terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Amor e solidariedade não precisam de dinheiro. Precisam de atitude. Como a de Zeca Pagodinho.


por Eli Halfoun
Nos últimos trágicos dias que atingiram a Baixada Fluminense, o cantor Zeca Pagodinho foi destaque na mídia ao aparecer em meio à chuva prestando ajuda aos moradores de Xerém, município de Caxias, onde ele tem um sítio. O maior e melhor exemplo que Zeca deu nesse episódio não foi o de desembolsar uma boa quantia em dinheiro para oferecer alimentos, colchões e água. Mais (muito mais) importante do que os digamos bens materiais, o exemplo maior de Zeca foi a o da intensa, sincera e sempre possível solidariedade. Zeca nos mostrou o quanto é fundamental estar presente nos momentos mais difíceis de todas as pessoas. O que Zeca doou de verdade foi um ato de amor - um ato de amor que não tenho dúvidas fincou raízes em todos os corações. Talvez agora os que mais tem possam ter aprendido que não basta desembolsar um cheque. É preciso participar ativamente, sair do comodismo de casas confortáveis e seguras para dar estender a mão e o braço forte que sempre ajudam a salvar quem está se afogando no mar de abandono e de lama. Zeca Pagodinho não quis ser (e não é) nenhum herói. Seu heroísmo foi o de mostrar que só a intensidade e a preocupação de amor solidário podem ajudar a salvar pessoas e em consequência realmente melhorar a vida e o mundo. Zeca Pagodinho não deixou a vida o levar. Foi lá para não deixar que a repetida tragédia não levasse outras vidas. (Eli Halfoun)

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