por Eli Halfoun
Desde cedo aprendemos que não devemos
assumir compromissos que não podemos cumprir. Essa é uma lição que carregamos
por toda a vida, mas parece não ter sido muito bem absorvida pela turma do
governo Estado que toca (deveria tocar) as obras do Maracanã, um cartão postal
histórico da cidade que, depois de pronto, cairá nas mãos gulosas de empresas
privadas que certamente explorarão o torcedor. Como se não houvesse o menor
comprometimento com o que foi anunciado e garantido, toda hora a turma do Maraca
muda as datas, arranja desculpas e faz crer que a reforma do maior estádio
brasileiro e um dos mais importantes para a Copa 2014 virou uma brincadeira
infantil de, “montar casinha”. Pega mal para o Rio e pega muito mal para o governo
do Estado que acaba ficando desacreditado em tudo o que promete e pelo visto
não cumpre. A lambança nas obras do Maracanã
mostra que está na hora do governo do Estado parar de vangloriar-se apenas da
quase pacificação conquistada pela instalação de UPPs, trabalho que, aliás, que
tem no Secretário de Segurança José Maria Beltrame o pilar mais importante. A quase
(o problema não foi e não será totalmente resolvido) ajudou muito, foi fundamental
para a cidadania dos moradores do Rio, mas não pode continuar sendo o único cartão
de visitas do governador Sergio Cabral que realizou um bom governo e agora parece
perdido diante de muitas outras necessidades de um estado que ainda padece com
a falta de bons serviços públicos. A dança de datas para a entrega do Maracanã é
mais um motivo da acentuada queda de popularidade que o governo Cabral tem
sofrido ultimamente. O governador Sergio Cabral precisa entrar em campo imediatamente
para impedir que continuem fazendo gols contra seu próprio time. (Eli Halfoun)
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