domingo, 31 de maio de 2015

O OUTRO LADO: os verdadeiros interesses dos EUA ao investigar acusação de propinoduto entre empresários privados, empresas e dirigentes da Fifa. Deu no UOL


(do UOL - link abaixo)
"Eu estou chocado, você não está?", diz John Shulman ao atender a reportagem do UOL. Ele tem uma opinião diferente sobre o envolvimento dos Estados Unidos no escândalo da FIFA. Professor convidado da Fundação Dom Cabral, especialista em mediação de negociações, cofundador do Centro para a Negociação e a Justiça dos EUA, e formado em direito pela Universidade de Harvard, ele acredita que a intervenção "não teve cunho legal, mas geopolítico".
"Com essa ação, os EUA enviam dois recados. Para o mundo, o de que o nosso sistema legal pode te pegar se você estiver fazendo algo errado. Internamente, mostramos que tomamos a iniciativa de resolver a corrupção dos outros", diz o professor.
E John entende tanto de geopolítica quanto de futebol. Seu currículo de mediador inclui diversos trabalhos ao redor do mundo, incluindo no Oriente Médio, na Índia e em Ruanda. Sobre o "soccer", uma curiosidade: o hoje professor já jogou profissionalmente na Índia, onde, segundo ele, foi o primeiro jogador ocidental por aquelas bandas.
"Os Estados Unidos nunca deram a menor bola para o futebol. De repente, pela primeira vez na história, o The New York Times vem com a primeira página inteira falando do assunto. Aí eu me pergunto: por quê?", questiona John. Para o professor, há vários pontos obscuros no envolvimento americano. "A logística de uma operação internacional deste porte simplesmente não vale a pena. Até porque não há um número de vítimas nos EUA que justifiquem tamanha mobilização", argumenta ele. "Há empresas nos EUA muito mais corruptas do que a FIFA, pode ter certeza", crava o especialista.
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2 comentários:

Wilson disse...

É impressionante como a mídia brasileira esportiva e política é submissa ou sofre de falta de inteligência para analisar. Todos os jornais e TVs daqui e colunistas bateram palmas para a operação contra a corrupção. Ok, quem não é contra a corrupção? Mas foram tapados e incapazes de analisar todo o contexto em que surgiu esse estranho interesse dos Estados Unidos pela Fifa. Não há mais jornalistas independentes só empregados de grandes grupos defendendo a todo custo seus empreguinhos.

J.A.Barros disse...

Não dever ter sido por acaso a intervenção do FBI nos assuntos privados da FIFA e seus diretores. Deve existir razões, que no momento não identificamos, para essa atitude de um órgão policial dos EUA, como o FBI, intervir e prender diretores de uma instituição internacional como a FIFA, reconhecida mundialmente como o órgão que normaliza e cria regras para a prática do futebol no mundo. Uma história tem sempre o seu outro lado que pode confirmar ou não a verdade do fato.
Mas, não deixa de ser inédito no mundo essa intervenção do FBI em assuntos privados de uma entidade gerencial do futebol mundial. O problema é que essa intervenção, pode criar, de uma certa maneira, diriamos até, jurisprudência de outras intervenções do FBI em outras entidades de cunho privado e internacionais.
Aé é que mora o perigo.