por Niko Bolontrin
A Fifa optou ou foi optada pelo Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. Ditadura religiosa, o país acende alguns sinais vermelhos aos ocidentais, com leis islâmicas rígidas. Um exemplo; há poucos dias vazou o caso de uma holandesa de 22 anos que foi drogada e estuprada durante sua viagem ao Catar e ao procurar as autoridades e denunciar o crime, foi autuada por "sexo fora do casamento" e condenada a pagar multa. A turista está presa desde março e aguarda ser deportada.
O Catar é acusado de impôr trabalho escravo e condições degradantes aos operários que constroem as instalações e de ter subornado dirigentes para vencer a disputa pela sede do Mundial, além de não ter tradição futebolística.
Em função do calor em junho/julho, a Fifa foi obrigada, a pedido das federações, a mudar a Copa para o mês de novembro/dezembro, pela primeira vez na história.
Relações sexuais, que eles chamam de "ilícitas", uma das práticas mais comuns e festivas entre torcedores de várias nacionalidades durante o evento, podem render cadeia e chibatadas, consumir álcool em público também garante junto com a ressaca uma sessão de flagelação. Blasfêmia dá sete anos de cana. Homossexualidade pode resultar em pena de morte. Mulheres devem evitar vestidos sem mangas, roupas curtas, leggings e homens não devem usar bermudas.
O país permite que ocidentais consumam álcool mas apenas em hotéis cinco estrelas. A Fifa está em negociações para que cerveja seja vendida em "fan fests" e estádios.
Normalmente, os países assumem compromissos de abrir exceções em certas normas internas já que a Copa é um acontecimento cosmopolita. Mas não se imagina que o Catar seja um paraíso liberal em 2022. Daí, será aconselhável que torcedores e torcedoras que forem ver os craques da época levem um "manual de sobrevivência cultural" para não levar bola nas costas.
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