por José Esmeraldo Gonçalves
Imagine a Casa Branca como uma personagem. Está mais para madame do Bataclã do que para fazendeira amish. A residência oficial dos presidentes americanos tem 132 gabinetes e quartos e 35 banheiros distribuídos em seis andares. É impossível saber o que se passa atrás das suas 412 portas. Será?
A mídia americana está quase instituindo uma editoria só para divulgar depoimentos de mulheres que foram assediadas ou se relacionaram com Donald Trump nos últimos anos. É uma fila de queixosas.
Por enquanto, os escândalos são datados, ou seja, antecedem à chegada do empresário à Casa Branca. No novo endereço, sabe-se que, oficialmente, ele se recolhe cedo à suite, vê TV em três monitores e dorme sozinho. Contrariando normas do serviço secreto, Trump fecha por dentro as portas do quarto e só volta a circular pelos corredores rumo ao Salão Oval depois do café da manhã. Melania Trump tem sua própria suíte. É vista apenas em ocasiões protocolares. A imprensa americana não faz a menor ideia da reação da primeira-dama aos surtos de infidelidade do Trump.
Nesse item, o empresário-presidente não é muito diferentes de alguns dos seus antecessores, mas leva a desvantagem de viver em tempos alta indiscrição digital.
Se as paredes da Casa Branca tivessem Instagram, Tweeter ou Facebook, muitos casos mais estariam viralizando nas redes sociais. Antes, cabia aos historiadores abrir armários dos presidentes e revelar surpresas, mas isso só acontecia anos ou décadas depois dos fatos.
Lyndon Johnson, por exemplo, tinha imagem de conservador, mas fazia questão de propagandear o apelido do seu pênis: "Jumbo". O filme LBJ mostrou que ele deixava a porta aberta quando ia ao banheiro da Casa Branca. Não se sabe se despertou a curiosidade de alguma funcionária. Durante uma reunião no Salão Oval, quando alguém lhe perguntou porque os Estados Unidos estavam em guerra contra o Vietnã do Norte, ele teria botado o pau pra fora e exclamado: "Por isto!". Nem o filme "LBJ", lançado no ano passado, esclareceu se o "Jumbo" funcionou na Casa Branca ou se ficou no exibicionismo.
O mesmo Salão Oval foi palco de aparições semelhantes, como testemunhou Monica Lewinski sobre o affair mantido com Bill Clinton. Historiadores registraram que o presidente Grover Cleveland estuprou uma mulher, Maria Halpin, que depois foi despachada para um asilo para doentes mentais. Outro presidente, Warren G. Harding, que era jornalista, transou com a jovem Nancy Britton em uma dependência da Casa Branca.
Em matéria de sexo institucional na presidência, dificilmente Donald Trump baterá John Kennedy, apesar do curto mandato deste último. O escritor Michael O'Brien em seu livro "John F. Kennedy’s Women", lançado em 2011, conta que o marido do mítica Jacqueline comentava que tinha fortes dores de cabeça se passasse três dias sem sexo, não necessariamente com a primeira-dama. Marilyn Monroe foi o seu caso mais notório, mas as atrizes Lee Remick e Jean Simons fizeram parte do elenco presidencial, assim como secretárias, aeromoças, jornalistas, estudantes e prostitutas. "Ele era um namorador patológico e incapaz de ver uma mulher de outra forma senão a de objeto sexual", escreveu O’Brien.
Em vida, Kennedy foi poupado pelos jornais. Washington inteira sabia da sua fama, desde os tempos de deputado, mas seu "linkedin" sexual só se tornou público em autobiografias das envolvidas ou matérias publicadas anos após sua morte.
Donald Trump não tem essa moleza. Os seus escândalos pipocam praticamente on line.
Imagine a Casa Branca como uma personagem. Está mais para madame do Bataclã do que para fazendeira amish. A residência oficial dos presidentes americanos tem 132 gabinetes e quartos e 35 banheiros distribuídos em seis andares. É impossível saber o que se passa atrás das suas 412 portas. Será?
A mídia americana está quase instituindo uma editoria só para divulgar depoimentos de mulheres que foram assediadas ou se relacionaram com Donald Trump nos últimos anos. É uma fila de queixosas.
Por enquanto, os escândalos são datados, ou seja, antecedem à chegada do empresário à Casa Branca. No novo endereço, sabe-se que, oficialmente, ele se recolhe cedo à suite, vê TV em três monitores e dorme sozinho. Contrariando normas do serviço secreto, Trump fecha por dentro as portas do quarto e só volta a circular pelos corredores rumo ao Salão Oval depois do café da manhã. Melania Trump tem sua própria suíte. É vista apenas em ocasiões protocolares. A imprensa americana não faz a menor ideia da reação da primeira-dama aos surtos de infidelidade do Trump.
Nesse item, o empresário-presidente não é muito diferentes de alguns dos seus antecessores, mas leva a desvantagem de viver em tempos alta indiscrição digital.
Se as paredes da Casa Branca tivessem Instagram, Tweeter ou Facebook, muitos casos mais estariam viralizando nas redes sociais. Antes, cabia aos historiadores abrir armários dos presidentes e revelar surpresas, mas isso só acontecia anos ou décadas depois dos fatos.
Lyndon Johnson, por exemplo, tinha imagem de conservador, mas fazia questão de propagandear o apelido do seu pênis: "Jumbo". O filme LBJ mostrou que ele deixava a porta aberta quando ia ao banheiro da Casa Branca. Não se sabe se despertou a curiosidade de alguma funcionária. Durante uma reunião no Salão Oval, quando alguém lhe perguntou porque os Estados Unidos estavam em guerra contra o Vietnã do Norte, ele teria botado o pau pra fora e exclamado: "Por isto!". Nem o filme "LBJ", lançado no ano passado, esclareceu se o "Jumbo" funcionou na Casa Branca ou se ficou no exibicionismo.
O mesmo Salão Oval foi palco de aparições semelhantes, como testemunhou Monica Lewinski sobre o affair mantido com Bill Clinton. Historiadores registraram que o presidente Grover Cleveland estuprou uma mulher, Maria Halpin, que depois foi despachada para um asilo para doentes mentais. Outro presidente, Warren G. Harding, que era jornalista, transou com a jovem Nancy Britton em uma dependência da Casa Branca.
Em matéria de sexo institucional na presidência, dificilmente Donald Trump baterá John Kennedy, apesar do curto mandato deste último. O escritor Michael O'Brien em seu livro "John F. Kennedy’s Women", lançado em 2011, conta que o marido do mítica Jacqueline comentava que tinha fortes dores de cabeça se passasse três dias sem sexo, não necessariamente com a primeira-dama. Marilyn Monroe foi o seu caso mais notório, mas as atrizes Lee Remick e Jean Simons fizeram parte do elenco presidencial, assim como secretárias, aeromoças, jornalistas, estudantes e prostitutas. "Ele era um namorador patológico e incapaz de ver uma mulher de outra forma senão a de objeto sexual", escreveu O’Brien.
Em vida, Kennedy foi poupado pelos jornais. Washington inteira sabia da sua fama, desde os tempos de deputado, mas seu "linkedin" sexual só se tornou público em autobiografias das envolvidas ou matérias publicadas anos após sua morte.
Donald Trump não tem essa moleza. Os seus escândalos pipocam praticamente on line.
2 comentários:
A imprensa brasileira protege os políticos nesses casos. Como o caso do FHC e o relacionamento com uma jornalista da Globo. O caso do Itamar Franco e da moça sem calcinha só foi mostrado por causa da foto no carnaval. Getúlio, Jango tiveram suas pegações, JK teve um caso com uma milionária só revelado depais que morreu
Diziam que Collor quando presidente, atrás de seu gabinete tinha um quarto preparado para, nas horas de folga, traçar algumas jornalsitasó desprevenidas e politicas outras que procuravam seu gabinete. Não sei se é verdade, mas eram os boates que corriam na época.
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