A revista Capricho cancelou há dois anos sua edição impressa para investir no meio digital. Acontece que "monetizar" (nomezinho que se dá a ganhar dinheiro, tornar lucrativo) sites de veículos jornalísticos não fácil nem aqui nem lá fora. Haja imaginação para descobrir fórmula de sobrevivência..
A revista Quem Acontece, que sairá das bancas agora em agosto, anuncia que manterá o site e tentará respirar comercializando eventos.
Jornais também estão investindo pesado em eventos, palestras, seminários, debates, feiras, eventos gastronômicos, de moda etc. No Rio, a maioria desses eventos tem sido maciçamente patrocinada pelo chamado Sistema S (Sesc, Senai, Sesi etc) como se vê em anúncios e matérias publieditoriais de alguns veículos impressos.
Aparentemente, não basta mais vender o produto ou criar edições especiais jornalísticas e correr atrás de anúncios. Eventos são um opção para explorar as marcas. Há núcleos, hoje, na mídia, especializados em criar cursos, debates, seminários, exposições etc, onde são discutidos temas ligados à economia, educação, violência, urbanismo, vinhos, comida, moda etc, não importa o campo desde que seja algo que tire do sufoco o comercial da empresa, respeitando características e público-alvo de cada veículo.
Imagem/Divulgação |
Em 2016, segundo a Abril, a revista voltada para publico adolescente vendeu cerca de 10 milhões de produtos com a sua marca.
É uma tendência, dizem os marqueteiros. O que não se sabe é se os jornalões e as semanais de informação vão aderir ao licenciamento de produtos e diversificar a estratégia muito além daquela antiga fórmula de vender coleções de fascículos, livros, louça, DVD, faqueiros etc.
Algo assim como a Coxinha Estadão, Maionese Folha, Absorventes Istoé e Tacos de Golf Época.
Detergente Veja e Biscoito Globo não dá: já tem concorrente na praça.
Um comentário:
As revistas de politica e economia vão sobreviver.
Postar um comentário