Ao longo de 12 anos, entre 1982 e 1994,
Manchete acompanhou de perto da carreira de Ayrton Senna. O primeiro contrato importante, a afirmação do talento ainda nas pistas brasileiras, os primeiros passos no automobilismo internacional. Uma parceria que iria bem além da tragédia em Ímola, no dia 1° de maio de 1994, há 25 anos. A partir daquele triste domingo, não mais e apenas o Senna, mas Ayrton Senna, eterno mito mundial. Um ídolo que jamais deixou de estar presente no circuito de Fórmula 1. Vive na admiração de gerações de pilotos, é quase sempre citado nas entrevistas do atual tetracampeão Lewis Hamilton.
A primeira vez que uma foto de Senna foi publicada na revista, o mérito não foi do próprio, então desconhecido do grande público. Explica-se: a seção Brasil em Manchete destinava-se a notas que interessavam a anunciantes ou autoridades. Foi lá que Senna estreou, ao lado do pai e de diretores do Banerj, quando assinou contrato com o banco, bem antes de outro banco, o Nacional, agregar a marca à trajetória internacional do brasileiro.
Na sequência, alguns breves recortes da longa parceria
Senna-Manchete.
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A primeira foto de Senna na Manchete; em 1982, o piloto assina contrato com o Banerj
para correr na Fórmula Ford. |
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Um ano depois, ganhou mais espaço. |
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O primeiro destaque: em 1983, o repórter Celso Arnaldo Araújo e o fotógrafo Orípides
Ribeiro fazem o primeiro perfil de Senna. a matéria apostava em ele se tornaria "um dos
maiores ases do automobilismo mundial". |
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Em 1988, o primeiro título na F-1. |
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A celebridade |
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O domingo trágico |
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A despedida. |
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Aos 10 anos da morte de Senna, a Manchete já não estava nas bancas. A Bloch Editores
foi à falência em 2000. Durante pouco mais de um ano, uma cooperativa de ex-funcionários, a Nova Bloch, autorizada pela Justiça, havia mantido a revista viva. Pouco depois, a marca foi a leilão. Em 2004, o empresário Marcos Dvoskin, da Editora Manchete, nova proprietária do título, lançou uma edição comemorativa editada por Lincoln Martins, ex-diretor da EleEla, Geográfica e da Manchete. Foi o ponto final da parceria Senna-Manchete. |