por Eli Halfoun
Indignação não é a única palavra que define
o sentimento de todos os que assistiram no “Fantástico” a brutal covardia
cometida conta indefesos idosos. Vergonha é o que de maior sentimos de sermos
seres humanos (somos mesmo?) ditos racionais. Não há nenhuma racionalidade na
atitude de quem trata seus velhos como lixo. O “Fantástico” fez esse tipo de
situação voltar ao topo de necessárias discussões, mas essa não é a primeira vez
que ficamos sabendo desse tipo de condenáveis gestos que representam o máximo
de desamor.
Há quem diga que casos como os
mostrados na televisão são raros. Não são não: em muitas casas brasileiras os
velhos são maltratados, esquecidos ou jogados em asilos sem a menor condição de
abrigar ninguém com o mínimo de dignidade. Tudo bem que as autoridades não podem
fiscalizar casa por casa, coração por coração e mesmo que como dizem alguns não
fossem muitos (mas, são) os casos desse tipo de crime, apenas um seria demais.
Portanto se não há como conscientizar os que cometem e permitem maus tratos é
importante que se façam trabalhos para alertar a população de que é preciso
denunciar os casos e mostrar a importância de nossos velhos e o carinho e
respeito que precisam e merecem. Também é bom deixar claro que o dinheiro da aposentadoria
dos idosos não é para sustentar os familiares que ainda podem e devem
trabalhar. Dinheiro de aposentadoria é principalmente para comprar remédios, o
que as parcas aposentadorias nem sempre permitem.
A indignidade mostrada pelo “Fantástico”
não pode continuar se repetindo em hipótese alguma. Não podemos desejar e muito
menos apressar a morte de nossos velhos para que não tenhamos (como já temos)
vergonha de continuar vivendo. (Eli Halfoun)
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