domingo, 27 de janeiro de 2013

É carnaval e a rua é do povo na alegria dos blocos


por Eli Halfoun
“O carnaval de rua está acabando” - durante muitos anos ouvi essa afirmação repetidamente quando cobri como repórter (muitas vezes sem dormir) o carnaval para jornais e revistas. Tinha na época pouco mais de 20 anos de idade e até acreditava no que diziam os mais experientes e os especialistas. Nunca percebi nenhum desânimo (a não ser o meu mesmo) popular e hoje como ontem estou convencido que o carnaval de rua (assim como as também condenadas novelas), nunca acabará. Se um dia isso vier a acontecer levará ainda muitos anos para transformar-se em realidade. O que se tem visto a cada ano é o um aumento de foliões superlotando as ruas e fazendo desfilar uma animação contagiante, uma alegria que só uma festa do povo pode realmente promover e nada pode substituir. Os tempos mudaram (mudam todo dia) e o carnaval de rua deixou de ser um desfile de fantasias de pessoas que se agrupavam no centro da cidade. A cidade cresceu e cresceram os espaços para a folia popular. A quantidade de foliões que engrandeceram (engrandecem mais a cada ano) o desfile dos muitos blocos que garantiram a animação do último sábado é a prova maior de que o carnaval ganha cada vez mais as ruas. Ou será que desfile de bloco não é carnaval de rua? Pelo menos nesse período carnavalesco a rua é do povo e como por mais que se tente ninguém consegue tomar inteiramente o eu pertence ao povo o carnaval de rua jamais terá um desfile de despedida. Pelo contrário: crescerá mais e mais para que o folião possa continuar cantando livre, leve e solto. (Eli Halfoun)

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