por Eli Halfoun
O Maracanã não foi o palco em que Pelé mais brilhou,
mas sempre foi o maior e mais importante palco (tomara que volte a ser) do
futebol brasileiro. Portanto, nada mais justo que seja também o local em que Pelé fique eternizado
com uma estátua (1,84m de altura e 300 quilos) como o maior craque que o mundo
conheceu. Aliás, Pelé merece estar eternizado não só na memória da torcida que
jamais o esquecerá (assim como não esquecerá o soco no ar com que comemorava
seus gols e que está reproduzido na estátua do Maracanã), mas também com
estátuas erguidas em estádios de todo o Brasil, principalmente São Paulo, e do
mundo onde sempre brilhou e fez brilhar o futebol brasileiro. Nesse momento
há quem ache que o dinheirão (são milhões) empregados na criação do cartunista Ique
em uma estátua de Pelé deveria ser utilizado para ajudar as vítimas da chuva e
melhorar a saúde e a educação. É um raciocínio demagógico se partirmos do
princípio de que a verba para as constantes vítimas de enchentes assim como
para a saúde e a educação não precisa ser exatamente a da cultura do esporte já
que o governo sempre destina verba (nunca é aplicada decentemente onde deveria
ser) para esses setores. Além do mais cultivar a memória esportiva e cultural do
país é um ato saudável e necessário até porque um país sem cultura e sem memória
tende a ser um país esquecido. Não há o que discutir em relação ao merecimento de
Pelé com e em todo o tipo de homenagens. Nosso craque mineiro transformou-se em
patrimônio mundial do futebol e tudo o que se fizer para imortalizá-lo será pouco.
Pelé não é só a mais importante marca do futebol brasileiro e mundial. Pelé é
história. (Eli Halfoun)
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