sábado, 29 de maio de 2021

Urucubaca na cabeça...

 por O.V. Pochê




Reproduções Manchete

Sarney nunca botou um cocar na cabeça. E a presidência caiu no bigode do sujeito. 

Tancredo, coitado, apesar de eleito pela colégio eleitoral da ditadura após o golpe nas Diretas Já, não chegou ao Planalto. Desafiou a lenda e botou o cocar. 

Ulysses Guimarães poderia ter assumido, mas o cocar não deixou. O político ainda teve ainda o brilho na Constituinte. Morreu tragicamente. 

Dilma usou o adereço tribal. Deu no que deu. 

Lula, nos anos 90, posou de cocar. Perdeu sucessivas eleições. Voltou a posar de índio depois de eleito e reeleito. Deu pena, literalmente. Encarou o mensalão seguido da Lava Jato. Por enquanto está anistiado pelos pajés desde que tenha aprendido a lição. 

O problema não está exatamente no cocar. E antes que alguém fale em preconceito contra culturas, a superstição existe até mesmo nas tribos. Conta a tradição que o que explica o uruca é o status das penas. Se a ave que as cedeu já tiver morrido, danou-se.  

Bolsonaro aderiu ao cocar. Não há informação sobre a ave que era dona das penas.  Talvez tenha morrido por falta de vacina.

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