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O tom de voz e a expressão da âncora Ana Paula Araújo, no Jornal Nacional, da TV Globo, ontem, não eram o usual para quem lê editoriais ou notas oficiais da emissora. Nada de frieza. Ela parecia muito justamente indignada. O motivo? Uma resposta às críticas à imprensa feitas pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que chamou os meios de comunicação de "sórdidos", "porque só vendem se a matéria for ruim".
O texto lido por Ana Paula classificou de "estarrecedor" que o ministro não reconheça o trabalho da imprensa sobre a pandemia.
Mandetta sugeriu até desligar a TV. "Às vezes ela é tóxica demais", criticou.
A mídia em geral tem feito um importante trabalho de conscientização e de serviço sobre a Covid-19. Certamente, ajudou em muito a alertar a população mesmo quando o próprio Ministério da Saúde não recomendava medidas restritivas e desprezava, por exemplo, controles sobre a chegada de passageiros de países afetados pelo vírus, fechamento de escolas, isolamento social etc.
Hoje, especialistas dizem que o Brasil perdeu tempo precioso na luta contra o poderoso inimigo. Se foram reticentes por pressões internas ou convicções, provavelmente jamais saberemos. Importa que o próprio ministério mudou de ideia ao ver o tamanho da catástrofe global no rastro do novo coronavírus.
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