por Niko Bolontrin
A Folha de São Paulo publica hoje um texto de Eduardo Geraque sobre a relação - que ele define como conturbada - entre a psicologia e a seleção brasileira.
Recorrer a psicólogos para avaliar e ajustar cabeças de boleiros foi prática que começou em 1958. O Brasil vinha de um derrota traumática, a de 1950, e de uma participação sofrível na Copa de 1954, quando a seleção foi desclassificada nas quartas de final. Ainda nos treinamentos, o psicólogo João Carvalhaes reprovou Garrincha em um teste psicológico. O "conflito" começou aí. Felizmente, a comissão técnica que via Mané em grande forma, fazendo chover no Botafogo, não deu bola para o diagnóstico. Em 1962, Copa do Chile, de onde o Brasil trouxe o bi, a psicologia não entrou em campo. Aparentemente, não há registro de motivadores psicológicos no tri, no tetra e no penta. Devem ter achado melhor deixar como estavam as cucas de Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho, Romário, Bebeto, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, etc.
Em 1998, vai ver fez falta. Na crise do Ronaldo Fenômeno talvez ele e toda a comissão técnica precisassem de ajuda no vestiário do Stade de France. Ninguém escapou daquele vexame.
Em 2014, a psicóloga Regina Brandão foi convidada a monitorar cabeças na Granja Comary.
Se os seus métodos foram ou não eficientes não nos cabe dizer, mas aquele seleção deve ter sido a mais chorona que já representou o Brasil. Lágrimas de esguicho, como diria Nélson Rodrigues já rolavam antes mesmo do desastre do 7X1 contra a Alemanha. Talvez fossem um prenúncio do colapso.
Escaldado, Tite não vai levar psicólogo nem divã para a Rússia. Para ele, segundo a Folha, "a Copa do Mundo é curta e não há tempo hábil para um trabalho mais profundo".
Os jogadores vão se concentrar em outra esfera: a bola
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sábado, 19 de maio de 2018
sexta-feira, 18 de maio de 2018
Foi armação! Michel Platini confessa que manipulou sorteio dos grupos na Copa de 1998.
A Copa de 1998, a da França, já entrou para a história da seleção brasileira como uma das mais controversas. A mídia esportiva jamais conseguiu explicar claramente tudo o que aconteceu na concentração poucas horas antes da final e no vestiário do Stade de France, a minutos da bola rolar.
Talvez só Arséne Lupin, do escritor Maurice Leblanc, fosse capaz de desvendar o mistério.
O choro e a convulsão de Ronaldo, os relatos dramáticos do seus companheiros de quarto, o atendimento de urgência em hospital, sistema de som do estádio anunciando a escalação de Edmundo, os jogadores que não aparecem em campo para o aquecimento, Ronaldo surpreendentemente confirmado e, finalmente, a apatia do camisa 9 e o apagão do time em campo.
Claro que Zidane & Cia jogaram muito naquele 12 de julho, mas o jornalista italiano Stefano Barbetta definiu a postura de Ronaldo em campo como a de um "ectoplasma ambulante" e escreveu no livro "La Biblia dei Mondiale" que patrocinadores da seleção o constrangeram a jogar. Barbetta ainda registra o que chamou de "alheamento" dos demais jogadores brasileiros, preocupados com as condições de Ronaldo.
Pois 20 anos depois a Copa do "mistério" acaba de ganhar mais uma controvérsia. O ex-jogador Michel Platini, que era co-presidente do Comitê Organizador da Copa de 1998, confessou hoje que manipulou o sorteio dos grupos para impedir que a França cruzasse com o Brasil antes da final. "Quando organizamos o calendário, fizemos um pequeno truque", disse. A notícia está no Diário de Notícias, de Lisboa.
Platini não detalha o método usado para falsificar o sorteio. Uma pista: em 2016, o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter deu uma entrevista ao "La Nacion", da Argentina, confirmando o uso bolas quentes e frias em sorteios de competições de futebol. Não convenceu quando afirmou que na Fifa isso não acontecia, mas revelou a jogada. "As bolinhas são colocadas antes na geladeira. A mera comparação entre umas e outras com o toque determina as bolas frias e quentes. Quando tocamos, sabemos o que é".
Com a manipulação de Platini, a França acabou campeã - mereceu, apesar da ajuda. Pena que o Brasil foi à final para ganhar a "taça" do vexame. Melhor seria ter sido eliminado com dignidade uma semana antes, quando ficou no 1x1 contra a Holanda e foi salvo na decisão por pênaltis.
O Brasil é penta, vai tentar o hexa, mas é tri em vexames em Copas: o maracanazzo de 1950, a desastrada escalação de um jogador que praticamente saiu da emergência de um hospital para calçar as chuteiras, em 1998, e o time-zumbi massacrado pela Alemanha no pastelão do 7X1 de 2014.
Que a Rússia poupe a seleção de Tite dos "dribles da vaca" da história...
Talvez só Arséne Lupin, do escritor Maurice Leblanc, fosse capaz de desvendar o mistério.
O choro e a convulsão de Ronaldo, os relatos dramáticos do seus companheiros de quarto, o atendimento de urgência em hospital, sistema de som do estádio anunciando a escalação de Edmundo, os jogadores que não aparecem em campo para o aquecimento, Ronaldo surpreendentemente confirmado e, finalmente, a apatia do camisa 9 e o apagão do time em campo.
Claro que Zidane & Cia jogaram muito naquele 12 de julho, mas o jornalista italiano Stefano Barbetta definiu a postura de Ronaldo em campo como a de um "ectoplasma ambulante" e escreveu no livro "La Biblia dei Mondiale" que patrocinadores da seleção o constrangeram a jogar. Barbetta ainda registra o que chamou de "alheamento" dos demais jogadores brasileiros, preocupados com as condições de Ronaldo.
Pois 20 anos depois a Copa do "mistério" acaba de ganhar mais uma controvérsia. O ex-jogador Michel Platini, que era co-presidente do Comitê Organizador da Copa de 1998, confessou hoje que manipulou o sorteio dos grupos para impedir que a França cruzasse com o Brasil antes da final. "Quando organizamos o calendário, fizemos um pequeno truque", disse. A notícia está no Diário de Notícias, de Lisboa.
Platini não detalha o método usado para falsificar o sorteio. Uma pista: em 2016, o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter deu uma entrevista ao "La Nacion", da Argentina, confirmando o uso bolas quentes e frias em sorteios de competições de futebol. Não convenceu quando afirmou que na Fifa isso não acontecia, mas revelou a jogada. "As bolinhas são colocadas antes na geladeira. A mera comparação entre umas e outras com o toque determina as bolas frias e quentes. Quando tocamos, sabemos o que é".
Com a manipulação de Platini, a França acabou campeã - mereceu, apesar da ajuda. Pena que o Brasil foi à final para ganhar a "taça" do vexame. Melhor seria ter sido eliminado com dignidade uma semana antes, quando ficou no 1x1 contra a Holanda e foi salvo na decisão por pênaltis.
O Brasil é penta, vai tentar o hexa, mas é tri em vexames em Copas: o maracanazzo de 1950, a desastrada escalação de um jogador que praticamente saiu da emergência de um hospital para calçar as chuteiras, em 1998, e o time-zumbi massacrado pela Alemanha no pastelão do 7X1 de 2014.
Que a Rússia poupe a seleção de Tite dos "dribles da vaca" da história...
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Boff e Leilane: o tititi da Sapucaí...
por Ed Sá
Tudo começou com um vídeo que viralizou nas redes sociais mostrando a jornalista Leilane Neubarth, da Globo News, mal segurado a irritação ao ouvir, ao fundo, um grupo cantando a música "Vai dar PT".
Ocorre que a canção, de Leo Santana, não tem nada a ver com o partido de Lula. Veja a letra: "Vai Dar PT/Foi pro baile muito louca/Afim de se envolver/Só tem 18 anos/O que vai acontecer?/Foi pro baile muito louca/Afim de se envolver/Ela só tem 18 anos/O que vai acontecer?/Cer, cer, o que vai acontecer?/Vai dar PT, vai dar/Vai dar PT, vai dar/Misturou tequila, whisky, vodka/E a mina vai embrazar/Vai dar PT, vai dar/Vai dar PT, vai dar/Ela vai dar PT, vai dar..."
PT, no caso, é a sigla de "perda total" para o jargão utilizado pelas seguradoras em casos de acidentes de carros.
Mas a jornalista à direita e Boff à esquerda do octógono defendem camisas que estão mais em guerra do que nunca e a leitura feita foi a de "exaltação" ao PT. Leonardo Boff postou no Tweeter sua indignação referindo-se ao episódio e também ao já folclórico e amedrontado "silêncio" dos narradores da Globo, no Sambódromo, diante dos patos da Fiesp e do Vampirão Temer no desfile da Tuiuti.
Boff disse que tem "pena" de Leilane. Ela mandou que ele guardasse sua "pena".
Feliz mesmo ficou só o Leo Santana com a divulgação extra da sua música.
VEJA O VÍDEO DE LEILANE QUASE SURTANDO AO OUVIR A MÚSICA EM QUESTÃO. CLIQUE AQUI
Tudo começou com um vídeo que viralizou nas redes sociais mostrando a jornalista Leilane Neubarth, da Globo News, mal segurado a irritação ao ouvir, ao fundo, um grupo cantando a música "Vai dar PT".
Ocorre que a canção, de Leo Santana, não tem nada a ver com o partido de Lula. Veja a letra: "Vai Dar PT/Foi pro baile muito louca/Afim de se envolver/Só tem 18 anos/O que vai acontecer?/Foi pro baile muito louca/Afim de se envolver/Ela só tem 18 anos/O que vai acontecer?/Cer, cer, o que vai acontecer?/Vai dar PT, vai dar/Vai dar PT, vai dar/Misturou tequila, whisky, vodka/E a mina vai embrazar/Vai dar PT, vai dar/Vai dar PT, vai dar/Ela vai dar PT, vai dar..."
PT, no caso, é a sigla de "perda total" para o jargão utilizado pelas seguradoras em casos de acidentes de carros.
Mas a jornalista à direita e Boff à esquerda do octógono defendem camisas que estão mais em guerra do que nunca e a leitura feita foi a de "exaltação" ao PT. Leonardo Boff postou no Tweeter sua indignação referindo-se ao episódio e também ao já folclórico e amedrontado "silêncio" dos narradores da Globo, no Sambódromo, diante dos patos da Fiesp e do Vampirão Temer no desfile da Tuiuti.
Boff disse que tem "pena" de Leilane. Ela mandou que ele guardasse sua "pena".
Feliz mesmo ficou só o Leo Santana com a divulgação extra da sua música.
A PROVOCAÇÃO DO BOFF
A RESPOSTA DE LEILANE NEUBARTH
VEJA O VÍDEO DE LEILANE QUASE SURTANDO AO OUVIR A MÚSICA EM QUESTÃO. CLIQUE AQUI
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
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