila, para particulares, enquanto o pessoal da "geral" rala na fila por meses.  Esse tipo de apropriação dos hospitais públicos por empresários privados já foi levado à Câmara dos Deputados para obrigar, por exemplo, que os planos de saúde, que cobram caro dos seus usuários, repassem valores de consultas e internação quando utilizarem hospitais públicos. Já houve casos em que o MP teve que intervir para impedir que hospítais públicos passassem a reservar 25% das vagas para atendimento a clientes de planos de saúde.
LEIA A MATÉRIA NA CARTA CAPITAL, CLIQUE AQUI

Polêmicas antes do Super Bowl: nudez de loura, bola murcha sob investigação e comercial proibido...


A polêmica da suposta "bola murcha" e...
...um comercial com falsa nudez abalam o Super Bowl. 
Além da expectativa do jogo, o Super Bowl já ocupa as páginas dos jornais americanos com polêmicas e dúvidas. Para a final no dia 1° de fevereiro entre o New Englands Patriots e o Seattle Seahawks, já foi escolhido até um especialista neutro só para cuidar das bolas. No último jogo, o que classificou o Patriots contra o Indianapolis Colt, o quarterback Tom Brady, marido da brasileira Gisele Bundchen, foi acusado de usar bolas semi-esvaziadas ou abaixo da pressão normal, a popular bola murcha. Mais vazia, a bola facilitaria a recepção, por diminuir o risco de escapar da mão do atacante que recebe o lançamento do quarterback. Brady nega, o treinador do Patriots também, mas o caso está sob investigação da NFL. Os jornais até deram um nome para o escândalo: "deflategate". Sabe-se que os jogos da NFL atraem torcida, bombam as audiências da TV mas também movimentam um poderoso cartel de apostas. E onde correm milhões de dólares, o bicho pega. Pelo menos dois grandes escândalos já entraram em campo: um caso de espionagem, quando um equipe gravou com câmera oculta no vestiário a linguagem de sinais do adversário antecipando posicionamento e jogadas, no que foi considerada uma fraude; e houve também um caso de "bola murcha" comprovado que resultou em multa de 500 mil dólares para o time responsável. Contusões de última hora, denúncia de "corpo mole" também já levantaram suspeitas de interferências de esquemas de apostas. Outro caso que repercute no pré-jogo agora é a reação contra um dos comerciais previstos para ir ao ar nos intervalos do Super Bowl. A rede de lanchonete Carl's Jr colocou a loura Charlotte McKinney para passear em meio a barracas de feira livre. Ela, aparentemente pelada, promove seus atributos, mas na verdade está falando apenas das delícias de um sanduíche. Nada aparece mas a opulência da loura está incomodando o pessoal moralista que só pensa em sacanagem. A propósito, esse pvo moralista é em geral esquisitões. Um dos maiores moralistas que os Estados Unidos já conheceram foi J. Edgar Hoover, diretor do FBI, que era uma espécie de paladino da direita e caçava comunistas. Defendia a moral e os bons costumes mas foi revelado, depois, que era dominado pela mãe e, em casa, usava vestidos de garotinha. Coisas dos "wasp" gringos.
Charlotte ainda não foi proibida, mas no portal Huff Post Sports é possível ver vários comerciais que estão vetados.  Clique para ver os comerciais vetados AQUI
E veja o filme da loura da lanchonete Carl's, que enfrenta críticas dos moralistas. Clique AQUI 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

80 capas de revistas mais polêmicas, mais criticadas ou de maior repercussão...


O site português Visão fez um listão das capas de revistas que não foram ignoradas nas bancas. Irritaram, agradaram, emocionaram, chocaram, agrediram... mas não foram esquecidas.
Veja as capas, clique AQUI

Novo ataque a perfis de jornalistas na internet.

Não faz muito tempo, foram alterados na Wikipedia perfis de três colunistas da mídia comercial. sabe-se que a tal enciclopédia virtual é aberta, qualquer um pode alterar conteúdo, o que acontece com frequência, mas isso, claro, não justifica o ato, que é condenável. A midia fez um bafafá do caso, já que um dos computadores de onde partiu a alteração era de um funcionário federal, que foi demitido. Embora, pelo que a investigação apurou, o ato tenha sido individual, a invasão rendeu editoriais, artigos, denúncias de operação política e ataque bolivariano, já que os tais colunistas atingidos no primeiro ataque se identificam fortemente com a oposição tucana, daí a acusação de que tinha a mão do governo na modificação dos perfis. A reação da velha mídia foi forte. Só faltou chamar a Sétima Frota para recolocar o Brasil de volta à família-com-Deus-pela-democracia ou recorrer ao Tribunal de Haia. Na semana passada, na mesma Wikipedia, segundo denúncia de Mônica Bérgamo em nota na sua coluna da Folha de São Paulo, foram modificados os perfis de Franklin Martins, ex-ministro da Comunicação Social, da deputada Manuela D'Ávila, do PCdoB, dos jornalistas Alberto Dines e Tereza Cruvinel. O ataque partiu de um computador do BNDES, que já teria localizado o IP do computador invasor. Faltam agora os editoriais, a indignação, os artigos, a convocação geral em defesa das quatro novas vítimas....

 .

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Na capa da Vanity Fair, fotografada por Mario Testino, Rosamund Pike, a inglesa que foi Bond Girl e está no filme "Gone Girl", que concorre ao Oscar 2015


Em cena no filme "Gone Girl" onde...

...vive um garota que desaparece misteriosamente. Fotos Divulgação

No filme do 007 "Um Novo dia para Morrer", Rosamund Pike em Halle Berry. Foto Divulgação
Fotografada por Mario Testino, Rosamund Pike, 33, estrela do filme "Gone Girl", indicado ao Oscar, é a capa de janeiro da Vanity Fair americana. Curioso é que, depois de tentar o teatro, a atriz inglesa esteve a ponto de desistir da carreira e aceitar um emprego de balconista na rede de livrarias Waterstones. Foi quando recebeu um convite para ser um Bond Girl, no filme do 007 Pierce Bosnan, "Um Novo Dia para Morrer", em 2002. Pike conseguiu o papel em "Gone Girl" por ser, segundo o diretor David Fincher, "relativamente desconhecida nos Estados Unidos". Isso apesar de ter feito mais de 20 filmes, um deles ao lado de Tom Cruise ("Jack Reacher"). Fincher conta que a escolheu ao vê-la em um filme durante um vôo. Depois de onze anos de carreira, "Gone Girl" pode ser a sua chance de mostrar talento em um papel bem mais denso.

"Vou de táxi e sanduba mortadela..., tava morrendo de saudades"

Vídeo do You Tube. Clique AQUI

Não é patrulha, cada um faz o que achar que deve para ganhar dinheiro, certo? Mas é divertido especular... Dizem que a carne é fraca. Pelo visto, aqueles que alegam ter parado de consumi-la também não são lá essas fortalezas. Depois de Roberto Carlos, que era tido como vegetariano e rendeu-se ao bifão da Friboi (embora, no anúncio, só olhe, sem convencer, pro prato), Angélica cai de boca nas proteínas comerciais. A apresentadora, pelo menos em centenas de entrevistas publicadas em revistas de celebridades ou de boa forma, assumia um menu dito saudável, muito verde, frutas e carnes, só brancas. Mas isso foi antes de a Perdigão contratá-la para recomendar as "maravilhas" de um sanduba de mortadela e saudabilíssimos empanados e linguiça. Gozado é que o tal conceito da campanha diz que "cada mordida é um representação de carinho". Fofo. Assim como o colesterol, triglicerídios e ácidos graxos... Já Fátima Bernardes, em matéria recente, revelou que, em sua dieta, eliminou o sanduíche do lanche na redação e substituiu por barra de proteína, biscoito sem glúten e salada de frutas. Ok, mas o sanduichão de presunto que ela anuncia na TV para a Seara parece que tem mais 'sustança' e é bem mais gostoso e convincente, até pela cara que ela faz ao abocanhar o petisco no comercial.
Vamos relaxar e comemorar que não temos, no Brasil, por enquanto, uma megaempresa da China que venda escorpião, cigarra, cavalo marinho, cobra, grilo, lula e larvas cruas enlatados. São iguarias presentes na mesa dos chineses. Pelo jeito, não faltaria celebridade tupiniquim para propagandear...

domingo, 18 de janeiro de 2015

Não demora muito e dona Dilma estará à direita do 'companheiro' Obama... Ô, Dilma, aprende com o Barack, ouve o discurso dele amanhã. Vai mirar especuladores...

Deu no site do Globo








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Francisco virou vilão...

Deu no Diário do Centro do Mundo. Finalmente a mídia começou a criticar o Papa Francisco. Demorou, visto que o papa representa o exato oposto daquilo pelo que se batem os donos das grandes empresas jornalísticas. Desde o primeiro momento de seu pontificato, Francisco tomou o partido dos pobres. Em quase todos os seus pronunciamentos, ele investe contra a desigualdade social. Francisco captou magistralmente o Zeitgeist, o espírito do tempo. Com sua pregação vigorosa e ainda assim bem humorada pela igualdade ele retirou o Vaticano das sombras da irrelevância em que sucessivos papas inoperantes o atiraram. O motivo encontrado pela mídia para atacá-lo foram suas declarações sobre os limites da liberdade de expressão, no rastro do caso do jornal Charlie Hebdo.
Evidentemente, Francisco está certo e seus críticos errados. A liberdade de expressão tem limites. Isso não significa aprovar o massacre dos cartunistas, como aliás fez questão de dizer Francisco.
Mas que há limites, isso é inegável.
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Nicki Minaj, musa do hip-hop na capa da Rolling Stone..

Reprodução Rolling Stone

Foto Rolling Stone-Divulgação

Foto Terry Richardson-Divulgação
por Omelete
A diva do hip-hip, atual fenômeno da música americana, Nicki Minaj, chega finalmente á capa da Rolling Stone, edição de janeiro. E fotografada por Terry Richardson. O tema do ensaio é "patriotismo", mas nem o ufanismo consegue esconder as curvas galopantes da cantora. Em março, a Europa conhecerá o poder e a fúria musical e visual de Nicki Minaj. Ela vai levar "The Pinkprint Tour" à França, Itália, Alemanha e outros países. A Europa vai ver ao vivo um dos principais atributos da musa hip-hip e que motivou o gif abaixo, campeão de downloads na rede.


Vagas para jornalistas estão se extinguindo por aqui... mas tem emprego em Londres...


Nos últimos dois anos, milhares de vagas para jornalistas em jornais, rádio e TVs foram extintas, revistas foram fechadas e jornais "descontinuadas", para usar o jargão brega dos executivos "coxinhas". Todos os grandes veículos reduziram fortemente seus quadros. A maioria atribui os cortes a reordenamento de custos das empresas, dificuldades financeiras, queda de publicidade, assinaturas e vendas em bancas e a crise do meio impresso em função do avanço acelerado do meio digital. O último passaralho pousou no Globo, no Rio. Profissionais experientes forma demitidos e alguns suplementos serão encerrados. Na última semana, pós-passaralho, já deu para ver que uma das estratégias será recorrer a mais matérias internacionais (Boa Viagem e Ela já apelaram para reportagens do New Yok Times, o que era menos comum nesses cadernos). Outra, são os colunistas convidados, prática que já existe no Segundo Caderno. Na Revista do Globo, no lugar da crônica de Arthur Xexéo, nome que figura entre os e demitidos, entrou um texto de uma atriz. Já tem jornalista montando truck food, fotógrafo guiando táxi, outro virou corretor de imóveis, um diagramador dirige uma van e guia turistas, um ex-editor pensa em fundar uma igreja e descolar uns dízimos... Por tudo isso, o anúncio de que a BBC Brasil abriu quatro vagas em Londres chega em boa hora.
LEIA NO COMUNIQUE-SE, CLIQUE AQUI

Enquanto isso... a censura privê tupiniquim... o processo da Folha contra blog satírico "Falha de São Paulo"

Deu no Portal Imprensa

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Direto de Paris, o repórter Jean Paul Lagarride comenta a edição histórica do Charlie Hebdo...

A charge de capa é de Luz,
o cartunista
 que sobreviveu à chacina
por ter se atrasado para
a reunião de pauta. 
por Jean Paul Lagarride
Depois da tragédia, a polêmica. E o recorde de vendas. A edição da revista satírica Charlie Hebdo pós-atentado já alcança uma tiragem de 7 milhões de exemplares, segundo informa a France Press. Inicialmente, foram rodados 1 milhão, em seguida as filas nas bancas levaram a 3 milhões de cópias, que também se mostraram insuficientes. O lucro, segundo a TV francesa, já ultrapassa os 10 milhões de euros, o suficiente para garantir sobrevida ao antes financeiramente combalido CH. Nos países islâmicos explode um onda de manifestações contra as charges anti-jihadistas. No Ocidente, discute-se o limite da sátira. O CH especial mostra que continuará defendendo o humor livre. Em editorial do número histórico, o chefe de redação Gérard Biard escreveu que "em uma semana, Charlie realizou mais milagres do que todos os santos e profetas juntos". Biard diz que a revista tem novos amigos: "Alguns anônimos, algumas celebridades globais. Alguns humildes e alguns influentes. Alguns meliantes e alguns líderes religiosos. Alguns que estarão conosco para o resto de nossas vidas e alguns que estão apenas de passagem. Nós levamos todos a bordo. Não temos tempo nem coração para separá-los". O editorialista diz a todos os chefes de Estado e de governo, todos os políticos, instituições, intelectuais e celebridades da mídia e a todos os dignitários religiosos que o "Je Suis Charlie", que todos proclamaram, significa também "Eu sou secularista". E pede que seja defendida a separação entre Estados e religiões. Para ler o editorial completo, clique AQUI.


Nesta página, no alto, a nova conferência de Yalta para dividir o mundo em 'zonas religiosas'. 

Jihadistas em busca de emprego: a charge na parte inferior da página, de Cabu, morto no atentado, pergunta "qual o futuro para os jihadistas"; "segurança no Carrefour", diz a atendente. No centro da página, charge de Wolinski sobre os 100 anos da Lei secularista de 1905: "Nem Deus, nem dono".


Na margem direita da página, Wolinski brinca com as lésbicas: "Elas não precisam mais da gente". No último balão, o desabafo do marido: "Mamãe, eu só queria te dizer um coisa, minha mulher está te traindo".

No centro da página, charge de Riss, sobrevivente do atentado: "Desenhista do Charlie Hebdo, 25 anos de trabalho"; "Terrorista, 25 segundos de trabalho"; e "terrorista, profissão de punheteiro e vagabundo".

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Fogo no Engenhão... E o Botafogo nem entrou em campo ainda. Já há quem diga que tem um "sapo do Arubinha" enterrado lá...

Imagem reproduzida do portal UOL
É famosa a história do Arubinha. Mário Filho, João Saldanha, Ruy Castro, entre outros, escreveram sobre o "causo". Jogador do Andaraí, Arubinha ficou indignado porque o Vasco goleou o seu time por 12 X 0.  Foi em 1937. Achou que era até normal o Vasco ganhar, mas esculachar, pô?. Ao fim do jogo fatídico, camisa suada e alma encharcada de humilhação, Arubinha, conta a lenda escrita e reescrita, ajoelhou-se à beira do gramado, olhou pro céu, e mandou uma praga: "o Vasco vai passar doze anos sem ganhar campeonato, um pra cada gol que fez de sacanagem". Só que Arubuinha não se contentou com a palavra e partiu pra ação. De madrugada, invadiu o estádio de São Januário, e enterrou um sapo atrás de um dos gols. O tempo passou e nada do Vasco ganhar título. Só podia ser o sapo. Os diretores souberam da história e montaram uma força-tarefa para escavar o gramado e arredores em busca do que restava do sapo azarento. Em vão. Deram uma prensa no Arubinha, mas ele negou que tivesse enterrado o batráqueo. O fato é que o Vasco, embora tivesse um timaço nos anos 40, só voltou a ser campeão em 1948. Exatamente, o décimo-segundo ano depois da praga de 1937 do Arubinha enfurecido.
Tudo isso para dizer que o Botafogo e o prefeito Eduardo Paes, os parceiros do Engenhão, precisam achar o sapo enterrado no Estádio Olímpico. Foi só anunciar que o Engenhão receberá os jogos do Botafogo no Campeonato Carioca 2015 para pegar fogo na cobertura em obra. Em março de 2013, técnico alemães fizeram um laudo que apontou que a cobertura do estádio estava a perigo e não aguentaria ventania forte. Resultado, está fechado desde então para obras de reforço na estrutura "paraguaia" que arrumaram lá. Em setembro do mesmo, ano, houve um princípio de incêndio na mesma cobertura. Tá feia a coisa. O pequeno detalhe é que o Engenhão, com todo esse desacerto, é tão somente o estádio-sede da Rio 2016. Só isso. Bom procurar o "sapo do Arubinha" antes dos Jogos Olímpicos ou o vexame vai subir ao pódio.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Predadores do futebol...

O Globo de hoje publica boa matéria sobre violência entre torcidas organizadas. Para o tenente-coronel João Fiorentini, comandante do Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe), a guerra das torcidas, melhor dizer, no caso, quadrilhas, tem relação com as facções criminosas do Rio de Janeiro. Um dos problemas já fartamente denunciado e que Fiorentini destaca é o apoio que os clubes dão a tais grupos em forma de ingressos com descontos e que são revendidos sem qualquer controle. Há torcidas que faturam 20 mil reais em um jogo. O comandante do Gepe revela que prendeu 1.300 torcedores violentos mas apenas dez foram condenados e assim mesmo a pagarem cestas básicas ou assumirem o compromisso - que não cumprem-, de comparecer à delegacia em das de jogos. Fiorentini conta que os torcedores envolvidos na briga em que houve uma vítima fatal, em Joinville, pararam de se apresentar. "Eu os prendi, Quatro horas depois, sob fiança, foram soltos. Foram dez dias de investigação por quatro horas de prisão. Qual o estímulo que eu tenho"? Mas o comandante do Gepe tem mais uma queixa, essa estarrecedora. Tudo isso custa caro ao contribuinte. O torcedor comum e sua família tem sido afastado dos estádio por temer o confronto entre as gangues. Pois, além de ter seu lazer proibido, ainda paga por isso. Embora futebol seja um espetáculo privado que rende lucros a clubes, TVs, patrocinadores etc, a alta conta do policiamento sobra para os cofres públicos. Em São Paulo, paga-se por policiamento. No Rio, o entendimento é que privado pode se aproveitar do que é público e embolsar tais valores. Resultado: em dia de jogo, a PM tira policiais da proteção das demais áreas para beneficiar um evento particular, quando os clubes deveriam prover a segurança, com os stewards, como se faz na maioria dos países. Tudo isso é discutido há anos. Até a identificação dos integrantes de torcidas organizadas, com carteirinha, como se faz na Inglaterra, foi torpedeada aqui. Com isso, fica mais difícil identificar os encrenqueiros. E os clubes ainda se queixam da falta de público.

"Saco de maldades" não acerta o "camarote vip"...

O governo de Joaquim Levy e Dilma Rousseff começa a abrir o "saco de maldades".  O problema não é a estratégia do "saco", prática de todos os governos e em todos os níveis, quando a crise aperta. Políticos eleitos por várias partidos estão aí nas administrações estaduais tentando produzir suas mágicas para equilibrar orçamentos. A maldade maior são os alvos preferenciais: aposentados, assalariados, pensionistas (e não pense que os atingidos serão os superpensionistas, a turma do camarote vip, não, o tiro é na galera da geral mesmo. Um governo republicano, expressão renascida e já desgastada pelos políticos, começaria por recuperar os bilhões em impostos sonegados, os eternos devedores da Receita que utilizam e reutilizam o mecanismo do Refis (para muitos, é até mais vantajoso deixar de pagar impostos, investir o dinheiro no mercado especulativo e, depois, apelar para o rentável refinanciamento do calote). Uma administração justa faria uma rigorosa auditoria e verificaria o que há de atrasos e calotes no vai-e-volta dos bilionários empréstimos do BNDES a gigantes empresariais. E não apenas desses governos recentes. Leiloar novamente em vez de prorrogar concessões, como virou moda nos governos estaduais, federal e municipais, faria entrar algum dindin nos cofres públicos. Cerco ao contrabando, cobrança de dívidas à Previdência, vender terrenos e prédios públicos hoje cedidos ou alugados por merreca a instituições privadas, isso também renderia um troco. Apertar o cerco à corrupção mas, principalmente, montar uma força-tarefa para recuperar, aqui no Brasil e no exterior, o dinheiro desviado, mais capilé na casa. E há o varejo da exploração das verbas públicas pelo privado. A Lei Rouanet, por exemplo, virou mecanismo bilionário de renúncia fiscal em nome do marketing empresarial. Um auditoria nas grandes fundações? Seria uma rica caixinha de surpresas? E a responsabilidade fiscal é só do executivo? E no caderninhos de despesas do Congresso, Judiciário, Câmaras de Deputados e Vereadores não vai nada? Farra de passagens aéreas, renovação de frotas de carros, convênios suspeitíssimos com milhares de ONGs e "Organizações Sociais", a festa que é a terceirização desenfreada em órgãos públicos que encarece os serviços e ainda resulta em milhares de casos em que a empresa terceirizada não cumpre suas obrigações trabalhistas e a conta do processo judicial sobra para o contribuinte, cuidar dessa peneira furada resultaria em mais trocados, Claro que este é um exercício de ficção. O "saco de maldades" é, na expressão ambientalista, embalagem seletiva.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A capa do Charlie Hebdo que vai para as bancas de Paris, amanhã. Serão mais de três milhões de exemplares contra a intolerância...


Dinamarquesa descobre a "vacina" contra a "revenge porn": divulgar mais fotos como forma de protesto

Foto Emma Holten/Divulgação
A dinamarquesa Emma Holten foi vítima da "vingança pornô (a famosa ‘revenge porn’). Era adolescente ainda quando um ex-namorado vazou na internet fotos dela nua. Hoje com 20 anos, mas ainda sofrendo as consequências da atitude do rapaz, ela quis mostrar que apesar do trauma e das agressões machistas e moralistas que sofreu com a publicação das fotos não sente vergonha do próprio corpo e, três anos depois da "revenge", lança seu próprio ensaio sensual. A revista Frikton publicou uma matéria sobre a forma de protesto da dinamarquesa: uma espécie de imunização à base de "veneno" contra "veneno".

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

No Brasil, o humor não é mais "Charlie".

Na Pif Paf, de Millor: a Liberdade acorrentada e com o Mein Kampf, de Hitler, na mão. 
por Omelete
O massacre na redação do jornal satírico Charlie Hebdo levantou a questão do humor livre. Muitos cartunistas e humoristas brasileiros - como, de resto, a maioria das pessoas -, se solidarizaram com os franceses vítimas do terrorismo movido pelo sectarismo religioso. No Brasil, o jornalismo de sátira, a crônica, assim como o cartunismo, já foram mais desafiadores. Nomes como Millor Fernandes, Fortuna, Claudius, Jaguar, Henfil, Ivan Lessa, Ziraldo, Sérgio Augusto, Stanislaw Ponte Preta, entre muitos, fustigaram os poderosos de plantão. E não apenas os governos da ditadura, mas empresários, grandes grupos de comunicação, banqueiros etc. Alguns jornalistas e cartunistas foram, por isso, presos, perseguidos ou perderam espaço nos grandes veículos.
Angelo Agostini detonando a corrupção no Império
Muito antes, em 1876, Angelo Agostini, na Revista Illustrada, tirava um sarro do Império. Ao longo da história, jornalistas independentes sem espaço empreenderam seus próprios veículos. A maioria, como a revista Pif Paf, durou pouco. Outros, como o Pasquim, resistiram enquanto puderam. Um dos pontos levantados nas muitas conversas ou comentários na rede sobre o caso Charlie Hebdo foi fenômeno do  "politicamente correto". Humoristas das novas gerações se queixam de que é impossível fazer humor em função da reação, quase censura, dos grupos atingidos. Não é bem por aí. Ou melhor, não é apenas por aí. Não por acaso, os cartunistas e humoristas que hoje têm espaço na TV ou na mídia impressa fazem o que se pode chamar de "humor a favor".
O Pasquim atirando contra alvos poderosos
Atuam com extrema cautela, sem ousar desafiar a linha editorial e política dos grandes veículos que os abrigam. Daí, exercem confortavelmente o "politicamente incorreto" apenas em cima de minorias que vão oferecer menos riscos aos seus contracheques (aqui, uma observação: humoristas dos grandes veículos, hoje, são contratados ou são "pessoa jurídica". Há expressão que combine menos com o humor livre do que "pessoa jurídica"? Talvez muitos dos citados acima, que recebiam por "vale" ou por cartum, se sentissem, de saída, menos comprometidos). O fato é que a nova geração não faz piadas com poderosas igrejas donas de veículos, famílias e agregados proprietários de grandes grupos de comunicação, grandes marcas, políticos, partidos, ou administrações apoiados pela "casa", artistas dos respectivos casts dos seus patrões etc. Não faz piada nem com corrupção se o corrupto focalizado frequentar a área vip do patrão. E isso vale para cartuns, talk shows, jornalísticos de humor, realities, crônicas etc. É longa a lista de restrições que essa galera entuba sem reclamar. E olha que perdem, assim, fonte inesgotável de piadas. Para terem suas críticas levadas a sério, quando apontam um certo "cerceamento" do humor no Brasil e culpam o "politicamente correto", deveriam adotar, antes, a "sátira giratória", sem poupar minorias, maiorias, nem fracos, nem poderosos. Do contrário, é moleza faturar em cima de quem não pode reagir. Deixa de ser humor e passa a ser apenas bullying profissional.
Daí que as boas novidades no humor estão vindo das redes sociais. Caso do Porta dos Fundos e de muitos outros ainda na "clandestinidade". A turma que é uma exceção no dito acima tem caricaturado no You Tube instituições ou criticado comportamentos sem olhar o peso da influência dos alvos. O Porta do Fundos agora está no canal por assinatura Fox (por enquanto, reprisando quadros antigos). Dizem que assinou com a Fox porque lhes prometeram liberdade. Que assim seja e que tenha sua essência preservada, já que o Porta dos Fundos é a melhor novidade em matéria de humor surgida no Brasil há décadas.
Resumindo: o "Sou Charlie" foi uma unanimidade entre muitos humoristas brasileiros ouvidos pela mídia. Mas, infelizmente, não há "Charlie" entre eles. Ou foi domado ou faz humor convenientemente seletivo, do tipo que faz o patrão rir e dizer "tirou daqui", levando o indicador ao lábio inferior como, aliás, fazia um personagem antigo, o "Múcio", de Jô Soares. A esperança é que a sátira autêntica, ambulante, aquela que não poupa alvos, renasça, cresça e tenha vida longa na grande mídia alternativa de hoje: a internet.
Porque o humor de 'carteira assinada' perdeu a graça.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Bombou no You Tube: vídeo da atleta australiana Michele Jenneke que quer subir ao pódio na Rio 2016

Faz sucesso no You Tube video com cenas quentes que mostram como a atleta australiana Michelle Jenneke se prepara para a Olimpíada do Rio. Ela é uma das esperanças da Austrália para garantir uma medalha na prova de 100 metros com barreiras. Há não muito tempo, ela emplacou outro vídeo recordista ao mostrar como se aquece, nas pistas, antes das provas. Veja os dois filmes, o novo, de um comercial, e o mais antigo. E torça para que ela suba ao pódio no Engenhão, em 2016.
Clique AQUI
E reveja a técnica especial de aquecimento da atleta australiana Michelle Jenneke que vem para a Rio 2016. Ela chamou atenção em prova que venceu ainda como juvenil, em 2012, em Barcelona. Clique AQUI

Anita Ekberg, a cena que fica


A atriz sueca Anita Ekberg morreu hoje, ao 83 anos, na cidade de Rocca di Papa, onde estava hospitalizada. Foi o título de Miss Suécia, aos 19 anos, em 1950, que a levou ao cinema. Atuou em filmes como Sete Vezes Mulher (1967), Um Biruta em Órbita (1966), Boccaccio 70 (Guerra e Paz (1956) e
O Aventureiro do Mississippi (1953). Mas na sua carreira nada superou La Dolce Vita, de Fellini, em 1960, quando contracenou com Marcelo Mastroianni. Mais do que marcada pelo filme, tornou-se, de certa forma, prisioneira de uma das mais antológicas sequências de um filme. 

VEJA A FAMOSA CENA DO FILME LA DOLCE VITA, NA FONTANA DI TREVI. CLIQUE AQUI