A charge de capa é de Luz, o cartunista que sobreviveu à chacina por ter se atrasado para a reunião de pauta. |
Depois da tragédia, a polêmica. E o recorde de vendas. A edição da revista satírica Charlie Hebdo pós-atentado já alcança uma tiragem de 7 milhões de exemplares, segundo informa a France Press. Inicialmente, foram rodados 1 milhão, em seguida as filas nas bancas levaram a 3 milhões de cópias, que também se mostraram insuficientes. O lucro, segundo a TV francesa, já ultrapassa os 10 milhões de euros, o suficiente para garantir sobrevida ao antes financeiramente combalido CH. Nos países islâmicos explode um onda de manifestações contra as charges anti-jihadistas. No Ocidente, discute-se o limite da sátira. O CH especial mostra que continuará defendendo o humor livre. Em editorial do número histórico, o chefe de redação Gérard Biard escreveu que "em uma semana, Charlie realizou mais milagres do que todos os santos e profetas juntos". Biard diz que a revista tem novos amigos: "Alguns anônimos, algumas celebridades globais. Alguns humildes e alguns influentes. Alguns meliantes e alguns líderes religiosos. Alguns que estarão conosco para o resto de nossas vidas e alguns que estão apenas de passagem. Nós levamos todos a bordo. Não temos tempo nem coração para separá-los". O editorialista diz a todos os chefes de Estado e de governo, todos os políticos, instituições, intelectuais e celebridades da mídia e a todos os dignitários religiosos que o "Je Suis Charlie", que todos proclamaram, significa também "Eu sou secularista". E pede que seja defendida a separação entre Estados e religiões. Para ler o editorial completo, clique AQUI.
Nesta página, no alto, a nova conferência de Yalta para dividir o mundo em 'zonas religiosas'. |
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