por Flávio Sépia
Bolsonaro decreta que jornalistas devem buscar emprego no paraíso celestial. Aqui na terra a barra vai pesar ainda mais. O sociopata baixou uma norma dando às TVs abertas o direito de vender 100% da programação para pastores. Até então, só podiam comercializar 25% da grade diária.
O lobby da indústria religiosa funcionou junto ao Planalto onde circulam mais pastores do que qualquer outro gênero humano. O resultado da decisão é que muitos repórteres, editores, câmeras e produtores poderão perder seus empregos. TVs abertas são concessões públicas, têm a obrigação constitucional de informar, prestar serviço à população, divulgar a cultura sem privilegiar ideologias e credo. Ao permitir que seitas sequestrem toda a programação, se assim desejarem as TVs, esse princípios vão para a sacolinha.
Para algumas emissoras será um dinheiro fácil. Por que disputar audiência, montar equipes, manter departamentos publicitários e jornalísticos se o caixa vai receber um tsunami de Pix do pastoreio que, por sua vez, pede ao distinto público um dilúvio em forma de cartões de crédito, débito, transferências eletrônicas e doações de bens?
2 comentários:
Esse é o perigo de votar em militares e religiosos extremados. Fatalmente eles vão confundir a sua função política com a de religiosos ou militar. O militar não foi treinado para administrar uma instituição civil, ele foi. treinado para destruir e matar o inimigo. O religioso foi treinado para doutrinar e evangelizar os seus seguidores religiosos e não para administrar um país. No exercício de governantes de um país, mesmo eleitos pelo povo, vão misturar, fatalmente, sua funções religiosas e militares com a função civil. E isso não é bom para um país.
Com esse governo, recomendo aos jornalista restante e em atividades profissionais, que façam esse curso, para se tornarem pastores ou oficiais militares, até porque, os jornalistas atuais desaprenderam ou nunca aprenderam, a escrever uma reportagem, seguindo as suas simples normas:" o que, quando, onde, para que etc.", chegaram até ao ponto de esquecerem de citar o nome do protagonista do fato jornalístico
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