quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

E as tragédias se repetem.


Por deBarros
Há 52 anos o Gran Circus Norte-Americano – que de americano não tinha nada – em Niterói, pegava fogo e como consequência mais de 500 pessoas morriam nessa tragédia que deixou de luto parentes  e amigos de grande parte da população do Município.  O Circo não tinha saídas de emergência, brigadas contra fogo e nenhum projeto de combate a incêndio. Comentava-se na época que todo morador de Niterói se não teve um parente atingido pela tragédia teve um amigo que morreu ou ficou gravemente ferido pelas chamas.
Há 41 anos o edifício Andraus, em São Paulo pega fogo matando 16 pessoas e ferindo mais de 300. Como causa do incêndio descobriram uma sobrecarga no sistema elétrico.
Há 39 anos o edifício Joelma, em São Paulo, sofre um curto-circuito em aparelho de ar condicionado que dá início a um incêndio que rapidamente se espalhou pelo prédio levando à morte 187 pessoas e mais de 300 ficaram feridas.
Há 27 anos, o edifício “Andorinhas”, localizado no centro comercial e financeiro do Rio de Janeiro, um prédio antigo com mais de 50 anos, não era adaptado ao Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros do município, não possuindo escadas enclausuradas e nem portas corta-fogo, incendiou-se após um curto-circuito no sistema elétrico provocando uma tragédia  com 20 mortos e mais de 50 feridos.
Há 12 anos um incêndio numa boate de Minas Gerais, Canecão Mineiro, pega fogo matando 7 frequentadores deixando feridos mais de 300 pessoas.  Ninguém foi responsabilizado e ninguém foi preso., como também ninguém foi indenizado.
Há 10 anos um show pirotécnico de uma banda de rock na boate “Station”, em Rhode  Island,  nos Estados Unidos, provocou um incêndio que matou 100 pessoas e mais de 200 ficaram feridas. Essa tragédia levou a mudanças nas regras e normas de segurança e o aumento das penalidades para os responsáveis. O gerente da banda e dois homens donos da boate se declararam, voluntariamente, culpados por homicídio culposo em 2006. Em 2009, sobreviventes e parentes das vítimas chegaram a um acordo de 176 milhões de dólares com cerca de 50 pessoas consideradas responsáveis pela tragédia. A partir dessa tragédia ficou proibida, pelos donos das casas noturnas  e autoridades, o uso de fogos de artifícios e sinalizadores em shows.
Há 9 anos a boate “Cromagnon”, em Buenos Aires, pega fogo deixando 200 mortos e feridos. Buenos Aires criou  uma agência de inspeção na tentativa de recuperar a credibilidade das casas de show e boates.
Há 4 dias, a boate "Kiss", em Santa Maria, município do Rio Grande do Sul, às 2,30h da madrugada de domingo, 27 de janeiro de 2013, pega fogo em razão de uma demonstração de pirotecnia da banda de rock, que animava a festa de estudantes universitários, levando a morte até esse momento 234 jovens e um número enorme de feridos. Rio Grande do Sul chora pela perda de seus jovens. O Brasil chora pela morte desses jovens e pela perda de seus futuros técnico e executivos. Santa Maria vai derramar as suas lágrimas pelo resto de suas vidas.

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