sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mineiros, marketing, realidade...

por Gonça
O mundo se emocionou com o resgate dos mineiros chilenos, como bem destaca o Eli em post abaixo. O tecnologia do salvamento também impressionou e certamente servirá de exemplo para países como a China e o México, que registram desabamentos frequentes e fatais. Políticos chilenos surfam na onda do marketing de ocasião e tentam faturar ao máximo os efeitos do episódio. Mas agora, passada a euforia, ganham força denúncias que antes não foram ouvidas pelas autoridades do país: as cruéis condições de trabalho nas minas. Hoje mesmo, o Jornal Nacional noticiou a morte de pelo menos um mineiro durante mais um desabamento em uma mina chilena. Este, infelizmente, não teve refúgio para protegê-lo nem cápsula para resgatá-lo. Morreu sem TV ao vivo, sem mídia, sem câmeras de internet, sem entrevistas coletivas, sem bandeiras do Chile, sem gritos de Chi-Chi-Chi-lê-lê-lê.
Que os mineiros resgatados usem agora a visibilidade,  voz  e fama que ganharam na mídia mundial para denunciar a exploração e as condições desumanas em que trabalham milhares de companheiros seus.

2 comentários:

AB.Dias disse...

Acho que engenheiros que criaram a cápsula e os operários que trabalharam na escavação e no resgate devem ser elogiados e homenageados. Governantes, não. Estão lá para se aproveitar do caso e da emoção que gerou. Até Mônica Serra, a chilena mulher do candidato, anda tirando um casquinha do caso.

debarros disse...

Talvez essas tragédias venham por a nu paises como a Russia, China e os paises no continente africano com suas minas de diamantes, ouro e outros minerais e outros paises da América do Sul, que exploram riquezas mineirais através de minas como a do Chile.
Acho que ninguém é inocente nesse processo explorador do homem, que é jogado para o ventre da terra sem nenhuma proteção, com a única finalidade de escavar o precioso mineral, arrancá-lo do seu veio natural e joga-lo na superficie da terra para se transformar em rios de dinheiro para os poderosos, incluindo-se as nações que se dizem democratas e respeitadoreas dos direitos humanos.
Ninguém é inocente diante da verdade.