por Niko Bolontrin
Para o futebol, viradas inesperadas são eletrizantes. Quem não se lembra daquele Vasco e Palmeiras, em dezembro de 2000, quando o Gigante da Colina perdia por 3 x 0 e ganhou de 4 X 3, com os vascaínos Romário, Euler, Juninho Paulista e Juninho Pernambucano garantindo a Copa Mercosul?
Acontece. Mas no Brasil não com tanta frequência como tem rolado na Europa nessa temporada. A Champions League 2018-2019 já registra cinco viradas tidas como quase impossíveis. Quando pareciam eliminados, Ajax (duas vezes), Manchester United, Liverpool e Tottenham colocaram os placares de perna pro ar e sobreviveram na competição. Dois desses "times da virada", Liverpool e Tottenham, farão a finalíssima no dia 1° de junho, em Madri.
Esse jogos fizeram a alegria de milhares de torcedores. Mas entre os felizes estavam alguns muito mais eufóricos. Quem apostou nas "zebras" ocasionais embolsou milhares de euros e libras. É possível que algum brasileiro tenha descolado um bom troco: site de aposta on line não se detém na fronteira e alcança todos os bolsos no mundo inteiro.
A proliferação de aplicativos de apostas nos smartphones faz crescer exponencialmente o movimento nos sites de jogos. Ninguém precisa mais ir a casas de apostas em ruelas ou telefonar para bookmakers suspeitos, basta pagar on line e teclar uns palpites. O crescimento dessa indústria da sorte levou a uma parceria entre o futebol e os conglomerados do jogo. Mais da metade dos clubes ingleses, por exemplo, é patrocinada por sites de apostas. Confira: jogaores carregam no peito Bet365, Fun88, Dafabet, Skybet etc. Tais marcas estão em anúncios, cartazes, até mesmo em naming rights de estádios e nas camisas de muitos times. Nada fora das leis locais. O que parte da mídia começa a discutir é a exposição de crianças aos anúncios que estimulam apostas e um possível conflito que pode contaminar o futebol: se um site de apostas tem interesses no resultado de um jogo de um time patrocinado por ela, como fica? Haverá risco de influência indevida?
De qualquer maneira, já se constata que, em função do que fatura, o futebol europeu e o inglês em especial, que apostar faz parte do DNA dos súditos da rainha, já estariam financeiramente viciados no jogo on line.
Dois times ingleses farão o jogo final de uma Liga dos Campeões onde viradas improváveis aconteceram como nunca antes. Apesar disso, quem sou eu para achar que isso é suspeito.
Vai ser um jogão.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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sábado, 11 de maio de 2019
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