domingo, 23 de julho de 2017
Acha que é fácil a vida de repórter? Coletiva acaba em queda...
O repórter Fred Gomes, do Globoesporte.com cobria a coletiva do jogador Diego Alves, na sede do Flamengo, e tudo ia bem até que ele resolveu sair do meio de campo e investir pela ponta direita. O resultado você pode ver AQUI
O cantor Seu Jorge é vítima de racismo. Criminosos devem ser denunciados e processados...
O cantor e ator carioca Jorge Mário da Silva, o Seu Jorge, foi alvo de racismo no Instagram.
Um internauta brasileiro identificado como hduartescp, o chamou de “preto de merda”. E prosseguiu praticando o crime de racismo ao postar outra ofensa: "Foda-se o mundo tá infestado de pretos”, recebendo aparentemente o apoio da internauta renatinha_katrina.
Seu Jorge, que atualmente mora nos Estados Unidos, respondeu:
“Esse cara aqui @hduartescp entrou na minha transmissão ao vivo pra destilar o seu veneno racismo contra minha pessoa me ofendendo de graça lse eu nunca tê-lo visto em toda minha vida! O que vcs acham que eu devo fazer a respeito desse assunto? Alguma sugestão? Só não cale o famoso deixar pra lá, pra não dizer depois que nós os negros somos paranoicos e cheios de mimimi!”,
“Está aí pra todo mundo ver, e olha que ele conseguiu fazer isso a mais de 10.000 km de distância...Imagina como deve ser na vizinhança dele, na escola, com os empregados dele no futuro”
A melhor sugestão, claro, é ir à polícia que facilmente vai identificar os criminosos, e processá-los. O racista covardão hdduartescp amarelou e já retirou sua página do ar. O que não impede de ser rastreada e localizados seu endereço e todos os dados pessoais.
E você pode colaborar: no site Instituto de Defesa Cibernética há vários links onde podem ser denunciados crimes virtuais. Ajude a não deixar esses criminosos impunes.
Atualização em 24/07/2017 - Depois de o episódio de racismo repercutir nas redes sociais, o autor das ofensas foi supostamente identificado como menor de idade. Portanto, pela lei brasileira, mesmo se condenado, não pode ser chamado de "criminoso", mas de "infrator". Fica o registro.
Antes de deletar sua conta no Instagram, Seu Jorge revelou: “Acabei de receber várias mensagens do menino que me ofendeu quando eu estava ao vivo aqui no Instagram. Uma delas foi pedindo desculpa — muitas delas –, dizendo que não é racista, que errou, que foi força da emoção. Justificou a atitude dele com problemas que teve no passado com uma pessoa negra, e aí perdeu o controle. Conversamos, ele se mostra arrependido e ficou de publicar um vídeo pedindo desculpas a mim e a toda comunidade negra”.
Um internauta brasileiro identificado como hduartescp, o chamou de “preto de merda”. E prosseguiu praticando o crime de racismo ao postar outra ofensa: "Foda-se o mundo tá infestado de pretos”, recebendo aparentemente o apoio da internauta renatinha_katrina.
Seu Jorge, que atualmente mora nos Estados Unidos, respondeu:
“Esse cara aqui @hduartescp entrou na minha transmissão ao vivo pra destilar o seu veneno racismo contra minha pessoa me ofendendo de graça lse eu nunca tê-lo visto em toda minha vida! O que vcs acham que eu devo fazer a respeito desse assunto? Alguma sugestão? Só não cale o famoso deixar pra lá, pra não dizer depois que nós os negros somos paranoicos e cheios de mimimi!”,
A melhor sugestão, claro, é ir à polícia que facilmente vai identificar os criminosos, e processá-los. O racista covardão hdduartescp amarelou e já retirou sua página do ar. O que não impede de ser rastreada e localizados seu endereço e todos os dados pessoais.
E você pode colaborar: no site Instituto de Defesa Cibernética há vários links onde podem ser denunciados crimes virtuais. Ajude a não deixar esses criminosos impunes.
Atualização em 24/07/2017 - Depois de o episódio de racismo repercutir nas redes sociais, o autor das ofensas foi supostamente identificado como menor de idade. Portanto, pela lei brasileira, mesmo se condenado, não pode ser chamado de "criminoso", mas de "infrator". Fica o registro.
Antes de deletar sua conta no Instagram, Seu Jorge revelou: “Acabei de receber várias mensagens do menino que me ofendeu quando eu estava ao vivo aqui no Instagram. Uma delas foi pedindo desculpa — muitas delas –, dizendo que não é racista, que errou, que foi força da emoção. Justificou a atitude dele com problemas que teve no passado com uma pessoa negra, e aí perdeu o controle. Conversamos, ele se mostra arrependido e ficou de publicar um vídeo pedindo desculpas a mim e a toda comunidade negra”.
Racismo como ele é... "Você faz faxina? Não, faço mestrado. Sou professora"
Hoje uma senhora me parou na rua e perguntou se eu fazia faxina.
Altiva e segura, respondi:
– Não. Faço mestrado. Sou professora.
Da boca dela não ouvi mais nenhuma palavra. Acho que a incredulidade e o constrangimento impediram que ela dissesse qualquer coisa.
Não me senti ofendida com a pergunta. Durante uma passagem da minha vida arrumei casas, lavei banheiros e limpei quintais. Foi com o dinheiro que recebia que por diversas vezes ajudei minha mãe a comprar comida e consegui pagar o primeiro período da faculdade.
O que me deixa indignada e entristecida é perceber o quanto as pessoas são entorpecidas pela ideologia racista. Sim. A senhora só perguntou se eu faço faxina porque carrego no corpo a pele escura.
No imaginário social está arraigada a ideia de que nós negros devemos ocupar somente funções de baixa remuneração e que exigem pouca escolaridade. Quando se trata das mulheres negras, espera-se que o nosso lugar seja o da empregada doméstica, da faxineira, dos serviços gerais, da babá, da catadora de papel.
É esse olhar que fez com que o porteiro perguntasse no meu primeiro dia de trabalho se eu estava procurando vaga para serviços gerais. É essa mentalidade que levou um porteiro a perguntar se eu era a faxineira de uma amiga que fui visitar. É essa construção racista que induziu uma recepcionista da cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, a maior honraria concedida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, a questionar se fui convidada por alguém, quando na verdade, eu era uma das homenageadas.
Não importa os caminhos que a vida me leve, os espaços que eu transite, os títulos que eu venha a ter, os prêmios que eu receba. Perguntas como a feita pela senhora que nem sequer sei o nome em algum momento ecoarão nos meus ouvidos. É o que nos lembra o grande Mestre Milton Santos:
“Quando se é negro, é evidente que não se pode ser outra coisa, só excepcionalmente não se será o pobre, (…) não será humilhado, porque a questão central é a humilhação cotidiana. Ninguém escapa, não importa que fique rico.”
É o que também afirma Ângela Davis. E ela vai além. Segundo a intelectual negra norte-americana, sempre haverá alguém para nos chamar de “macaca/o”. Desde a tenra idade os brancos sabem que nenhum outro xingamento fere de maneira tão profunda a nossa alma e a nossa dignidade.
O racismo é uma chaga da humanidade. Dificilmente as manifestações racistas serão extirpadas por completo. Em função disso, Ângela Davis nos encoraja a concentrar todos os nossos esforços no combate ao racismo institucional.
É o racismo institucional que cria mecanismos para a construção de imagens que nos depreciam e inferiorizam.
É ele que empurra a população negra para a pobreza e para a miséria. No Brasil, “a pobreza tem cor. A pobreza é negra.”
É o racismo institucional que impede que os crimes de racismo sejam punidos.
É ele também que impõe à população negra os maiores índices de analfabetismo e evasão escolar.
É o racismo institucional que “autoriza” a polícia a executar jovens negros com tiros de fuzil na cabeça, na nuca e nas costas.
É o racismo institucional que faz com que as mulheres negras sejam as maiores vítimas da mortalidade materna.
É o racismo institucional que alija os negros dos espaços de poder.
O racismo institucional é o nosso maior inimigo. É contra ele que devemos lutar.
A recente aprovação da política de cotas na UNICAMP e na USP evidencia que estamos no caminho certo.
sábado, 22 de julho de 2017
Vai um chocolate no "Capricho"?
por Armando F. Ferraz
A revista Capricho cancelou há dois anos sua edição impressa para investir no meio digital. Acontece que "monetizar" (nomezinho que se dá a ganhar dinheiro, tornar lucrativo) sites de veículos jornalísticos não fácil nem aqui nem lá fora. Haja imaginação para descobrir fórmula de sobrevivência..
A revista Quem Acontece, que sairá das bancas agora em agosto, anuncia que manterá o site e tentará respirar comercializando eventos.
Jornais também estão investindo pesado em eventos, palestras, seminários, debates, feiras, eventos gastronômicos, de moda etc. No Rio, a maioria desses eventos tem sido maciçamente patrocinada pelo chamado Sistema S (Sesc, Senai, Sesi etc) como se vê em anúncios e matérias publieditoriais de alguns veículos impressos.
Aparentemente, não basta mais vender o produto ou criar edições especiais jornalísticas e correr atrás de anúncios. Eventos são um opção para explorar as marcas. Há núcleos, hoje, na mídia, especializados em criar cursos, debates, seminários, exposições etc, onde são discutidos temas ligados à economia, educação, violência, urbanismo, vinhos, comida, moda etc, não importa o campo desde que seja algo que tire do sufoco o comercial da empresa, respeitando características e público-alvo de cada veículo.
Explorar o licenciamento da marca é outra boia de salvação. A Capricho, por exemplo, está lançando os chocolates "Capricho" em parceria com a Cacau Show e nos sabores brigadeiro e iogurte de morango.
Em 2016, segundo a Abril, a revista voltada para publico adolescente vendeu cerca de 10 milhões de produtos com a sua marca.
É uma tendência, dizem os marqueteiros. O que não se sabe é se os jornalões e as semanais de informação vão aderir ao licenciamento de produtos e diversificar a estratégia muito além daquela antiga fórmula de vender coleções de fascículos, livros, louça, DVD, faqueiros etc.
Algo assim como a Coxinha Estadão, Maionese Folha, Absorventes Istoé e Tacos de Golf Época.
Detergente Veja e Biscoito Globo não dá: já tem concorrente na praça.
A revista Capricho cancelou há dois anos sua edição impressa para investir no meio digital. Acontece que "monetizar" (nomezinho que se dá a ganhar dinheiro, tornar lucrativo) sites de veículos jornalísticos não fácil nem aqui nem lá fora. Haja imaginação para descobrir fórmula de sobrevivência..
A revista Quem Acontece, que sairá das bancas agora em agosto, anuncia que manterá o site e tentará respirar comercializando eventos.
Jornais também estão investindo pesado em eventos, palestras, seminários, debates, feiras, eventos gastronômicos, de moda etc. No Rio, a maioria desses eventos tem sido maciçamente patrocinada pelo chamado Sistema S (Sesc, Senai, Sesi etc) como se vê em anúncios e matérias publieditoriais de alguns veículos impressos.
Aparentemente, não basta mais vender o produto ou criar edições especiais jornalísticas e correr atrás de anúncios. Eventos são um opção para explorar as marcas. Há núcleos, hoje, na mídia, especializados em criar cursos, debates, seminários, exposições etc, onde são discutidos temas ligados à economia, educação, violência, urbanismo, vinhos, comida, moda etc, não importa o campo desde que seja algo que tire do sufoco o comercial da empresa, respeitando características e público-alvo de cada veículo.
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| Imagem/Divulgação |
Em 2016, segundo a Abril, a revista voltada para publico adolescente vendeu cerca de 10 milhões de produtos com a sua marca.
É uma tendência, dizem os marqueteiros. O que não se sabe é se os jornalões e as semanais de informação vão aderir ao licenciamento de produtos e diversificar a estratégia muito além daquela antiga fórmula de vender coleções de fascículos, livros, louça, DVD, faqueiros etc.
Algo assim como a Coxinha Estadão, Maionese Folha, Absorventes Istoé e Tacos de Golf Época.
Detergente Veja e Biscoito Globo não dá: já tem concorrente na praça.
Fotografia - Na Carta Capital, a história de um legado de Robert Capa
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| No passado, essa foto encorajou voluntários estrangeiros a aderir à luta contra Franco. Agora, pode ajudar os atuais moradores do prédio. Foto de Robert Capa |
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NA CARTA CAPITAL, CLIQUE AQUI
MANCHETE no Carnaval 2018: sorteio define ordem dos desfiles das Escolas do Grupo Especial
O Centro de Convenções SulAmérica, na Cidade Nova, foi o palco, na semana passada, do sorteio da ordem de apresentação das Escolas de Samba no Grupo Especial do Rio de Janeiro.
O presidente da LIESA, Jorge Castanheira, revelou otimismo e disse contar com a garra e a criatividade das Escolas de Samba para superar o corte de verbas e realizar um grande espetáculo.
Algumas escolas já divulgaram seus enredos para 2018.
- Grande Rio - Homenageará Chacrinha com "Vai pro trono ou não vai?
- Salgueiro - "Senhoras do Ventre do Mundo".
- Portela - Contará em "De repente de lá pra cá e dirrepente daqui pra lá" a saga dos judeus que viveram no Nordeste brasileiro e depois fundaram cidades e sinagoga na América do Norte.
- Paraíso do Tuiuti vai duvidar se a Escravidão acabou em "Meu Deus, meu Deus, está extinta a Escravidão?"
- Imperatriz vai representar "Uma noite real no Museu Nacional", que festejará os 200 anos da instituição.
- São Clemente comemorará os 200 anos da Escola de Belas Artes, com "Academicamente Popular".
- Mocidade Independente virá de “Namastê... A estrela que habita em mim saúda a que existe em você”
- Vila Isabel, mostrará “Corra, que o futuro vem aí!”.
- União da Ilha cantará “Brasil bom de boca”.
- Unidos da Tijuca celebrará “Um coração urbano, Miguel (Falabella), o arcanjo das artes, saúda o povo e pede passagem!”
- Mangueira apresentará “Com dinheiro, ou sem dinheiro, eu brinco!”.
- Império Serrano percorre "O Império do Samba na Rota da China”.
ATUALIZAÇÃO EM 01/8/2017 - A Beija-Flor finalmente anunciou seu enredo para 2018: “Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu”,
Veja como ficam as noites de Domingo, 11 de fevereiro, e Segunda, 12:
O presidente da LIESA, Jorge Castanheira, revelou otimismo e disse contar com a garra e a criatividade das Escolas de Samba para superar o corte de verbas e realizar um grande espetáculo.
Algumas escolas já divulgaram seus enredos para 2018.
- Grande Rio - Homenageará Chacrinha com "Vai pro trono ou não vai?
- Salgueiro - "Senhoras do Ventre do Mundo".
- Portela - Contará em "De repente de lá pra cá e dirrepente daqui pra lá" a saga dos judeus que viveram no Nordeste brasileiro e depois fundaram cidades e sinagoga na América do Norte.
- Paraíso do Tuiuti vai duvidar se a Escravidão acabou em "Meu Deus, meu Deus, está extinta a Escravidão?"
- Imperatriz vai representar "Uma noite real no Museu Nacional", que festejará os 200 anos da instituição.
- São Clemente comemorará os 200 anos da Escola de Belas Artes, com "Academicamente Popular".
- Mocidade Independente virá de “Namastê... A estrela que habita em mim saúda a que existe em você”
- Vila Isabel, mostrará “Corra, que o futuro vem aí!”.
- União da Ilha cantará “Brasil bom de boca”.
- Unidos da Tijuca celebrará “Um coração urbano, Miguel (Falabella), o arcanjo das artes, saúda o povo e pede passagem!”
- Mangueira apresentará “Com dinheiro, ou sem dinheiro, eu brinco!”.
- Império Serrano percorre "O Império do Samba na Rota da China”.
ATUALIZAÇÃO EM 01/8/2017 - A Beija-Flor finalmente anunciou seu enredo para 2018: “Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu”,
Veja como ficam as noites de Domingo, 11 de fevereiro, e Segunda, 12:
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| Foto LIESA/Divulgação |
sexta-feira, 21 de julho de 2017
Foto oficial de presidente rende piadas na web...
![]() |
| A foto oficial de Emmanuel Macron, o novo presidente da França e... |
![]() |
| ...variações que os... |
![]() |
| ...internautas produziram em... |
![]() |
| ...forma de... |
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| ...memes. Fotos/Reproduções Facebook/Tweeter |
As redes sociais, onde tudo se discute, não perdem a piada. De uns tempos pra cá, as fotos oficiais dos presidentes têm gerado boas polêmicas. A bola, ou a foto, da vez agora é o francês Emmanuel Macron, que decidiu inovar na pose. Por isso, a imagem tem cinco centímetros a mais do que a do seu antecessor. O problema é que as prefeituras e repartições públicas terão que arcar com o custo de trocar as molduras para acomodar a fotona.
Antes de Macron, a foto oficial de Donald Trump, que incluiu uma das frases dele, sem revisão, foi marcada por internautas em flagra de erro gramatical, coisa comum no vocabulário do atual inquilino da Casa Branca. Mandaram Trump voltar pra escola.
A primeira foto oficial de Temer, segundo o Planalto divulgou, tinha grosseiro erro de montagem e não havia sido tratada, o que foi corrigido depois. O photoshop deixou o ilegítimo com uma cara que lembra ainda mais um figurante de cinema da Transilvânia.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, quis uma foto com o mar atrás e foi criticado pelos conservadores por quebrar o protocolo. Ficou com jeitão de selfie de turista.
Macron não só recebeu críticas - um deputado disse que o presidente tem um "problema de ego que deve ser administrado" - como virou alvo de memes nas redes sociais.
Não se pode negar que a voz do povo também é divertida.
Memórias da redação: o dia em que Alberto Jacob foi cobrir para Fatos & Fotos a guerra que não aconteceu...
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| Trechos de um capítulo do livro "Memórias de um repórter", de Fernando Pinto. Junto com o fotógrafo Alberto Jacob, ele cobriu a "Guerra da Lagosta" para Fatos & Fotos. |
O relato reproduzido acima é um trecho do livro "Memórias de um repórter" de Fernando Pinto (Editora Thesaurus). Ele formou com o fotojornalista Alberto Jacob a dupla enviada al mare pela Fatos & Fotos para cobrir a "guerra" que acabou não acontecendo. No campo diplomático, posteriormente, o Brasil teve reconhecidas suas razões no episódio.
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| Com a foto "A Mão de Deus", Alberto Jacob ganhou o Prêmio Esso de 1971, quando trabalhava no Jornal do Brasil. |
O carioca começou sua carreira na Revista do Rádio, foi contratado pela Sétimo Céu, da Bloch, e integrou as equipes da Fatos & Fotos e Manchete que acompanharam a construção de Brasília, a citada "Guerra da Lagosta", a queda de João Goulart e as passeatas de protesto contra a ditadura.
Transferiu-se para o JB, onde ganhou um Prêmio Esso, em 1971, com a famosa foto da freira quase atropelada por um ônibus. "A mão de Deus" foi o nome com que ele batizou a imagem premiada.
Alberto Abraão Jacob foi um dos grandes mestres do fotojornalismo brasileiro.
Chegou o Snapcine. É o "netflix" brasileiro
Foi lançada há uma semana uma plataforma de streaming de filmes e séries brasileiras. O produtor Philipe Ribeiro criou para isso o aplicativo Snapcine, que estreia com 100 filmes. A notícia está no Meio & Mensagem
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quinta-feira, 20 de julho de 2017
Em 1977, a União da Ilha cantou um típico "Domingo" no Rio. Cheque os fatos: a cidade está hoje mais partida do que nunca...
por José Esmeraldo Gonçalves
Em 1977, a Beija Flor foi campeã do Carnaval. Mas quem fez a festa na Avenida Presidente Vargas foi a União da Ilha.
Como a seleção da Hungria de Puskas, vice na Copa de 1954, a Holanda de Cruyff , vice em 1974, e o Brasil de Sócrates, Zico, Falcão e Junior, quinto lugar em 1982, a carismática escola da Ilha do Governador perdeu o título mas ficou na história - e no terceiro lugar - ao celebrar a alegre agenda de um típico domingo do Rio.
Uma rápida leitura nas notícias de hoje deixam bem claro que 40 anos se passaram na cidade mais partida do que nunca desde aquele Carnaval.
Vida que segue, ligaram o foda-se. Não vale nostalgia nem saudade, apenas medir a frieza dos fatos que passaram a abalar o modo de vida carioca que a União da Ilha cantou naquele distante ano.
A letra descreve um domingo no Rio de Janeiro. O Brasil estava sob a ditadura militar, "Domingo" cantava a vida e naquela noite a arquibancada sonhou com o "lindo dia que se anuncia". Se veio ou não veio, isso dá outro enredo.
Relembre a letra do samba. O puxador - ainda não era politicamente incorreto chamar assim o intérprete - foi Aroldo Forde.
"Domingo"
Autores: Aurinho, Ione do Nascimento, Adhemar e Waldir da Vala,
G.R.E.S União da Ilha do Governador (RJ)
Vem amor
Vem à janela ver o sol nascer
Na sutileza do amanhecer
Um lindo dia se anuncia
Veja o despertar da natureza
Olha amor quanta beleza
O domingo é de alegria
No Rio colorido pelo Sol
As morenas na praia (bis)
Que gingam no samba
E no meu futebol
Veleiros que passeiam pelo mar
E as pipas vão bailando pelo ar
E no cenário de tão lindo matiz
O carioca segue o domingo feliz
Vai o sol e a lua traz no manto
Novas cores, mais encanto
A noite é maravilhosa
E o povo na boate ou gafieira
Esquece da segunda-feira
Nesta cidade formosa
Há os que vão pra mata
Pra cachoeira ou pro mar (bis)
Mas eu que sou do samba
Vou pro terreiro sambar
Percebeu? Agora veja como a cidade, de lá pra cá, tornou-se ainda mais dividida. Pois é, compare com letra do samba que virou poesia e desfez-se no sufoco atual:
"Praia" - O Globo revela hoje que o calçadão ganhará mais um quiosque de luxo e preços idem. O território mais democrático do Rio perde mais um espeço. Ainda é possível ao povão "ver morenas na praia" sem morrer em uma grana, mas tomar mais de uma cervejinha já é outra história. Quiosque, nem pensar. Foi gourmetizado.
"Samba" - O samba entrou em crise. Escolas discutem a relação, mas é certo que Carnaval está fora da 'bíblia" do prefeito. Os blocos que se cuidem.
"Futebol" - O Maracanã foi elitizado, perdeu a geral, o torcedor de havaiana, a dignidade e deixou de ser o "estádio de todos os clubes" como imaginou Mário Filho. Agora parece loja da maçonaria, fica mais tempo fechado do que aberto. Tem o Engenhão. Tem $im $enhor. Tem São Januário. Tinha. O Estádio do Vasco tomou um grampo de 180 dias.
"Mar" - Veleiros? Claro que só uma meia dúzia velejava e hoje nem isso, mas o resto podia pelo menos apreciar o "barquinho que vai", a tardinha cai"... O mar? Mais sujo do que cagueta da Lava Jato.
"Pipas" - praticamente sumiram da areia, especialmente aquelas em forma de gaivotas. Vê-las "bailando no ar" é bobeira. Vai perder o celular.
"Boate e Gafieira" - Ficou difícil, o jornal informa, hoje, que em um ano caiu em mais de um milhão de pessoas o número de usuários de ônibus, trem e metrô. Sem emprego, sem vale-transporte e com a explosão de assaltos, o carioca que não lava dinheiro e não tem conta ilegal no exterior botou o chinelão e ficou em casa vendo TV. Ou vai ao gargarejo do baile funk com direito a voltar pra casa se não for no território "doszalemão".
"Cachoeira" - Também ficou mais complicado. O povão resiste, mas cumprir ritual afro, ir pra cachoeira, pra mata ou saudar Iemanjá no mar tende a ser atividade de risco. Fanáticos passaram a perseguir os cariocas filhos de santo.
Haja corpo fechado.
VEJA O VÍDEO DA UNIÃO DA ILHA NA AVENIDA EM 1977. CLIQUE AQUI
Em 1977, a Beija Flor foi campeã do Carnaval. Mas quem fez a festa na Avenida Presidente Vargas foi a União da Ilha.
Como a seleção da Hungria de Puskas, vice na Copa de 1954, a Holanda de Cruyff , vice em 1974, e o Brasil de Sócrates, Zico, Falcão e Junior, quinto lugar em 1982, a carismática escola da Ilha do Governador perdeu o título mas ficou na história - e no terceiro lugar - ao celebrar a alegre agenda de um típico domingo do Rio.
Uma rápida leitura nas notícias de hoje deixam bem claro que 40 anos se passaram na cidade mais partida do que nunca desde aquele Carnaval.
Vida que segue, ligaram o foda-se. Não vale nostalgia nem saudade, apenas medir a frieza dos fatos que passaram a abalar o modo de vida carioca que a União da Ilha cantou naquele distante ano.
A letra descreve um domingo no Rio de Janeiro. O Brasil estava sob a ditadura militar, "Domingo" cantava a vida e naquela noite a arquibancada sonhou com o "lindo dia que se anuncia". Se veio ou não veio, isso dá outro enredo.
Relembre a letra do samba. O puxador - ainda não era politicamente incorreto chamar assim o intérprete - foi Aroldo Forde.
"Domingo"
Autores: Aurinho, Ione do Nascimento, Adhemar e Waldir da Vala,
G.R.E.S União da Ilha do Governador (RJ)
Vem amor
Vem à janela ver o sol nascer
Na sutileza do amanhecer
Um lindo dia se anuncia
Veja o despertar da natureza
Olha amor quanta beleza
O domingo é de alegria
No Rio colorido pelo Sol
As morenas na praia (bis)
Que gingam no samba
E no meu futebol
Veleiros que passeiam pelo mar
E as pipas vão bailando pelo ar
E no cenário de tão lindo matiz
O carioca segue o domingo feliz
Vai o sol e a lua traz no manto
Novas cores, mais encanto
A noite é maravilhosa
E o povo na boate ou gafieira
Esquece da segunda-feira
Nesta cidade formosa
Há os que vão pra mata
Pra cachoeira ou pro mar (bis)
Mas eu que sou do samba
Vou pro terreiro sambar
Percebeu? Agora veja como a cidade, de lá pra cá, tornou-se ainda mais dividida. Pois é, compare com letra do samba que virou poesia e desfez-se no sufoco atual:
"Praia" - O Globo revela hoje que o calçadão ganhará mais um quiosque de luxo e preços idem. O território mais democrático do Rio perde mais um espeço. Ainda é possível ao povão "ver morenas na praia" sem morrer em uma grana, mas tomar mais de uma cervejinha já é outra história. Quiosque, nem pensar. Foi gourmetizado.
"Samba" - O samba entrou em crise. Escolas discutem a relação, mas é certo que Carnaval está fora da 'bíblia" do prefeito. Os blocos que se cuidem.
"Futebol" - O Maracanã foi elitizado, perdeu a geral, o torcedor de havaiana, a dignidade e deixou de ser o "estádio de todos os clubes" como imaginou Mário Filho. Agora parece loja da maçonaria, fica mais tempo fechado do que aberto. Tem o Engenhão. Tem $im $enhor. Tem São Januário. Tinha. O Estádio do Vasco tomou um grampo de 180 dias.
"Mar" - Veleiros? Claro que só uma meia dúzia velejava e hoje nem isso, mas o resto podia pelo menos apreciar o "barquinho que vai", a tardinha cai"... O mar? Mais sujo do que cagueta da Lava Jato.
"Pipas" - praticamente sumiram da areia, especialmente aquelas em forma de gaivotas. Vê-las "bailando no ar" é bobeira. Vai perder o celular.
"Boate e Gafieira" - Ficou difícil, o jornal informa, hoje, que em um ano caiu em mais de um milhão de pessoas o número de usuários de ônibus, trem e metrô. Sem emprego, sem vale-transporte e com a explosão de assaltos, o carioca que não lava dinheiro e não tem conta ilegal no exterior botou o chinelão e ficou em casa vendo TV. Ou vai ao gargarejo do baile funk com direito a voltar pra casa se não for no território "doszalemão".
"Cachoeira" - Também ficou mais complicado. O povão resiste, mas cumprir ritual afro, ir pra cachoeira, pra mata ou saudar Iemanjá no mar tende a ser atividade de risco. Fanáticos passaram a perseguir os cariocas filhos de santo.
Haja corpo fechado.
VEJA O VÍDEO DA UNIÃO DA ILHA NA AVENIDA EM 1977. CLIQUE AQUI
terça-feira, 18 de julho de 2017
A Terra é um ovo!
Entre as compras de hoje no
mercado: aspargos frescos do Peru (a R$ 13,89); lentilhas em lata de Saint
Étienne, França (a R$ 7,99); cebolinhas em conserva de Almería, Espanha (a
módicos R$ 3,79 o vidro) e cornichons
(pepinos) em conserva de Bangalore, Índia (baratinhos também). [É de Bangalore
que vem todo o incenso consumido no Brasil.] Agora só me expliquem uma coisa:
por que três cabeças de alho estão custando 20 reais? Caro pra car...amba! (Acácio Varejão)
Fotógrafo brasileiro vence concurso internacional
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| Vitória Régia Flower © Wendell Azevedo de Medeiros |
O paraense Wendell Azevedo de Medeiros, de 41 anos, é um dos ganhadores do 2017 Photo Contest da organização ambientalista The Nature Conservancy (TNC).
Medeiros retratou uma vitória-régia em forma de coração no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. A imagem foi selecionada por um júri de fotógrafos especializados, entre as 100 melhores e, em seguida, apontada como a melhor na categoria Voto Popular.
O concurso atraiu mais de dez mil fotógrafos de 80 países, entre os quais 700 brasileiros.
Segundo o site TNC, Wendell Medeiros usou uma Nikon Coolpix, Lente 13.3 mm, Abertura f/3.0.
Entre os prêmios, câmeras profissionais, vale-compras e divulgação nas redes sociais da TNC.
Na categoria Global, a foto vencedora (abaixo) foi do norte-americano Geo Jooste.
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| Darter bathing. © Geo Jooste |
VOCÊ PODE VER MAIS FOTOS NO SITE THE NATURE CONSERVANCY,
CLIQUE AQUI
Vídeo de jovem saudita usando minissaia com meio século de atraso viraliza nas redes sociais. Bancada religiosa da ditadura islâmica quer condená-la a 60 chibatadas...
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| Arábia Saudita: jovem sob ameaça de chibatadas por divulgar vídeo onde usa minissaia. Reprodução You Tube |
Há alguns anos, na Arábia Saudita uma jornalista, Rosana Al-Yami, 22, foi condenada a receber 60 chibatadas. Seu crime? Entrevistou um homem que admitiu ter mantido relações sexuais fora do casamento. Além do açoite, foi impedida de deixar o país islâmico por dois anos. O caso teve repercussão na época, 2009, por ter sido o primeiro em que uma jornalista foi condenada no reino fundamentalista - que é uma ditadura apoiada pelos Estados Unidos -, por exercer sua profissão e não diretamente pelo rígido código moral e religioso dos sauditas.
O caso que está viralizando na rede, agora, é diferente, mas igualmente representativo de um Estado extremamente repressor.
Uma jovem saudita está sob investigação, ameaçada de prisão, chibatas e corre risco de receber pena até mais pesada por ter se deixado filmar usando uma discreta minissaia, blusa de mangas curtas e cabeça descoberta. No caso, o crime é o de "indecência". O vídeo foi feito na cidade história de Ashkir e publicado nas redes sociais.
A jovem apenas mostrou um figurino que, no Ocidente, já comemorou meio século. A britânica Mary Quant lançou a minissaia em 1964 e dois anos depois recebeu da Rainha Elizabeth II a Ordem do Império Britânico.
Na Arábia Saudita as mulheres são proibidas de dirigir. A justificativa para isso é inacreditável: tanta mobilidade lhes daria mais liberdade para se "encontrarem com homens de forma privada", além de lhes "facilitar a circulação sem o uso do hijab.
Esse tipo de intolerância parece distante do Brasil. Mas temos aqui um "ovo da serpente" em fecundação: as tentativas frequentes - e em muitos casos já em prática, através de leis aprovadas por bancadas de vereadores e deputados fanáticos- , de fundamentalização religiosa do Brasil, embora a Constituição determina que o Estado é laico. A vítima - nesse ritmo e mais adiante -, será a liberdade individual.
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI
segunda-feira, 17 de julho de 2017
"Quem" desacontece! Grupo Globo encerra edição impressa de revista de celebridades e manterá o título apenas na internet
O site Meio & Mensagem acaba de anunciar que a revista "Quem Acontece", do Grupo Globo, encerrará sua edição impressa.
A partir de agosto, a publicação especializada em celebridades se dedicará apenas ao meio digital e à realização de eventos patrocinados, com o site e outras plataformas digitais ganhando mais conteúdo.
"Em um contexto onde celebridades têm seus próprios canais de conteúdo, a marca visa acompanhar o segmento através de plataformas como Facebook, Instagram, Twitter e Pinterest", escreve o M&M. citando anúncio oficial da Editora Globo.
Para um mercado abalado por crises, essa não é um boa notícia. Não há informações ainda sobre demissões de jornalistas.
A partir de agosto, a publicação especializada em celebridades se dedicará apenas ao meio digital e à realização de eventos patrocinados, com o site e outras plataformas digitais ganhando mais conteúdo.
"Em um contexto onde celebridades têm seus próprios canais de conteúdo, a marca visa acompanhar o segmento através de plataformas como Facebook, Instagram, Twitter e Pinterest", escreve o M&M. citando anúncio oficial da Editora Globo.
Para um mercado abalado por crises, essa não é um boa notícia. Não há informações ainda sobre demissões de jornalistas.
Voo JJ3054: há dez anos, a tristeza pousou em Congonhas
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| Memorial 17 de Julho. Foto de Fábio Arante/Secom/Prefeitura de São Paulo |
por José Esmeraldo Gonçalves
Há dez anos, em 17 de julho de 2007, uma terça-feira, a maior tragédia da aviação brasileira chocava o país. O voo JJ 3054, do Airbus 320 da TAM, com 199 pessoas a bordo, fez um pouso desastrado no Aeroporto de Congonhas, ultrapassou o fim da pista e explodiu contra um prédio da empresa na Avenida Washington Luís. Não houve sobreviventes.
Dizem os especialistas que normalmente um acidente aéreo resulta de uma conjunção de fatores. No caso do desastre com o jato da TAM foram muitas as falhas e o descaso apurados. As investigações constataram que o Airbus voava sem um dos reversores, equipamento que faz uma inversão do fluxo do exaustor da turbina e ajuda na frenagem; vivia-se o "apagão aéreo" e havia um desgaste em toda a malha em função de atrasos e cancelamentos de voos, estressando funcionários em terra e no ar e com as companhias pressionando a todos para cumprimento de horários, segundo depoimentos de tripulações; matéria da BBC Brasil informa que o avião da TAM estava muito pesado por ter sido abastecido em Porto Alegre com mais combustível do que o necessário, isso porque o ICMS do querosene na capital gaúcha custava 8% menos do que em São Paulo; chuvas na véspera do acidente acumularam água na pista, cujo recapeamento não estava inteiramente concluído, faltava um elemento técnico, as ranhuras; e a tripulação recebeu um alerta sobre a pista escorregadia. A reportagem da BBC Brasil afirma que "o mais lógico, diante das condições, seria desviar para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, distante 31 quilômetros do plano original. Mas a inconveniência para os passageiros e tripulantes em época de apagão aéreo, e sobretudo a pressão da empresa em evitar outros aeródromos", fizeram com que os pilotos mantivessem o pouso em Congonhas.
O caso permanece em curso na Justiça. Ninguém foi punido até hoje.
Naquela terça-feira, eu voltava de São Paulo após uma reunião de trabalho. Com dois colegas, Sergio Zalis e Marcelo Tabach, cheguei a Congonhas por volta de 17h30 bem a tempo do voo da ponte-aérea para o Rio, se não me engano, o de 18h30. Menos de uma hora depois, fomos chamados a embarcar. Com os passageiros acomodados, a porta da cabine foi fechada, mas nada de o avião deixar a "sanfona" de embarque. Mais alguns minutos e, pelas janelas, percebemos uma agitação incomum entre o pessoal de terra.
O avião da TAM havia pousado em Congonhas às 18h48.
Menos de dez minutos depois, não mais do que isso, o piloto informou que havia um "obstáculo" no fim da pista e que o nosso voo seria cancelado até o dia seguinte. Estranhamos que um"obstáculo" interrompesse a pista por tanto tempo. Mas, enfim, eram dias de apagão aéreo e desembarcamos.
Logo ao deixar o portão de embarque, de volta ao terminal, soubemos por passageiros que aguardavam seus voos, também cancelados, que acontecera um acidente. Pelos relatos da rádio-corredor não parecia grave. Talvez um avião com problemas fosse o "obstáculo" na pista.
Não demorou muito essa impressão inicial desinformada foi deixada de lado: um forte odor de combustível queimado invadiu o aeroporto. Ao sair do terminal, já na rua, vimos uma coluna de fumaça à distância. O trânsito de carros e pedestres na Washington Luís já estava interrompido, sirenes ligadas, perplexidade. "Parece que tem mortos", informou um funcionário.
Tínhamos compromissos no Rio na manhã de quarta-feira e concordamos em não pernoitar em São Paulo. O trânsito nas avenidas próximas do aeroporto também parou, andamos em direção contrária à coluna de fumaça em busca de um táxi fora do entorno. Até então, os indícios não eram bons, mas não fazíamos ideia da extensão da tragédia. O motorista de táxi, tampouco. O rádio noticiava, ainda sem detalhes, praticamente só chamadas: "acaba de acontecer um acidente"...; bombeiros no local"...; "não há informações sobre vítimas", e não confirmava a procedência ou se o avião acidentado decolava e para onde.
Seguimos para o terminal rodoviário do Tietê. Lá, passamos rapidamente por TVs que abriam "plantões", ainda sem imagens do local do acidente. Não havia informações precisas sobre quantos passageiros o avião levava ou número de mortos, mas já se falava em tragédia. Corremos para comprar passagem e embarcar logo.
Enquanto estávamos no avião que não decolou havíamos desligado os celulares. Ao ativá-los, depois, pipocaram ligações. Amigos e parentes preocupados, especialmente aqueles que tinham o horário do nosso voo de volta e os colegas de quem nos despedimos após as reuniões e que sabiam que estaríamos embarcando naquele horário. No ônibus, rumo ao Rio, as informações iam sendo atualizadas no celular, 20 mortos, 50, 100, 150...
Evidentemente, não corremos qualquer risco. Mas ter estado tão próximos de um acontecimento tão triste, a poucos minutos de decolar da mesma pista onde o voo JJ3054 encontrou seu fim, foi um impacto a mais. Sempre que passo na Washington Luís e vejo a Praça Memorial 17 de Julho penso menos nesse relato pessoal desimportante que faço aqui e mais naquela noite triste, nas vítimas - que têm seus nomes esculpidos na mureta do espelho d'água -, e nas suas famílias.
E na impunidade que, ao que parece, só falta impôr aos passageiros a culpa pela tragédia de 17 de julho de 2007.
Disputa acirrada: redações brigam por troféu que vai premiar a maior cascata do ano...
por Armando F. Ferraz
O site Coleguinhas, Uni-vos criou em 2015 o Troféu Boimate para premiar a redação que produz o maior número de cascatas e pós-verdades de cada ano.
Boimate, como se sabe, foi um mentira cabeluda publicada pela Veja em 1983 exaltando cientistas alemães que "criaram" um ser que era uma mistura de boi com tomate. Naquela semana, a editoria de Ciência da Veja e seu redator-chefe esqueceram de tomar o remédio e levaram a sério uma brincadeira de 1° de abril - tradição manjadíssima no jornalismo local - da revista britânica New Scientist.
O troféu, como explica o site, é "o único prêmio dedicado aos coleguinhas que mais se destacam na tarefa de avacalhar o jornalismo brasileiro".
No momento, a Folha lidera o Boimate -2017. E a Globo News vence a segunda seletiva do King of the Kings.
Seis "notícias" já estão classificadas para a grande final em janeiro de 2018.
1. Jornalista da GloboNews festeja recessão e desemprego por devolver poder de compra aos brasileiros. (161 votos, 16%)
TROFÉU BOIMATE – 2017 (CASCATAS POR REDAÇÃO)
1. Folha de São Paulo: 3
2. Veja: 2
3. IstoÉ, Record, Exame, Globo e Globonews: 1
VOCÊ PODE VOTAR E ACOMPANHAR A MARCHA DA APURAÇÃO NO SITE COLEGUINHAS, UNI-VOS, CLIQUE AQUI
O site Coleguinhas, Uni-vos criou em 2015 o Troféu Boimate para premiar a redação que produz o maior número de cascatas e pós-verdades de cada ano.
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| A matéria da Veja sobre o "boimate". Algo a lembrar sempre às futuras gerações e peça simbólica digna dos anais do jornalismo mundial. |
Boimate, como se sabe, foi um mentira cabeluda publicada pela Veja em 1983 exaltando cientistas alemães que "criaram" um ser que era uma mistura de boi com tomate. Naquela semana, a editoria de Ciência da Veja e seu redator-chefe esqueceram de tomar o remédio e levaram a sério uma brincadeira de 1° de abril - tradição manjadíssima no jornalismo local - da revista britânica New Scientist.
O troféu, como explica o site, é "o único prêmio dedicado aos coleguinhas que mais se destacam na tarefa de avacalhar o jornalismo brasileiro".
No momento, a Folha lidera o Boimate -2017. E a Globo News vence a segunda seletiva do King of the Kings.
Seis "notícias" já estão classificadas para a grande final em janeiro de 2018.
1. Jornalista da GloboNews festeja recessão e desemprego por devolver poder de compra aos brasileiros. (161 votos, 16%)
2. Estudante tem a cabeça quebrada por cassetete empunhado por policial e e Folha diz que foi por “homem trajado de PM”. (139, 14%)
3. Miriam Leitão afirma ter sido agredida por petistas durante voo, mas ninguém vê. (O Globo) (127, 13%).
4. Veja acusa Lula de usar Dona Marisa para escapar de Moro. (121, 13%)
5. Procuradores da PGR dão “coletiva em off” para vazar nomes da Lista da Odebrecht. (Vários). (105, 11%).
6. Folha usa perito Molina para desqualificar gravações de Joesley Batista que mostram Temer cometendo diversos crimes. (88, 9%).
TROFÉU BOIMATE – 2017 (CASCATAS POR REDAÇÃO)
1. Folha de São Paulo: 3
2. Veja: 2
3. IstoÉ, Record, Exame, Globo e Globonews: 1
VOCÊ PODE VOTAR E ACOMPANHAR A MARCHA DA APURAÇÃO NO SITE COLEGUINHAS, UNI-VOS, CLIQUE AQUI
domingo, 16 de julho de 2017
CINEMA: “Sempre teremos Paris”
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| "Perdidos em Paris": Emanuelle Riva na Torre Eiffel entre os atores-diretores Dominique Abel e Fiona Gordon. |
por Roberto Muggiati
Uma curiosa coincidência – ou nem chega a ser tanta coincidência assim: estão no momento em cartaz no Rio três filmes com Paris no nome: Perdidos em Paris, Paris pode esperar e Amor, Paris e cinema. (A cidade aparece ainda em Frantz, À sombra de duas mulheres e Monsieur & Madame Adelman.)
Não vou me meter a fazer um catálogo sobre a presença de Paris no cinema. Lembro, apenas, que os primeiros filmes do inventor da – vá lá... – “sétima arte”, os documentários de Louis Lumière, foram rodados em Paris.
E cito poucos outros punti luminosi, para usar uma expressão grata ao nosso Carlos Heitor Cony: o flashback romântico regado a champanhe e ao som de As Time Goes By em Casablanca; o maravilhoso musical Sinfonia em Paris; o melodrama da MGM A última vez que vi Paris; o hino da Nouvelle Vague Paris Nous Appartient; o emblemático-problemático O último tango em Paris; e o mais recente “queridinho” Meia-Noite em Paris, de Woody Allen, que já homenageou a cidade em outros filmes.
E não vai parar por aí, podem ter certeza.
Sempre teremos Paris – em nossas telas, pelo menos.
Alô Patrimônio Carioca, alô Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro: Paysandú Hotel, jóia art déco, está à venda e pode correr risco de descaracterização...
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| Reprodução Facebook |
Deu no site Conexão Jornalismo: o Paysandú Hotel, no Flamengo, está à venda.
O edifício em art déco não aparece na lista de bens tomados do Patrimônio Carioca.
Pode ser demolido ou ter a fachada modificada?
Além do estilo, tem história.
Ali ficou hospedada a seleção uruguaia na noite anterior à história derrota que impôs ao Brasil, em 1950. Uma placa registra o fato. Em 2014, durante a Copa do Mundo, os uruguaios voltaram ao Maracanã para jogar contra a Colômbia, na oitavas de final, e se hospedaram no Payssandú. O mesmo fizeram vários dos seus torcedores. A jogada supersticiosa não resistiu ao goleador James Rodriguez, que fez os dois gols da Colômbia que eliminaram a Celeste.
Há duas referências ao Maracanazzo no hotel. Uma, a placa que mostra em recorte e descreve em diagrama o gol que fez do Brasil o vice de 50. A outra, uma janela onde os uruguaios colocaram a Jules Rimet, por algumas horas, para deleite dos seus torcedores reunidos na rua Paissandu.
Pelé também é uma das lembranças ligadas do hotel. Ali ele dormiu na noite anterior ao seu 1000° gol contra o argentino Andrada, do Vasco, no Maracanã.
O Paysandú, era, ao lado do Hotel Novo Mundo, este no bairro próximo, o Catete, um dos preferidos pelos políticos de outros estados que vinham ao Palácio do Catete, sede do governo federal até o vacilão JK transferir a capital do Rio para Brasília. Deu no que deu.
Voltando ao assunto. Depois que a picareta de Eike Batista destruiu o Hotel Glória, o Payssandú, embora mais modesto, é um dos tesouros arquitetônicos de época naquela região. A fachada e o hall pouco se modificaram desde os anos 50.
A venda por 14 milhões de reais está a cargo da Sérgio Castro Imóveis.
Leia no Comunique-se: jornalismo PJ
por Pedro Zambarda
Eu sou trabalhador terceirizado há alguns anos. Terceirizado full desde 2014, quando fui demitido do meu último emprego CLT. O patrão que me demitiu na ocasião estava certo no diagnóstico, mas sabia que estava “me jogando aos leões”: “Infelizmente assessoria de imprensa não é pra você, Pedro. Você é repórter”. Peguei minhas coisas, fiquei triste e fui procurar empregos no dia seguinte. Felizmente, tinha experiência como freelancer e uma vantagem muito boa no mercado de jornalismo: 25 anos, uma carta de recomendação de emprego anterior, já tinha passado por um site da maior rede de TV do Brasil e tinha mais dois anos nas costas na maior editora de revistas da América Latina. Desde o meu primeiro estágio, aprendi a fazer currículo e usar minha lábia tanto em entrevistas quanto em fazer redes profissionais. Apesar de encarar alguns embates profissionais muito sérios, em geral eu sempre saí dos empregos com um laço de amizade com a chefia e, sobretudo, com meus pares.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO COMUNIQUE-SE, CLIQUE AQUI
sábado, 15 de julho de 2017
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