terça-feira, 15 de novembro de 2011

Um livro diz que Ronaldo era um "ectoplasma ambulante" na final da Copa de 1998 e explica porque ele entrou em campo mesmo assim


por Gonça
Há poucas semanas, enquanto esperava um trem, em Nápoles, comprei um livrinho para passar o tempo. Era La Bibbia dei Mondiali, escrito por Stefano Barbeta. Reúne resultados dos jogos, classificação, curiosidades, piadas e bastidores de 80 anos de Copas do Mundo completados em 2010. É, como diz o título, uma "bíblia". Há duas observações interessantes sobre o Brasil. Barbetta diz que a seleção de 1982, de Zico, Sócrates, Junior, Falcão é um "formazione perfecta". Mas o autor não segue a tendência da mídia brasileira para explicar o fracasso daquele grande time. Enquanto por aqui, Cerezo, ao perder aquela bola no meio do campo, virou o "cristo", Barbetta avalia que os jornalistas italianos não entendiam porque o Brasil levou para a Copa o baixinho Valdir Peres. "Era o calcanhar-de-Aquiles da seleção sul-americana", conclui. Já no capítulo da Copa de 98, Barbetta inclui uma denúncia que, por motivos óbvios, a imprensa esportiva brasileira evitou fazer. Ao comentar o desastre que foi o jogo Brasil X França, em 1998, com o até hoje nebuloso episódio da suposta convulsão sofrida por Ronaldo, o autor o chama de um "ectoplasma ambulante" em campo. Mas vai além: informa a quem interessar possa que Ronaldo não se aguentava em pé mas foi constrangido a entrar em campo por "pressão dos patrocinadores". Está lá a explicação, com todas as letras. Uma perguntinha: você soube se algum dia os periódicos desses quentes trópicos investigaram a fundo essa possibilidade? Acho que não. A verdade vai ficar para um futuro Wikileaks de todas as Copas.
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Um comentário:

debarros disse...

Quem pode responder a essa pergunta é o técnico da Seleção na época: o senhor Mário Lobo Zagalo.