Gervásio Baptista; emoção e... |
...bom humor na visita do decano da fotografia, aos 94 anos, ao Palácio do Planalto, onde foi recebido pelo presidente interino. Fotos: Beto Barata/PR |
Às vésperas de completar 94 anos, no dia 19 de junho, o fotógrafo Gervásio Baptista dava uma entrevista à TV Senado, na manhã de hoje, quando foi chamado ao Palácio do Planalto para um encontro fora da agenda com o interino Michel Temer. Gervásio é um habitué mais legítimo e uma testemunha mais íntegra da história política do Brasil do que muitos presidentes.
Pelas suas lentes já passaram Getúlio Vargas, Juscelino Kubistchek, João Goulart, o quarteto de ditadores militares, além de Tancredo Neves, José Sarney (período em que foi fotógrafo oficial da Presidência), Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma. Para citar alguns gringos, John Kennedy, Fidel Castro e De Gaulle também posaram para o velho baiano.
A maioria passou ou vai passar. Gervásio ficou. É o decano da fotografia brasileira e uma lenda da Manchete.
Para a extinta revista, ele cobriu desde concursos de misses e Copas do Mundo à Guerra do Vietnã; da queda de Perón à Revolução dos Cravos; da Revolução Cubana ao golpe de 1964. É dele a última foto de Tancredo Neves, é dele a mais marcante foto de JK, a que mostra o presidente, cartola à mão, saudando a inauguração de Brasília e que foi capa da Manchete.
Por tudo isso, nesses tempos de crises e jogo político, o Planalto ganhou mais dignidade com a visita de Gervásio Batista. E bom humor também. Que este é uma das marcas do querido fotógrafo.
Um comentário:
O escritor, jornalista e acadêmico Murilo Melo Filho, repórter político, colunista da Manchete e ex-diretor da Bloch, enviou a José Carlos Jesus (presidente da Comissão do Ex-Empregados da Bloch Editores), que a encaminhou ao blog, a seguinte mensagem:
Rio, 11 de junho de 2016.
Estimado José Carlos Jesus.
Vocêstêm aí um morro de fatos e de acontecimentos que o Gervásio armazena na sua cabeça privilegiada. Graças a Deus ele está ainda na posse de histórias maravilhosas que armazena como um pródigo de fatos testemunhados com graça e destalhes. É o próprio armazém da história política brasileira. Cuidem bem dele. São poucos ainda proprietários e testemunhas vivas o melhor possível. Abrações MURILO
Postar um comentário