Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
sábado, 5 de novembro de 2011
A guerra contra o fumo (em complemento ao post do deBarros, logo abaixo)
Enquanto cresce no mundo o combate ao fumo, um problema de saúde pública que custa bilhões aos contribuintes, a Câmara dos Deputados (que entre outras anomalias tem uma "bancada do fumo') aprovou medida provisória na semana passada permitindo que os fabricantes de cigarros voltem a fazer publicidade institucional. As marcas, que há anos não podem se vincular a eventos musicais, esportivos etc, voltarão à farra caso o Senado não vete esse artigos da medida provisória. A iniciativa da "bancada do fumo" significa uma brutal tragada na saúde pública e levará o Brasil, se virar lei, a quebrar tratados internacionais como o que o país assinou com a Organização Mundial da Saúde reconhecendo que o fumo mata milhões de pessoas anualmente. Em 2003, a 56ª Assembléia Mundial de Saúde reconheceu, com apoio da comunidade científica internacional, que o tabagismo é uma doença causada pela dependência à nicotina, responsável por mais de cinco milhões de mortes anuais. O tratado foi assinado por 168 países, incluindo o Brasil. A medida provisória abre espaço que para os fabricantes voltem a fazer publicidade para disseminar o vício quando o caminho deveria ser aumentar os impostos sobre o cigarro à estratosfera como forma de ajudar a cobrir parte dos custos que o contribuinte paga para o sistema de saúde público atender aos doentes vitimados pelo fumo. Outra demanda que o país espera é que a justiça passe a reconhecer - coisa que não tem feito até hoje - que as vítimas de câncer, enfizema e outro males provocados pelo fumo recebam indenizações dos fabricantes, direito já reconhecido em outros países.
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Um comentário:
Houve uma época que os fabricantes de cigarro no Btasil foram os grandes anunciantes dos veículos de informação. Nas revistas principalmente anúncios em cores de páginas inteiras ou em páginas duplas enchiam os cofres desses veículos. Esses anúncios institucionais não foram mais permitidos vindo a abalar sensivelmente algumas empresas jornalísticas. Se por um lado a medida vinha proteger a saúde do povo, por outro lado levou algumas empresas à falência, talvez por culpa delas mesmas.
Hoje,os grandes anunciantes são as montadoras de de carros oferecendo seus produtos com pagamento sem entrada e em 60 meses. Até quando?
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