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Deu no site Conexão Jornalismo: o Paysandú Hotel, no Flamengo, está à venda.
O edifício em art déco não aparece na lista de bens tomados do Patrimônio Carioca.
Pode ser demolido ou ter a fachada modificada?
Além do estilo, tem história.
Ali ficou hospedada a seleção uruguaia na noite anterior à história derrota que impôs ao Brasil, em 1950. Uma placa registra o fato. Em 2014, durante a Copa do Mundo, os uruguaios voltaram ao Maracanã para jogar contra a Colômbia, na oitavas de final, e se hospedaram no Payssandú. O mesmo fizeram vários dos seus torcedores. A jogada supersticiosa não resistiu ao goleador James Rodriguez, que fez os dois gols da Colômbia que eliminaram a Celeste.
Há duas referências ao Maracanazzo no hotel. Uma, a placa que mostra em recorte e descreve em diagrama o gol que fez do Brasil o vice de 50. A outra, uma janela onde os uruguaios colocaram a Jules Rimet, por algumas horas, para deleite dos seus torcedores reunidos na rua Paissandu.
Pelé também é uma das lembranças ligadas do hotel. Ali ele dormiu na noite anterior ao seu 1000° gol contra o argentino Andrada, do Vasco, no Maracanã.
O Paysandú, era, ao lado do Hotel Novo Mundo, este no bairro próximo, o Catete, um dos preferidos pelos políticos de outros estados que vinham ao Palácio do Catete, sede do governo federal até o vacilão JK transferir a capital do Rio para Brasília. Deu no que deu.
Voltando ao assunto. Depois que a picareta de Eike Batista destruiu o Hotel Glória, o Payssandú, embora mais modesto, é um dos tesouros arquitetônicos de época naquela região. A fachada e o hall pouco se modificaram desde os anos 50.
A venda por 14 milhões de reais está a cargo da Sérgio Castro Imóveis.
2 comentários:
Que alguém permita a preservação do Paysandu, são esses marcos que fazem a personalidade de uma cidade.
Espero também que o Hotel Glória, depois do crime do tal Eike, encontre algum investidor que recupere. Os móveis, os objetos de época, luminárias, quadros etc estão perdidos parta sempre foram quebrados ou vendidos. Também o que esperar da ignorância cultural de um Eike, pra ele aquilo lá valia zero mesmo, nem sabe o que é cultura
Bom correr se quiser preservar, ou amanhece um trator lá como já fizeram com tantas casas e prédios do Rio
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