Deu no site do sindicato: "PEC dos Jornalistas está na pauta da CCJC do Senado para ser votada nesta quarta 24 de novembro de 2009. O relatório favorável à Proposta de Emenda Constitucional 33/09, que reinstitui a exigência de diploma para o exercício do Jornalismo, está na pauta da Comissão de Constuição, Justiça e Cidadania (CCJC) do Senado para ser votada na manhã desta quarta-feira, dia 25.
Nesta terça-feira, 24, diretores da Fenaj e dos sindicatos de jornalistas no Brasil, inclusive a presidente do Sindicato do Rio, Suzana Blass, tiveram audiência, às 17h, com o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, para abordar procedimentos quanto à emissão do registro profissional após a publicação do acórdão da decisão do STF que extinguiu a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão.
Na quarta-feira passada, a Proposta foi retirada da pauta da CCJC do Senado pelo seu autor, senador Antonio Carlos Valadares (PT-RS), por considerar que haveria uma situação mais favorável para a aprovação da matéria uma semana depois. Os senadores Francisco Dornelles (PP) e Marcelo Crivella (PRB) são os representantes do Rio de Janeiro na CCJ do Senado. É preciso sensibilizá-los a nos apoiar nesta luta. Vamos conversar com os dois ou enviar mensagens para os endereços: francisco.dornelles@senador.gov.br e crivella@senador.gov.br.
A PEC 33 recebeu parecer favorável do relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Por terem o mesmo teor, já foram iniciadas conversações no sentido de a PEC 33 se juntar à PEC 386, aprovada na CCJC da Câmara dos Deputados. A idéia é facilitar a tramitação e a votação da matéria em uma reunião plenária única do Congresso Nacional."
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Lula, o bom aluno do Brasil
(Foto: Divulgação)
Por Eli Halfoun
Lula, que não é bobo nem nada, resolveu usar o bom humor, uma das mais marcantes características brasileiras para continuar respondendo a agressiva declaração de Caetano Veloso que entre outras coisas o chamou de analfabeto. Agora toda vez que utiliza uma palavra menos usual em seus discursos Lula faz questão de, publicamente, chamar um assessor e pedir: “anote essa palavra e manda para o companheiro Caetano para ele ver que eu estou me esforçando”. Lula é no momento, não se pode negar, o principal personagem de piadas e não só das que, mesmo quando fala sério, ele faz. O jornalista José Simão, por exemplo, acha que o filme sobre o presidente foi lançado com o título errado: para Simão o título adequado seria “Lula, o filho do barril”. O mesmo Simão acredita que outros filmes do gênero virão por aí e aposta que o próximo será “2 filhos de FHC”. O filme sobre Lula tem obtido uma grande repercussão, inclusive internacional: a revista semanal francesa L’Express dedica grande espaço ao filme e antecipa que o próximo passo será adaptar a história e transformá-la em uma novela com o título de “Lula Superstar”. Das duas uma: ou eles estão de gozação ou acham que o Brasil é mesmo o país da ficção.
Por Eli Halfoun
Lula, que não é bobo nem nada, resolveu usar o bom humor, uma das mais marcantes características brasileiras para continuar respondendo a agressiva declaração de Caetano Veloso que entre outras coisas o chamou de analfabeto. Agora toda vez que utiliza uma palavra menos usual em seus discursos Lula faz questão de, publicamente, chamar um assessor e pedir: “anote essa palavra e manda para o companheiro Caetano para ele ver que eu estou me esforçando”. Lula é no momento, não se pode negar, o principal personagem de piadas e não só das que, mesmo quando fala sério, ele faz. O jornalista José Simão, por exemplo, acha que o filme sobre o presidente foi lançado com o título errado: para Simão o título adequado seria “Lula, o filho do barril”. O mesmo Simão acredita que outros filmes do gênero virão por aí e aposta que o próximo será “2 filhos de FHC”. O filme sobre Lula tem obtido uma grande repercussão, inclusive internacional: a revista semanal francesa L’Express dedica grande espaço ao filme e antecipa que o próximo passo será adaptar a história e transformá-la em uma novela com o título de “Lula Superstar”. Das duas uma: ou eles estão de gozação ou acham que o Brasil é mesmo o país da ficção.
O olhar perfeito da sabedoria popular
Por Eli Halfoun
Não se pode desprezar a sabedoria popular. De uma forma ou de outra ela sempre se confirma. Agora é o Flamengo que está aprendendo e ensinado isso uma vez mais ao descobrir que tinha ao seu lado o que mais procurava: um técnico capaz de dar ao time a cara do Flamengo. Primeiro o clube tentou, como, aliás, acontece em todos os chamados grandes times, a solução contratando “medalhões” aos quais pagava (na verdade ficava devendo) salários extraordinários. Nada deu certo até o Flamengo perceber que a solução estava ali pertinho, praticamente colada ao seu corpo. Foi só olhar para o lado e dar de cara com Andrade, profissional perfeitamente identificado com o clube do qual foi craque. Andrade sempre esteve ali usado como tapa buraco e sem qualquer tipo de vaidade, se deixava usar como uma espécie de ioiô em um joguinho que não lhe fazia justiça profissional até ser confirmado como técnico (esse negócio de interino é uma hipocrisia) isso depois do Flamengo ter tentado todos os tipos de solução. Mesmo os não rubro negros (meu caso: sou Vasco e pronto) sabem que Andrade está fazendo um excelente trabalho que, aliás, colocou o carioca Flamengo na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. A grande lição (o futebol sempre nos dá maravilhosas lições de vida) que fica é a da sabedoria popular segundo a qual na maioria das vezes o que procuramos está e sempre esteve bem pertinho: basta olhar para o lado.
Não se pode desprezar a sabedoria popular. De uma forma ou de outra ela sempre se confirma. Agora é o Flamengo que está aprendendo e ensinado isso uma vez mais ao descobrir que tinha ao seu lado o que mais procurava: um técnico capaz de dar ao time a cara do Flamengo. Primeiro o clube tentou, como, aliás, acontece em todos os chamados grandes times, a solução contratando “medalhões” aos quais pagava (na verdade ficava devendo) salários extraordinários. Nada deu certo até o Flamengo perceber que a solução estava ali pertinho, praticamente colada ao seu corpo. Foi só olhar para o lado e dar de cara com Andrade, profissional perfeitamente identificado com o clube do qual foi craque. Andrade sempre esteve ali usado como tapa buraco e sem qualquer tipo de vaidade, se deixava usar como uma espécie de ioiô em um joguinho que não lhe fazia justiça profissional até ser confirmado como técnico (esse negócio de interino é uma hipocrisia) isso depois do Flamengo ter tentado todos os tipos de solução. Mesmo os não rubro negros (meu caso: sou Vasco e pronto) sabem que Andrade está fazendo um excelente trabalho que, aliás, colocou o carioca Flamengo na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. A grande lição (o futebol sempre nos dá maravilhosas lições de vida) que fica é a da sabedoria popular segundo a qual na maioria das vezes o que procuramos está e sempre esteve bem pertinho: basta olhar para o lado.
Dengue: a culpa também é nossa
Por Eli Halfoun
Podem ficar novamente alarmantes os números de casos de dengue nesse ensolarado Rio (o sol parece ser carioca da gema) que passou a ter o sempre tão esperado verão como uma ameaça. Mais preocupante ainda é saber que a culpa é nossa: cansam de nos avisar da necessidade de alguns simples cuidados, mas deixamos pra lá como se o tenebroso mosquito fosse picar apenas os postes. É impressionante como o ser humano é desleixado na hora de cuidar dele mesmo: quando se trata do nosso corpo, da nossa saúde, do nosso bem estar deixamos tudo para depois e depois pode ser muito tarde. Foi assim no ano passado. Estamos acostumados (burramente, é verdade) a culpar os outros em tudo e por tudo. Culpamos principalmente o governo, que tem, sim, muitas culpas e responsabilidades. Exemplo: nunca se desenvolveu no Brasil uma política eficiente de saúde preventiva e sabemos todos que em matéria de doenças a prevenção é e sempre será o melhor remédio.
A dengue só se transformou nesse perigo iminente por falta de atenção. Principalmente a nossa. Não custa nada manter os vasos sem água nos pratos (a beleza das plantas não pode ser mortal), limpar nossos quintais, não deixar água empoçada, mas a maioria da população não faz isso porque, por falta de cuidado e excesso de otimismo, acha que o mosquito vai “voar em outra freguesia”. Só nos mancamos diante de ameaças e punições. Parece que gostamos de levar bronca, de que nos encostem contra a parede. O homem só reage quando está encurralado. Seria bem mais fácil se cada um fizesse pelo menos o mínimo. O maior bem que possuímos é o de poder cuidar de nós mesmos, de reagir a tudo que possa de alguma forma nos fazer mal. Não adianta apenas protestar, reclamar, ficar indignado. É preciso agir. No caso da dengue a ação se faz urgente.
Todos devem lembrar do anúncio de uma marca de amortecedores que mostrava terríveis acidentes de carro e alertava para a necessidade de usar no carro amortecedores de boa qualidade. Na época todo mundo reagiu contra a agressividade do anúncio, mas só assim as pessoas se conscientizaram da necessidade de alguns importantes cuidados. Esses mesmos cuidados se fazem fundamentais (e cada vez mais) agora. É bom lembrar que diminuir a incidência de casos de dengue é uma tarefa (uma missão) que cabe a nós, embora isso não seja uma desculpa para não cobrarmos ações urgentes do governo em relação à saúde. Cuba conseguiu acabar com a dengue. Nós também podemos. Ou será que estamos esperando um tapa na cara, que nos mostre pessoas agonizando nos leitos (quando há leitos) dos hospitais por conta da picada de um mosquito que só está vencendo essa guerra porque nós, vítimas, estamos permitindo. Pense bem: não faz sentido deixar de cumprir tarefas simples e ficar esperando que a televisão nos mostre a cruel realidade da dengue. As pessoas estão morrendo ao nosso lado. Não adianta fingir que não estamos vendo e que não temos nada com isso. Essa culpa também é nossa. Vamos “picar” o mosquito e evitar que ele se acomode nas nossas vidas. Lembremos sempre que apenas nós podemos acabar com a dengue.
Caminho das Indias ganha o Emmy
por Gonça
Caminho das Índias foi eleita a melhor novela do 37th International Emmy Awards, prêmio entregue ontem, em Nova York, à autora Gloria Perez e o diretor artístico Marcos Schechtman. "Depois de um ano como esse é muito emocionante lembrar de tudo o que passamos para chegar ate aqui. Estou muito emocionada e sem palavras. Obrigada" disse Gloria Perez, ao lado do diretor artístico de Caminho das Índias, Marcos Schechtman e da atriz Juliana Paes, que também foram a Nova York receber o prêmio. Ao todo foram mais de 800 programas de mais de 50 países inscritos nas 10 categorias que disputavam o título de melhor do mundo.
A novela foi ao ar no Brasil de 19 de janeiro a 14 de setembro de 2009, registrou audiência média de 41 pontos e 65% de participação, o que significa a atingir mais de 52.811 milhões de telespectadores por dia, em média. (Fotos/Divulgação/TV GLOBO/Luiz C Ribeiro)
O outro lado...
Depois do apagão "político", o apagão "privado". Parte de Ipanema e Leblon ficaram ontem, por oito horas, sem energia elétrica. E deu no jornal que em Manaus os apagões são tão frequentes que já nem chamam mais atenção. No interior do Rio Grande do Sul o pessoal está tomando chimarrão no escuro. Raio, chuva, roubaram os cabos, incompetência, embolsaram os lucros e não investem, Harry Potter enfeitiçou as linhas de transmissão, a Mulher-Melancia sentou em cima do transformador? Se o apãgão é estatal, como de Itaipu, ou de empresas privatizadas, como é o caso agora, o tal do consumidor sofre do mesmo jeito. Falta a mídia convocar os analistas de plantão para "analisar" o fenômeno. Ou o buraco agora é mais embaixo e o caso é diferente? Como dizia Cazuza, "Brasil, qual é o nome do teu sócio..,"
Benza, deusas
Eva Herzigova na i-D...
...em ensaio ao lado de Claudia Schiffer...
...e Helena Christensen.
...em ensaio ao lado de Claudia Schiffer...
...e Helena Christensen.
O trio de tops foi clicado por Kayt Jones para a edição de dezembro da i-D.
por JJcomunic
A expressão top model, que é hoje é pronunciada quase em vão, é nome até de reality show e denomina qualquer estreante, foi criada para classificar essas três modelos (e mais outras pioneiras que não estão nas fotos, como Cindy Crawford e Elle Mc Pherson). Não havia palavra para defini-las e o top se impôs naturalmente. A anorexia passava longe dessas curvas saudáveis. Os estilistas - a maioria hoje parece ver a mulher como simples cabine e escolhe aquelas que se assemelham ao acessório para pendurar roupas: braços magérrimos, duas pernas que parecem uma só, olho fundo, cabeça que é só orelha, por aí... - tiveram que aceitá-las e desfrutaram dessa que é tida como a era de ouro das passarelas.
A revista i-D, de dezembro, reuniu Eva Herzigova, 36, Helena Christensen, 40, e Claudia Schiffer, 39, para um ensaio e capa fotografados por Kayt Jones. É um daqueles casos em que as imagens falam por milhões de palavras. Alguém duvida de que Deus (e deusas) existem? (Imagens reproduzidas da i-D)
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Uma nova lourinha na mesa e no copo
por Eli Halfoun
Esse intenso, quase infernal, calor que anda fazendo no Rio (se estivesse frio ou chovendo a gente ia reclamar do mesmo jeito) tem lá suas vantagens e uma delas é sem dúvida permitir e até incentivar calorosos encontros em torno de uma cerveja gelada ( não estupidamente gelada que é estupidez porque, segundo os especialistas, a cerveja fica saborosa quando é gelada a cinco graus). A turma da “loura gelada” tem mais um bom motivo para beber: está sendo lançada uma nova opção. É a Braun-Brau Bier, a primeira “lourinha” líquida produzida em Nova Friburgo, no Rio. Embora seja uma colonização alemã, Nova Friburgo não tinha uma cerveja local, ou se preferirem, uma “lourinha” da casa. Agora tem. A Braun Braun é uma cerveja tipo pilsen, categoria Premium e produzida artesanalmente, seguindo os padrões da Lei da Pureza da Região de Reinhesggebot, na Baviera. Por enquanto só é possível encontrar a nova loura gelada na região serrana (Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis), mas já a partir do próximo ano haverá uma selecionada distribuição entre bares e restaurantes do Rio para só depois chegar a São Paulo. Quem experimentou a nova cerveja garante que com esse calor vale a pena subir a serra para refrescar-se não só com o clima, mas agora também com a nova cerveja. Difícil será acertar o nome, mas não tem problema: basta pedir a mais nova “lourinha” da casa. Saúde!
Esse intenso, quase infernal, calor que anda fazendo no Rio (se estivesse frio ou chovendo a gente ia reclamar do mesmo jeito) tem lá suas vantagens e uma delas é sem dúvida permitir e até incentivar calorosos encontros em torno de uma cerveja gelada ( não estupidamente gelada que é estupidez porque, segundo os especialistas, a cerveja fica saborosa quando é gelada a cinco graus). A turma da “loura gelada” tem mais um bom motivo para beber: está sendo lançada uma nova opção. É a Braun-Brau Bier, a primeira “lourinha” líquida produzida em Nova Friburgo, no Rio. Embora seja uma colonização alemã, Nova Friburgo não tinha uma cerveja local, ou se preferirem, uma “lourinha” da casa. Agora tem. A Braun Braun é uma cerveja tipo pilsen, categoria Premium e produzida artesanalmente, seguindo os padrões da Lei da Pureza da Região de Reinhesggebot, na Baviera. Por enquanto só é possível encontrar a nova loura gelada na região serrana (Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis), mas já a partir do próximo ano haverá uma selecionada distribuição entre bares e restaurantes do Rio para só depois chegar a São Paulo. Quem experimentou a nova cerveja garante que com esse calor vale a pena subir a serra para refrescar-se não só com o clima, mas agora também com a nova cerveja. Difícil será acertar o nome, mas não tem problema: basta pedir a mais nova “lourinha” da casa. Saúde!
Pesquisa do IBOPE Mídia traça o perfil de consumo da elite brasileira
91% da população brasileira com alto poder aquisitivo busca informações na internet antes de efetuar uma compra e 81% concordam que vale a pena pagar mais caro por produtos de qualidade
(Pesquisa divulgado pela Ketchum Estratégia/ Assessoria de Imprensa do Ibope)
"Com o objetivo de conhecer de forma detalhada os hábitos e comportamentos de consumo da população com alto poder aquisitivo, o IBOPE Mídia lança um estudo inédito que desvenda o perfil da chamada elite brasileira. A pesquisa The Elite Consumer retrata as opiniões dos usuários de internet que figuram na camada Top 5% de alto potencial de consumo, de acordo com o padrão de Nível Socieconômico adotado pelo Target Group Index na América Latina, e além do Brasil foi realizada em países como Argentina, Colômbia e México. “Há alguns anos era latente a demanda por conhecer melhor este consumidor. Agora podemos apresentar um quadro abrangente e harmonizado deste segmento em vários países da América Latina”, afirma Roberto Lobl, diretor de negócios do IBOPE Media.
O estudo aponta que 85% deste público seleto confia na internet como fonte de informação – 91% deles buscam dados na web sobre produtos antes de efetuarem uma compra. Os brasileiros destacam-se no entendimento de que o consumo online é mais conveniente (82%), se comparados a argentinos, colombianos e mexicanos, que se mostram mais conservadores: menos da metade concorda com esta percepção.
Na hora de comprar, a maioria da população (81%) concorda que vale a pena pagar mais por produtos de qualidade e a lealdade às marcas é evidenciada por 70% dos consumidores de alto padrão no Brasil, México e Argentina. “A pesquisa traça um verdadeiro retrato do consumidor premium, que valoriza o luxo e a excelência dos produtos e marcas com que interage”, destaca Juliana Sawaia, gerente de marketing do IBOPE Mídia.
Em relação a intenção de compra nos próximos 12 meses, 50% dos brasileiros apontam o aparelho Smartphone como objeto de desejo. Quando questionadas, 76% das mulheres comprariam produtos para o cuidado com a pele, 50% optariam por um computador e 45% por roupas de grife. A média de gasto dessas mulheres com cosméticos, nos últimos 12 meses, foi de R$ 733.
Já entre o público masculino destacam-se produtos como telefone celular (57%), computadores (54%), perfumes (49%) e roupas de grife (41%). Quando o tema é beleza, 50% dos homens adquiriram produtos para o cuidado com a pele para consumo próprio e 35% para dar de presente. O gasto médio anual masculino com presentes desta categoria é de R$ 616, enquanto o feminino é de R$300.
A população retratada pelo The Elite Consumer possui alta taxa de uso de serviços bancários e faz ampla utilização dos autosserviços financeiros: 63% deles usam home banking, enquanto 56% delas usufruem da ferramenta – 49% do público masculino utiliza o caixa eletrônico contra 45% das mulheres e o índice de acesso via internet pelo celular é de 6% para eles e 4% para elas.
O estudo The Elite Consumer é aferido com o mesmo padrão metodológico na Argentina, Brasil, Colômbia e México, com pessoas de 20 a 64 anos, que representam o top 5% em nível sócio-econômico e que tenham acessado a internet nos últimos 3 meses."
(Pesquisa divulgado pela Ketchum Estratégia/ Assessoria de Imprensa do Ibope)
"Com o objetivo de conhecer de forma detalhada os hábitos e comportamentos de consumo da população com alto poder aquisitivo, o IBOPE Mídia lança um estudo inédito que desvenda o perfil da chamada elite brasileira. A pesquisa The Elite Consumer retrata as opiniões dos usuários de internet que figuram na camada Top 5% de alto potencial de consumo, de acordo com o padrão de Nível Socieconômico adotado pelo Target Group Index na América Latina, e além do Brasil foi realizada em países como Argentina, Colômbia e México. “Há alguns anos era latente a demanda por conhecer melhor este consumidor. Agora podemos apresentar um quadro abrangente e harmonizado deste segmento em vários países da América Latina”, afirma Roberto Lobl, diretor de negócios do IBOPE Media.
O estudo aponta que 85% deste público seleto confia na internet como fonte de informação – 91% deles buscam dados na web sobre produtos antes de efetuarem uma compra. Os brasileiros destacam-se no entendimento de que o consumo online é mais conveniente (82%), se comparados a argentinos, colombianos e mexicanos, que se mostram mais conservadores: menos da metade concorda com esta percepção.
Na hora de comprar, a maioria da população (81%) concorda que vale a pena pagar mais por produtos de qualidade e a lealdade às marcas é evidenciada por 70% dos consumidores de alto padrão no Brasil, México e Argentina. “A pesquisa traça um verdadeiro retrato do consumidor premium, que valoriza o luxo e a excelência dos produtos e marcas com que interage”, destaca Juliana Sawaia, gerente de marketing do IBOPE Mídia.
Em relação a intenção de compra nos próximos 12 meses, 50% dos brasileiros apontam o aparelho Smartphone como objeto de desejo. Quando questionadas, 76% das mulheres comprariam produtos para o cuidado com a pele, 50% optariam por um computador e 45% por roupas de grife. A média de gasto dessas mulheres com cosméticos, nos últimos 12 meses, foi de R$ 733.
Já entre o público masculino destacam-se produtos como telefone celular (57%), computadores (54%), perfumes (49%) e roupas de grife (41%). Quando o tema é beleza, 50% dos homens adquiriram produtos para o cuidado com a pele para consumo próprio e 35% para dar de presente. O gasto médio anual masculino com presentes desta categoria é de R$ 616, enquanto o feminino é de R$300.
A população retratada pelo The Elite Consumer possui alta taxa de uso de serviços bancários e faz ampla utilização dos autosserviços financeiros: 63% deles usam home banking, enquanto 56% delas usufruem da ferramenta – 49% do público masculino utiliza o caixa eletrônico contra 45% das mulheres e o índice de acesso via internet pelo celular é de 6% para eles e 4% para elas.
O estudo The Elite Consumer é aferido com o mesmo padrão metodológico na Argentina, Brasil, Colômbia e México, com pessoas de 20 a 64 anos, que representam o top 5% em nível sócio-econômico e que tenham acessado a internet nos últimos 3 meses."
Sou porteiro mas pode me chamar de mãe
por Eli Halfoun
Ficou para trás o tempo em que porteiro era só uma espécie de recepcionista dos prédios residenciais. Agora, por conta da violência, foi transformado também em segurança (é preciso estar atento para evitar assaltos) e também “cuidador” de idosos – função imposta pelo aumento da expectativa de vida e, portanto, por um cada vez maior número de velhos morando sozinhos e muitas vezes esquecidos pelos próprios filhos. Há pouco mais de cinco anos, quando escrevi semanalmente na Tribuna da Imprensa uma página dedicada à terceira idade, já chamava atenção para a importância dos porteiros em relação aos idosos. Agora e finalmente já se fala em formação de porteiros para aprender a lidar com os idosos que moram sozinhos e que acabam por, de uma forma ou de outra, incluindo o porteiro na família como um amigo da maior importância. Fundamental até
Não são raros os casos em que os próprios filhos, que não moram mais com os velhos pais, pedem ao porteiro para que “fique de olho no meu velho”. O porteiro passou a ser uma verdadeira mãe para muitos idosos e cada vez mais será uma fundamental na atenção aos idosos: o Brasil já é um país de velhos. Em duas décadas, a expectativa de vida aumentou em 11 anos no Brasil. Projeções do IBGE mostram que até 2050 as pessoas com mais de 60 anos representarão 30% da população brasileira, o que mostra que porteiros e idosos se relacionarão por ainda muito tempo. Os números reforçam a importância de se estabelecer enfim programas que capacitem profissionais de todas as categorias (e todos os jovens) a lidar melhor com os idosos. As empresas privadas também, e finalmente, se organizam e oferecem cursos de aperfeiçoamento, caso de uma companhia de seguros que está promovendo o Programa de Aperfeiçoamento Profissional de Porteiros de Condomínios. Pesquisas revelam ainda – e não é de agora – que os idosos estão cada vez mais distantes dos filhos que mal os visitam, mas procuram notícias através dos porteiros, o que não deixa de ser uma maneira de “limpar a consciência”. O fato é que, revelam ainda as pesquisas, que é aos porteiros que os velhos moradores e hoje moradores velhos pedem socorro. Pedem e recebem, o contrário do que costuma acontecer nos chamados órgãos públicos nos quais velho não costuma ter vez porque “está com prazo de validade vencido”. Não, não está. Definitivamente não está.
Ficou para trás o tempo em que porteiro era só uma espécie de recepcionista dos prédios residenciais. Agora, por conta da violência, foi transformado também em segurança (é preciso estar atento para evitar assaltos) e também “cuidador” de idosos – função imposta pelo aumento da expectativa de vida e, portanto, por um cada vez maior número de velhos morando sozinhos e muitas vezes esquecidos pelos próprios filhos. Há pouco mais de cinco anos, quando escrevi semanalmente na Tribuna da Imprensa uma página dedicada à terceira idade, já chamava atenção para a importância dos porteiros em relação aos idosos. Agora e finalmente já se fala em formação de porteiros para aprender a lidar com os idosos que moram sozinhos e que acabam por, de uma forma ou de outra, incluindo o porteiro na família como um amigo da maior importância. Fundamental até
Não são raros os casos em que os próprios filhos, que não moram mais com os velhos pais, pedem ao porteiro para que “fique de olho no meu velho”. O porteiro passou a ser uma verdadeira mãe para muitos idosos e cada vez mais será uma fundamental na atenção aos idosos: o Brasil já é um país de velhos. Em duas décadas, a expectativa de vida aumentou em 11 anos no Brasil. Projeções do IBGE mostram que até 2050 as pessoas com mais de 60 anos representarão 30% da população brasileira, o que mostra que porteiros e idosos se relacionarão por ainda muito tempo. Os números reforçam a importância de se estabelecer enfim programas que capacitem profissionais de todas as categorias (e todos os jovens) a lidar melhor com os idosos. As empresas privadas também, e finalmente, se organizam e oferecem cursos de aperfeiçoamento, caso de uma companhia de seguros que está promovendo o Programa de Aperfeiçoamento Profissional de Porteiros de Condomínios. Pesquisas revelam ainda – e não é de agora – que os idosos estão cada vez mais distantes dos filhos que mal os visitam, mas procuram notícias através dos porteiros, o que não deixa de ser uma maneira de “limpar a consciência”. O fato é que, revelam ainda as pesquisas, que é aos porteiros que os velhos moradores e hoje moradores velhos pedem socorro. Pedem e recebem, o contrário do que costuma acontecer nos chamados órgãos públicos nos quais velho não costuma ter vez porque “está com prazo de validade vencido”. Não, não está. Definitivamente não está.
Apertem o cinto, o "padrinho" sumiu
por Gonça
Os donos dos institutos de opinião costumam dizer que pesquisas eleitorais são apenas "retratos" do momento, uma simples "fotografia" do que vai pela cabeça do eleitor. Daqui a um mês ou daqui a um ano tudo pode ser diferente. Estamos a pouco menos de um ano das eleições e a cada semana um instituto, são vários, divulga os números de uma enquete. Para o eleitor, de pouco valem. São um tédio. Quando o Bonner e a Fátima começam a ler aquela sucessão de números invariavelmente acrescida do monótono "o instituto tal ouviu 2500 eleitores, blá, blá, blá", é hora de ir ao banheiro. Muita coisa vai mudar até a véspera do pleito. Para avaliação dos partidos e correção de seus rumos ou nomes talvez até tenham alguma utilidade. Os jornais de amanhã divulgam uma dessas pesquisas. Devem mostrar, por exemplo, que todos os pré-candidatos cresceram e José Serra caiu ligeiramente. Nada que preocupe o PSDB. Apenas um dado vai tirar o sono dos tucanos. Um das perguntas feitas aos eleitores tenta aferir o grau de rejeição dos "padrinhos" das candidaturas. O "padrinho" do Serra é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o "padrinho" de Dilma é o presidente Lula. Mais de 40% dos cidadãos e cidadãs ouvidos não votariam em candidato indicado por FHC. Cerca de 16% não votariam em candidato indicado por Lula. Quer apostar que FHC vai sumir, ou será sumido, da campanha de Serra, pelo menos na "fotografia" do momento?
Os donos dos institutos de opinião costumam dizer que pesquisas eleitorais são apenas "retratos" do momento, uma simples "fotografia" do que vai pela cabeça do eleitor. Daqui a um mês ou daqui a um ano tudo pode ser diferente. Estamos a pouco menos de um ano das eleições e a cada semana um instituto, são vários, divulga os números de uma enquete. Para o eleitor, de pouco valem. São um tédio. Quando o Bonner e a Fátima começam a ler aquela sucessão de números invariavelmente acrescida do monótono "o instituto tal ouviu 2500 eleitores, blá, blá, blá", é hora de ir ao banheiro. Muita coisa vai mudar até a véspera do pleito. Para avaliação dos partidos e correção de seus rumos ou nomes talvez até tenham alguma utilidade. Os jornais de amanhã divulgam uma dessas pesquisas. Devem mostrar, por exemplo, que todos os pré-candidatos cresceram e José Serra caiu ligeiramente. Nada que preocupe o PSDB. Apenas um dado vai tirar o sono dos tucanos. Um das perguntas feitas aos eleitores tenta aferir o grau de rejeição dos "padrinhos" das candidaturas. O "padrinho" do Serra é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o "padrinho" de Dilma é o presidente Lula. Mais de 40% dos cidadãos e cidadãs ouvidos não votariam em candidato indicado por FHC. Cerca de 16% não votariam em candidato indicado por Lula. Quer apostar que FHC vai sumir, ou será sumido, da campanha de Serra, pelo menos na "fotografia" do momento?
MP: Mais Paulada nos aposentados
por Eli Halfoun
Pelo visto meter a mão no bolso dos aposentados é uma prática que só vai melhorar nos discursos que prometem muito, mas nada mudam. Agora mesmo em Brasília já se sabe que “Lula decidiu com o ministro José Pimentel que o reajuste dos aposentados e pensionistas que ganham (se é que isso pode ser considerado ganho) acima de um salário-mínimo será de apenas 6.5% e prepara medida provisória nesse sentido”. Não estão adiantando nada os avisos de parlamentares da base aliada de que não será fácil aprovar a MP (deve ser Mais Paulada) já que até a base aliada quer um aumento baseado no INPC cheio, que é na ordem de 9,2%. A base aliada também tem feito questão de lembrar que 2010 é ano eleitoral (e Dilma não vai bem nas pesquisas), ou seja, é ano de agradar os aposentados. Agradar, não. Fazer justiça, sim.
Pelo visto meter a mão no bolso dos aposentados é uma prática que só vai melhorar nos discursos que prometem muito, mas nada mudam. Agora mesmo em Brasília já se sabe que “Lula decidiu com o ministro José Pimentel que o reajuste dos aposentados e pensionistas que ganham (se é que isso pode ser considerado ganho) acima de um salário-mínimo será de apenas 6.5% e prepara medida provisória nesse sentido”. Não estão adiantando nada os avisos de parlamentares da base aliada de que não será fácil aprovar a MP (deve ser Mais Paulada) já que até a base aliada quer um aumento baseado no INPC cheio, que é na ordem de 9,2%. A base aliada também tem feito questão de lembrar que 2010 é ano eleitoral (e Dilma não vai bem nas pesquisas), ou seja, é ano de agradar os aposentados. Agradar, não. Fazer justiça, sim.
Jornal coloquial
por Omelete
De uns tempos pra cá, a Globo resolveu orientar seus âncoras a dar à narração de notícias um tom coloquial, supostamente inspirado nos telejornais americanos. A ABC e a NBC criaram ainda no fim dos anos 60 a clássica figura do âncora, da qual o jornalista Walter Cronkite foi o melhor exemplo. Saia o locutor, o simples leitor de notícias, entrava o Cronkite "inteligente", capaz de analisar o fato que acabava de narrar, de entrevistar um presidente, de questionar um senador ou dirigente de uma grande empresa. A fórmula se espalhou pelas TVs de todo o mundo. Nos anos 90, a CNN inovou mais ainda e ampliou a ação do âncora. Manteve o apresentador-pivô na central do telejornal mas transformou cada repórter em um comentarista, capaz de dialogar com o âncora e, assim, tornar mais clara e contextualizada a informação. O telejornal ganhou nova dinâmica. Aparentemente, a Globo pretende trilhar essa rota. Mas há algumas pedras no caminho. William Bonner e Fátima Bernardes simulam diálogos no meio ou ao fim de determinadas notícias. Mas parecem vacilantes, olham para o telespectador, olham um para o outro, mas não podem perder de vista o teleprompter (há uma facção, no jornalismo da Globo que pretende restringir o uso desse aparelhinho), e temem errar de câmera. Para o telespectador, parece exatamente isso, uma simulação. Não dialogam, apenas encenam um diálogo. Os âncoras americanos improvisam. Bonner e Fátima não fogem do script. Os âncoras americanos emitem opiniões. O próprio Bonner já disse em entrevista que guarda para si a opinião e limita-se a difundir a opinião da emissora. Fica difícil mostrar espontaneidade e ao mesmo tempo não se soltar do texto. Na falta desse improviso e para ressaltar o tal tom coloquial, apresentadores e repórteres agora também se chamam pelo nome. Às vezes, em excesso,. ninguém, em uma conversa normal, intercala o diálogo com o nome do interlocutor tantas vezes. Fátima vira-se para o marido e diz, por exemplo, "Bonner, hoje São Paulo sofreu com um engarrafamento de 150km". Bonner rebate: "Fátima, mas isso não foi nada comparado à Anchieta que registrou um congestionamento de 250km". A Globo News não fica atrás. Acabei de ver Em Cima da Hora. Em uma notícia relativamente curta sobre uma pesquisa eleitoral, ouvi uma dúzia de vezes "Leilane" pra cá, "Camarotti" pra lá, "Leilane" foi isso, 'Camarotti" foi aquilo o que houve... e por aí foi o "bate-papo" entre a apresentadora Leilane Neubarth e o repórter Gerson Camarotti. Soa falsa essa "intimidade", parece coisa ensaiada, sem naturalidade. Daqui a pouco, para mostrar descontração, vai rolar um "meu irmão" por aqui, um "mano" em São Paulo, um "queridão" em Brasília. "'Queridão' como foi o dia do presidente?" "Foi maneiro" gata..."
De uns tempos pra cá, a Globo resolveu orientar seus âncoras a dar à narração de notícias um tom coloquial, supostamente inspirado nos telejornais americanos. A ABC e a NBC criaram ainda no fim dos anos 60 a clássica figura do âncora, da qual o jornalista Walter Cronkite foi o melhor exemplo. Saia o locutor, o simples leitor de notícias, entrava o Cronkite "inteligente", capaz de analisar o fato que acabava de narrar, de entrevistar um presidente, de questionar um senador ou dirigente de uma grande empresa. A fórmula se espalhou pelas TVs de todo o mundo. Nos anos 90, a CNN inovou mais ainda e ampliou a ação do âncora. Manteve o apresentador-pivô na central do telejornal mas transformou cada repórter em um comentarista, capaz de dialogar com o âncora e, assim, tornar mais clara e contextualizada a informação. O telejornal ganhou nova dinâmica. Aparentemente, a Globo pretende trilhar essa rota. Mas há algumas pedras no caminho. William Bonner e Fátima Bernardes simulam diálogos no meio ou ao fim de determinadas notícias. Mas parecem vacilantes, olham para o telespectador, olham um para o outro, mas não podem perder de vista o teleprompter (há uma facção, no jornalismo da Globo que pretende restringir o uso desse aparelhinho), e temem errar de câmera. Para o telespectador, parece exatamente isso, uma simulação. Não dialogam, apenas encenam um diálogo. Os âncoras americanos improvisam. Bonner e Fátima não fogem do script. Os âncoras americanos emitem opiniões. O próprio Bonner já disse em entrevista que guarda para si a opinião e limita-se a difundir a opinião da emissora. Fica difícil mostrar espontaneidade e ao mesmo tempo não se soltar do texto. Na falta desse improviso e para ressaltar o tal tom coloquial, apresentadores e repórteres agora também se chamam pelo nome. Às vezes, em excesso,. ninguém, em uma conversa normal, intercala o diálogo com o nome do interlocutor tantas vezes. Fátima vira-se para o marido e diz, por exemplo, "Bonner, hoje São Paulo sofreu com um engarrafamento de 150km". Bonner rebate: "Fátima, mas isso não foi nada comparado à Anchieta que registrou um congestionamento de 250km". A Globo News não fica atrás. Acabei de ver Em Cima da Hora. Em uma notícia relativamente curta sobre uma pesquisa eleitoral, ouvi uma dúzia de vezes "Leilane" pra cá, "Camarotti" pra lá, "Leilane" foi isso, 'Camarotti" foi aquilo o que houve... e por aí foi o "bate-papo" entre a apresentadora Leilane Neubarth e o repórter Gerson Camarotti. Soa falsa essa "intimidade", parece coisa ensaiada, sem naturalidade. Daqui a pouco, para mostrar descontração, vai rolar um "meu irmão" por aqui, um "mano" em São Paulo, um "queridão" em Brasília. "'Queridão' como foi o dia do presidente?" "Foi maneiro" gata..."
Bonequinha musical é luxo só
Por Eli Halfoun
Parece que a febre do “apertar cintos” provocada pela crise financeira mundial não preocupa tanto assim os ingleses, pelo menos os que se dedicam à produção de espetáculos musicais. Para promover o lançamento da versão musical de “Bonequinha de Luxo” (um dos mais famosos filmes estrelados por Audrey Hepburn em 1961) os produtores do espetáculo (em cartaz no palco do West End, em Londres, com Anna Ariel no papel título) fizeram o café da manhã mais caro do mundo. Os fabricantes do licor Chamboard bancaram a fartura, que não foi uma fartura qualquer servida para apenas 15 convidados. O cardápio (no caso menu cabe melhor) tinha, entre muitas outras delícias, croissants decorados e cobertos com ouro comestível e diamantes, geléias de groselha negra colhida na região francesa de Bar de Luc, uma xícara do sofisticado café Kopi Luak (cada xícara custa US$75), além de coquetéis preparados com champanhe Perrier Jouet Belle Epoque (custa US$ 1,5 mil a garrafa) e doses do licor Chamboard servido em garrafa incrustada de ouro, diamantes e pérolas (cada garrafa custa US$ 35 mil dólares). A brincadeira (essa é o que se pode chamar de brincadeira de bom gosto) custou US$ 35 mil dólares por pessoa. Aqui festa de lançamento é na base do salgadinho requentado e cerveja vagabunda e ainda por cima quente. Quem pode, pode.
Hebe americana sai de cena. Por enquanto...
Por Eli Halfoun
Enquanto por aqui se especula sobre o provável fim do Fantástico (a Globo não se pronuncia oficialmente até porque parece gostar da boataria), nos Estados Unidos, pelo menos no que diz respeito à televisão, as coisas ficam mais claras e comunicados oficiais acabam imediatamente com as especulações. Foi o que fez Oprah Winfrey, a mais respeitada apresentadora americana (uma espécie de Hebe Camargo de lá ou seria a Hebe a Oprah de cá?): Há dias (mais precisamente no último dia 20) Oprah anunciou em seu programa, que apresenta há duas décadas na CBS, o fim do “Oprah Winfrey Show”. Lá ao contrário do que costuma acontecer por aqui não haverá aquele jogo de empurra para tentar saber seu destino artístico. Ela se encarregou de dizer a verdade: está deixando a CBS para dedicar-se integralmente ao comando de uma nova emissora de televisão da qual é a dona. Ao praticamente despedir-se do público Oprah disse: “Amo tanto este programa que foi a minha vida. Eu o amo o bastante para saber a hora de dizer adeus”. Taí um exemplo que muitos profissionais da nossa televisão deveriam seguir.
Enquanto por aqui se especula sobre o provável fim do Fantástico (a Globo não se pronuncia oficialmente até porque parece gostar da boataria), nos Estados Unidos, pelo menos no que diz respeito à televisão, as coisas ficam mais claras e comunicados oficiais acabam imediatamente com as especulações. Foi o que fez Oprah Winfrey, a mais respeitada apresentadora americana (uma espécie de Hebe Camargo de lá ou seria a Hebe a Oprah de cá?): Há dias (mais precisamente no último dia 20) Oprah anunciou em seu programa, que apresenta há duas décadas na CBS, o fim do “Oprah Winfrey Show”. Lá ao contrário do que costuma acontecer por aqui não haverá aquele jogo de empurra para tentar saber seu destino artístico. Ela se encarregou de dizer a verdade: está deixando a CBS para dedicar-se integralmente ao comando de uma nova emissora de televisão da qual é a dona. Ao praticamente despedir-se do público Oprah disse: “Amo tanto este programa que foi a minha vida. Eu o amo o bastante para saber a hora de dizer adeus”. Taí um exemplo que muitos profissionais da nossa televisão deveriam seguir.
Água de coco é legal
A polêmica proibição de venda de coco na praia foi motivo de post e comentários neste paniscumovum. Hoje, nota no Globo, informa que o prefeito Eduardo Paes desfez a niciativa do seu secretário. Bom senso da autoridade e uma besteira a menos.
Até que a vida nos separe
por Eli Halfoun
Quem abriu uma pequena empresa mesmo que seja só para receber serviços prestados com nota fiscal (caso de muitos jornalistas) sabe que abrir a empresa é muito mais fácil do que livrar-se dela. Não basta fechar a porta e ir embora: antes disso existe toda uma complicada (desnecessária até) burocracia a ser cumprida. Abrir (empresa, é claro) é muito mais fácil do que fechar. O casamento é mais ou menos assim: casar é fácil, mas a separação é complicada. Era: para a maioria das separações não é mais necessário constituir advogado, pagar caro esperar durante anos a lentidão da Justiça. Desde 2007 quando foi sancionada a lei 11.441/07, a separação não consome mais do que 72 horas e custa menos do que R$ 300 quando realizada em cartório. Acabou aquela obrigação do “até que a morte nos separe”. Agora é só até que o cartório nos separe - o que tem funcionado bastante: desde que a lei entrou em vigor houve, em todo o Brasil, 40% de aumento em pedidos de divórcio via cartório. Tem muita gente descasando diariamente: no Rio são realizados 20 mil divórcios por ano nos 30 cartórios que possuem atribuições notarias. Até agora o Tribunal de Justiça do Estado fez 333.327 novos pedidos de divórcio consensual. Separar está bem mais fácil do que casar: hoje é possível o casal brigar no café da manhã e separar no jantar. Nesse caso talvez seja melhor não tomar mais café da manhã em casa ou passar a tomar café várias vezes até conseguir uma briguinha. Parece que a separação é consequência natural do casamento: segundo a Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) O Judiciário brasileiro realiza em média, 260 mil separações, divórcios e inventários por ano, dos quais 70% são consensuais.. Está tão fácil divorciar-se que o número de casamentos tipo sessão passatempo pode aumentar até porque agora o casamento é “até que a vida nos separe”.
Quem abriu uma pequena empresa mesmo que seja só para receber serviços prestados com nota fiscal (caso de muitos jornalistas) sabe que abrir a empresa é muito mais fácil do que livrar-se dela. Não basta fechar a porta e ir embora: antes disso existe toda uma complicada (desnecessária até) burocracia a ser cumprida. Abrir (empresa, é claro) é muito mais fácil do que fechar. O casamento é mais ou menos assim: casar é fácil, mas a separação é complicada. Era: para a maioria das separações não é mais necessário constituir advogado, pagar caro esperar durante anos a lentidão da Justiça. Desde 2007 quando foi sancionada a lei 11.441/07, a separação não consome mais do que 72 horas e custa menos do que R$ 300 quando realizada em cartório. Acabou aquela obrigação do “até que a morte nos separe”. Agora é só até que o cartório nos separe - o que tem funcionado bastante: desde que a lei entrou em vigor houve, em todo o Brasil, 40% de aumento em pedidos de divórcio via cartório. Tem muita gente descasando diariamente: no Rio são realizados 20 mil divórcios por ano nos 30 cartórios que possuem atribuições notarias. Até agora o Tribunal de Justiça do Estado fez 333.327 novos pedidos de divórcio consensual. Separar está bem mais fácil do que casar: hoje é possível o casal brigar no café da manhã e separar no jantar. Nesse caso talvez seja melhor não tomar mais café da manhã em casa ou passar a tomar café várias vezes até conseguir uma briguinha. Parece que a separação é consequência natural do casamento: segundo a Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) O Judiciário brasileiro realiza em média, 260 mil separações, divórcios e inventários por ano, dos quais 70% são consensuais.. Está tão fácil divorciar-se que o número de casamentos tipo sessão passatempo pode aumentar até porque agora o casamento é “até que a vida nos separe”.
Cuidado: o sal é o vilão dos seus olhos
por Eli Halfoun
Aquele salgadinho (salgado mesmo) fundamental para acompanhar um chope gelado e que você come sem culpa pode ser o vilão de seus olhos. Recente pesquisa publicada no American Journal of Epidemology revela que comer muito sal pode acelerar o aparecimento da catarata, responsável por cerca de 50% dos casos de cegueira no Brasil.
Entenda melhor: a catarata é um distúrbio comum a partir dos 65 anos e que leva a perda da transparência do cristalino, lente que fica atrás da pupila e é responsável por dar foco à visão. Oftalmologistas afirmam que não dá para prevenir o surgimento da catarata, mas é possível retardar e uma das formas é reduzir o consumo diário da quantidade de sal: comer muito sal acelera o aparecimento da catarata porque dificulta a manutenção da pressão do cristalino que para ficar transparente precisa estar com baixos níveis de sódio.
A orientação é que o consumo seja de no máximo seis gramas de sal por dia, equivalente a uma colher de chá. O alerta é importante já que segundo a Organização Mundial de Saúde “o brasileiro ingere o dobro ou até o triplo da quantidade de sal recomendada pelos médicos.”
Segundo o estudo desenvolver catarata ao longo da vida é praticamente inevitável porque o problema está diretamente ligado ao envelhecimento. Calma, nada de ficar apavorado: a cirurgia de catarata é simples e a mais comum entre os adultos (450 mil são realizadas anualmente pelo SUS) acima dos 65 anos. Sempre com resultados bastante satisfatórios em mais de 95% dos casos.
Mesmo assim não custa nada prevenir-se: de saída tire o saleiro da mesa, reduza o sal no preparo dos alimentos (aliás, comer virou um perigo já nos proíbem de quase tudo: gordura, açúcar, carne, os prazeres da “boa mesa”), elimine as latarias (conservas e todos os produtos industrializados) Não é só: além de cuidar da alimentação evite o excesso de radiação ultravioleta. Em outras palavras: proteja os olhos do sol usando óculos escuros (de boa qualidade) e chapéu. O sol causa danos que não se limitam à catarata: provoca também uma série de degenerações maculares.
Prevenir é como diz a sabedoria popular, o melhor remédio para viver mais e melhor. Afinal ainda temos muita coisa para enxergar,além de tiroteios e assaltos
Aquele salgadinho (salgado mesmo) fundamental para acompanhar um chope gelado e que você come sem culpa pode ser o vilão de seus olhos. Recente pesquisa publicada no American Journal of Epidemology revela que comer muito sal pode acelerar o aparecimento da catarata, responsável por cerca de 50% dos casos de cegueira no Brasil.
Entenda melhor: a catarata é um distúrbio comum a partir dos 65 anos e que leva a perda da transparência do cristalino, lente que fica atrás da pupila e é responsável por dar foco à visão. Oftalmologistas afirmam que não dá para prevenir o surgimento da catarata, mas é possível retardar e uma das formas é reduzir o consumo diário da quantidade de sal: comer muito sal acelera o aparecimento da catarata porque dificulta a manutenção da pressão do cristalino que para ficar transparente precisa estar com baixos níveis de sódio.
A orientação é que o consumo seja de no máximo seis gramas de sal por dia, equivalente a uma colher de chá. O alerta é importante já que segundo a Organização Mundial de Saúde “o brasileiro ingere o dobro ou até o triplo da quantidade de sal recomendada pelos médicos.”
Segundo o estudo desenvolver catarata ao longo da vida é praticamente inevitável porque o problema está diretamente ligado ao envelhecimento. Calma, nada de ficar apavorado: a cirurgia de catarata é simples e a mais comum entre os adultos (450 mil são realizadas anualmente pelo SUS) acima dos 65 anos. Sempre com resultados bastante satisfatórios em mais de 95% dos casos.
Mesmo assim não custa nada prevenir-se: de saída tire o saleiro da mesa, reduza o sal no preparo dos alimentos (aliás, comer virou um perigo já nos proíbem de quase tudo: gordura, açúcar, carne, os prazeres da “boa mesa”), elimine as latarias (conservas e todos os produtos industrializados) Não é só: além de cuidar da alimentação evite o excesso de radiação ultravioleta. Em outras palavras: proteja os olhos do sol usando óculos escuros (de boa qualidade) e chapéu. O sol causa danos que não se limitam à catarata: provoca também uma série de degenerações maculares.
Prevenir é como diz a sabedoria popular, o melhor remédio para viver mais e melhor. Afinal ainda temos muita coisa para enxergar,além de tiroteios e assaltos
domingo, 22 de novembro de 2009
Uma foto vale mil palavras? Depende do photoshop
O uso do Photoshop para corrigir defeitos em fotos, retocar curvas e cores de mulheres famosas, juntar na mesma foto ou eliminar personagens em determinada cena, tem sido debatido em redações. Há tanto exagero nos retoques que já existem até sites especializados em mostrar os vacilos dos editores e diretores de arte. Visite, neste link, o site Photoshop Disasters
Cante parabéns pro Mago
Paulo Coelho (na foto, reprodução do site do escritor) anuncia em seu blog um concurso para escolher vinte dos seus seguidores para serem convidados especias da sua festa de aniversário em março do ano que vem, na Áustria, em uma localidade perto de Viena. O concurso consiste em vinte perguntas que deverão ser respondidas até o fim do ano. Atenção: o convite não inclui passagem e hospedagem mas apenas o direito de participar da festa de aniversário do escritor. Confira no link Entre nessa festa
Gulodice oficial: Congresso ou panelão?
por Eli Halfoun
Se depender do que come às nossas custas daqui a pouco a turma da União, incluídos aí evidentemente deputados e senadores, que são mesmo, em sua maioria, do time “come e dorme”, estarão todos obesos. Recente levantamento mostrou que a turminha gulosa gastou de janeiro até setembro nada mais nada menos do que R$1,5 bilhão em alimentação, item no qual o dinheiro de nossos impostos foi, digamos, mais empregado (eles comem de montão e a população passa fome). O levantamento revela que o gasto total da União com seu pessoal foi até setembro de R$ 2,6 bilhões, o que equivale a cerca de R$ 32 milhões por mês, ou seja, perto de R$ 1 milhão por dia. O quesito (parece mesmo o samba do crioulo doido) alimentação gastou mais, mas não houve economia em diárias (foram gastos R$ 544 milhões). Em seguida estão as passagens quer consumiram R$ 487 milhões (a turminha adora viajar). O levantamento revela que entre os poderes o Executivo é o que gasta mais (cerca de R$ 1,89 bilhão) sendo R$ 958 milhões em alimentação, R$ 502 milhões em diárias e R$ 434 milhões em passagens. Do jeito que essa turma gulosa gasta em alimentação talvez o ideal seja transformar o Congresso em SPA, incluindo aí caminhadas diárias para emagrecer e economizar nas passagens.
Se depender do que come às nossas custas daqui a pouco a turma da União, incluídos aí evidentemente deputados e senadores, que são mesmo, em sua maioria, do time “come e dorme”, estarão todos obesos. Recente levantamento mostrou que a turminha gulosa gastou de janeiro até setembro nada mais nada menos do que R$1,5 bilhão em alimentação, item no qual o dinheiro de nossos impostos foi, digamos, mais empregado (eles comem de montão e a população passa fome). O levantamento revela que o gasto total da União com seu pessoal foi até setembro de R$ 2,6 bilhões, o que equivale a cerca de R$ 32 milhões por mês, ou seja, perto de R$ 1 milhão por dia. O quesito (parece mesmo o samba do crioulo doido) alimentação gastou mais, mas não houve economia em diárias (foram gastos R$ 544 milhões). Em seguida estão as passagens quer consumiram R$ 487 milhões (a turminha adora viajar). O levantamento revela que entre os poderes o Executivo é o que gasta mais (cerca de R$ 1,89 bilhão) sendo R$ 958 milhões em alimentação, R$ 502 milhões em diárias e R$ 434 milhões em passagens. Do jeito que essa turma gulosa gasta em alimentação talvez o ideal seja transformar o Congresso em SPA, incluindo aí caminhadas diárias para emagrecer e economizar nas passagens.
Salve o feijão-maravilha dos escravos e dos senhores
por Eli Halfoun
“Fulano está batendo um prato de feijão com arroz” ou “mulher, bota mais água no feijão que estou levando um amigo para jantar” – essas são expressões populares, de certa forma, que pretendem mostrar que feijão é comida de pobre. Não é e nunca foi: ao contrário do que conta a história o feijão não frequentava apenas os pratos dos escravos, mas também a mesa dos “senhores”, que foram os criadores da nossa tradicional feijoada. Com base em depoimentos do pintor francês Jean –Baptiste Debret, que desembarcou no Brasil em 1816 e viveu no Rio ao longo do século 19, o pesquisador Almir Chaiban El-Kareh, da Universidade Federal Fluminense, quer mostrar que a feijoada, como é servida até hoje, não surgiu com os escravos que utilizavam sobras de carne, mas sim nas famílias ricas “porque na época os miúdos eram valorizados pelas elites. Os ricos comiam refeições com feijão incrementados com diversos tipos de carne, enquanto os pobres comiam feijão ralo com pequenos pedaços de carne-seca” como, aliás, acontece até hoje. Até agora a informação é de que a feijoada surgiu como invenção dos escravos que juntariam sobras de carnes não aproveitadas pelos ”senhores” ou como também conta a história seria uma invenção de famílias de poucas posses que requentariam sobras de refeições para reforçar a alimentação. A tese do pesquisador Almir Chaib, mostra que a feijoada foi criada para servir como comida para as elites do século 19. Mesmo assim no começo os ricos não admitiam a preferência pelo já na época feijão nosso de cada dia e como escreveu Debret “os pequenos comerciantes comiam feijão com um pedaço de carne-seca e farinha, regado com muita pimenta, mas faziam as refeições escondidos de todos no fundo das lojas”. Só a partir de 1830, pobres e ricos comiam feijão (existem no mundo 4.600 grãos classificados como feijão) com carne seca todos os dias, o que acabou fazendo o feijão sobressair e conseguir mudar hábitos europeus de alimentação, deixando o cozido português apenas como opção. Aqui a feijoada ganhou ritmo de festa (aliás, é praticamente sinônimo de festa), mas quando é completa ainda é um prato permitido apenas para os “senhores” que nos finais de semana, faça chuva ou faça sol,“caem” de boca em uma suculentas feijoada e deixam de lado os conselhos de cardiologistas que acham a feijoada um veneno para o coração porque é repleta de gorduras, mas eles, os cardiologistas, também não resistem ao saboroso e mais popular de nossos raros típicos. Afinl, feijão tem gosto de festa. Ou não tem?
Imprensa americana está imprensada
por Eli Halfoun
A crise financeira atinge violentamente o até então forte mercado editorial dos Estados Unidos obrigando grandes editoras a fazerem verdadeiros malabarismos (como, aliás, sempre aconteceu por aqui) para diminuir os prejuízos. É, por exemplo, o caso da editora Condé Nast, responsável por, entre outras revistas, a Vogue, que é um sucesso mundial. A editora está buscando fora do país (parece que lá nos States só socorrem os bancos e as montadoras de automóveis) alternativas. De saída, quer reajustar royalties e “empurrar” mais alguns títulos. No Brasil, a Conde Nast conversa com a Carta Editorial, que edita a Vogue por aqui, mas a editora não mostrou nenhum interesse (a maré tá braba mesmo com “uma marolinha”) em passar a editar também uma versão brasileira da revista Gentlemen's Quartely, o que pode fazê-la perder os direitos de publicação da Vogue já que a Editora Globo, com a qual foram iniciadas negociações, só aceita ficar com a Gentlemen’s se puder ficar também com a Vogue. Muitas letrinhas ainda voarão até o final dessa história até porque a Carta Capital tem segundo se comenta, um longo contrato de exclusividade para publicar a Vogue brasileira, mas como no Brasil tem jeitinho pra tudo Globo e Carta Capital podem ficar sócias pelo menos nesse projeto, o que seria uma boa, principalmente para nó, jornalistas realmente profissionais.
A crise financeira atinge violentamente o até então forte mercado editorial dos Estados Unidos obrigando grandes editoras a fazerem verdadeiros malabarismos (como, aliás, sempre aconteceu por aqui) para diminuir os prejuízos. É, por exemplo, o caso da editora Condé Nast, responsável por, entre outras revistas, a Vogue, que é um sucesso mundial. A editora está buscando fora do país (parece que lá nos States só socorrem os bancos e as montadoras de automóveis) alternativas. De saída, quer reajustar royalties e “empurrar” mais alguns títulos. No Brasil, a Conde Nast conversa com a Carta Editorial, que edita a Vogue por aqui, mas a editora não mostrou nenhum interesse (a maré tá braba mesmo com “uma marolinha”) em passar a editar também uma versão brasileira da revista Gentlemen's Quartely, o que pode fazê-la perder os direitos de publicação da Vogue já que a Editora Globo, com a qual foram iniciadas negociações, só aceita ficar com a Gentlemen’s se puder ficar também com a Vogue. Muitas letrinhas ainda voarão até o final dessa história até porque a Carta Capital tem segundo se comenta, um longo contrato de exclusividade para publicar a Vogue brasileira, mas como no Brasil tem jeitinho pra tudo Globo e Carta Capital podem ficar sócias pelo menos nesse projeto, o que seria uma boa, principalmente para nó, jornalistas realmente profissionais.
A "verba indenizatória" do Aécio Neves
por JJcomunic
Há anos a Folha de São Paulo lutava na justiça para ter acesso às notas fiscais entregues à Câmara pelos deputados para justificar a tal "verba indenizatória". Conseguiu. Está na edição de hoje. O jornal obteve informações de cerca de 70 mil notas. É uma amostra quase mínima do reembolso criado em 2001. A Folha publica matéria com a primeira avaliação. Bingo! Há notas de empresas fantasmas, endereços fictícios etc. Os deputados juntam a papelada para justificar o adicional mensal de R$15 mil. Haja recibo de aluguel de carro, de seguranças, de pagamentos de "consultoria", empresa de táxi aéreo instalada em cidade que nem pista de pouso tem...
E, não faltou dizer na reportagem, a caixa-preta da "verba indenizatória" foi criada em 2001 por Aécio Neves, quando era presidente da Câmara. O próprio, o Aécio presidenciável do PSDB. O mineiro inventou o benefício como uma forma de dar aumento aos colegas e a si próprio. Diz a Folha "o uso do dinheiro era flexível, bastando apresentar uma nota fiscal e alegar que a despesa era relacionada ao exercício do mandato". Vamos raciocinar? O objetivo da "verba" era dar um aumento disfarçado aos deputados. Certo? Supondo que eles gastassem o extra em despesas verdadeiras, não sobraria nada para o bolso de suas excelências e então não seria aumento. Certo? Daí que, para engordar as contas das figuras, só mesmo criando despesas fictícias. Uai, sô, elementar!
Há anos a Folha de São Paulo lutava na justiça para ter acesso às notas fiscais entregues à Câmara pelos deputados para justificar a tal "verba indenizatória". Conseguiu. Está na edição de hoje. O jornal obteve informações de cerca de 70 mil notas. É uma amostra quase mínima do reembolso criado em 2001. A Folha publica matéria com a primeira avaliação. Bingo! Há notas de empresas fantasmas, endereços fictícios etc. Os deputados juntam a papelada para justificar o adicional mensal de R$15 mil. Haja recibo de aluguel de carro, de seguranças, de pagamentos de "consultoria", empresa de táxi aéreo instalada em cidade que nem pista de pouso tem...
E, não faltou dizer na reportagem, a caixa-preta da "verba indenizatória" foi criada em 2001 por Aécio Neves, quando era presidente da Câmara. O próprio, o Aécio presidenciável do PSDB. O mineiro inventou o benefício como uma forma de dar aumento aos colegas e a si próprio. Diz a Folha "o uso do dinheiro era flexível, bastando apresentar uma nota fiscal e alegar que a despesa era relacionada ao exercício do mandato". Vamos raciocinar? O objetivo da "verba" era dar um aumento disfarçado aos deputados. Certo? Supondo que eles gastassem o extra em despesas verdadeiras, não sobraria nada para o bolso de suas excelências e então não seria aumento. Certo? Daí que, para engordar as contas das figuras, só mesmo criando despesas fictícias. Uai, sô, elementar!
O cajueiro do Vieira (do Lamas)
por Gonça
Vieira, o mais antigo garçom do Lamas, comemorou 70 anos de idade, 35 de casa, e anuncia sua aposentadoria neste fim de ano. Durante anos, gerações de jornalistas da Manchete frequentaram o Lamas no endereço original, no Largo do Machado, e no atual, na Marquês de Abrantes. Ney Bianchi, Carlinhos de Oliveira, Henrique Diniz, Monteirinho, Ronaldo Bôscoli, Sérgio de Souza, Wilson Pastor, Sergio Ryff, muitos e saudosos amigos foram atendidos pelo bom Vieira. Em torno de um chope bem tirado e pratos como os famosos filé mignon à francesa ou à oswaldo aranha, o filé à milanesa ou a canja especial, reuniam-se outros colegas das revistas da Bloch como Machadinho, Alberto Carvalho, Orlandinho, Marcelo Horn, Jussara, Regina d'Almeida, Egberto, Maria Alice, Deborah, Raul Silvestre (da TV Manchete)...
Há quase 20 anos, um fotógrafo da Manchete trouxe do Nordeste uma caixa de cajus, que distribuiu na redação. Levei alguns ao Lamas, pedimos uma boa cachaça e ali mesmo demos um destino honroso ao caju nordestino como excelente tira-gosto que é. O Vieira, que nos atendia, tinha acabado de comprar um sítio no interior do Estado, esse mesmo aonde deve ir agora desfrutar da sua merecida aposentadoria, gostou do visual do caju: "Não joguem as castanhas fora. Guardem pra mim que vou plantar no meu sítio".
Dependendo do solo, um cajueiro leva de três a cinco anos para dar frutos. Voltávamos ao Lamas nos anos seguintes e o Vieira não esquecia de dar notícia: "Vingou!"; "Tá lá crescendo"; "Tá florando!".
Deixei a Manchete, fui trabalhar em outras redações, as idas ao Lamas se tornaram raras, infelizmente. Estive lá depois de uma das saídas do tradicional bloco dos jornalistas, o Imprensa que Eu Gamo, há uns três anos, mas naquele dia não encontrei o Vieira. Fiquei sem notícias do cajueiro. Mas torço para que ainda esteja lá, com seus frutos, à espera do dono do sítio. Saúde, amigo Vieira!
Ui! A emoção fluiu!
O livro branco das privatizações nos anos 90 ainda vai ser publicado. Enquanto isso, é recolher pequena pérolas soltas por aí. Ex-diretora do BNDES de 1993 a 1996, quando a onda de privatização aceitava moeda podre e varria o país de alto a baixo, Elena Landau deixou, como diria o chavão de uma atriz da Globo, "a emoção fluir" em entrevista a Mônica Bergamo, hoje, na Folha de São Paulo. Um trecho da coluna: "Como investidora, Landau é, digamos ideológica. Não investe em ações de empresa com participação estatal. 'Não compro Petrobrás por questão de princípio. Não entro em sociedade de economia mista. Não gosto de coisa que tem o governo administrando'".
E pensar que com todo esse ódio no coraçãozinho, a economista esteve à frente de um banco público. Faz sentido.
E pensar que com todo esse ódio no coraçãozinho, a economista esteve à frente de um banco público. Faz sentido.
Cartaz de Obama vai parar na justiça
Deu no New York Times: o famoso cartaz de campanha de Barack Obama virou objeto de colecionador mas foi parar nos tribunais. O criador do cartaz, o artista plástico Shepard Fairey se "inspirou" em uma foto da AP, que corre atrás do prejuízo. Fairey admitiu o plágio. Precisava?
Com a corda no pescoço
por Eli Halfoun
A nudez da escritora e apresentadora Fernanda Young estampada na revista Playboy não agradou, como era de se esperar, a gregos e troianos (na verdade não agradou nem a uns e nem aos outros), mas tem rendido, além de críticas e piadas, algumas discussões, certamente inúteis. A mais recente se desenvolve em torno dos nós que atam Fernanda em algumas fotos. Agora a gente fica sabendo que os nós são do shibari, técnica milenar japonesa usada artisticamente para amarrar objetos, pacotes ou mulheres como Fernanda fez questão de mostrar. A corda tradicional japonesa utilizada para shibari é de cânhamo e quando é usada para amarração sexual ganha o apropriado nome de kinbaku. Há quem garanta que nas fotos de Fernanda a amarração sexual está mais para origami do que para fantasia sadomasô. Quem bom que esclareceram: como é que íamos poder dormir sem saber disso? (Foto: Divulgação/Playboy)
Praias fora de ordem
por Gonça
A prefeitura anuncia "choque de ordem nas praias". Por que não apenas ordem e que seja fiscalização permanente, metódica, e não surtos com jeito de jogada marqueteira? Basta caminhar pela orla para apontar numerosas infrações à lei. Como bicicletas fora da ciclovia circulando a toda velocidade nas avenidas interrompidas ao tráfego, na cara dos guardas municipais, entre idosos, crianças que brincam e demais pedestres. Quando ocorrer um grave acidente, e só aí - colisões ocorrem a toda hora -, as autoridades vão partir para outro inútil "choque de ordem". As barulhentas bombas hidráulicas com motor a gasolina que abastecem os chuveiros infernizam com altos decibéis a vida de que passa por ali. Alguém se preocupa com isso? Não, apenas os ouvidos de quem vai à praia. São ilegalidades flagrantes, não combatidas. Mas a prefeitura resolveu dar prioridade ao combate à venda de coco na areia. A alegação é que o coco polui e que será substituido por produtos industrializados. E as embalagens dos produtos industrializados não poluem? A medida dará aos quiosques o monopólio de venda de coco? Um breve replay: o ex-prefeito César Maia, em polêmica licitação que foi parar na justiça, concedeu a uma empresa a administração de todos os quiosques da orla. A empresa cobra aluguel dos espaços, indica os produtos que podem ser vendidos e abastece a rede. Não há muito tempo, a mesma empresa tentou banir dos quiosques o coco, trocando-o por produto industrializado. Não deu certo. Cariocas, turistas e toda a torcida do Vasco preferem o produto natural. Bom ficar de olho. A quem essa proibição, travestida de supostos "bons propósitos" (higiene, ecologia etc), beneficiará? Diria que a prefeitura está precisando de um choque de transparência. (Bombas barulhentas. Foto:Jussara Razzé)
A prefeitura anuncia "choque de ordem nas praias". Por que não apenas ordem e que seja fiscalização permanente, metódica, e não surtos com jeito de jogada marqueteira? Basta caminhar pela orla para apontar numerosas infrações à lei. Como bicicletas fora da ciclovia circulando a toda velocidade nas avenidas interrompidas ao tráfego, na cara dos guardas municipais, entre idosos, crianças que brincam e demais pedestres. Quando ocorrer um grave acidente, e só aí - colisões ocorrem a toda hora -, as autoridades vão partir para outro inútil "choque de ordem". As barulhentas bombas hidráulicas com motor a gasolina que abastecem os chuveiros infernizam com altos decibéis a vida de que passa por ali. Alguém se preocupa com isso? Não, apenas os ouvidos de quem vai à praia. São ilegalidades flagrantes, não combatidas. Mas a prefeitura resolveu dar prioridade ao combate à venda de coco na areia. A alegação é que o coco polui e que será substituido por produtos industrializados. E as embalagens dos produtos industrializados não poluem? A medida dará aos quiosques o monopólio de venda de coco? Um breve replay: o ex-prefeito César Maia, em polêmica licitação que foi parar na justiça, concedeu a uma empresa a administração de todos os quiosques da orla. A empresa cobra aluguel dos espaços, indica os produtos que podem ser vendidos e abastece a rede. Não há muito tempo, a mesma empresa tentou banir dos quiosques o coco, trocando-o por produto industrializado. Não deu certo. Cariocas, turistas e toda a torcida do Vasco preferem o produto natural. Bom ficar de olho. A quem essa proibição, travestida de supostos "bons propósitos" (higiene, ecologia etc), beneficiará? Diria que a prefeitura está precisando de um choque de transparência. (Bombas barulhentas. Foto:Jussara Razzé)
Século 21 é o fim de tudo
por Eli Halfoun
São freqüentes as discussões sobre o futuro do jornalismo – uma discussão que não deixa de ser necessária, mas que de certa forma acaba sempre deixando de lado um olhar para o futuro do jornalista que vê o mercado de trabalho achatar-se cada vez mais, é mal pago e não tem perspectiva de conquistar uma boa aposentadoria até porque muitos profissionais são obrigados a trabalhar como “frilas”, outra imposição do mercado. Vem mais discussão por aí: quem está de volta ao Brasil é Tom Wolfe, criador do New Journalism e autor do livro Fogueira das Vaidades que em 1990 virou filme com Tom Hanks, Bruce Willis e Melanie Griffith. Tom Wolfe, que participou, recentemente, do Festival Literário de Paraty promete palestras interessantes e confessa sua preocupação com três temas e revela que “se a genética diz que somos todos resultados de uma programação, não existe livre arbítrio e não temos culpa de nada". Outra preocupação de Wolfe é com o avanço da pornografia e ainda e com a defesa de Nietzche: “ele previu o nazismo, as duas Guerras Mundiais e a falência total dos valores no século 21”. Quer dizer: estamos a caminho do fundo do poço.
São freqüentes as discussões sobre o futuro do jornalismo – uma discussão que não deixa de ser necessária, mas que de certa forma acaba sempre deixando de lado um olhar para o futuro do jornalista que vê o mercado de trabalho achatar-se cada vez mais, é mal pago e não tem perspectiva de conquistar uma boa aposentadoria até porque muitos profissionais são obrigados a trabalhar como “frilas”, outra imposição do mercado. Vem mais discussão por aí: quem está de volta ao Brasil é Tom Wolfe, criador do New Journalism e autor do livro Fogueira das Vaidades que em 1990 virou filme com Tom Hanks, Bruce Willis e Melanie Griffith. Tom Wolfe, que participou, recentemente, do Festival Literário de Paraty promete palestras interessantes e confessa sua preocupação com três temas e revela que “se a genética diz que somos todos resultados de uma programação, não existe livre arbítrio e não temos culpa de nada". Outra preocupação de Wolfe é com o avanço da pornografia e ainda e com a defesa de Nietzche: “ele previu o nazismo, as duas Guerras Mundiais e a falência total dos valores no século 21”. Quer dizer: estamos a caminho do fundo do poço.
A dolorosa realidade da aposentadoria
por Eli Halfoun
Agora que a aposentadoria está outra vez no foco das discussões (discute-se muito, mas nunca se resolve nada) e com a possibilidade de o governo vetar os índices reais de aumento que os nossos ex-trabalhadores precisam é bom relembrar que é uma dolorosa ilusão acreditar que quando a aposentadoria chegar depois de muitos anos de labuta intensa o trabalhador poderá descansar e usufruir merecido descanso. Nada disso: a baixa remuneração das aposentadorias e o alto custo de vida obrigam aposentados a voltar ao mercado de trabalho para complementar a renda. Descansar pra que?
Essa é uma das conclusões do Relatório Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho. Aposentados entre 50 e 64 anos são os que mais retornam ao serviço e só em 2006 foram 4.196.286 (aumento de 9,77% em relação à 2005). Uma prova concreta de que o que a Previdência paga não dá nem para a saída. Agora nem se fala. Especialistas avaliam que a necessidade de rendimento extra é a principal razão, mas destacam também o fato das empresas estarem buscando funcionários com experiência”. Estudos mostram que a única faixa com maior retração de emprego é a entre 16 e 17 anos. Portanto, olhemos para nossos velhos e também para nossos jovens.
A aposentadoria é um fenômeno historicamente recente, instituído na sociedade industrial como um direito adquirido pelos trabalhadores. Mas não dá para negar que a passagem do trabalho ao repouso é acompanhada de modificações que marcam profundamente a vida dos indivíduos. Associações de defesa do aposentado atribuem a obrigatoriedade de voltar ao trabalho ao achatamento das aposentadorias e pensões, resultado de uma política e um comportamento social que estigmatiza e excluiu os direitos de cidadania dos idosos e, portanto, dos aposentados.
Estudos mostram que entre 1991 e 2000 o número de aposentados no Brasil cresceu em média 35%. Calcula-se que só no Rio estejam cerca de 1,5 milhões de idosos aposentados, quase todos obrigados a abrir mão da justa sombra e água fresca para retornar, por absoluta necessidade financeira, ao mercado de trabalho, que não lhes oferece muito e nem os trata com respeito. Parece que voltamos ao passado aos períodos históricos quando idosos eram encarados, na maioria das vezes, como sendo “inúteis” ou “sobrantes” por estarem fora do processo produtivo.
Os aposentados estão isso sim é recebendo pouco - cada vez menos - e pagando caro por conta de uma política que nunca os tratou com atenção. É preciso - e já - olhar para o presente e o futuro e retribuir aos aposentados o que com trabalho conquistaram: uma real aposentadoria.
Agora que a aposentadoria está outra vez no foco das discussões (discute-se muito, mas nunca se resolve nada) e com a possibilidade de o governo vetar os índices reais de aumento que os nossos ex-trabalhadores precisam é bom relembrar que é uma dolorosa ilusão acreditar que quando a aposentadoria chegar depois de muitos anos de labuta intensa o trabalhador poderá descansar e usufruir merecido descanso. Nada disso: a baixa remuneração das aposentadorias e o alto custo de vida obrigam aposentados a voltar ao mercado de trabalho para complementar a renda. Descansar pra que?
Essa é uma das conclusões do Relatório Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho. Aposentados entre 50 e 64 anos são os que mais retornam ao serviço e só em 2006 foram 4.196.286 (aumento de 9,77% em relação à 2005). Uma prova concreta de que o que a Previdência paga não dá nem para a saída. Agora nem se fala. Especialistas avaliam que a necessidade de rendimento extra é a principal razão, mas destacam também o fato das empresas estarem buscando funcionários com experiência”. Estudos mostram que a única faixa com maior retração de emprego é a entre 16 e 17 anos. Portanto, olhemos para nossos velhos e também para nossos jovens.
A aposentadoria é um fenômeno historicamente recente, instituído na sociedade industrial como um direito adquirido pelos trabalhadores. Mas não dá para negar que a passagem do trabalho ao repouso é acompanhada de modificações que marcam profundamente a vida dos indivíduos. Associações de defesa do aposentado atribuem a obrigatoriedade de voltar ao trabalho ao achatamento das aposentadorias e pensões, resultado de uma política e um comportamento social que estigmatiza e excluiu os direitos de cidadania dos idosos e, portanto, dos aposentados.
Estudos mostram que entre 1991 e 2000 o número de aposentados no Brasil cresceu em média 35%. Calcula-se que só no Rio estejam cerca de 1,5 milhões de idosos aposentados, quase todos obrigados a abrir mão da justa sombra e água fresca para retornar, por absoluta necessidade financeira, ao mercado de trabalho, que não lhes oferece muito e nem os trata com respeito. Parece que voltamos ao passado aos períodos históricos quando idosos eram encarados, na maioria das vezes, como sendo “inúteis” ou “sobrantes” por estarem fora do processo produtivo.
Os aposentados estão isso sim é recebendo pouco - cada vez menos - e pagando caro por conta de uma política que nunca os tratou com atenção. É preciso - e já - olhar para o presente e o futuro e retribuir aos aposentados o que com trabalho conquistaram: uma real aposentadoria.
sábado, 21 de novembro de 2009
Viagem visual (com André Cypriano) ao Presídio da Ilha Grande e à Rocinha
Desde 1993, André Cypriano focaliza um facção criminosa dentro e fora dos presídios cariocas. Um trabalho que começou quando o fotógrafo foi ao Instituto Penal Cândido Mendes, o famoso e de triste memória presídio da Ilha Grande. Cypriano publicou um belíssimo livro - O Caldeirão do Diabo - Editora Cosac & Naify - com essas fotos. Na revista Imprensa, rubrica Ensaio, edição 251, há uma matéria sobre o fotógrafo paulistano ganhador do New Works Award, de 1998, e do Mother Jones International, de 1999. Nas reproduções, a capa e uma foto interna do livro O Caldeirão do Diabo. Acesse aqui o site André Cypriano (vá até à aba Portfolios, no canto superior direito da homepage) e veja fotos do presídio e um belíssimo ensaio sobre a Rocinha.
Tempo perdido (deu na revista Fatos, em 1986)
por Gonça
O Secretário-geral da reunião climática da ONU, Yvo de Boer, avalia que o Brasil terá um papel importante, como líder do bloco dos países em desenvolvimento e autor de iniciativas concretas para a redução da emissão dos gases-estufa. A Convenção de Mudanças Climáticas, que acontecerá em Copenhague, reunirá 192 países mas a busca de um acordo será complicada. China e Estados Unidos, apesar das promessas de campanha de Barack Obama, já anunciaram, no velho estilo Bush, que não vão assumir um compromisso de metas. Juntos, os dois países respondem por 40% das emissões globais e dependem de fontes de energia poluente. O Brasil avança, oferece metas, mas mostra contradições internas que podem comprometer a anunciada liderança ambiental. Por pressões de grupos privados associados a políticos, o governo tem autorizado a construção de usinas a carvão e de siderúrgicas a carvão vegetal, instalações altamente poluentes e danosas ao meio ambiente. Isso quando a oferta de gás natural, que polui menos, está crescendo. O fato é que enquanto cada país luta pelo que considera serem seus interesses econômicos, o mundo está perdendo o tempo e a batalha contra o aquecimento global. Em 1986, duarante uma reunião do Subcomitê de Poluição Ambiental do Senado dos Estados Unidos, o senador John Chaffe assegurou: "É possível que através de sua ignorância ou indiferença, o homem estaja alterando de forma irreversível a capacidade da nossa atmosfera suportar a vida". Vão-se 23 anos. Este, um dos primeiros alertas, foi publicado pela extinta revista Fatos (publicação semanal de informação e análise da Bloch Editores que durou cerca um ano e meio e foi fechada por motivos políticos). De lá pra cá, muita conversa e poucos avanços. (Na reprodução, matéria publicada na revista Fatos em julho de 1986)
No ar, amanhã, o novo RJTV
Na próxima segunda-feira, dia 23, o RJTV exibirá novo visual e novos apresentadores. A jornalista Ana Paula Araújo vai apresentar a primeira edição do telejornal, às 11h55. O uso teleprompter será dispensado na apresentação das reportagens, com foco no serviço à comunidade. A bancada será menor e o estúdio facilitará a movimentação dos jornalistas, convidados e comentaristas. Entre eles, o ex-capitão do Bope e autor do livro Elite da Tropa (com Luiz Eduardo Soares e André Batista), Rodrigo Pimentel, que fará sua estreia na TV. De segunda a sexta-feira, ele será o responsável pela análise de segurança pública no Rio de Janeiro. Pimentel dará dicas para os moradores da cidade. Outra nova participação é a do médico Luís Fernando Correia, que, de terça a sexta-feira, vai tirar dúvidas dos telespectadores na área de saúde e bem-estar. O repórter Edimílson Ávila também estará no estúdio diariamente, com informações sobre trânsito e eventos nas ruas da cidade. Próximo ao fim de semana, Fábio Júdice apresentará notícias na coluna sobre cultura e entretenimento. No esporte, às segundas e quintas-feiras, Luís Roberto e Júnior discutirão a rodada de futebol, entre outras modalidades. O ‘RJTV 2ª edição’, às 18h45, também estará renovado. O apresentador Márcio Gomes assumirá o telejornal em novo cenário, com as últimas notícias do dia no Rio de Janeiro.
O 'RJTV 1ª edição' é exibido de segunda-feira a sábado, às 11h55. O ‘RJTV 2ª edição’ vai ao ar, de segunda-feira a sábado, às 18h45. (Informações da Central Globo de Comunicação. Na foto, Ana Paula Araújo. Crédito: Divulgação/TV GLOBO / Isac Luz)
O 'RJTV 1ª edição' é exibido de segunda-feira a sábado, às 11h55. O ‘RJTV 2ª edição’ vai ao ar, de segunda-feira a sábado, às 18h45. (Informações da Central Globo de Comunicação. Na foto, Ana Paula Araújo. Crédito: Divulgação/TV GLOBO / Isac Luz)
Sai pra lá, gordinha
por Eli Halfoun
Sabe aquelas senhoras rechonchudas que faziam a alegria dos pintores e literalmente enchiam os salões de festa da antiga? Pois é, hoje elas não passariam (e não só porque não caberiam) pela porta de qualquer atelier. Enquanto “nas antigas” as gordinhas (só para usar um termo mais gentil) eram retratos da beleza hoje são sinônimos de doenças e falta de cuidados com o corpo. Se for verdade que somos aquilo que comemos estamos comendo mal, muito mal, embora não se possa negar que os alimentos menos ou nada saudáveis são os mais saborosos. A dieta do brasileiro está recheada de carboidratos, açucares e gorduras. Resultado: já temos gordinhos e gordinhas demais, o que significa dizer que não demora muito teremos mais e mais pessoas com diabetes, acidentes vasculares cerebrais e infartos. Recente estudo revela que 43,3% da população estão com sobrepeso e 13% já estão obesos. O estudo mostra também que em 1996 13,4% das crianças com menos de cinco anos eram atingidas pela desnutrição. O quadro mudou: em 2006 a desnutrição caiu para 6,7% (uma queda de 50% em dez anos). Há quem acredite que se o Brasil mantiver o ritmo, a desnutrição será praticamente nula entre 10 a 15 anos, mas em compensação seremos um país de gordinhos. É preocupante: se o acesso a alimentação contribui para a redução da desnutrição, por outro lado está proporcionando o aumento na estatura do brasileiro, ou seja, a má alimentação associada a falta de prática de exercícios físicos e, em conseqüência o sobrepeso é responsável por doenças evitáveis (diabetes, acidentes vasculares cerebrais, infartos), males para os quais os jovens se encaminham no prato nosso de cada dia: de acordo com a coordenação de Doenças não Transmissíveis, do Ministério da Saúde “os jovens estão se alimentando mal e não estão praticando esportes”, o que resultou no crescimento da Massa Corporal (já estamos com 82%) dos adolescentes entre 10 a 19 anos.No Brasil quem passou, enfim, a poder comer pelo menos uma vez ao dia, é obrigado a recorrer, por conta dos custosa daqueles qualificados como alimentos saudáveis, aos carboidratos (arroz, macarrão, batata e pão, principalmente) e aos açucares, especialmente as sobremesas mais baratas como goiabadas, marmeladas, docinhos vendidos em camelôs, e biscoitos. Sabemos todos que a alimentação inadequada é uma das causadoras da obesidade. Essa é também uma das maiores preocupações dos Estados Unidos (continuamos copiando as besteiras de lá), onde os rechonchudos não conseguem fazer seguros de vida. Deixemos os americanos pra lá: aqui o que se faz necessariamente urgente é ensinar (até nas escolas) que alimentação saudável é vida. Gordura não é sinal de saúde. Nem de beleza. (Foto; Reprodução de matéria de capa recente da revista Glamour só com modelos que o editor considerou "gordas")
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
O Airbus A380 decolou hoje de Paris para Nova York. É o primeiro vôo comercial do gigante
Com mais de 500 passageiros a bordo, um Airbus A380 da Air France deixou o aeroporto parisiense de Roissy-Charles de Gaulle, nesta sexta-feira, com destino a Nova York. É o primeiro vôo comercial do maior avião de passageiros do mundo. Na classe econômica, cada passagem saiu por mil euros. Alguém se habilita? No próximo dia 23, começarão os vôos regulares. Na sequência, o Airbus no CDG; a classe econômica; a cabine especial; e o vôo (Fotos: Divulgação/Air France/Airbus)
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