domingo, 23 de maio de 2021

Angelim, jatobá e maçaranduba: não é a boiada, é a Floresta que está passando

Angelim Reprodução Flickr


Jatobá Reprodução Twitter


por Ramos S. de Carvalho
Na sexta-feira, 21 de maio, a embaixada dos Estados Unidos mandou um ofício à Polícia Federal brasileira. O documento, assinado pelo adido do Serviço de Pesca e Vida Silvestre, equivalente norte-americano ao nosso Ibama, informa sobre a apreensão de três carregamentos ilegais de madeira brasileira que tinham como destino os portos de Nova Orleans e Seattle. São 74 mil quilos de madeiras de espécies nativas da Amazônia, como angelim, jatobá e maçaranduba.

No ofício, a embaixada afirma que o governo americano vai “solicitar o compartilhamento das investigações e das evidências produzidas no Brasil e nos Estados Unidos sobre crimes relacionados à exportação de produtos florestais entre os dois países, inclusive aquelas atinentes à Operação Akuanduba."

Akuanduba é uma divindade dos índios Araras, habitantes do Pará: segundo a lenda, se alguém cometesse uma transgressão à norma, um crime contra a natureza, a divindade fazia soar uma flauta, restabelecendo a ordem.

Resumindo: o ministro investigadopela PF por “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”, com o devido desrespeito, é um tremendo cara de pau.

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