por Niko Bolontrin
Para o futebol, viradas inesperadas são eletrizantes. Quem não se lembra daquele Vasco e Palmeiras, em dezembro de 2000, quando o Gigante da Colina perdia por 3 x 0 e ganhou de 4 X 3, com os vascaínos Romário, Euler, Juninho Paulista e Juninho Pernambucano garantindo a Copa Mercosul?
Acontece. Mas no Brasil não com tanta frequência como tem rolado na Europa nessa temporada. A Champions League 2018-2019 já registra cinco viradas tidas como quase impossíveis. Quando pareciam eliminados, Ajax (duas vezes), Manchester United, Liverpool e Tottenham colocaram os placares de perna pro ar e sobreviveram na competição. Dois desses "times da virada", Liverpool e Tottenham, farão a finalíssima no dia 1° de junho, em Madri.
Esse jogos fizeram a alegria de milhares de torcedores. Mas entre os felizes estavam alguns muito mais eufóricos. Quem apostou nas "zebras" ocasionais embolsou milhares de euros e libras. É possível que algum brasileiro tenha descolado um bom troco: site de aposta on line não se detém na fronteira e alcança todos os bolsos no mundo inteiro.
A proliferação de aplicativos de apostas nos smartphones faz crescer exponencialmente o movimento nos sites de jogos. Ninguém precisa mais ir a casas de apostas em ruelas ou telefonar para bookmakers suspeitos, basta pagar on line e teclar uns palpites. O crescimento dessa indústria da sorte levou a uma parceria entre o futebol e os conglomerados do jogo. Mais da metade dos clubes ingleses, por exemplo, é patrocinada por sites de apostas. Confira: jogaores carregam no peito Bet365, Fun88, Dafabet, Skybet etc. Tais marcas estão em anúncios, cartazes, até mesmo em naming rights de estádios e nas camisas de muitos times. Nada fora das leis locais. O que parte da mídia começa a discutir é a exposição de crianças aos anúncios que estimulam apostas e um possível conflito que pode contaminar o futebol: se um site de apostas tem interesses no resultado de um jogo de um time patrocinado por ela, como fica? Haverá risco de influência indevida?
De qualquer maneira, já se constata que, em função do que fatura, o futebol europeu e o inglês em especial, que apostar faz parte do DNA dos súditos da rainha, já estariam financeiramente viciados no jogo on line.
Dois times ingleses farão o jogo final de uma Liga dos Campeões onde viradas improváveis aconteceram como nunca antes. Apesar disso, quem sou eu para achar que isso é suspeito.
Vai ser um jogão.
sábado, 11 de maio de 2019
Game of Thrones: o copo de café penetra que gerou polêmica
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| O copo de café latte pousado na mesa do banquete em GOT não foi percebido pelo elenco nem pela equipe técnica e ganhou repercussão mundial. Foto HBO |
por Clara S. Britto
Um dos tópicos de maior repercussão nas redes sociais na última semana foi um café. Precisamente um copo de café latte da Starbucks largado no cenário de Game of Thrones.
Percebido pelo público da trama dos reinos, o item moderno provocou polêmica e troca de acusações no elenco da série. Emily Clarke, teria apontado a colega Sophie Turner por contaminar a cena com o item moderno. Turner devolveu a acusação.
O copo foi cortado depois nas reexibições. O que não impediu de internautas especularem se o café penetra seria um merchandising da Starbucks. O fato é que a marca faturou em exposição e presença nas redes sociais em todos os idiomas.
quinta-feira, 9 de maio de 2019
BBC demite apresentador racista que comparou o filho de Harry e Meghan a um chimpanzé
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| Harry e Meghan, ao lado da mãe dela, Doria, apresentam o bebê Archie aos bisavós Rainha Elizabeth e Príncipe Philip. Foto Sussex Royal/Divulgação |
O título da postagem:"Bebê real deixa o hospital".
O bebê Archie Harrison Mountbatten-Windsor é o sétimo na linha de sucessão da coroa britânica.
Veja abaixo o tuíte, que já foi deletado do aplicativo, com a imediata e justa punição do apresentado racista. A mensagem odiosa foi condenada por muitos dos 500 mil seguidores de Baker.
quarta-feira, 8 de maio de 2019
Chegou o Feboapá (Festival de Bobagens que Assola o País)...
por O.V.Pochê
Inspirado no célebre Festival de Besteiras que Assola o País (Febeapá) criado nos anos 1960 por Stanislaw Ponte Preta, o Sérgio Porto, que atuou na Manchete, Fatos & Fotos e Última Hora, um leitor deste blog (que também alcança público no Facebook, Twitter e Instagram) pede o lançamento do Festival de Bobagens que Assola o País (Feboapá). Ele mesmo envia os primeiros tópicos baseados no noticiário, em exóticas declarações e em bizarras crises governamentais.
Game over - Do governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel durante operação policial em Angra do Reis - "Vamos botar fim na bandidagem". (Na verdade, nessa caça ao crime atirador a bordo de um helicóptero atingiu uma barraca que imaginou ser um perigoso acampamento de traficantes. Não era. A tenda azul costuma abrigar evangélicos em oração e felizmente estava vazia. O vídeo viralizou na internet e o governador foi comparado a Charles Bronson, Chuck Norris e Rambo. Mas, atenção: é fake news versão revelando que a operação foi inspirada em games de ação).
No espeto - Do ministro da Educação, Abraham Weintraub: "Eu sofri um processo administrativo interno (e eu fui inocentado, ele foi arquivado), mas, durante um ano e oito meses, eu fui investigado, processado e julgado. (No processo) está escrito inquisitorial e sigiloso. Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do Kafta ou a Gestapo". (No twitter, o leitor Charles Rosa comentou: "O ministro da Educação acaba de chamar o escritor Franz Kafka de "Kafta". Confesso que preferiria acordar sendo uma barata do que ser governado por gente tão inepta")
Jesus voltou! - Do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo: "De fato, a pedra que os órgãos de imprensa rejeitaram, que a mídia rejeitou, a pedra que os intelectuais rejeitaram, a pedra que tantos artistas rejeitaram, a pedra que tantos autoproclamados especialistas rejeitaram, essa pedra tornou-se a pedra angular do edifício, o edifício do novo Brasil". (Na Bíblia, a "pedra angular" é Jesus. O ministro confirmou a comparação do presidente com o Filho de Deus. Mas não comentou se a aparição que outra ministra, Damares Oliveira, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,viu na goiabeira era Jesus ou Bolsonaro.)
Soletrando - Do ministro da Justiça, Sérgio Moro em fala na CCJ da Câmara: "A possibilidade, por exemplo, de uma mulher, uma conje, seja morta pelo seu conje...". No Conversa com Bial, referindo-se a atritos com Rodrigo Maia: "No fundo, essas rugas pontuais, em política, podem acontecer". No mesmo programa: "Se o conje vim a ser condenado sobre violenta emoção..." (Comentário de Ciro Gomes: "Se os filhos do Moro forem aprender português com ele em casa, é preciso chamar o Conselho Tutelar")
De Bolsonaro divagando sobre o tema confiança: "Não interessa quem está na frente ou atrás. O importante é que quem está atrás confia em quem está na frente e eu que estou na frente ou no meio confia em quem está na frente isso desperta a confiança entre nós". (Por motivos óbvios, as redes sociais ficaram em dúvida sobre o contexto exato da fala presidencial)
Filósofo do furico - Do astrólogo Olavo de Carvalho, conselheiro presidencial, ao repórter Fred Melo Paiva, da Carta Capital, sobre ações policiais: “Isso é fascismo? Fascismo é o cu da sua mãe”. Do mesmo astromante à Folha de São Paulo, ao ser chamado de ideólogo: “Atenção, ô chefe da fôia: Ideólogo é o cu da sua mãe”. (Se você for ao buscador Google e associar cu+Olavo encontrará mais de 400 mil referências. O monossílabo é a palavra mais usada pelo astrólogo Olavo de Carvalho, o principal conselheiro do atual morador do Alvorada. Até para aperfeiçoar o estilo e evitar a monotonia, Olavo deveria apelar para um negócio chamado sinônimo. Vâo algumas sugestões: fiofó, furico, oritimbó, rosca, redondo, olhota...)
Corre de novo pro Google! - Nos últimos dias, o acesso às palavras Trótski e Rasputin aumentou significativamente. Era a milícia digital que apoia o governo tentando saber quem são esses. Para o general Villas Boas, Olavo é o "Trótski da direita". Para muitos, ele é o Rasputin que cuida do departamento de intrigas do governo Bolsonaro. (Pensou-se que o Brasil se dividiu entre esquerda e direita porque ainda não saiu da Guerra Fria. Engano: trazer Trótski e Rasputin para o centro da crise palaciana mostra que o país parou na dobra do tempo entre a Rússia czarista e a revolução bolchevique.)
Inspirado no célebre Festival de Besteiras que Assola o País (Febeapá) criado nos anos 1960 por Stanislaw Ponte Preta, o Sérgio Porto, que atuou na Manchete, Fatos & Fotos e Última Hora, um leitor deste blog (que também alcança público no Facebook, Twitter e Instagram) pede o lançamento do Festival de Bobagens que Assola o País (Feboapá). Ele mesmo envia os primeiros tópicos baseados no noticiário, em exóticas declarações e em bizarras crises governamentais.
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| Realidade: tiro na barraca dos evangélicos. Reprodução Facebook |
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| E o game: ataque virtual. Reprodução |
Game over - Do governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel durante operação policial em Angra do Reis - "Vamos botar fim na bandidagem". (Na verdade, nessa caça ao crime atirador a bordo de um helicóptero atingiu uma barraca que imaginou ser um perigoso acampamento de traficantes. Não era. A tenda azul costuma abrigar evangélicos em oração e felizmente estava vazia. O vídeo viralizou na internet e o governador foi comparado a Charles Bronson, Chuck Norris e Rambo. Mas, atenção: é fake news versão revelando que a operação foi inspirada em games de ação).
No espeto - Do ministro da Educação, Abraham Weintraub: "Eu sofri um processo administrativo interno (e eu fui inocentado, ele foi arquivado), mas, durante um ano e oito meses, eu fui investigado, processado e julgado. (No processo) está escrito inquisitorial e sigiloso. Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do Kafta ou a Gestapo". (No twitter, o leitor Charles Rosa comentou: "O ministro da Educação acaba de chamar o escritor Franz Kafka de "Kafta". Confesso que preferiria acordar sendo uma barata do que ser governado por gente tão inepta")
Jesus voltou! - Do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo: "De fato, a pedra que os órgãos de imprensa rejeitaram, que a mídia rejeitou, a pedra que os intelectuais rejeitaram, a pedra que tantos artistas rejeitaram, a pedra que tantos autoproclamados especialistas rejeitaram, essa pedra tornou-se a pedra angular do edifício, o edifício do novo Brasil". (Na Bíblia, a "pedra angular" é Jesus. O ministro confirmou a comparação do presidente com o Filho de Deus. Mas não comentou se a aparição que outra ministra, Damares Oliveira, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,viu na goiabeira era Jesus ou Bolsonaro.)
Soletrando - Do ministro da Justiça, Sérgio Moro em fala na CCJ da Câmara: "A possibilidade, por exemplo, de uma mulher, uma conje, seja morta pelo seu conje...". No Conversa com Bial, referindo-se a atritos com Rodrigo Maia: "No fundo, essas rugas pontuais, em política, podem acontecer". No mesmo programa: "Se o conje vim a ser condenado sobre violenta emoção..." (Comentário de Ciro Gomes: "Se os filhos do Moro forem aprender português com ele em casa, é preciso chamar o Conselho Tutelar")
De Bolsonaro divagando sobre o tema confiança: "Não interessa quem está na frente ou atrás. O importante é que quem está atrás confia em quem está na frente e eu que estou na frente ou no meio confia em quem está na frente isso desperta a confiança entre nós". (Por motivos óbvios, as redes sociais ficaram em dúvida sobre o contexto exato da fala presidencial)
Filósofo do furico - Do astrólogo Olavo de Carvalho, conselheiro presidencial, ao repórter Fred Melo Paiva, da Carta Capital, sobre ações policiais: “Isso é fascismo? Fascismo é o cu da sua mãe”. Do mesmo astromante à Folha de São Paulo, ao ser chamado de ideólogo: “Atenção, ô chefe da fôia: Ideólogo é o cu da sua mãe”. (Se você for ao buscador Google e associar cu+Olavo encontrará mais de 400 mil referências. O monossílabo é a palavra mais usada pelo astrólogo Olavo de Carvalho, o principal conselheiro do atual morador do Alvorada. Até para aperfeiçoar o estilo e evitar a monotonia, Olavo deveria apelar para um negócio chamado sinônimo. Vâo algumas sugestões: fiofó, furico, oritimbó, rosca, redondo, olhota...)
Corre de novo pro Google! - Nos últimos dias, o acesso às palavras Trótski e Rasputin aumentou significativamente. Era a milícia digital que apoia o governo tentando saber quem são esses. Para o general Villas Boas, Olavo é o "Trótski da direita". Para muitos, ele é o Rasputin que cuida do departamento de intrigas do governo Bolsonaro. (Pensou-se que o Brasil se dividiu entre esquerda e direita porque ainda não saiu da Guerra Fria. Engano: trazer Trótski e Rasputin para o centro da crise palaciana mostra que o país parou na dobra do tempo entre a Rússia czarista e a revolução bolchevique.)
terça-feira, 7 de maio de 2019
Futebol não é só "dança do passinho". Foi o que o zagueiro Kompany, do Manchester City, mostrou ontem. Ele fez o gol apesar do treinador gritar "não chuta!"
por Niko Bolontrin
O gol do zagueiro Vincent Kompany, ontem, que praticamente dá ao Manchester City o Campeonato Inglês (ele só precisa empatar o próximo jogo com o 17° colocado Brighton) não apenas decretou a vitória contra o Leicester como dá uma lição a muitos treinadores tão adeptos da posse de bola e da troca de passes que inibem as jogadas individuais.
Kompany acertou o gol a cerca de 30 metros de distância. Um milésimo de segundo antes de disparar o chutaço salvador e sair como herói do jogo, ele ouviu dois gritos iguais e simultâneos do treinador Guardiola e do companheiro Aguero: "não chuta!". É o que o Daily Star revela hoje. O City trocava uma infinidade de passes e não conseguia ultrapassar a defesa do Leicester. O zagueiro perdeu a paciência com os atacantes e resolveu arriscar um chute direto. Mandou bem.
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| Reprodução |
O detalhe é que faltavam 20 minutos de jogo, continuava 0X0, e o Manchester City dependia da vitória para assegurar vantagem importantíssima na última rodada.
Ou seja, precisava era de chute a gol e não da dança do passinho.
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segunda-feira, 6 de maio de 2019
Jornalismo: o que a memória impressa ensina e as dúvidas sobre o futuro dos acervos digitais....
por José Esmeraldo Gonçalves
Para quem gosta de ver e até estudar fatos jornalísticos e anúncios de jornais no túnel do tempo há uma página interessante no Facebook e no Wordpress dedicada a tópicos da memória. Recentemente foi publicado o post acima com uma reprodução da Manchete sobre uma curiosidade da agenda do então presidente João Goulart em 1962.
Você pode acessá-la no endereço https://jornaisantigos.wordpress.com/?fbclid=IwAR3tct9ZC65BRfG9nqylQuib2r_hkjaYitdNiVR466Yj8kIsn-9N2vAkl34
Agora vamos ao comentário em "textão". A crise e a mudança de modelo do jornalismo impresso lançam dúvidas sobre a preservação do que é publicado atualmente. Os meios digitais, considerando-se uma consulta a ser feita daqui a 50 anos, por exemplo, garantiriam a permanência de textos e imagens com a mesma segurança proporcionada por antigos jornais e revistas impressos guardados em coleções particulares e bibliotecas públicas?
Vejam o caso da revista Manchete, cuja coleção foi recentemente digitalizada pela Biblioteca Nacional. A iniciativa facilita a consulta por leitores e pesquisadores, mas, no caso, o acervo físico permanece nas estantes da BN.
Daqui a meio século a memória apenas digital do G1, digamos, poderá ser plenamente acessada, a coleção de um veículo de comunicação digital ou de qualquer publicação impressa que migrou para a internet estará disponível? Páginas do Twitter, do Facebook, do Instagram, hoje utilizadas por instituições públicas, presidentes, políticos em geral, escritores, atletas, celebridades, movimentos sociais etc guardarão seus registros?
Há alguns anos, a direção de uma revista paulistana já extinta ordenou a destruição de centenas de CDs que guardavam vários anos de produção fotográfica digital. O motivo? Abrir espaço em um armário. E o banco de dados implantado em seguida só arquivava as fotos publicadas, quando se sabe que as "sobras" também podem conter memória histórica. A famosa foto do Che Guevara, do Alberto Korda, aquela que virou poster e camiseta em todo o mundo, era, por exemplo, "sobra" e só foi publicada pela primeira vez cerca de cinco anos depois de feita.
Voltando ao caso da destruição dos Cds. Anos depois, a crise da mesma editora levou a maiores restrições ao arquivamento de fotos sob a alegação de falta de gigabytes. Alguns bancos de dados armazenam mídias em discos magnéticos, mas estes, como os nossos HDs domésticos, os simples pen drives e outros dispositivos flash, podem falhar após uso intenso. Hoje, recorre-se à Nuvem, espaço virtual que não está inteiramente sob controle do usuário e onde dados podem ser roubados sem muita dificuldade.
As fotos de aniversários e viagens que você guarda no celular ou no laptop estão tão seguras como ficavam nos velhos álbuns analógicos? Seus netos vão vê-las?
Quem sabe...
Uma dica: Bill Gates digitalizou sua coleção de fotos, uma das maiores do mundo, mas guarda cromos, negativos e cópias a 65 metros abaixo do solo, em uma antiga mina de ferro, na Pensilvânia.
Que os meios digitais ajudam a divulgar como nunca a memória jornalística, ninguém duvida. Mas em matéria de preservação nem o fundador da Microsoft confia inteiramente na internet.
domingo, 5 de maio de 2019
Fotografia: 49 anos depois, revista Time publica fotos inéditas do ataque da Guarda Nacional de Ohio aos estudantes da Universidade de Kent que se manifestavam contra a guerra
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| Time/Reprodução (link abaixo) |
por Flávio Sépia
Em 1970, alunos de universidades americanas protestavam contra a Guerra do Vietnã. Mas foi a invasão do Camboja por tropas dos Estados, um ampliação do conflito no Sudeste Asiático, que motivou uma manifestação na Universidade de Kent, Ohio, no dia 4 de maio, há 49 anos.
O Vietnã estava na TV, jornais e revistas quase diariamente. As imagens eram cruas e sangrentas e certamente contribuíram para a reação da opinião pública americana e a crescente impopularidade do envolvimento das tropas americanas no conflito que culminaria coma derrota dos Estados Unidos cinco anos depois.
O massacre de Kent, amplamente fotografado, chocou especialmente. Era a guerra em casa, jovens soldados americanos fuzilando jovens estudantes americanos. O dia terminou com quatro alunos mortos, vários feridos, o país perplexo.
A revista Time dessa semana volta a Kent por um motivo: a agência Getty Images obteve um sequência de fotos inéditas daquele trágico dia. São imagens operadas pelos estudantes Howard Huffner e John Filo (foi descoberto um ângulo inédito da célebre foto com que Filo ganhou o Pulitzer, que mostrava Jeffrey Miller, um dos estudantes abatidos).
sábado, 4 de maio de 2019
Compra de votos: uma charge mais atual do que nunca...
por José Bálsamo
Esta charge do Mariano foi publicada na antiga revista Fatos em 1985. Vivíamos na capitania do notório José Sarney. Foi ano de eleições municipais e a compra de votos corria solta.
A camelotagem de votos é uma triste tradição. Tão arraigada que é praticada por presidentes eleitos. Não mais em troca de dentaduras e bicas d'água em favelas, no caso do eleitor popular, mas ao adquirir o "sim" de parlamentares dispostos a apoiar determinados projetos de interesse do executivo. Sabe-se que atualmente a compra de votos "evoluiu" para a ação de milicias e traficantes com poder armado de convencimento.
A cena não é datada. Quando se fala em "articular" a reforma da Previdência, a charge da Fatos está mais atual do que nunca.
Amarelou! Pôster dá tremedeira em banda punk e sobra para a produtora o prejuízo do cancelamento da turnê
por Ed Sá
Com a repercussão do poster de divulgação da turnê brasileira, o Dead Kennedys amarelou, temeu reações e desistiu dos shows. Os produtores brasileiros ironizaram a recuo e atualizaram o poster com um sugestivo "Chicken Kennedys". A ilustração, que as redes sociais interpretaram como sendo os Bolsonaros em figuração Bozo, agora estampa em camisetas que estão à venda para ajudar a diminuir o prejuízo com o forfait da banda. A produtora EV7 Live divulgou no Facebook comunicado sobre o assunto.
Nota oficial sobre o cancelamento dos shows do Dead Kennedys no Brasil
"Fomos bombardeados de e-mails e telefonemas desde a segunda feira da semana passada (22) por causa do famigerado poster que criamos para a turnê do Dead Kennedys no Brasil. Em respeito à banda e pelo contrato que tínhamos, nos abstivemos de fazer qualquer comentário público sobre o assunto – até agora. Na última sexta-feira, sem nos comunicar previamente ou mostrar qualquer boa vontade de discutir a questão, a banda anunciou o cancelamento dos shows no Brasil.
Ao longo da última semana, enviamos vários e-mails à banda, seu empresário e agente de reservas. Chegamos a oferecer a eles um generoso bônus para que reconsiderassem a possibilidade de vir e fazer os shows. Também oferecemos vários cenários amigáveis de cancelamento. Tudo o que queríamos era que a banda arcasse com os custos de reembolso daqueles que compraram ingresso antecipadamente. Todos os nossos e-mails foram negligenciados.
Diante da ausência de interesse da banda por um acordo amigável, não temos mais por que segurar nada. Vamos lá.
1) O conteúdo da arte foi aprovado por East Bay Ray diretamente ao desenhista, Cristiano Suarez. Abaixo o print do e-mail que poderíamos ter soltado semana passada, mas que seguramos na tentativa de contornar o problema.
2) O Instagram oficial do Dead Kennedys compartilhou o poster. Print também nos comentários. Foi o compartilhamento pela página da banda que levou à viralização da imagem.
3) Horas depois que a imagem já era viral e trending topics no Twitter, a banda nos escreveu dizendo que a arte não havia sido aprovada para uso e que deveria ser retirada de toda a internet. Já era tarde, evidentemente.
4) Fizemos um acordo para continuar com os eventos na quarta-feira dia 24, mas a banda rompeu este acordo de maneira unilateral na sexta dia 26, anunciando o cancelamento dos shows.
5) A banda decidiu não devolver o dinheiro dos fãs. Em sua própria nota de cancelamento (que eles apagaram, mas pode ser lida em qualquer lugar na internet), a banda disse que pretende doar parte do dinheiro dos fãs que compraram ingresso para “instituições de caridade”. Não informaram quais instituições nem qual valor. Todos sabem o nome disto.
6) Nós da EV7 Live vamos arcar com o custo astronômico de reembolso de todos os ingressos. Para tanto, estamos abrindo venda de camiseta e pôsteres especiais com a famigerada arte no intuito de levantar recursos para cobrir o reembolso da galera. Não usaremos nome ou marca da banda no pôster. O site para aquisição de camiseta e poster é https://ev7live.lojaintegrada.com.br.
7) Para aqueles que, como a gente, ficaram bastante decepcionados com tudo o que aconteceu de uma semana para cá, estamos com uma versão da camiseta chamada “CHICKEN KENNEDYS”. Atenção: “Chicken Kennedys” não possui relação alguma com nenhuma banda que você conhece e não infringe nenhum direito autoral ou propriedade intelectual. Se você está fazendo associação com alguma banda, isto é coisa da sua cabeça.
8) As vendas serão feitas exclusivamente pelo site https://ev7live.lojaintegrada.com.br e o frete já está incluso no preço dos produtos. As tiragens são limitadas e todos os recursos advindos da arte serão usados para cobrir o rombo causado pela inconsequente decisão da banda. Também está incluso no preço os devidos royalties ao autor da arte. Cristiano Suarez.
8) Comprando camiseta e poster no site abaixo, vocês terão certeza de que estarão adquirindo um produto com máxima qualidade de impressão. É possível encontrar a arte em outros sites por aí, mas eles estão usando imagens em baixa resolução. Além disso, comprando no site abaixo, vocês estarão ajudando uma produtora que foi lesada financeira e moralmente por pessoas mal organizadas, além de remunerar de maneira justa o ilustrador.
9) Sobre os reembolsos:
Rio: quem comprou presencialmente pode dirigir-se à bilheteria do Circo Voador. Quem comprou on-line basta aguardar o reembolso automático pela Tudus.
São Paulo, Belo Horizonte e Brasília: seja presencial ou online, os compradores devem preencher este formulário e aguardar instruções de reembolso pela TicketBrasil a partir de hoje : https://ticketbrasil.com.br/cancelamento-d…/evento-cancelado.
- SITE para aquisição de camiseta e poster: https://ev7live.lojaintegrada.com.br/
- Tanto o ilustrador (cristianosuarezartist@gmail.com) quanto nós da EV7 Live (ev7live@gmail.com) estamos disponíveis à imprensa para maiores esclarecimentos sobre o ocorrido."
Mídia - Dr. Pangloss e Hardy Har Har - um jornal sonha com trilhões de reais e o outro avisa que a indústria está despencando...
A EXPECTATIVA...
Carlos Heitor Cony escreveu na Folha de São Paulo, muitas vezes, que o otimista é apenas um sujeito mal informado. Parece ser caso do Globo. Desde a ascensão de Michel Temer, o jornal se embriaga de otimismo. Compraram o discurso da reforma trabalhista como aceleradora - praticamente um Lewis Hamilton - da volta do crescimento. Não rolou. Agora estão fissurados na cifra de 1 trilhão de reais da reforma da Previdência, uma das razões explícitas da adesão do jornal à política econômica de Bolsonaro. Sonham que a reforma trará piscinas cheias do dinheiro com que Paulo Guedes, o Tio Patinhas da "nova era", promete irrigar os bolsos já nutridos da turma do topo da pirâmide.
Na primeira página de hoje, o onírico 1 trilhão de reais, quase um fetiche, volta a inebriar os editores. Só que, aparentemente, cansado do otimismo que anuncia e que teima em não se realizar, O Globo toma a precaução de avisar que o novo 1 trilhão, dessa vez da área que o Brasil está passando o ponto, a do pré-sal, levará 30 anos para se materializar.
A Folha, embora vista a mesma camisa ideológica do concorrente, ou pensa como Cony - que dizia não abrir mão do pessimismo - ou respeita um pouco mais a inteligência de uma parcela, que seja, dos seus leitores. De qualquer forma, o jornal não esconde que a indústria recua mais 1,3% e avisa que "o pessimismo dos investidores desaquece o mercado".
Um parece a expectativa, outro a realidade. Ideologias e interesse à parte, digamos que a primeira página do Globo foi editada pelo Dr. Pangloss, o personagem "tudo beleza" de Voltaire, e a Folha por Hardy Har Har, a sábia hiena da Hanna Barbera, que tinha dois bordões imbatíveis: "eu sei que não vai dar certo" e "miséria, não sairemos vivos daqui".
... E A REALIDADE.
E essa capa da Time? Parece Brasil, né?
É Joanesburgo, África do Sul. Lá, a desigualdade é herança aguda do colonialismo agravada pelo apartheid e pela opressão financeira do neoliberalismo.
Uma foto dessas feita de um drone poderia ser enquadrada, e igualmente dramática, em centenas de cidades brasileira.
O Brasil está ali, pau a pau com África do Sul, ambos estão entre os dez piores do ranking da desigualdade.
Depois de mais de dez anos em pequena mas gradativa queda, até 2015, a injusta distribuição de renda voltou a se agravar no Brasil.
E não há perspectiva de correção desse gerador de pobreza extrema nos próximos anos: o atual governo implanta políticas e sinaliza rumos - um deles a precarização do emprego e salário - que só vão acelerar a degradação social.
sexta-feira, 3 de maio de 2019
Parem as máquinas! Justiça vai decidir se "chumbrega" é ofensa...
por O.V.Pochê
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| Friederich Herman Schönberg, o popular "Chumbrega" (1615-1690). Reprodução |
A palavra vem do nome do militar alemão Friederich Hermann Schöberg, que comandou tropas portuguesas em batalha contra os espanhóis, no século 17. Schöberg foi contratado para reorganizar o exército de Portugal, mas não agradou à caserna. Na verdade era um conde, mais pra dândi, tinha bons contatos na nobreza, daí prestou serviços a forças de vários reinos e acabou se naturalizando francês. Seria, hoje, algo como um mercenário chique. Os soldados patrícios lhe aportuguesaram o sobrenome inicialmente para "Chumberga", que virou "Chumbrega" e se popularizou como sinônimo de "má qualidade", "ordinário","reles", ou "pessoa de mau gosto", segundo o Houaiss, que também admite a grafia alternativa "Xumbrega". Essa forma teria sido reduzida e o apelido do dândi Schöberg deu origem nos dias de hoje à palavra "brega", que o povão também usa como "tranquera", "tosco" e "cafona".
A Justiça vai acabar contratando um perito em etimologia para resolver essa parada.
quinta-feira, 2 de maio de 2019
Na capa da Piauí: o beijaço do pupilo no senhor mentor...
A capa da nova edição da Piauí agita a internet. A ilustração que mostra um beijaço de Jair Bolsonaro e seu mentor Olavo de Carvalho é bombardeada por críticas, elogios e gozações.
Trata-se de uma capa que tem história. Foi inspirada em um famoso flagrante do fotógrafo Regis Bossu feito em 1979 por ocasião do 30° aniversário da República Democrática da Alemanha. Na cena, Leonid Brezhnev, mandatário da antiga URSS, beija o presidente Erich Honecker. A foto foi capa de centenas de revistas, virou outdoor, foi reproduzida em camisetas e ficou conhecida como The Kiss.
A própria Piauí já usou essa inspiração, em 2016, quando mostrou o chupão de Michel Temer no seu aliado Eduardo Cunha.
Cantora é criticada nas redes sociais por mostrar demais no tapete vermelho e responde aos fãs com um vídeo explicito e ousado.
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| A foto que gerou a polêmica Reprodução Twitter |
As redes sociais estão inquietas hoje.
A rapper americana Cardi B foi fotografada no tapete vermelho do Billboard Awards beijando o marido Offset.
Os fãs alegaram que a foto mostra a intimidade profunda da cantora.
Ela se irritou com a interpretação e fez um vídeo onde aparece inteiramente nua e explica, didaticamente, o ângulo que o vestido deixou escapar e detalha características e funcionamento da sua anatomia mais íntima.
Nada do que as redes sociais imaginaram, segundo ela. "Essa não é a minha buceta.
O que a foto mostra é só a minha bunda". Cardi B postou o vídeo no Instagram, mas o retirou logo depois.
Você pode ver o polêmico vídeo no The Sun (Cuidado - Recomendável apenas para adultos)
Beth Carvalho (1946-2019) - O povo na voz e na imagem - Por Guina Ramos
| Beth Carvalho, 1979. Foto de Guina Ramos |
| Beth Carvalho, 1979. Foto de Guina Ramos |
Mas, agora, neste 1º de Maio, entre tantos outros motivos de sofrimento para o povo brasileiro, com a tristeza generalizada da perda de uma das figuras mais queridas da Música Popular Brasileira (ou, mais precisamente, do samba carioca), busco, emocionado, este reencontro com Beth Carvalho.
Estas fotos (slides, 35mm) são de 1979, dos meus tempos de Bloch Editores, o que explica o estado de suas cores, o tom geral tendendo para o amarelo, e com tantas invasões de magenta e pontos pretos, embora boa parte deles eu tenha retirado com o Photoshop...
Estas fotos devem ter sido feitas, muito provavelmente, para publicação na Manchete, ainda que nada impedisse de serem repassadas à revistas Amiga ou Sétimo Céu, que também publicavam fotos coloridas. Ou que tenha acontecido algum dos possíveis vice-versas... Restaram comigo estas duas, e não tenho mais qualquer noção das condições nem dos motivos desta seção de fotos.
É curioso que sejam dois “closes” tão assemelhados, mas o estilo pode ser resultado de uma demanda da redação, pois muitas vezes os editores, especialmente em revistas, instruíam o fotógrafo sobre qual tipo de imagens pretendiam para a matéria.
Este é apenas um registro pessoal, como tantos colegas o fizeram (e em geral com mais qualidade), mas desde já com grande sentimento de saudade. As fotos relembram, para mim (e espero que para todos), não só a beleza e a simpatia da cantora, também seu intuitivo charme como modelo fotográfico.
Afinal, o que importa mesmo é a emocionante trajetória de Beth Carvalho, a sua firmeza no apoio aos artistas do povo, de quem era "madrinha", a sua defesa das causas dos mais necessitados na sociedade brasileira.
E, muito mais do que através das minhas fotos, é com esta presença que Beth Carvalho ficará na lembrança do povo brasileiro.
(por Guina Ramos, do blog Bonecos da História)
quarta-feira, 1 de maio de 2019
Senna no Guardian: "o gladiador virtuoso"
The Guardian registra os 25 anos da morte de Ayrton Senna. "O acidente em Ímola levou a vida do brasileiro e teve um impacto devastador não apenas em seus milhões de fãs, mas também em corridas de Grand Prix como um todo", escreveu o jornalista Richard Williams, que chama o piloto de "gladiador virtuoso". Tantos anos depois, a Inglaterra, onde ele começou a carreira internacional e onde foi campeão da Fórmula 3,o reverencia. Em 2012, Senna foi eleito pela BBC o Melhor Piloto de Todos os Tempos. A matéria do Guardian motivou centenas de comentários no Twitter. Veja alguns, abaixo:
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Ayrton Senna na Manchete: recortes do eterno campeão
Ao longo de 12 anos, entre 1982 e 1994, Manchete acompanhou de perto da carreira de Ayrton Senna. O primeiro contrato importante, a afirmação do talento ainda nas pistas brasileiras, os primeiros passos no automobilismo internacional. Uma parceria que iria bem além da tragédia em Ímola, no dia 1° de maio de 1994, há 25 anos. A partir daquele triste domingo, não mais e apenas o Senna, mas Ayrton Senna, eterno mito mundial. Um ídolo que jamais deixou de estar presente no circuito de Fórmula 1. Vive na admiração de gerações de pilotos, é quase sempre citado nas entrevistas do atual tetracampeão Lewis Hamilton.
A primeira vez que uma foto de Senna foi publicada na revista, o mérito não foi do próprio, então desconhecido do grande público. Explica-se: a seção Brasil em Manchete destinava-se a notas que interessavam a anunciantes ou autoridades. Foi lá que Senna estreou, ao lado do pai e de diretores do Banerj, quando assinou contrato com o banco, bem antes de outro banco, o Nacional, agregar a marca à trajetória internacional do brasileiro.
Na sequência, alguns breves recortes da longa parceria Senna-Manchete.
A primeira vez que uma foto de Senna foi publicada na revista, o mérito não foi do próprio, então desconhecido do grande público. Explica-se: a seção Brasil em Manchete destinava-se a notas que interessavam a anunciantes ou autoridades. Foi lá que Senna estreou, ao lado do pai e de diretores do Banerj, quando assinou contrato com o banco, bem antes de outro banco, o Nacional, agregar a marca à trajetória internacional do brasileiro.
Na sequência, alguns breves recortes da longa parceria Senna-Manchete.
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| A primeira foto de Senna na Manchete; em 1982, o piloto assina contrato com o Banerj para correr na Fórmula Ford. |
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| Um ano depois, ganhou mais espaço. |
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| Em 1988, o primeiro título na F-1. |
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| A celebridade |
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| O domingo trágico |
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| A despedida. |
terça-feira, 30 de abril de 2019
É isso mesmo ? Há 40 anos, Stephen King previu em livro Donald Trump, Bolsonaro e o comediante que virou presidente da Ucrânia...
por Ed Sá
Um livro de Stephen King, lançado em 1979, é agora considerado premonitório. Um dos personagens de "A Zona Morta" é um empresário impiedoso que se torna um político antissistema. Em campanha, o radical de direita Greg Stillson é visto como um palhaço, as pessoas não o levam a sério. Mas seu discurso, que parece não fazer sentido, se encaixa nas expectativas de milhares de pessoas e o torna uma ameaça política.
"A Zona Morta" virou filme em 1983, dirigido por David Cronenberg.
A imprensa americana comenta a "previsão" de Stephen King e associa o personagem à trajetória de Donald Trump. O site Mashable acaba de fazer um podcast ficcional sobre o tema. No Brasil, como na Ucrânia, Greg Stillson pode ser visto como um avatar, respectivamente, de Jair Bolsonaro e de Volodimir Zelenski, este o comediante que acaba de se tornar presidente ucraniano.
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