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domingo, 29 de junho de 2025

Mundial de Clubes: o raio que não vem e interfere no jogo

por José Esmeraldo Gonçalves 

Pessoas em campo aberto podem ser atingidas por raios. O Brasil, por exemplo, está entre os campeões de raios do mundo. Estatisticamente, somos mais fulminados do que os Estados Unidos. Perguntem aos meteorologistas.

O mundial de clubes em estádios do território de Trump revelou ao mundo o "protocolo" que paralisa os jogos. Está  em vigor desde 2010, mas ganhou visibilidade internacional no atual  torneio da FIFA 

Nuvens um pouco mais escuras e carregadas de energia assustam os técnicos e logo eles emitem ordens para esvaziar arquibancadas e campos, mandando jornalistas, jogadores, pessoal de serviço e torcedores em êxodo rumo aos "porões" dos estádios. Lá a turma mofa durante 30 minutos. Se as nuvens não se mandarem, a restrição é prorrogada por mais 30, e assim sucessivamente. Ontem, o jogo Benfica e. Chelsea, parou por quase duas horas. O intervalo forçado aparentemente agradou ao time inglês que parecia fisicamente menos depauperado. O Chelsea voltou revigorado e goleou os portugueses. Ou seja, o raio que não veio pareceu interferir no jogo. 

Você deve se perguntar sobre o motivo à parte e não divulgado do tal "protocolo". Fácil explicar. Ao mesmo tempo em que o público do estádio era confinado, um drone que sobrevoasse as imediações mostraria pedestres e carros circulando tranquilamente nas ruas próximas. O protocolo não está preocupado com eles, nem com os raios que eventualmente os partam. Qual a razão da coisa? Evitar que pessoas eventualmente atingidas no ambiente do jogo processem governos, seguradoras, proprietários dos estádios e promotores dos jogos ou espetáculos. Estados Unidos é paraíso de advogados. Lá, se você é atropelado, o causídico chega antes da ambulância. Captou?

Protocolo Brasileiro

Não temos vulcões nem furacões. Nosso protocolo esportivo para emergências é menos complexo. Cabe ao árbitro do jogo, diante de uma emergência, consultar autoridades para dimensionar o problema é em seguida paralisar a partida. Se o problema persistir, o árbitro tem o pode se encerra a partida passado um tempo regulamentar se espera. A situação é resolvida no campo esportivo. Sem misturar as coisas, as autoridades civis acionadas cuidaram da da parte que lhes cabe: a segurança das pessoas.

O deslumbramento dos comentaristas e apresentadores brasileiros

O protocolo pegou de surpresa os jornalistas brasileiros. Os mais afeiçoados ao Tio Sam em princípio saudaram o a medida sem críticas e até, no caso de um dos narradores da Globo, certa exaltação "ridícula". Não atentaram para a Copa do Mundo de seleções, ano que vem, que terá os Estados Unidos como uma das sedes, ao lado de México e Canadá. O protocolo que pode suspender um jogo por duas horas ou mais levará a Copa ao caos, caso seja acionado nas diversas partidas em território estadunidense. A sorte é que México e Canadá não têm esse protocolo restritivo e, pelo menos nas partidas que sediam, o caos será evitado. A decisão  da Copa de 2026 acontecerá nos Estados Unidos a qualquer momento, em julhose os raios permitirem.