por Gonça
Pode anotar: não vai ser fácil aturar as especulações dos comentaristas políticos sobre a formação do governo Dilma. Haja saco. "Lula não quer Palocci no Planalto", "José Dirceu vai ser ministro", "O presidente do Banco Central vai ser embaixador em Washington". Um bom passatempo é anotar o que se escreve por aí em tom de absoluta verdade e conferir depois com a verdadeira equipe da presidente eleita. Curioso é que, na maioria, são matérias sem fontes declaradas que usam o incerto recurso de "interlocutores de Dilma", "fontes ligadas à direção do PT", "pessoas de confiança", "um futuro integrante da equipe de transição". Há quem vá mais longe, como já aconteceu, e escreva um folclórico "o presidente está pensando". Ora, se o próprio presidente não falou com o sujeito, está claro que, para saber do "pensamento" presidencial, o jornalista certamente adentrou a cachola do mandatário da nação. Na prática, nesse jogo de disse-me-disse sem critério, quase sempre a informação sai perdendo e a imprensa corre o risco de ser usada e servir ao jogo político de bastidores ajudando a propagar "balões de ensaio" de políticos interessados em cargos ou em divulgar suposta influência. Sem falar que "interlocutor" não identificado pode afirmar qualquer coisa. Até que Lula vai indicar Tiricica para secretário-geral da ONU.

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