por Eli Halfoun
Faz um bom tempo que o noticiário policial virou obrigatório até na mídia que sempre resistiu a abrir espaço para esse tipo de acontecimento. O grande e cada vez mais grave número de ocorrências conquistou um espaço jornalístico nunca imaginado: agora nenhum jornal impresso, telejornal ou revista pode simplesmente limitar-se a dar ao fato policial apenas uma notícia de rodapé da página. Fatos policiais ganharam a mesma importância e interesse do noticiário político e econômico. Não demora muito, disputarão leitores nas bancas com diversas revistas, como acontece com o cada vez mais bem sucedido segmento dedicado às celebridades.
Houve época que notícias policiais cabiam apenas em páginas determinadas e, nas emissoras de rádio, em horários específicos e de grande alarde. Você entrava em um táxi e o rádio estava sintonizado em volume absurdo no “Patrulha da Cidade” e outros programas do gênero que só interessavam ao dito público menos exigente. A história mudou: as ocorrências policias ganharam o interesse de todos porque todos passaram a ser vítimas de um medo constante e um perigo iminente. Bons tempos em que o noticiário policial só cabia em programas específicos de rádio. Hoje é obrigatório nas páginas e horários nobres de todos os jornais e emissoras de televisão. Daqui a pouco ganham das novelas até em audiência. Porque no resto já ganhou faz bastante tempo. Ganhou literalmente disparado e disparando. (Eli Halfoun)
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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